História Maldito seja você, Kihyun! - Capítulo Único

Era por volta das 05:10 quando Kihyun me mandou uma mensagem dizendo que era para eu me arrumar pois iriamos sair. Lhe respondi dizendo que não estava com vontade de sair e que estava muito frio, mas a única coisa que ele respondeu foi: “Estarei ai às 06h30” e nada mais.

Maldito.

Enrolei longos minutos em minha cama debaixo do meu cobertor, até que vi que se não levantasse iria me atrasar e o que eu menos quero é ter Kihyun falando no meu ouvindo. Tomei um banho quente e vesti-me com roupas propícias para o clima frio. Arrumei meus cabelos loiros e passei perfume. Assim que terminei escutei o soar da campainha, olhei em direção ao relógio e vi que era exatamente 06h30.

— Ual que namorado pontual é esse que eu tenho. — murmurei pegando meu celular e dinheiro, saindo do quarto logo em seguida. Dei graças a Deus por não ter ninguém em casa, não aguentaria tendo a minha mãe me fazendo mil e uma perguntas, do tipo bem constrangedoras devo acrescentar.

— Até que enfim. — Kihyun murmurou olhando-me de cima a baixo e passando a língua sobre os seus lábios vermelhos e um pouco ressecados por conta do denso frio. — Ah, você está lindo, baby. — aproximou-se de mim e deu-me um selinho.

— Eu te odeio Kihyun por ter me tirado de casa nesse maldito frio e eu ao menos sei aonde nós vamos.

— Oh, não seja um mau humorado Minhyuk. — murmurou. Tranquei a porta de casa e me pus a andar em direção ao seu carro que estava estacionando em frente ao meu portão. — Nós iremos ao cinema, amor.

Parei no lugar e lhe lancei um olhar desagradável.

— Sério que você me tirou da porra de casa nesse maldito frio, devo acrescentar, só para ir no caralho de um cinema de merda, Kihyun?

— Quanto palavrão em uma só frase, baby. — ele fez bico. — Não seja um chato. Eu só quero ficar um tempo com você. — completou abrindo a porta do seu carro para que eu entrasse e assim o fiz.

— Poderia passar um tempo comigo em minha casa. Além do que nós passamos muito tempo juntos ontem. Não se cansa de mim não, Hyun?

— Mas nunca, amor. Nunca que vou me cansar de ti. Tu está preso à mim para todo sempre. — Finalizou a frase com a voz grossa fazendo-me revirar os olhos. — Qual é, Minhyuk?! Vai ser divertido. Pare de reclamar por alguns minutos, por favor. — resmungou começando a dirigir. Bufei e por fim parei de reclamar. Kihyun começou a tagarelar sobre o professor de matemática na qual ele nutria um imenso ódio pois segundo o meu namorado o velho de quatro olhos, como ele mesmo dizia, o perseguia diariamente e depois passou a falar sobre carnes e o quão bom era comer carne. Não demoramos muito a chegar ao shopping.

— Qual filme vamos ver? — perguntei enquanto seguiamos em direção ao cinema.

— Quero muito assistir Don't Breathe. O que acha?

— Terror? — fiz careta.

— Está com medo, amor? — Kihyun pôs a língua na ponta dos dentes e soltou uma risadinha. Revirei os olhos.

— Óbvio que não, eu só achei que fossemos assistir ao menos uma comédia. — Dei de ombros.

— Nah, vamos assistir terror. — disse animado e envolveu meus ombros com seu braço. Algumas pessoas nos olhavam estranho, afinal eram dois homens se abraçando no meio do shopping, mas já estávamos acostumados com os olhares tortos e sempre ignoravamos. 

— Tanto faz. — murmurei.

Kihyun foi comprar os ingressos e eu fiquei encarregado de comprar pipoca e outras guloseimas. Pegamos a seção das 07h30 e para a nossa sorte não estava tão cheio a sala, o que dei graças a Deus, pois sempre havia aquele grupinho barulhento que tanto me irritava. Pegamos os melhores lugares bem lá atrás, não demorou muito e os trailers começaram a passar.

[...]

O filme já estava na metade e eu até que estava gostando mesmo não sendo um grande fã de terror. A pipoca e os doces já haviam acabado sobrando apenas meu copo com coca cola quente por conta da demora, que eu bebia aos poucos. Estava concentrado na cena onde o velho caçava um dos adolescente que havia invadido a sua casa, porém me assustei ao sentir a mão do meu namorado na minha coxa, mas me recompus e voltei a me concentrar tomando o restante do meu refrigerante que estava horrível, porém meus lábios estavam ressecados por conta da pipoca salgada.

Após um tempo com a mão parada na minha coxa, Kihyun começou a movimantá-la para cima e para baixo, olhei rapidamente para sua mão que subia em minha perna enquanto sugava a coca pelo canudo me engasgando logo em seguida quando senti sua mão sobre o meu membro.

— O que caralhos você está fazendo, Kihyun? — perguntei tentando tirar sua mão do meu membro, mas ele não deixou que eu fizesse. Ele sorriu-me malicioso e deu de ombros.

— Só carinho no meu namorado, amor. — disse com a voz em um tom inocente e voltou a sua atenção ao filme.

— Tira a mão da...— engasguei-me novamente quando ele apertou meu membro fazendo-me engolir o gemido que queria sair. — Para! — grunhi. Mas ele não parou, Kihyun então começou a rodear sua mão massageando meu membro por cima da calça jeans e infelizmente esse simples toque estava começando a me fazer ficar excitado. Olhei em nossa volta desesperado e para a minha sorte ninguém estava prestando atenção e por sorte a minha também na filheira de cadeiras em que estávamos estava praticamente vazia, tendo apenas um casal na outra ponta.

Meu maldito namorado continuava a assistir ao filme completamente despreocupado, enquanto mexia seus dedos sobre a minha parte íntima que já se encontrava sensível e dolorida. Ele virou seu rosto em minha direção e pude ver a lúxuria em seus olhos; ele sorriu-me malicioso e abriu o ziper da minha calça, porém pus a minha mão sobre a sua impedindo-o.

— Não, não... — meneei a cabeça em negação frenéticamente.

— Relaxa, amor. — se aproximou do meu ouvido e sussurrou sensualmente mordendo o lóbulo da minha orelha fazendo-me arfar.  — Ninguém está olhando, baby. — completou voltando a sentar-se direito.

Kihyun enfiou a mão por dentro da minha box e tocou a minha carne sensível, arqueei as costas na cadeira e me segurei no braço da mesma, enquanto mordia meu lábio com força. Eu não podia gemer ali, mesmo que os gritos do filme fossem demasiados altos.

— Amor... — choraminguei. Eu já estava completamente entregue e duro devo ressaltar. Pus o copo já vazio de coca no porta copo da cadeira e deixei com que meu namorado começasse com os movimentos. Joguei minha cabeça para trás e gemi baixo quando ele aumentou os movimentos em meu membro molhado pelo pré gozo.

— Eu quero tanto te chupar, baby. — ele sussurrou em meu ouvido, não contive o seguinte gemido. — Mas infelizmente aqui não é possível, mas espera só irmos para casa, Minhyuk. —Arfei em expectativa.

— Kihyun... — murmurei seu nome de forma arrastada. Senti-o aumentar mais ainda os movimentos, mesmo a calça sendo apertada e atrapalhando um pouco os movimentos, estava sendo muito gostoso. Muito bom mesmo ter meu namorado me masturbando em um momento tão inoportuno. Soltei um gemido mais alto que logo fora cortado pelos lábios do meu namorado sobre o meu e jorrei o meu gozo em sua mão em meu ápice. Abri meus olhos tendo os semelhantes do meu namorado fitando-me intensamente, olhei em nossa volta vendo que todos estavam prestando atenção no filme e voltei a fitar meu namorado que tinha um sorriso nos lábios e um grande volume nas calças. Eu tinha minha respiração descompensada e meu coração acelerado. Isso havia sido loucura!

— Isso foi loucura! — ele disse as exatas palavras eu havia pensando. — Mas foi muito bom!

— Você.. você.. — comecei a dizer, mas neguei sorrindo. — Maldito seja você, Kihyun!

Me joguei em seus braços e o beijei.

— Agora vamos sair daqui, pois eu tenho que lhe recompensar pelo maravilhoso orgasmo, amor. —sorri malicioso.