Pov's Jace
Estacionei o carro na esquina do galpão, onde Alec e Magnus se encontravam. O lugar ta quente e fechado e o cheiro não era um dos melhores, cheirava à sangue, suor e podridão. Passei de fininho pela entrada, até dar de cara com Valentim e Sebastian conversando. Por sorte, eles não me viram.
"Eles não deixavam seguranças na entrada? Trouxas..."
- O que faremos com ele? - disse Sebastian quando dois de seus capangas passaram por eles, carregando um corpo e jogando-o dentro de uma sala. Não pude ver quem era.
- Ainda não sei. Estou pensando, mas pode se divertir com eles enquanto não decido - disse, colocando a mão em seu ombro - agora, vou indo. - apertei-me mais contra a parede.
- aonde vai? - Valentim parou perto da porta, à minha frente, encarando Sebastian. - Não me diga que vai vê-la... - disse indignado, fazendo o sorriso de Valentim sumir.
- o que esperava? - voltou para perto dele - ela é minha filha. Além disso, ela mal sabe se defender. - Sebastian o interrompeu.
- você precisa contar pra ela sobre... Bom, tudo. Ela precisa estar preparada e bem treinada caso tenha outro... - Valentim o interrompe, cerrando os punhos:
- Já chega! Não é hora e nem lugar para falarmos disso. - deu as costas. - conversamos em casa.
"Uma filha é? Acho que Valentim precisa aprender uma lição... Só preciso saber onde ela está."
*Preciso que encontre mais uma coisa pra mim... Ou melhor, alguém.
Antes que eu tivesse a chance de enviar a mensagem para Izzy, ouço alguém gritar.
- Droga - resmungo e envio a mesma.
- Veja só quem resolveu dar as caras... - disso, com um sorriso sacana nos lábios.
- Sebastian - cerro o punho envolta do cabo da faca.
- Olá, irmão!
- nós não somos irmãos. - disse, achando graça na situação. - até porque, para sermos irmãos, você precisaria ter, pelo menos, metade da beleza que eu tenho - finjo pensar. - e ambos sabemos que você não tem.
- mas todos os que estão neste ramo são, tecnicamente, irmãos. - disse, ignorando meu comentário. Reviro os olhos e resmungo:
- como se fosse escolha minha estar aqui. - respiro fundo. - suponho que não vá me deixar tirar Alec daqui tão facilmente, ou estou enganado? - ele sorri, meio que confirmando o que eu já esperava. Ele não iria deixar.
- fico feliz em ver que não é tão burro quanto eu achei que fosse. - sorri de lado.
- pois é, né? Não sou como você e seu pai que são tão burros à ponto de deixarem a entrada de um lugar com dois reféns sem seguranças. - rio de sua expressão. - essa é a hora que você chama seus seguranças e me prende com os outros? Ou fará isso você mesmo? - digo, num tom de desafio.
- acho que isso é entre mim e você, irmãozinho. - sorriu, sacando a faca quando outro grito ecoa pelos corredores. - mas tem que ser lá fora.
- o que foi? Papaizinho vai ficar bravo se manchar o tapete dá sala com seu sangue? - digo sarcástico.
- está muito convencido pra quem vem procurar briga com o melhor lutador do país.
- acho que não teria como eu brigar comigo mesmo. - dou um meio-sorriso quando sua faca passa voando perto da minha cabeça. - só isso que sabe fazer?
- eu ainda nem comecei....
Pov's Magnus (uma hora depois)
- Alec... - digo, assim que acordo e não o vejo. Droga, penso.
- olha só, a bela adormecida acordou. - deu um sorriso sacana e ao mesmo tempo sombrio. - é uma pena não ter acordado antes, iria adorar ver sua cara ao que fizemos com ele - fico horrorizado - ele gritava tanto... - caçoou.
Tento me aproximar, mas estava preso à uma cama. Ele aperta um botão e a mesma me deixa em pé ao se inclinar pra frente.
- parece que você vai ser nossa diversão por hoje. - disse, enquanto preparava um líquido e o colocava em uma seringa.
- o que fizeram com ele? - sinto minha respiração acelerar.
- não se preocupe com ele - disse Pangborn. - se preocupe com você, que vai sofrer bem mais comparado ao que ele sofreu.
- o que é isso? - digo assim que ele termina de injetar algo em meu braço. Sinto o líquido descer queimando por minhas veias.
- isso? - sorriu ao ver minha expressão de dor. - isso é só uma garantia de que vai continuar sofrendo depois que sair daqui.
Trouxeram para ele um carrinho cheio de objetos cortantes e, junto à eles, um isqueiro. Olho assustado para o mesmo ao observar melhor o ambiente e ver diversos objetos de tortura pendurados nas paredes.
- legal, não é? - seu sorriso vai de ponta-a-ponta, de uma forma sombria. - o melhor é que você vai poder testar todos eles... - ele começa a queimar a ponta de uma faca e a aproxima de minha perna assim que ela fica totalmente vermelha. - a começar por este. - e então encosta o objeto quente em minha perna, indo em direção à minha panturrilha, cortando toda a extensão pela qual a faca passou. Gritei de dor.
- PARA! - Grito, suplicando. Estava suando e, provavelmente, vermelho.
- parar? - ele volta a queimar a lâmina. - mas nós apenas começamos, e eu acho que você não quer que eu volte a pegar Alec para ele sofrer no seu lugar, quer? Porque ele aguentou bem mais do que isso... E eu iria adorar ver até onde ele aguenta. - sorriu, claramente se divertindo.
- você vai pagar caro por isso. - digo entre dentes.
- então, vamos fazer valer à pena. - e então me cortou de novo, fazendo outro berro sair pela minha garganta.
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