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História Maledictus Hufflepuff- Interativa - Às cinco Horas


Escrita por: Areque

Notas do Autor


A palavra "Benevolência" não existe em meu vocabulário.
-Vladimir Palentir.

Capítulo 5 - Às cinco Horas


Fanfic / Fanfiction Maledictus Hufflepuff- Interativa - Às cinco Horas

Levanto-me porque sou obrigado, mas se pudesse permaneceria sentado ali para sempre. A dor em minha panturrilha se alastrava à medida que eu caminho devagar pela estrada repleta de raízes. Lutar aquela altura seria impossível. Sou um saco de carne ambulante para qualquer animal desse lugar. Sigo para o norte, a passos lentos, sorrateiros melhor dizendo. A noite chega rapidamente, encosto-me a um tronco robusto de uma árvore e mantenho a perna imóvel, estou faminto. E começo a ter sintomas de febre, meu corpo começa a ficar gélido, sinto um ar frio percorrer minhas mãos e se espalharem. Uma varinha seria útil – penso.

De repente escuto passos vindos em minha direção. Levanto-me com dificuldades e seguro firme a faca, seria uma luta difícil vendo o meu estado. Fico em silencio, mantenho a respiração mais amena possível. E não deixo o nervosismo me dominar. Agacho-me rapidamente ao perceber que os passos vêm atrás de mim. Estou pronto para atacar na hora certa. 1...2...3... Já. Jogo-me na escuridão.

-PARA! – grita uma voz familiar.

-Beatriz?! – indago um pouco surpreso.

-Sim, sim, sou eu. – diz ela envergonhada. – Você poderia sair de cima de mim?

-Ah, desculpe. – digo sem jeito. E levo um tempo para sair. – Como veio parar aqui? – digo encostando a um tronco.

-Eu não sei. – ela diz colocando a mochila ao seu lado. – Eu segui o fluxo do rio. Pensei que você não saberia como encontrar um bom lugar para se esconder, então vim atrás de você.

-E como teve certeza que estaríamos no mesmo campo de aptidão? – digo e passo as mãos sobre os braços gélidos.

-Intuição... – ela diz e sorri. – Você está bem? Sua perna parece...

-Uma batata assada? – brinco.

-Eu ia dizer... Mal! – diz e se aproxima. – Quebrou?

-Na verdade eu só levei uma flechada. Nada de mais. – digo em tom solícito. – Uma flechadinha na panturrilha não vai me matar. Pode levar a uma séria infecção que pode levar uma séria amputação, mas fora isso... Tudo bem.

Beatriz solta um sorriso.

-Temos que lavar seu ferimento. – ela diz e procura rapidamente algo na mochila. – Tire as talas e a fita isolante, se não lavar, pode infeccionar.

-Ok, ok, senhora mandona. – digo e faço o que ela me pede.

Beatriz cuidadosamente lava meu ferimento com a água que conseguiu no rio. Eu faço careta pelo contato da água gélida com a minha pele. Repentinamente, o ferimento se envolve com uma luz negra fraca. Beatriz fitou o fenômeno, incrédula, a imagem ao meu braço direito esquenta e causa um formigamento. Tento disfarçar, mas ela toca o ferimento que num piscar de olhos... sumiu.

-O-O... – ela gagueja. – O que acabou de acontecer? Seu ferimento Will, seu ferimento! – ela diz e se afasta.

-É.. – minha voz se perde. – N-Não é o que você está pensando.

-Você tem uma varinha? Isso pode ser uma explicação para dizer que eu não estou ficando louca. – diz ela levantando-se e passando a mão na cabeça.

-É difícil de entender.

-Então me explique. – pede ela.

-Eu prefiro não complicar. Melhor você não ficar sabendo de nada.

-Por quê? –ela indaga, confusa.

-Porque realmente, ninguém precisa saber.

Uma luz forte e extensa se focaliza em nosso caminho. Olho para cima e vejo um despejar de um gás com coloração verde-musgo. Balões de metal começam a cair em nossa direção, entretanto, quando colidiram com um pedaço de galho quebrado em uma arvore cerca de 3 metros acima, explodiram. Beatriz alcançou a mochila e correu. Eu fiz o mesmo e a segui.

-O que é essa fumaça verde? – pergunto em meio à correria.

-Algum tipo de gás tóxico! - Ela grita enquanto as explosões seguem em nosso caminho. – Usaram esse tipo de gás no torneio passado.

Uma tela aparece a nossa frente enquanto corremos. O presidente Vladimir Palentir dava seu discurso. Os mesmos trajes, uma capa enegrecida com penas de corvos.

-Tributos, saudações, os testes de aptidão começaram no inicio desta tarde. Eis o proposito deste teste: Ver quem merece estar no torneio tribuxo, os mais fortes, os sobreviventes. A edição futura dos jogos será em hogwarts, os impecáveis estão participando deste evento. O vencedor será premiado com uma riqueza inimaginável, não tenham vergonha de vencer, tenham vergonha de serem perdedores, como estes senhores... Que a sorte esteja do lado de vocês.

Uma lista de mortos passa à medida que corremos.

-Distrito 12 – Thyrel McColin e Alexa Hyley. Distrito 6 – Gary Patrick e Jonh Faley. E distrito 3 – Becca Gualer e Fany Hercles.

A tela desaparece. Sigo correndo atrás de Beatriz, passamos por um conjunto de arvores grandes e seguimos por um campo aberto. A grama parecia alta demais, pois estava chegando a minha cintura, aquilo seria perfeito para uma armadilha. Tento alertar Beatriz para seguirmos outro caminho, mas ela continua correndo. A fumaça verde parou à medida que entramos naquela imensidão verde.

-Beatriz. – grito. Mas ela continua caminhando. – Beatriz melhor seguirmos outro caminho!

-Está tudo bem, Will. – grita ela de volta. – Não há nada... – Beatriz some.

-Merda! – resmungo e corro o mais rápido possível. – Beatriz! – grito tentando encontra-la.

-Will! – ela grita próxima a mim. Caminho mais um pouco e consigo enxerga-la. – Beatriz, droga! Como vou tirar você daí?

-Will, não estou sentindo as minhas pernas. – diz ela desesperada. – Me tira daqui rápido!

Tento puxa-la com uma mão, mas não consigo mexê-la. Beatriz está presa em um tipo de poço, com 1 metro de profundidade, algum liquido preto surge e faz com que seu corpo fique preso. Fico pensando em uma maneira de salva-la. Pensa, pensa, pensa. Meu braço vibra. Será? Ela quer se manifestar? – indago a mim mesmo. Não deixaria em evidencia novamente. Alcanço a mochila rapidamente e pego a corda. Dou dois nós em cada ponta. E jogo uma ponta a Beatriz que por sorte ainda tem o movimento dos braços.

-Bea, segure firme esta corda. – digo e ela assente. Eu começo a puxar.

-Está funcionando, Will. – ela grita de dentro do poço.

Continuo a puxar pegando distancia. Fico assim por cinco minutos até que finalmente, consigo tira-la. Minha cabeça se choca contra o chão, e fico deitado por uns minutos.

-Will, me ajuda. – diz Bea. – Não consigo mexer as minhas pernas.

-Isso não é nada bom. – digo e vou em sua direção. – Temos que continuar viagem, esse campo não é nada seguro. Anda, faz um esforço. – digo e tento ajuda-la a se equilibrar.

Beatriz cai.

-Foi mal. – digo e a coloco sentada. – Temos que sair daqui. Armadilhas como essa estão por toda parte, tenho certeza, talvez piores.

-Ok, qual a sua sugestão?

-Sigamos em direção do rio. Talvez o lugar mais seguro deste inferno. Farei um tipo de jangada, algo para caber duas pessoas, até que passe às duas horas restantes.

-Você não é tão inútil como eu pensava. – diz Beatriz sorrindo. – Sigamos o seu plano.

O cronometro estampado a um drone segue afinco na passagem das duas horas. Enquanto eu amarro os galhos da jangada improvisada. O último corte e está pronta. Coloco a Bea com cuidado e também as mochilas. Arrasto o instrumento até o meio do rio. Pego um pedaço de galho grosso o suficiente para remar.

-Agora eu que estou inútil. Até que horas vai esse veneno? – indagou Beatriz frustrada.

-Não faço a mínima ideia. – digo perdido. – Por ora estamos seguros, ainda faltam duas horas de agonia nessa floresta encantada cheio de patinhos e fadas bonitinhas. – resmungo sarcástico.

Beatriz rir.

-O.k senhor sarcástico. – ela diz apenas e fecha os olhos se permitindo cochilar.

-Bons sonhos. – sussurro. E continuo remando.

 

 

Uma hora se passou enquanto Beatriz dormia tranquilamente na jangada. Eu estava exausto, mas não poderia acorda-la, tão relaxada que consigo ouvir leves suspiros. Rapidamente o dia se transforma em noite, e sou obrigado a alertar Beatriz. A sacudo de leve com a mão direita.

-Bea. – chamo. – Beatriz, acorde.

Ela abre os olhos lentamente.

-Desculpe, dormi muito? – indagou ela despreguiçando-se.

-Exatamente uma hora. – digo.

Beatriz dá de ombros.

-O que são aquelas coisas? – indaga ela olhando atrás de mim.

Viro-me rapidamente.

Avisto criaturas de peles albinas, sem olhos e completamente recobertos por algum tipo de material mucoso. Eles caem frenéticos sobre a água. Uma dúzia. Remo o mais rápido possível, mas um deles nos alcança pulando o ar. Bloqueio-o com o remo e o jogo com toda força para fora da embarcação. Estamos encurralados. A frente há um grande tronco que apareceu num piscar de olhos. Fito Beatriz que está atônita.

-Beatriz. – digo tocando-lhe os ombros. – Quando chegarmos naquele tronco quero que você corra o mais rápido possível. Salve-se! – ordeno com veemência.

-Por quê? – ela indaga nervosa.

-Porque é o dever do homem proteger a mulher. Por favor, não olhe para trás.

Dois vieram de lados opostos da jangada. Acertei um com o remo, mas o outro alcançou a Beatriz jogando-se em cima dela. A criatura a morde sem piedade. O sangue aflorou sobre seu ombro esquerdo e ela gritou de dor. Jogo meu corpo contra a aberração e caio dentro d’água.

A criatura agarra meu corpo tentando devorar-me. Tento nadar para a superfície, mas sou bloqueado com uma mordida em meu braço. Tento esmurrar a criatura, mas só consigo debilmente socar algumas moléculas de água. Estou ficando sem tempo e sem ar...

Minha visão começar a turvar-se. A água começa a entrar em meus pulmões. Droga! Não consigo.

-Vou morrer? – indago a mim mesmo.


Notas Finais


^^...


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