História Malfoy,o Salvador do Mundo Potter - Draco Temperamental

   Draco marcou um encontro com Harry e seguiu para esperá-lo na Beira do Lago.

   Um friozinho gostoso, tinha tomado conta naquela tarde, mais perfeito que isso, só com o moreno em seus braços.

-Que saudade meu amor, não sei como vou sobreviver todos esses dias sem você. -Harry havia corrido um pouco e estava com os cabelos desgrenhados pelo vento, para Draco ficava ainda mais fofo.

-Desde quando você ficou tão dramático assim Harry? -Disse sorrindo e lhe roubando um beijo, acariciou o rosto do namorado e por fim, segurou suas mãos quentes, diferente de suas próprias.

-Mas é verdade. -Fez um biquinho.

-Não faz essa carinha senão eu acabo ficando com você aqui em Hogwarts!

-Não seria má idéia, mas afinal você ainda é um Maldito Comensal e tem seus deveres a cumprir, ou não? -Harry cruzou os braços, levemente chateado.

-Não vou fazer nada, apenas preciso saber como meus pais estão, só isso que me preocupa!

-Então depois disso poderia jantar comigo amanhã na Mansão dos Blacks, o que acha?

-Adoraria, mas talvez a minha presença não seja aceita.

-Não seja bobo Draco, ninguém vai te tratar mal na minha frente, eu te prometo.

   Draco ponderou a situação, achando muito absurda e cômica por diversos aspectos.

   Mas afinal, quem era ele para frustrar as expectativas do Eleito?

-Sendo assim, darei um jeito do escapar da Mansão.

   Harry não podia esperar por presente de Natal melhor que aquele, ter as duas pessoas que mais amava, seu padrinho e seu namorado, juntos para o jantar.

   Abraçou o loiro demoradamente.

-Acho que sou a pessoa mais feliz do mundo! -Os olhos do Eleito cintilavam de alegria e Draco sorria imaginando o quanto seu namorado podia ser meloso.

   Harry não aguentava muito estar na presença do loiro e entre beijos e carícias, aproveitava para tentar arrancar gemidos do Sonserino apalpando seu corpo por cima das vestes.

-Harry seu despudorado!Vamos voltar que amanhã o dia será cheio.E não pense que essas provocações sairão barato pra você.

-Uma ameaça Malfoy? -Sorriu malicioso e surrurrou no ouvido de Draco. -Vou esperar ansioso! -O loiro se arrepiou inteiro, sentindo uma pontada em seu baixo ventre, amaldiçoando o Eleito por conseguir lhe tirar a sanidade de tal maneira.

        ...

-Draco, eu acho isso muita loucura, ele vai te matar!Não devia ir pra mansão.

-Eu sei disso Blaise, mas preciso ver meus pais, saber que estão bem.

-Devia ficar um tempo escondido lá em casa, meus pais estão por aí seguindo as ordens do Lord, a casa tá vazia.

-Obrigado pelo convite, mas não vou fugir.

-Está se arriscando à toa, mas se precisar, sabe onde eu moro.

-Valeu!

-Na verdade eu iria gostar que você fosse lá pra casa, vou passar sozinho todo o feriado.

-Convide a Pansy pra passar o Natal com você.

   Draco arriscou pra ver a reação do amigo.

-Pansy.. -O moreno franziu o cenho.

-Não posso acreditar que você não gosta dela.

-Eu gosto dela Draco, mas você não entenderia.

-Tente, porque não fiquei nem um pouco contente com o que você fez, mas como amigo estou te dando a chance de explicar.

   O moreno pensou um pouco e desabafou.

-Eu amo a Pansy, sempre amei.

   Draco ficou estupefato.

-Como? Eu ouvi direito?

-É verdade, mas nunca consegui falar.Tenho medo da reação dela, ela é diferente de qualquer garota que eu já conheci.E eu já sai com várias, você sabe.Faz muito tempo que eu percebi meus sentimentos por ela, tentei ignorar ficando com outras meninas pra ver se esquecia, só que isso não aconteceu.

-E por que não disse isso a ela depois do beijo, invés de desprezá-la?

-Eu fiquei muito perdido, foi a melhor coisa que me aconteceu.

-Pois vai convidá-lá para passar o Natal com você, está me ouvindo?

-Não Draco, eu não consigo!-Choramingou o moreno.

-Você vai pedir desculpas pelo que disse a ela, vai a convidar e vai fazer ela feliz, entendeu?-Draco ameaçou muito sério, Blaise arregalou os olhos apavorado, agora não tinha mais como escapar, nunca iria bater de frente com Draco, no fundo tinha medo do que o amigo pudesse fazer a ele, sabendo da super proteção que depositava sobre Pansy, quase um pai daqueles bem sádicos.

-Tudo bem Draco, vou tentar.-Tentou um sorriso forçado e saiu para procurar a garota.

-Ótimo!

        ...

   No dia seguinte, véspera de Natal, Harry separou algumas coisas na mochila, não muitas porque talvez não fosse passar muito tempo com seu padrinho.

Tudo ia depender de Dumbledore, mas só de poder enfim sair do Castelo depois de tanto tempo, já estava satisfeito.

Tinha muito o que conversar com seu padrinho, antes de Draco chegar para o jantar.

-Nós já vamos indo Harry.Nos vemos no jantar, me deu fome só de imaginar as delícias que Mamãe vai preparar para a ceia.

-Rony não esquece que ainda é segredo que eu vou pra lá, para todos os efeitos vou ficar no Castelo.

-Eu sei, Mione também vai ajudar com isso.

-Eu vou fazer o que?-A castanha entrara de supetão.

-Guardar o segredo de que que Harry vai pra sede da Ordem hoje à noite Mione.

-Ah sim Harry, fique sossegado.Até porque se eles desconfiarem, você não vai mesmo.

-Obrigada, já disse o quanto adoro vocês?-falou abraçando os dois ao mesmo tempo.

-Tá Harry, guarda um pouco de doçura pra Doninha.

-Bom Harry nos vemos à noite então, as carruagens saem daqui a pouco.Mas e você, como vai ir pra lá?

-Não sei ainda Mione, Dumbledore não me disse nada.Mas vou de tardezinha.

-Se cuida! Vamos Mione?

-Vamos! Tchau Harry!

-Tchau Mione! Tchau Rony!

        ...

   Draco sentado à frente de seu casal de amigos, agora sentia o clima mais ameno entre os dois, os sorrisinhos acanhados de Pansy denunciava que tinham se acertado.

   Apesar de uma estranha aflição estar lhe corroendo por dentro, ficou feliz pelos amigos que discutiam sobre a ceia.

-Eu não sei cozinhar Blaise.-Pansy dizia sorrindo.

-E quem vai preparar a ceia?Não temos nenhum elfo.

-Você, já que está me convidando.

-Bom, isso não importa muito.Não vamos passar fome, eu te garanto e estaremos juntos.-Blaise apertou a mão de Pansy que corou imediatamente e sorriu para Draco, mais feliz do que nunca.

   O loiro sorriu em resposta, desejando que as coisas entre ele e Harry fossem simples assim também.

   Será que algum dia teriam uma discussão parecida?

   "'-Não vou cozinhar, hoje é sua vez Draco."

   Passou a mão no rosto imaginando a cena, isso lhe dava um pequeno alívio antes do que estava por vir.

-Dray, se puder venha passar o Natal conosco.-Disse a garota o trazendo de volta à realidade.

-Tenho outros planos, mas espero que divirtam-se.-falou sincero, o casal se encarou apaixonado.

-Olha só, Goyle.Mais um casalzinho nojento!-Disse Crabbe abrindo a porta da Cabine.

   Blaise soltou a mão da namorada e se levantou encarando os dois, Draco segurou seu braço e tomou a frente.

-Eu só vou dizer isso uma única vez, fiquem longe dos meus amigos, pois eu e Harry não vemos nenhum problema em sumir com dois inúteis.-Draco falou ríspido, com ódio contido.

-Quero ver o que o Lord vai achar disso, não é mesmo?

-Você se atreva a abrir esse bico e vai saber por que nunca se brinca com um Malfoy!-Os dois tremeram levemente e foram saindo temerosos, os olhos do loiro faiscavam, poderia matá-los sem pestanejar.-Nunca mais abram a boca pra ofender nenhum dos meu amigos, fui claro?

-S-sim, D-Draco!Vamos Goyle..

   Blaise sorriu levemente enquanto Draco sentou exausto no banco.

-Por Merlin Draco, o que foi isso?

-Ah.. eu já tava de saco cheio desses dois idiotas, acho que agora eles vão pensar duas vezes antes de incomodar alguém.

        ...

   Nunca foi tão difícil para Draco entrar dentro de sua própria casa, o ar maléfico que a envolvia era ainda mais perturbador.

   Ficou parado por um tempo em frente a mesma tomando coragem, desejava mais do que tudo estar com Harry agora.

-Draco, entre meu filho!Estava com tanta saudade..-Narciza falou de modo contido, notava-se a verdade daquelas palavras seguidas de um abraço tímido mas Draco a segurou com força entre seus braços demostrando que não havia motivos para esconder o que sente.

   Ela estranhou a reação mas aconchegou a cabeça no ombro do filho e permitiu que lágrimas escorressem de seus olhos.

-Eu te amo mãe!-Nem se lembrava da última vez que havia falado essa frase, talvez teria sido apenas enquanto criança, antes de passar pelos rigorosos treinamentos maníacos de seu pai.

-Suba filho, vá se trocar.O elfo levará seu almoço, seu pai está em reunião com os Comensais e o Lord não está nada contente com você, é melhor ficar lá em cima.-Falou secando as lágrimas.

   Draco empalideceu, o medo tomava conta de todo o seu corpo quando na porta da sala apareceu o ser mais maligno que já havia visto seguido de uma cobra gigantesca que veio lhe cheirar os pés, os olhos de sua mãe arregalados tanto quanto os dele mesmo.

-Draco.. eu esperava mais de você meu filho.. devia ter se empenhado um pouco em cumprir sua pequena missão.-Sua voz era calma, mas cheia de maldade.

-E-eu..Er..não consegui, me perdoe meu Lord... -Draco tremia.

-Não tenha piedade Milorde, o torne um exemplo!-Bellatrix cochichava insanamente no ouvido de seu mestre.

-Seu fracasso me custou caro!-gritou dessa vez, colocou a mão na cabeça como se estivesse pensando.

       -Crúccio! -Conjugou Voldemort.

   Draco caiu de joelhos e começou a se contorcer no chão, a dor era forte para que pudesse aguentar, ouviu os gritos de sua mãe que se abaixou e ficou o segurando em seu colo.

   Foi perdendo a consciência aos poucos.

-Por favor Milorde..Vai matá-lo!-Ela chorava copiosamente.

-Sim.. Eu devia mesmo fazer isso..-Os olhos vermelhos sedentos de ódio.

-Eu lhe imploro...-essa voz era de Lucius, que se ajoelhou aos pés de Voldemort ao adentrar a sala e ver a cena que seguia.

-Você errou com seu filho...ele é um fraco!Tenho certeza que depois de hoje ele nunca mais ousara descumprir uma ordem minha!-Parou a maldição.

   O corpo de Draco ficou imóvel no chão, enquanto Voldemort saiu do cômodo e voltava para a sala de reunião, acompanhado de suas cobras, incluindo Bellatrix.

-O que foi que eu fiz Narciza!Matei meu filho!-Falou apavorado se ajoelhando aos pés do garoto imóvel no colo da mãe.

-Ele não está morto Lucius, vamos levá-lo para o quarto.

   Depositaram o corpo de Draco sobre a cama e ficaram algum tempo abraçados chorando pela dor do filho acamado.

-A culpa é minha!A vida toda fui um covarde!Nosso filho está sofrendo...

-Vai ficar tudo bem, logo isso vai terminar.Temos apenas de nos manter o mais afastados possível disso tudo Lucius, mesmo havendo alguma chance do Lord sair vitorioso.Devemos zelar apenas pela nossa sobrevivência.

-Você está certa como sempre minha querida.Devemos voltar para a reunião.-depositou um beijo na testa da esposa e desceram as escadas contrariados.