História Malfoy,o Salvador do Mundo Potter - Novas Atitudes de Draco

   Na sala Comunal Grifinória havia agitação por todos os lados enquanto Hermione se ocupava em beijar ardosamente o ruivo a sua frente, pensando que não iria aguentar uma noite longe dele.

-Vocês deviam ir para o quarto, já estamos envergonhados aqui!-
Disse Harry rindo e atrapalhando o casal.

   Ginny abraçada em Harry no fundo sentia inveja de Mione ser tão amada por seu irmão.

Ela e Harry nunca teriam uma relação como aquela, seus beijos eram tímidos por parte dele é claro, quando tentava o tocar ,ele sempre arrumava um jeito de fugir disso.

Esperaria o tempo que fosse até que se abrisse mais, afinal já eram namorados e isso iria facilitar tudo com certeza.

   Harry ouviu algo como um chamado e uma batida na janela do seu quarto, disfarçou para que ninguém reparasse e se encaminhou para o dormitório que dividia com Rony, mas visto que o casal ainda iria demorar pra se desgrudar nem se preocupou.

-Boa noite Ginny, vou me deitar.-disse o moreno se despedindo com um selinho nos lábios da ruiva.

-Mas já? Tá tão cedo ainda... bom, tudo bem.Também vou me deitar então... Boa noite.-falou a garota com tristeza, mas Harry não notou, correu para o quarto e abriu a janela.
 
  Uma pequena coruja largou um envelope em sua cama e saiu sem esperar por resposta.

Harry ficou pensativo por um instante e logo pegou a carta reparando no brasão Black, o que será que Sírius queria, logo no primeiro dia em Hogwarts?

Querido afilhado,

Tome muito cuidado, Você -Sabe-Quem o procura.
Nunca saía do Castelo sozinho, em hipótese nenhuma.

Sírius

   O envelope pegou fogo depois de lido, assustando o garoto.

Sabia que isso era sério, no outro dia contaria sobre a carta com Mione e Rony.

Mas agora apenas deitou e dormiu tamanho cansaço físico.

   ...

   As aulas durante a semana se passaram tranquilas, mas hoje seria a pior delas, a aula de Poções com Snape e divididas com a Sonserina era a mais temida pelo Menino de Ouro, seria obrigado como sempre a passar vergonha perdendo alguns pontos de sua casa por ser tão estúpido e ainda teria que aguentar as piadas de Malfoy.

Então nem se preocupou em esconder seu nervosismo dos amigos.

-Calma Harry, vai dar tudo certo.Pare de tremer.-a voz de Mione saiu tranquilizadora.

-Você diz isso porque não é ruim em fazer poções com eu, duvido que não ficaria assim no meu lugar!-disse Harry irritado.

-Pelo visto velhos hábitos nunca mudam não é Potter, nada de conversas durante minhas aulas!Menos 5 pontos para Grifinória!-A voz de Snape saiu mais alta do que o normal fazendo um arrepiu percorrer sua espinha, ia responder mas Rony apertou forte seus dedos, achou que o sangue que tinha na mão havia sumido.

Abaixou a cabeça e suspirou derrotado.

Levantou o olhar diretamente para Malfoy esperando alguma zombaria que sempre acompanhava esses momentos, franziu o cenho ao perceber que o loiro ao menos tinha desviado os olhos do livro em sua classe.

Aquilo era realmente perturbador, nem um sorriso debochado ele recebeu, tinha algo de muito errado acontecendo com seu inimigo.

Se surpreendeu com esse pensamento, teria pelo certo que agradecer por Malfoy se esquecer de ser o irritante de sempre, mas porque não conseguia ficar tranquilo diante disso?

....

   O fim de semana chegou e todos se encaminharam para o passeio em Hogsmeade, os amigos de Harry estavam alegres.

-Vamos logo Harry ou perderemos a carruagem.-falou Rony aflito.

-Eu não vou Rony, você viu o que Sirius disse...-falou Harry a contragosto.

-Mas ele disse pra você não sair sozinho e nós estaremos lá.Não vamos te largar um minuto.-falou Mione.

-Não quero ninguém de babá, vão duma vez.Peçam desculpas a Ginny por mim.-não mudaria de idéia, afinal nem queria mesmo ir dessa vez.

-Bom, então nós vamos ficar também, não é Rony? -exclamou a garota.E o ruivo concordou.

-Mas nem pensar, prefiro que vocês vão do que ficarem se pegando aqui na minha frente.

-Tudo bem, mas cuide-se então.O casal saiu rindo em passos rápidos para não perder o passeio.

   Harry deitou imaginando descansar o corpo da agitação da semana e mais tarde estudar um pouco deveras o número de matérias novas esse ano.

Agitou sua varinha e o teto do quarto ficou escuro, se tornado uma cópia exata do universo em movimento e assim ficou viajando, até que se lembrou que devia visitar Hagrid.

Então levantou-se rápido deixando o universo e os livros para depois.

   Ele iria sair do Castelo, lembrou-se da ordem de Sírius mas como a cabana era tão perto com certeza não haveria mal algum.

   Foi se encaminhando devagar vendo como a plantação de abóboras do gigante estava majestosa, de repente viu uma luz muito forte e um gemido vindo de dentro da Floresta Proibída.

Sem consciência do que fazia suas pernas foram se encaminhando para lá contra sua real vontade, quando alcançou a entrada da Floresta sua cabeça começou a girar e a cicatriz latejou fortemente.

A dor tão velha conhecida o deixava tonto, suas pernas fraquejavam e mesmo assim continuava caminhando naquela direção até cair de joelhos sem forças, quando se recuperou ergueu-se normalmente, teria que seguir, não conseguia evitar.

-Não vá, saia já daí antes que alguém te veja!-Escutou uma voz, que parecia vir de muito longe mas sentiu um braço lhe puxar com força em direção do Castelo.

Sua cabeça aos poucos começou a voltar ao normal e a dor da cicatriz diminuiu.

Encarou o seu salvador, arregalou os olhos surpreso.

-Malfoy!?

-Potter você não tem noção mesmo, o que ia fazer naquele lugar sozinho?devia ter te deixado lá, seu estúpido!-Falou irritado.

   Tentando se acalmar do susto e ainda não entendendo porque Malfoy havia o salvado, sentou encostado numa árvore.

O loiro já ia se encaminhando para Castelo, quando ouviu seu nome ser chamado novamente.

-Malfoy..por que...

-Diferente do que você imagina, não quero que ninguém morra.Mas pelo visto você tem muita vontade de entregar sua vida de mão beijada para Você-sabe-quem.

-Eu não conseguia evitar, era contra minha vontade.-falou com lágrimas nos olhos.

Que droga,só faltava chorar na frente do Malfoy!-Se conteve ao máximo.

   Draco se viu olhando para o moreno encostado na árvore agarrado aos joelhos levantados ,o cabelo desgrenhado como sempre e um olhar aflito.

Notava-se a tremedeira do garoto, ficou parado e quando Harry ergueu os olhos para o loiro, ele achou aquilo a coisa mais triste que já tinha visto.

Nunca havia reparado naqueles olhos de um verde puríssimo, estavam marejados e isso lhe doeu fundo em sua alma.

-V-venha P-potter, vou te levar de volta pra dentro.-Oras porque estava gaguejando agora!-Estendeu a mão ao moreno.

-Você não precisa fazer isso Malfoy, não quero lhe dever favor nenhum!-Exclamou Harry aceitando a mão estendida para si.

-Fique tranquilo Potter, não me deve nada.Só não queria ser culpado da morte do Menino de Ouro, apenas por ter preferido ficar no Castelo.

   O toque de suas mãos foi como um choque elétrico percebido pelos dois, mas nenhum deles falaria alguma coisa.

Assim seguiram até o Castelo, Harry se torturava imaginado oque alguém diria se os visse daquela forma, agradeceu mentalmente pelo Colégio estar vazio.

-Pode me deixar agora, vou para a biblioteca.-disse o moreno soltando as mãos, de certa forma um pouco relutante, corou com esse pensamento, devia estar ficando doido mesmo.

-Potter, tome mais cuidado da próxima vez.-disse o loiro debochando do moreno e se virando para voltar às masmorras. E antes que tivesse se afastado ouviu:

-Malfoy, obrigado!

Não virou de volta, seguiu como se não tivesse escutado, só quando deitou em sua cama que se permitiu rir do acontecido e observar a mão que tinha tocado a do outro, sentindo-se um idiota perfeito.

Mas aquele toque tinha sido tão reconfortante como a muito tempo não sentia.

Sorriu bobo,imaginando se alguém o visse salvando Potter ninguém acreditaria, nem ele mesmo entendia porque tinha feito aquilo, mas não poderia deixar Voldemort machucar mais ninguém, tinha jurado que não faria mais nada de ruim, mesmo que isso incluísse salvar Harry Potter também.

Não tinha ido ao passeio para evitar aqueles rostos felizes nas vitrines das lojas e também não teria nada o que fazer lá, resolveu dar uma volta pelo Castelo atrás de suas maçãs escondidas na entrada da Floresta, foi quando reparou na cena e sentiu magia das trevas em volta do garoto.

Estava imensamente feliz, a mudança de sua vida tinha começado por aquele ato impensado, teve a chance de fazer uma coisa boa e o fez, sem arrependimento, era uma sensação incrível.

Talvez Potter o tivesse salvado naquela hora e não ao contrário.

Muito irônico!