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História Manhattan - De volta ao passado


Escrita por: farosellasecret

Capítulo 7 - De volta ao passado


Acordei com um cheirinho bom vindo da cozinha, seria o jantar de Margot. Me levantei e fui até a cozinha. Ajudei ela com os pratos que estavam quase prontos. Fabian chegou de surdina no lugar e falou:

- Lady Paula. Você promete que não vai me matar? – pegou em minha mão e me levou até a sala. 
Henrique. Não podia acreditar.

- O que você quer? – disse num tom rude. 
- Vamos conversar, por favor. Depois disso, se não quiser, não te procuro mais. Eu prometo!

Fabian se retirou da sala nos deixando a sós. E ele continuou:
- Luiza me contou que você saiu um pouco assustada de lá. Olha, desculpa. Não foi minha intensão eu juro. Não foi plano nenhum. Aconteceu, e pra mim foi bom...

- Ah, claro que foi. – cruzei os braços. E ele se aproximou, eu  instintivamente abaixei o olhar, tímida.

- Não fica com vergonha de mim Paola. – com os dedos em meu queixo, fez com que eu olhasse sem jeito pra ele. – Foi realmente bom pra mim, mas só com você... foi muito melhor.

- Não me venha com esse papinho. – afastei meu rosto fazendo com que seus dedos perdessem contato com ele.

- Eu te falei dentro daquele táxi que eu te queria. Eu vim aqui te buscar. To com passagem marcada de volta pro Brasil. Eu não quero perder você, porque eu não vou ter em mulher nenhuma o que eu encontrei em você. To te implorando Paola. – Se ajoelhou em meus pés – Vem comigo.

- Para com isso Henrique, levanta. 

- Te amo, Argentina!! Sai comigo só por essa noite. A última... Eu sei que você quer. – abraçou minhas pernas. 

Pedi pra ele me esperar e subi para o quarto para me vestir. Coloquei um jeans apertado que torneava toda minha perna e uma camisa branca, pouco mais solta. Peguei o batom, me olhei no espelho para passa-lo “No” , o deixei de volta no móvel.

Entramos no carro e ele:

- Curte “ Phantom of de Opera”? – me mostrou as entradas do espetáculo.

- Você paga caro em entradas não sabendo nem se eu viria. 

- Eu paguei porque eu sabia. – sorriu pra mim e deu partida com o carro.

- Convencido. 

No percurso ele apoiou a mão em minha coxa e eu coloquei a minha mão sobre a dele. E ele disse:

- Luiza e eu terminamos. – olhei para ele pasma. – Ela não gostou muito da ideia de eu ir atrás de você todos os dias. Cansei dessa vida maluca dela. Então ela me disse que se eu voltasse naquele muquifo. – olhou pra mim rapidamente – O restaurante. Ela faria as malas e ia embora.

- E ela foi?

- Ela tá apaixonadona  em você, cê sabe né? – riu – Eu sempre fui um disfarce que ela levou esses dois anos pra família dela. 

- Si. – revirei os olhos – ela me falou. 

- Eu entendo ela, porque não tem como não se apaixonar por você. Já fui com muita mulher pra cama Paola, é ridículo eu te dizer isto, mas eu nunca senti nada perto do que eu senti com você. Quando eu to com você eu...

- Você o que? Fala. – Ele estacionou o carro. 

- Eu fico fora de mim. – Se  aproximou de mim – Você me deixa loco Argentina. 

- Henrique, para!! Vamos descer... – e assim eu fiz, desci do carro e ele logo em seguida ele e começou a gritar.
- EU SOU LOCO POR VOCÊ PAOLAAAA. – Corri até ele e tapei sua boca. 

- Pára, pára.... Henrique. – Ele tirou minha mão da sua boca e pediu.

- Então me beija. - olhei para os lados envergonhada, sorri e o beijei. 

Entramos e assistimos o espetáculo “Fantasma da Ópera”. E durante a peça, Henrique me provocava, passando a mão em minhas pernas até chegar próximo a minha virilha e sussurrava coisas obscenas em meu ouvido. Me torturando com aquela voz rouca, num sopro. Para que apenas eu escutasse. 

Saímos de lá e já era bastante tarde. Só o que estava aberto eram casas noturnas, tudo o que  eu menos queria, então fomos para a mesma praça que demos nosso primeiro beijo. 

Nos sentamos em um banco da praça e ele perguntou:

- E você e o cara lá? Separou dele?

- Si. Na verdade ele me expulsou de casa depois dos dois dias que eu passei fora.

- Nossa, que rebelde ela é! – riu e deitou a cabeça em minhas pernas – Eu já to um senhor. – se justificou. 

Ficamos nos olhando enquanto eu acariciava seu rosto e como ele era lindo. Me perdi naquelas duas espécies de jabuticabas que eram seus olhos e aquela barba por fazer de moleque... Ah... Henrique.

Ele me tirou de meus pensamentos dizendo:

- Se eu pedisse você agorinha em casamento... 

- Eu diria que es un loco. 

- Aí eu fico sem resposta... – Se sentou novamente ficando próximo ao meu rosto, e com as costas da mão passou a alisa-lo. – Você vem comigo gatinha? Vem comigo pro Brasil?

Mais uma vez nos pegamos pelo silêncio e a intensa troca de olhar. O abracei e inalei o máximo de seu cheiro. Eu não deixaria novamente um país para ir para outro com num desconhecido, não faria a mesma burrada novamente. Precisava de algo fixo, que me desse sustento para prosseguir.

Henrique parecia ser um homem bom, mas tudo o que eu sabia dele era que tinha uma ex namorada desvairada e dois restaurantes por lá. Tinha chances de dar super certo, entretanto não pagaria pra ver. Segurei seu rosto com as duas mãos, respirei fundo e falei:

- No Henrique, eu gosto muito de você, não duvide disso, mas eu não posso...

- Por que não pode? – ele segurou minhas mãos com a feição decepcionada e declarou. – Eu vou te fazer a mulher mais feliz desse mundo Paola, eu to louco por você, quantas vezes mais eu tenho que te falar isso? Essas duas semanas que eu fiquei sem notícias suas eu pirei... Eu to pedindo, eu preciso de você comigo. 

- Henrique... – disse falho. –Eu quase levei uma surra do meu marido.  – Ele me questionou e eu contei pra ele todo o acontecido e continuei – Da mesma maneira que você tá dizendo coisas lindas pra mim e fazendo promessas tentadoras, eu ouvi dele e, não quero me enganar de novo. Não me leve a mal. 

Eu estava com a cabeça ainda no passado, com medo. Olhava pra Henrique e me passava um filme da última vez que vi Manoel. Ele não tinha culpa do meu receio. Eu estava me odiando por ser tão fraca. 

- Não vou insistir. Vamos aproveitar o resto da noite sem discussões. – depositou um beijo terno em minha boca. – Você tem passe livre na minha vida. – me puxou pra si fazendo com que eu me aconchega-se em seu peito. – Agora se esse desgraçado tivesse encostado em você, ele estaria fudido. E enquanto aos seus documentos, saindo daqui a gente passa lá e busca.

- No!!! Não precisa Henrique, não quero mais confusão. – O olhei brevemente e voltei a me encostar no seu peito. – Manoel é doente.

- Paola eu quero ajudar você, porra. A gente vai lá pegar seus documentos e já era. – insistiu e eu me calei. – Deixa esse doido esbravejar. Eu quero ter a certeza que ele não vai te encostar um dedo. Fim de papo. 

Dali pra frente eu já não sabia nem porque eu tinha que ter aberto minha boca pra falar o que Manoel tinha feito. Já imaginava o problemão que ia dar, já pensei até em ser caso de polícia. Manoel se tornou um homem descontrolado, com sérios problemas, Henrique era todo marrudo, digamos que até folgadinho. 

Não ia prestar.

O homem percebeu meu incômodo e levou minhas pernas até ficarem em cima das dele e me beijou. Passava uma das mãos em minhas pernas e com a outra me segurava pelas costas trazendo-me pra ele. Apertou minha bunda e falou baixo:

- Vou aproveitar bastante essa bunda gostosa. 

- Você é um tarado. – Ele subiu a mão para minha cintura e eu a peguei e a conduzi novamente até a minha bunda.

Como já era tarde não tinha ninguém mas por lá. Não no espaço que estávamos pelo menos. Tratei de conferir antes daquela pegação.  

Passei a minha mão por dentro da sua camisa e alisei todo seu peitoral e abdômen. Enquanto ele me beijava ferozmente. Como ele era forte e delicioso. 

Me arrepiei quando senti sua mão subir sobre minhas costas e habilidosamente desbotoar meu sutiã, ocorrendo dele subir pouco acima do meu peito. 

- No Henrique... – disse não fazendo nenhuma resistência para que ele parasse. 

Passou a mão no meu seio em cima da blusa e pode ver o bico rijo por debaixo dela. 

Então eu o parei. Dizendo que lá não era apropriado. Como era inconsequente esse meu... lance?

 

(...) 

 

Encarava o prédio lá de baixo, minhas mãos suavam e minhas pernas tremiam como se fossem me faltar. 

Henrique segurou minha mão me encorajando a seguir. Eu pedi para ele ficar esperando por mim lá embaixo, mas teimou que iria comigo e eu desisti de convence-lo a fazer o que era o certo. 

Chegando na porta, tirei a chave da minha pequena bolsa. Destranquei a porta. Ele não tinha trocado a maçaneta... pensei.

Entrei  tentando fazer o mínimo de barulho possível. Olhei pra Henrique o pedindo para ficar na sala. E me dirigi ao quarto. 

Me assustei ao ver uma loira siliconada dormindo  nua e sozinha em minha cama. Me enojei ainda mais de Manoel, me expulsou de casa para trazer sua amante ou qualquer vagabunda para dormir na cama que era nossa. 

Parabéns, cara!

Tratei de pegar apenas os documentos e a caixinha com o pingente de ouro que eu havia ganhado da minha mãe. 
De repente escuto um gargalhar vindo da sala e voltei as pressas pra lá. Manoel encostado na porta entre sala e cozinha com um copo de bebida, ria irônico, enquanto Henrique apertava uma mão na outra, expressando ódio, e Manoel:

- É muito desaforo você trazer esse cara aqui não é Paola? O cara que destruiu nosso relacionamento.

- Não tinha mais nosso, tinha o seu. Porque você só pensou em como você  tinha que se sentir bem. – Ele veio se aproximando até mim e Henrique fez a mesma coisa entrando em minha frente e Manoel riu mais uma vez dando um considerável gole no líquido e falou:

- Você acha realmente que eu vou me rebaixar a isso Paola? Não se ache tão importante.

- Nem quero. O que eu precisava já peguei.

- Amor, tá tudo bem? – a loira saiu nua do quarto sem se importar que eu e Henrique estivéssemos lá. Vi que Henrique a olhou e eu fiquei possessa. 

Homens...

 Ela desfilou até a cozinha e voltou também desfilando com uma garrafa de bebida. Entregou a Manoel que mais uma vez se manifestou:

- Fiquei sabendo que você gosta de ficar bem louca pra fazer uma orgia boa... Que tal? – levantou a garrafa.

Minha cara foi no chão. Fiquei totalmente desconcertada, envergonhada. Como ele sabia daquilo? Será que tinha mais gente sabendo fora as pessoas que eu tinha falado? 

A loira se aproximou da gente cheia de malícia e colocou a mão no braço de Henrique e eu imediatamente arranquei ela de lá com num tapa. PÁ.

- Tira a mão dele!! – Fiquei na frente de Henrique tirando ele do lado da loira e disse pra Manoel – É um abuso você dizer isso pra mi. Não quero nada do que é seu. Não temos mais nada o que fazer aqui. Vem Henrique!! – o puxei.
Ele parecia se divertir com a situação e eu ficava ainda mais nervosa. Que ódio.

- Mais já vão Paolinha? Eu perdi sua cena de oral, quero ter o privilégio que nosso colega Henrique teve...

Perdi as estribeiras e avancei pra cima dele. Com toda raiva que eu estava sentindo naquele momento esbofeteei seu peito fazendo com que ele desse passos pra trás. 

- CÁLLATE SU DESGRACIADO!!! 

Henrique me segurou por trás me tirando do chão na intensão de me fazer parar. Minha respiração estava acelerada, passei a mão nos cabelos a fim de ajeita-los. Peguei minha bolsa onde tinha colocado as coisas e pronunciei:

- Espero nunca mais ter que olhar pra sua cara de covarde. – Medi a loira e falei – Peguei uma muito mais gostosa e muito mais natural que você queridinha. – Apontei o dedo em seu rosto – E se ousar encostar no meu namorado mais una vez eu te quebro. Passar bem... – Peguei na mão de Henrique que saiu de lá boquiaberto.

No elevador. Ele abaixou a cabeça e eu o via segurar a risada. Ainda alvoroçada, indaguei:

- Tá rindo do que?

- To impressionado com você, Paola Sargentona!

- Eu também to.

- Namorado é? – arqueou adquiriu a sobrancelha numa esperança de que eu tivesse mudado de ideia. E eu sorri em piscadela. 


Notas Finais


😚😚


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