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História Manhoso - Capítulo único


Escrita por: Moonshine0405

Notas do Autor


Oi oi, brotinhos.
Adivinhem quem escrever essa fanfic há umas 81817 semanas e esqueceu de postar. .-.
Eu não gosto de gatos, raramente gosto de enredos que tenham híbridos, mas me deu uma louca de escrever isso porque acho que combina muito com o Leo. Espero que vcs gostem.
Boa leitura~

Capítulo 1 - Capítulo único


Leo era o híbrido mais lindo que Wonshik já conheceu.

 

Desde o dia em que o vira para adoção quando ainda era um filhotinho, estava fascinado com a beleza dele. Com as orelhas e a cauda negras como a cor de seu cabelo, os lábios rosados que formavam um ligeiro bico e o corpo perfeitamente definido, ele era magnífico. Não era um gatinho como os outros, geralmente frágeis e dóceis, era alto como si e tinha opiniões fortes, não fazia nada que não quisesse.

 

Wonshik sofreu muito para conquistar o afeto dele. Ele não queria ser adotado, desde filhote dizia que era uma pessoa como qualquer outra e não queria ser tratado como um bicho por ser um híbrido, e causou a maior confusão em sua casa até que lhe desse a liberdade que queria. Deixava que ele mexesse no que quisesse após tê-lo feito prometer que não quebraria nada, o ensinou a ler e escrever e montou um quarto para ele ainda que soubesse que ele fugiria para a sua cama no meio da noite. A única coisa que não permitia que fizesse era sair de casa sozinho, cientes de que sempre haveriam pessoas querendo roubar um hibrido para vende-lo como objeto sexual.

 

Na primeira noite que passou em sua casa, ainda se comportando de forma hostil, Wonshik contou a ele que era alguém completamente solitário por não ter família e poucos amigos e por esse motivo o havia adotado. Não era como os outros que queriam um humano metade gato para satisfazer seus desejos sexuais sem um compromisso. Após tê-lo contado aquilo deixou que dormisse na sua cama e no dia seguinte estabeleceram as regras que garantiram sua boa convivência pelos próximos 8 anos.

 

Wonshik não mais o via como o filhotinho que cuidou ou o adolescente que viu crescer, ele era um homem com características felinas. Ele usava suas roupas sem permissão por possuírem o mesmo tamanho, lia todos seus livros no tempo em que não estava em casa e gostava de preparar o jantar para quando chegasse. Ainda era hostil em determinados momentos, como quando sentia o cheiro de outro híbrido em suas roupas quando chegava em casa ou quando alguma visita o tratava como um animalzinho. Ambos já estavam cansados de falar que ele não era um bicho de estimação ou um parceiro sexual, ele era seu protegido, quase como um namorado.

 

Era algo tão natural que nenhum dos dois estranhou quando aconteceu. Assistiam a um filme quando uma cena erótica começou e Wonshik inevitavelmente ficou excitado, despertando a curiosidade de Leo que havia acabado de completar 17 anos. Teve uma longa conversa com ele, na qual tentou explicar o que era sexo e se surpreendeu por ele já saber de tudo através das coisas que lia nos livros ou na internet. Ficou ainda mais surpreso quando ele sugeriu que fizessem e negou, dizendo que antes haviam muitas outras coisas a serem feitas. Começaram com beijos, que duravam uma boa parte das noites preenchendo seu quarto escuro com os estalos molhados, e foram evoluindo para mãos bobas, preliminares e por fim o ato sexual por completo, no qual se viciaram por um bom tempo. Era sexo como qualquer outro, mas para os dois era especial pelo simples fato de ser um com o outro.

 

Wonshik sabia que ele era manhoso, porém, em uma tarde fria de inverno viu até onde era o limite dele.

 

Havia saído mais cedo do trabalho, por conseguir revisar todos os capítulos que tinha para o dia em seu trabalho como editor de livros. Chegou em casa com as mãos geladas e quase doendo de tanto frio que fazia nas ruas, com a neve caindo cada vez mais forte. Imaginava que logo estariam sendo alertados pelas autoridades para não saírem de casa com o perigo de suas peles necrosarem com tamanho frio. Fechou a porta de entrada às pressas e rumou a passos apressados para o quarto, tirando as luvas que não lhe adiantaram de nada e já mentalizando tomar um banho quente.

 

Quando entrou no cômodo, viu Leo enrolado nos cobertores assistindo a um filme na televisão. Sorriu ao tirar o cachecol que usava e cumprimentá-lo, logo vendo-o se levantar e estender os braços em sua direção. Quis dar-lhe uma bronca ao ver que usava somente uma camiseta, mas sabia do hábito dele de nunca se deitar com roupas compridas e somente o abraçou.

 

“Você está gelado”, ele comentou e o empurrou para longe, voltando a se enfiar embaixo dos cobertores que o aqueciam muito bem. Riu baixinho daquele comportamento e se sentou à cama para tirar as botas pesadas que calçava.

 

Se livrou dos sapatos, do pesado casaco e da touca, apenas a tempo de ouvir um barulhinho muito agradável às suas costas. Leo estava ronronando, o que indicava que queria algo. Se virou para fitar o rosto dele, a única coisa que estava para fora dos cobertores, sendo envolvido por aquelas íris escuras.

 

“O que foi?”, questionou ao levar a mão até as orelhas dele, acariciando-o ali de modo que ronronasse ainda mais. O observou fechar os olhos diante de seus toques e continuou com o carinho até que ele se arrastasse sorrateiramente para perto de si, exibindo um bico fofo nos lábios que indicava que queria ser beijado. Curvou a coluna para fazê-lo, apreciando a sensação daquela boca rosada em contato com a sua.

 

Não demorou muito para que ele estivesse se sentando em seu colo e escondendo o rosto na curva de seu pescoço, ainda produzindo aquele barulhinho tão agradável. Enfiou as mãos embaixo da camiseta dele, fazendo-o protestar por suas mãos estarem muito frias por alguns segundos antes de começar a apreciar o carinho ali. Sabia que aquele era o lugar em que ele mais gostava de ser acariciado.

 

“Wonshik, eu vi na TV que não devemos sair de casa”, escutou-o comentar e concordou, afirmando que o frio que fazia nas ruas era muito perigoso. Passou as mãos da barriga para as costas dele, espalmando-as em carinhos mais firmes. Sentiu os lábios dele tocarem seu pescoço e sorriu para si mesmo, como adorava aqueles momentos.

 

“Quer chocolate quente?”, perguntou e sorriu ainda mais ao receber uma sonora resposta positiva. Desistiu do banho para primeiro atender as vontades daquele gatinho, já imaginando que também se aqueceria com a bebida e se deitaria junto a ele.

 

Achou que ele ficaria na cama enquanto fosse à cozinha preparar tudo, mas lá estava ele em seu encalço. Abraçando-o por trás enquanto vigiava a leiteira no fogão, beijando seu pescoço enquanto ronronava cada vez mais. O colocou sentado sobre a mesa ao ver que trajava shorts curtos e tinha os pés descalços, voltando para perto do fogão a tempo de impedir que o leite derramasse. Colocou o líquido quente em canecas e colocou açúcar no dele como sabia que gostava, enquanto o seu tinha achocolatado. Tomaram lentamente, apreciando a sensação quentinha e logo que colocou os objetos dentro da pia, viu Leo estendendo os braços em sua direção mais uma vez ainda sentado sobre a mesa.

 

Retornou ao quarto com as pernas dele enganchadas em sua cintura e trocando beijos sabor leite. Se deitaram sem se afastar por um minuto sequer e o filme já não tinha mais a atenção de Leo, ele o beijava com os lábios doces e o observava com os olhos brilhantes.

 

“O que você tem hoje?”, Wonshik perguntou, enroscando os dedos de uma mão nos fios de cabelo dele enquanto com a outra o puxava para cima de si. Deslizou as mãos pelas costas dele até chegar à cauda, enrolando-a entre os dedos como sabia que ele gostava.

 

“Eu só quero sua atenção”, ele respondeu ao passar a ponta do nariz por toda a extensão de seu pescoço até chegar à bochecha. Riu baixinho daquela carência atípica, mas decidiu apreciar o momento afável dele. Afirmou que daria a ele tudo que quisesse e tivesse a seu alcance, recebendo um lindo sorriso como resposta. Em seguida se permitiu se aquecer com o calor do corpo dele e apreciar a companhia que tinha, ciente de que era a melhor possível ainda que fosse durar pouco. O conhecia o suficiente para saber que logo estaria reclamando de alguma coisa e deixaria os ronronos manhosos para mais tarde quando se amassem sobre aquela mesma cama.

 

Jamais se cansaria de toda a manha de seu Leo.



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