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História Manicômio - Invertendo os Papéis


Escrita por: swiftporns

Notas do Autor


Oi manas, então a probabilidade de eu não apagar essa fanfic é de - 56, mas fazer o que né vida que segue. A Thais me ajudou bastante nessa fanfic, inclusive alguns trechos ela escreveu entao vou dizer aquele famoso obrigado. Obrigado.

Espero que vocês não odeiem, xoxo.

Capítulo 1 - Invertendo os Papéis


— Cartas? É sério? Clichê demais até para você.

— Eu não acho que seja, e além disso, as pessoas ficariam felizes em receber o correio e de lá não vir apenas contas.

— Aposto que elas sequer abririam.

— E por que não? 

— Simples, ninguém tem tempo para cartas, por isso temos as redes sociais.

— Se chegasse uma carta para você, não iria abrir? Não iria achar curioso receber uma carta de verdade nos tempos de hoje? Dúvido. 

— Talvez, aposto que não iria nem notar ela no meio de dívidas e contas como você mesma citou. 

— Certo, vamos apostar então. Mandamos uma carta para alguém e esperamos, se ela abrir você me da cinquenta pratas, se não, eu te dou. Fechado? 

— Claro, mas se prepar...

— Com licença senhorita Tancredi e Kellerman, não é porquê esta é a ultima semana de aula que podem deixar de prestar atenção. — interrompeu Seth, nosso professor de Bioética, sua testa que já começara a criar rulgas se franziu juntamente com as sobrancelhas lançando-nos um olhar irônico. 

— Perdão senhor Seth, não irá mais acontecer. — desculpei-me. 

— Espero. Bom, continuando, hoje vocês irão saber aonde irão passar oito horas do dia de vocês nos próximos seis meses. Estão animados? Porque eu sim. São cinco lugares, três papéis para cada, ou seja, três de vocês irão fazer o estágio no mesmo lugar. Ah, já ia me esquecendo, em um desses lugares só conseguimos uma vaga, então um de vocês irá sozinho. Temos as seguintes opções: 

– (1) A escola Carter Christian. Psicologia Acadêmica 

– (2) A empresa de telemarketing Cross. Psicologia Organizacional (Seleção Pessoal) 

– (3) O posto de saúde regional. Psicologia Clínica 

– (4) O centro de autoajuda para vitimas de estupros e abusos doméstico. Psicologia Social 

– (5) O Manicômio Fox River. Psicologia Hospitalar.

— Uma pergunta, é obrigatório? — questionou Lisa, com cara de poucos amigos. Ela realmente odiava trabalhar.

— Sim, é a chave para que consigam os diplomas e possam começar a atuar livremente na área. Em todas as situações vocês iram atuar como psicólogos do local, por exemplo quem tirar escola, este irá atender todos os alunos que os coordenadores definirem que precisam de atenção psicológica – respondeu nosso professor com um sorriso no rosto, eu me perguntava o por que dele ficar tão feliz em ver os alunos se formando, a maioria dos professores não está nem aí. – Bom, vamos começar, será sorteio para que não ocorra problemas de várias pessoas quererem o mesmo lugar. 

Enquanto o senhor Seth se direcionava para a primeira mesa da fileira oposta a minha, me perguntei em qual dessas áreas eu me sairia melhor. 

— Qual você quer que saia para você? Seria legal se fossemos para o mesmo lugar. — Lucy solta após passar um tempo refletindo aparentemente o mesmo que eu. Éramos parecidas, muito na verdade, acho que nossa única diferença era na hora de escolher o sorvete. Eu gostava de morango, Lucy de chocolate.

— Seria sim, o que você acha da escola? Lidar com pirralhos de 15 anos pode ser legal. — sugeri.

— Também gostei desse. E do Centro de autoajuda, acho que seria interessante lidar com mulheres.

— Pois é, por sorte, é sorteio. Se não passaria o resto da vida decidindo.

Observei a sombra de Seth surgindo em nossa direção, e eu podia dizer que estava um tanto quanto nervosa. Independente do lugar, eu não queria pegar o que só tem uma vaga, ser a única estagiária de uma empresa grande não me parece uma ideia fácil.

— Estão prontas? Devo avisar que não é para abrir o papel, iremos esperar todos tirarem. — avisou. 

— Eu vou primeiro. — Lucy se ofereceu, era de seu costume ser competitiva e a primeira em tudo. 

Ao retirar seu pequeno pedaço de papel da caixa, a curiosidade transbordava em seus olhos. Olhava o papel atentamente, como se quisesse ler através dele, e a menos que ela tivesse um óculos raio-x, era impossível. 

— Sua vez senhorita Tancredi, o que espera tirar? - Seth perguntou girando a caixa até parar em minha direção.

— Na verdade eu não sei bem, acredito que me daria bem na escola.

— Boa sorte então.

Se eu não fosse eu, diria que conseguiria pegar em lugar bom, mas como eu era eu, obviamente pegaria o pior. Fiz leves movimentos com os dedos na intensão de dar uma pequena embaralhada nos papéis, e logo depois fechei os olhos. Não que isso fosse ajudar, mas a sensação de fechar os olhos e desejar com toda sua força, era de alguma forma reconfortante.
Peguei o primeiro papel que se agarrou ao meu dedo e o segurei fortemente, vendo Seth se dirigir para a mesa de trás.

— Independente do lugar, espero que fiquemos juntas. — comentou Lucy.

— É. Imagina você sai no manicômio e eu na clínica. Irei rir da sua cara. — ri da minha própria fala enquanto via Lucy abrir a boca como se quisesse dizer "como você ousa?".

— Imagina se VOCÊ vai para o manicômio. Não vem com essas ideias pra cima de mim. - protestou irritada. Por Deus, Lucy não sabia lidar com hipóteses.

— Calma aí, é só uma hipótese mulher.

— Não quero nem de brincadeira.

— Qual seu problema com o hospício? 

— Não gosto de gente louca. — respondeu simples, como se psicologia não tivesse nada a ver com entender a loucura das pessoas.

— Então por que está cursando psicologia? Você mesma já é maluca.

— Não significa que vou ter que lidar com gente maluca, Aurora.

— Você é burra assim desde que nasceu?

— Vá pro inferno. — revirou os olhos com raiva. O que eu poderia fazer quando Lucy cursa psicologia apenas para agradar a família sendo que odeia a matéria? Exatamente nada.

— Sabe que seu lugar não é aqui, né?

— Como se eu tivesse escolha. Você sabe como minha família é.

— A qual é? Você é uma espécie de ditadora da moda, vai mesmo desistir da faculdade de moda?

— Psicologia também é legal. E eu não ligo tanto pra moda assim. — Lucy era ótima em combinar sapatos com bolsas, mas era uma péssima mentirosa.

— Ano retrasado você não quis andar comigo alegando que minha bolsa deveria ser Louis Vullton e não sem marca. E você se recusou a me dar uma carona por causa disso.  

— Ah é — riu — Não vai mais acontecer.

— Acho bom.

— Me referia a você usar uma bolsa que não tenha marca.

— Vaca.

— Bom agora que todos pegaram seus papéis, — disse Seth, chamando a atenção de todos — já podem abrir.

— Posto de Saúde e você? — perguntei satisfeita pelo que havia saído. 

— Escola. Quem mais deve ter tirado escola?

— Bom, agora que vocês ja sabem pra onde vão, podem...

— Ei!

— Pois não, senhorita Chloe? — respondeu Seth após ser claramente interrompido pelo grito de Chloe, uma garota típica de Beverly Hills, cabelos tão sedosos e loiros que eu me perguntava se ela tinha alguma espécie de pacto com o demônio. Ou se ela simplesmente nasceu perfeita.

— Eu fui a única dessa sala que tirei Manicômio. Não quero. Nem morta eu vou sozinha pra um hospício.

— Eu sinto muito senhorita, mas o sorteio foi feito justamente com a intenção de não haver problemas com isso. Culpe sua sorte.

— Eu juro por Deus que se você quer continuar com esse seu emprego de professor você irá trocar o meu papel. — Chloe não valia um centavo sequer. Como toda garota típica filha de um cara importante, ela sempre quis impor coisas e ameaçar pessoas. Na verdade eu não sabia o que esperar, a reação do professor seria uma surpresa pra mim.

— A menos que alguém aqui esteja disposto a trocar com você, não posso fazer nada. — Seth olhou em volta na esperança de alguém se pronunciar como o "disposto a trocar" mas ninguém se manifestou, inclusive eu. — Ou podemos fazer o sorteio novamente. Tudo bem pra você?

— Serve.

— Pois bem, todos dobrando os papéis e colocando novamente na caixa.

— Odeio essa vagabunda.

— Lucy! — repreendi a mesma.

— O quê? Mas é verdade. Se eu tirar manicômio por causa desse segundo sorteio eu queimo o cabelo o dela.

— Você é sinistra. — respondi colocando novamente meu querido estágio no posto em forma de papel na caixinha. 

— Bom, vamos nós de novo. Dessa vez vou começar pelo lado esquerdo da sala. E senhorita Chloe, não irei fazer novamente, então trate de escolher o papel certo.

Seth veio em direção a nossa fileira e logo Logan que era o primeiro pegou seu papel, em seguida Lucy e eu. Desta vez todos tiraram mais rápido, as pessoas queriam logo saber para onde iriam. Menos Chloe que ficou dias escolhendo e tentando ler os papéis, mas o professor a repreendeu. 

— Bom, podem abrir. — aunciou Seth.

— Clínica e você? — perguntou Lucy com um sorriso no rosto, mas logo depois o fechando quando lhe entreguei meu papel, que dizia nada mais, nada menos que "manicômio".

— Não faz essa cara, não é tão ruim. — queria convencer mais a mim do que a ela.

— Não mesmo, só péssimo.

— Exagerada. Diferente de você eu gosto de psicologia.

— Diferente de você eu gosto mais de Senhor dos Anéis do que Harry Potter.

— E o que diabos isso tem haver? E nunca Senhor dos Anéis irá superar Harry Potter.

— Nada. 

Realmente não tinha nada a ver, sabia que Lucy havia dito isso apenas para mudarmos de assunto, e eu não me importei. Naquele resto de aula fiquei pensando como seria meu primeiro dia no manicômio, ou meu primeiro paciente. Cheguei em casa dando de cara com Trina, minha irmã mais velha, e seu namorado Jake no sofá, praticamente se engolindo por completo. O que me obrigou a forçar uma tosse para ver se eles me notavam ali.

— Ah, oi Aurora. Chegou cedo, maninha. 

— Trina são 17:30.

— Ah, eu nem vi a hora passar, estava ocupada demais. — disse lançando um olhar malicioso para Jake, que no momento vestia sua camisa.

— Cade a mamãe? — questionei.

— Foi procurar o papai. 

— De novo? É a quarta vez nessa semana. Ela sabe que ele não vai voltar.

— Pois é, mas ela insiste. E o Jake irá dormir aqui hoje.

— E eu também irei dormir. Amanhã vou começar meu estágio e se por acaso vocês ficarem fazendo barulho...

— Relaxa ai.
                                                                                                                                    *

Se eu pudesse matar uma pessoa, sem que me mandassem para a cadeia, seria Trina. Eu poderia ir nela e xingar mil palavrões por ela ter transado a noite inteira e não ter me deixado dormir e tudo mais, mas olhar para o lado e ver meu crachá de estagiária não permitia com que eu ficasse incomodada. Terminei de ajeitar meu casaco e passar os dedos no cabelo. Se eu desse sorte pegaria o metrô das oito horas. Se eu desse azar o das oito e meia. E se eu desse um super azar seria atropelada por um metrô.

A estação estava cheia, como sempre, e a fila da bilheteria mais ainda. Me considerei com azar. Também perdi dois doláres no caminho para cá, então me considerei azarada duas vezes mais. Levando em conta que eu não fui atropelada na hora de subir no trem, fiquei aliviada. Mas logo esse sentimento passou quando o cara que sentou ao meu lado tinha um péssimo fedor de peixe. Quando finalmente desci em minha estação, duvidava do estado fisico de minhas narinas. Estavam no mínimo mortas. Mas novamente, não me importei, afinal o Manicômio Fox River estava a um quarteirão de mim, me esperando de braços abertos. Ou melhor, portões abertos.

     Era maior do que eu esperava, confesso. E mais assustador também. Me lembrava uma casa de fraternidade de faculdade, só que mais sinistra. Não que eu estivesse com medo de entrar, é só que o céu nublado com minúsculas gotículas de água caindo não ajudou muito no visual. Era meio família Adams. Quando entrei me senti Judas no meio dos discípulos de Jesus. Ou talvez o Chris Rock em sua escola de brancos. Ou uma muçulmana em solo americano. Todos ao mesmo tempo. 

Todas as pessoas de branco, funcionários e pacientes, e eu, com um lindo sobretudo preto. Não que eu também tenha esquecido de vir com o mais claro.

Me dirigi ao balcão, onde havia uma secretária. Ela parecia ter uns cento e dez anos. 

— É, com licença. — disse chamando sua atenção.

— Diz. 

— Bom dia, é que hoje é meu primeiro dia de estágio, e eu não faço ideia do que fazer.

— Nome. — simpática ela. Parece que adora conversar.

— Aurora Tancredi. 

Observei ela digitar meu nome em seu computador e logo se virar para mim novamente. 

— Susan vai te orientar. — e se virou para o computador, abrindo o jogo de cartas que tinha no mesmo.

— E quem é Susan? — me atrevi a perguntar. Mas o receio de que ela me batesse ou fizesse algo do tipo predominou em meus pensamentos.

A nossa querida senhora de cento e dez anos simpática apenas apontou com a cabeça para uma mulher atrás de mim, que eu esperava – em nome de Jesus – ser a Susan. E também esperava que ela fosse um pouco mais legal. Fui em sua direção e logo pude ver que era uma mulher bem bonita. Tinha menos de cento e dez anos. Talvez uns trinta. Cabelos ruivos que chegaram a me dar inveja, não que eu fosse cortar o cabelo dela e colar em mim. Mas fica no ar a ideia.

— Oi, com licença. Sou Aurora, a nova estagiária.

— Ah seja bem vinda Aurora. Sou Susan, muito prazer. Bom, você ja sabe qual será seu trabalho por aqui? — perguntou desviando a atenção de seu bloco de anotações para mim. — de toda forma irei repetir. O hospital conta com a ajuda de diversos psiquiatras, que ficam por conta dos pacientes com um nível de dificuldade um pouco maior. E com alguns psicólogos, que ficam com aqueles que não chamamos de loucos completos, apenas com leves distúrbios. — ela dizia tudo isso enquanto me puxava pelos corredores, onde seria minha possível sala.

— Certo.

— Você fica na sua sala e os guardas e às vezes enfermeiras trazem os pacientes até você. Alguns são estremamente fechados, outros dizem coisas absurdamentes constrangedoras. Eles vem todos os dias, e você vai fazendo relatórios, dizendo seus estágios, seus progressos, se parecem lúcidos o suficiente para sair daqui e tudo mais. Pode fazer isso?

— Poss..

— Ótimo. Amanhã você ja terá seu uniforme. Em sua sala tem as coisas básicas, mas você pode trazer coisas se quiser. As salas não tem câmeras, por questão de influenciar os pacientes a se sentirem vigiados e não se abrirem. Mas tem guardas na porta, então qualquer ataque é só gritar. Bom, acho que é só. Aqui é sua sala, do lado tem outras salas de pessoas que estão fazendo o mesmo que você. Alguma dúvida?

— Acho que não.

— Perfeito. Até a hora do almoço. Às meio dia e meio.

Certo. Eu precisaria reprisar tudo depois, mas tudo bem. A sala era bem espaçosa para mim. Tinha umas prateleiras na parede, um pequeno armário, uma mesa e duas cadeiras. Parecia muito espaço para poucos itens. Talvez um pouco desconfortável também, mas nada que eu não me acostume.

Deixei minhas coisas no armário mas antes pegando meus óculos. Prendi o cabelo e logo depois deixei meu casaco no armário. Sentei na mesa dando uma olhada nas fichas que havia ali em minha mesa, dando uma analisada na do meu primeiro paciente:

Justin Bieber, 24 anos.

Motivo da internação: Ataques de pânico, comportamento impulsivo, transtorno de bipolaridade e tentativas de homicídio.

Uou. Lidar com pessoas bipolares e com tendências psicopatas não deve ser algo muito difícil. Se me pedissem para que eu colocasse essa missão em alguma situação que eu considere não muito dificil, seria mais ou menos como tentar escalar o Everest apenas de chinelo.

Desviei minha atenção das fichas para porta, a mesma fora aberta por um dos guardas, que logo anunciou a entrada do paciente. Me arrumei na cadeira ficando ereta, observando o homem que acaba de ser deixado em minha sala. 

Cabelos castanhos claro, ou talvez seja um loiro escuro. Não sei bem. Olhos que estavam em perfeita sintonia com a cor do cabelo e incrivelmente intimidadores. Me perguntei naquele momento se a paciente não era eu.

— Olá, bom... Você deve ser o Justin. Sou Aurora. — prguntei enquanto via o mesmo de ajeitar na cadeira.

Tive um bela encarada e um silêncio constrangedor como resposta, as pessoas desse lugar são adoráveis.

— Certo. E você quer me contar porque está aqui? — tentei prosseguir, eu não podia falhar no meu primeiro dia com meu primeiro paciente.

— Como se não estivesse tudo escrito pra você. 

— Mas as vezes você mesmo prefere contar. As pessoas geralmente se sentem melhor em uma situação quando a parte da história contada por ela é a válida.

— Vai mesmo bancar a porra da terapeuta?

— Bem, é o meu trabalho. — tentei sorrir, desviando meus olhos para sua ficha, desconfortável. — Você deve estar no estágio um.

— De novo essa história de problemas psicológicos, irei te ignorar.

— É sério, o primeiro estágio é a negação. De forma alguma você aceita o que você fez ou sofreu.

— Ignorando. Ignorando.

— Tudo bem. É normal.

— Você acha que é uma ótima psicóloga por saber disso? Me deixe advinhar: o segundo estágio é a raiva, porque eu não vou conseguir manter a negação. Então eu vou barganhar, pedir para Deus e o mundo mudarem o meu triste destino até entrar em depressão para finalmente aceitar o quão maluco eu estou.

— Ótimo. Estou atendendo Eisten. Você realmente parece entender do assunto, então por que não invertemos os papéis e eu sou sua paciente? — eu tinha ensaiado algumas vezes em casa como explicar os cinco estágios para os pacientes, mas tudo bem, eu nem fazia questão mesmo.

— Você só pode estar de brincadeira.

— É sério, por que não tenta?

— Olha eu não estou aqui pra brincar de casinha ou algo do tipo.

— Pode ser interessante, tenta.

— Vai deixar eu anotar na sua prancheta também?

— Se você quiser, pode.

— Foi ironia.

Droga. Eu me pergunto se eu realmente cursei psicologia.

— De toda forma, — tentei não demonstrar o quão envergonhada eu estava. — vamos tentar.

Virei minha prancheta em sua direção juntamente com a caneta e me amaldiçoei mil vezes por isso, pois ele usava algemas. Ouvi um suspiro e um quase riso acompanhado de um "inacreditável" quando tentei disfarçadamente desvirar as coisas para não parecer que eu estava debochando de sua situação. Ser discreta sempre me pareceu complicado.

— Bom, acho que você já pode começar...

— Está certo então. Vamos pular a parte em que você conta sobre a droga da sua vida e de como seu ex namorado partiu seu coração e eu começo a dizer em que conclusão cheguei. Está bem? — eu iria opinar e dizer que não era assim que se fazia uma consulta, mas o seu "está bem" foi uma pergunta retórica. — Eu conheço o seu tipo. Você não é a primeira assim que aparece por aqui. Provavelmente está fazendo psicologia para ajudar as pessoas, mudar suas vidas, sendo que, na verdade, é frágil demais para isso e vai acabar sendo engolida pelos problemas delas até enlouquecer e vir parar aqui, gritando o quanto o mundo é ruim. Até a próxima sessão.


Notas Finais


Bom o que vocês acharam? Se quiserem sugerir algo, fiquem a vontade!!1 Comentem o que vocês acham, tirarei base nos comentários se devo continuar ou não. O meu user no twitter é ultrabadblood então vocês podem falar comigo por la se quiserem, ou não jsjsjjsjsjs.

XOXO


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