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História Manicômio (Imagine Park Jimin) - Capítulo 1


Escrita por: Berrygirl

Notas do Autor


Sim, estou enviando mais um cap. Como o prólogo foi muito pequeno, achei que deveria presentear vocês com uma cap maior.
Então, leiam ele, comentem o que estão achando do enredo e espalhe a fic para quem você acha que gostaria!
Boa leitura!

Capítulo 2 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction Manicômio (Imagine Park Jimin) - Capítulo 1

CAPÍTULO 1 

Acordo logo cedo para meu primeiro dia de trabalho. Iria conhecer ________. Se estava com um pouco de medo? Bom, pelo jeito que a descreveram, eu deveria estar muito preocupado, mas não. Estou só um pouco preocupado, principalmente com o jeito que ela vai me tratar e como vai corresponder quando eu dizer "Olá, meu nome é Park Jimin, e sou seu novo psiquiatra". Muitos dos que sofrem dessa doença tendem a não reagir muito bem ao conhecer pessoas novas, e é por isso que preciso estudar ________ antes de qualquer coisa. 

Bom, pelo o que entendi depois de ler a maioria das folhas da pasta que recebi de Seokjin, ________ tem um histórico um pouco "enjoativo" no manicômio. Mesmo estando com vigilância por vinte e quatro horas e estar presa praticamente o tempo inteiro, ela já conseguiu matar alguns funcionários. Como? Ninguém conseguiu descobrir, ela sempre o fazia em locais onde as câmeras não pudessem a capturar. Ela também já matou três dos psiquiatras que já trabalharam com ela, os restantes simplesmente desistiram de tentar ajudá-la. E sou louco o suficiente para continuar querendo tratar a cabeça de ________. 

Assim que termino de ler a folha em que distinguia os medicamentos de minha paciente, dou meu último gole de café e me retiro de meu apartamento, pegando minha moto e indo até meu trabalho. Estava ansioso, e ao mesmo tempo criavam-se mais e mais perguntas em minha cabeça. Como foi que ________ foi parar onde se encontra hoje? 

—++++— 

— Bom dia, senhor Park. - Sou recebido pela secretária de Seokjin, uma senhorinha muito gentil que me oferece uma xícara de café, porém recuso. - Senhor Seokjin disse que você deveria pegar alguns relatórios antes de visitar sua paciente. Eles se encontram na sala dele. - Afirmo com a cabeça e a agradeço pelo recado. 

Sigo meu caminho até a sala de meu chefe. Durante o caminho, vejo mais consultas dos pacientes de lá, e mais uma vez vejo as mesmas cenas: alguns estão presos, outros não. Suspiro tristemente, nunca pensei em fazer alguma consulta em que meu paciente ficasse preso feito um animal. Pra mim isso é desumano, e sempre há a alternativa de conversar normalmente com o doente, ele continua sendo um humano, mesmo sendo dominado pela loucura. 

Chego à porta e a abro sem bater, encontrando Seokjin conversando com alguém ao telefone. Ele assente com a cabeça e adentro a sala, pego os papeis em cima da mesa em que ________ estivesse fixado em alguma parte e saio rapidamente da sala para não atrapalhar meu chefe. Mal saio de lá e me sento novamente em um dos bancos do corredor, lendo o primeiro relatório à minha frente. 


Paciente: _____ ________. 
Data: 02/05/2011. 
Relatório de Consulta: 1º Dia do(a) Paciente no Manicômio. 
O(a) paciente _____ ________ tem uma face inexpressiva, os olhos não têm vida e não foi feito qualquer movimento. Responde apenas com a cabeça, seja sim ou não, e não quer responder qualquer questão sobre sua família. As únicas palavras ditas foram "fome" e "sede". Também não se lembra de como chegou até aqui. 
Assinado: Bae Hyungwon. 

Era um relatório pequeno, porém já tive a impressão de que ________ foi se abrindo conforme o tempo foi passando, que mostrou seu perigo assim que foi se acostumando com tudo, com o lugar em que dormia, com a comida de cada dia e com seus próprios psiquiatras. Peguei outro relatório, e dessa vez já havia se passado um bom tempo.

 
Paciente: _____ ________. 
Data: 15/05/2012. 
Relatório de Consulta: 380º Dia do(a) Paciente no Manicômio. 
O(a) paciente _____ ________ está completamente diferente do que era antes. A face sem sentimentos agora deu lugar para um risada forçada e olhos que brilham o tempo inteiro. Às vezes, conversa sozinho(a) e faz perguntas para si mesmo(a) sobre como foi seu dia. Já foi pego(a) desenhando pessoas com sangue espalhado por todo o corpo. 
Assinado: Bae Hyungwon. 

Segui para a próxima folha sem hesitar, queria muito saber o que aconteceu logo em seguida. A próxima folha era de uma data próxima, porém... 


Paciente: _____ ________ 
Data: 18/05/2012. 
Relatório de Consulta: 383º Dia do(a) Paciente no Manicômio. 
O(a) paciente _____ ________ está completamente diferente do que estava ontem. As conversar com si mesmo(a) aumentaram, e os vocábulos "morte", "assassinato" e "sangue" são encontrados nessas conversas. Percebi alguns cortes nos braços, possivelmente feitos por uma faca pequena e alguns arranhões nas pernas, feitos pelas próprias unhas. 
Assinado: Kim Ye Won. 

Acabo me assustando. Como em apenas três dias foi possível uma troca de psiquiatras? O que será que aconteceu com o primeiro psiquiatra de ________? Talvez ele tenha desistido, ou então a paciente deva ter feito alguma coisa para ele. Não sei como irei descobrir, mas seria muito bom saber o que realmente aconteceu. 

— Senhor Park? - Escuto a secretária de Seokjin ao meu lado me chamando. - Está na hora de sua consulta. - Engulo em seco e afirmo com a cabeça, me levantando e indo em direção à ala D. 

A ala estava completamente silenciosa. As consultas pareciam ocorrer de forma civilizada, porém não tinha como saber se os pacientes estavam simplesmente sentados ou dentro de alguma jaula. Começo a passar ao lado dos quartos, e escuto algumas coisas. 

O paciente do quarto 254 parecia não conseguir dizer palavras concretas, as falava de um jeito embolado. O do quarto 261 parecia não ter dentes, portanto as palavras saiam de um jeito estranho. Dei mais alguns passos e cheguei ao tão conhecido quarto 265, o quarto de ________. Antes de entrar, ponho meu ouvido na porta e posso escutar minha paciente cantando. 

— Eles vão te encontrar... Vão te pegar... Vão te esfaquear... E seus gritos ensurdecedores todos iram escutar... - Respiro fundo, tomando coragem para vê-la pela primeira vez. Bato na porta uma, duas, três vezes e a melodia se encerra. - Uh, tenho uma visita! - Ela bate algumas palmas e dá um risada baixa. - Entre, seja quem for! - Viro a maçaneta lentamente e coloco apenas minha cabeça dentro do quarto. - Uh, é uma visita bonita! - Dou um pequeno sorriso e entro, fechando a porta atrás de mim. - Por acaso é um novo guarda? - Ela pega uma das madeixas de seu cabelo e começa a enrolá-la em um dos dedos. 

— Não, não sou um guarda novo... - Me aproximo e me sento na cadeira à sua frente. - Sou seu novo psiquiatra, Park Jimin. - Entrelaço meus dedos e ela dá um sorriso forçado, batendo mais palmas. 

— Até que enfim! Achei que nunca mais chegaria! - Ela bate mais palmas e tenho de não me mostrar assustado com sua reação. - Sinto falta de Hyuna, ela era um amor de pessoa... - Ela faz um bico forçado e coloca as mãos nos dois lados da face. - Mas me responda! Está ansioso para nossas consultas todo santo dia? - Ela sorri mais uma vez e afirmo com a cabeça. 

— Me falaram muito de você, ________. Fiquei curioso para te conhecer. - Ela abre a boca como se estivesse impressionada e dá mais um sorriso para mim. 

— Finalmente alguém realmente enxerga o quanto interessante eu sou! - Tenho que segurar a risada. Ela parece ser muito ingênua para o quão assustadora todas pensam que ela é. 

— Que tal se você me contasse, ou melhor, se apresentasse para mim? - Pego meu bloco de notas e a encaro seu quarto sorriso forçado. 

— Antes de qualquer coisa... Posso te perguntar algo, lindo senhor Park Jimin? - Afirmo com a cabeça e ela chega mais perto de mim para sussurrar. - Por acaso você vai usar algum dos brinquedinho que Hyuna usava em mim? - Franzo a testa. 

— Quais seriam os brinquedos que ela usava com você, ________? - Ela começa a dar risada, como se lembrasse de alguma coisa. 

— Eles eram muito legais! Olha, tinha umas algemas pretas que simplesmente combinam muito com os meus olhos, uma arma de choque que era muito útil algumas vezes e até um chicote enorme! - Arregalo meus olhos. Como alguém é capaz de usar qualquer um desses instrumentos para conseguir algo dessa paciente? - Claro que foi muito mais legal usar esse chicote em Hyuna, às vezes parecia ser chato eu ser a única a usar eles! - Ela faz um bico forçado. 

— Então você usou o chicote em Hyuna? - Ela afirma com a cabeça várias vezes seguidas. - E o que ela fez pra você ter feito isso? - ________ começa a olhar para o teto e começa a rir um pouco. - O que foi? 

— Ah, elas me disseram que Hyuna queria brincar comigo de um jeito diferente. Então, eu cheguei perto dela e comecei a bater o chicote nela. Foi divertido! - Franzo a testa e continuo assistindo ________ rindo do teto. 

— ________, quem são elas? - Ela me encara como se eu estivesse falando uma bobagem e começa a rir mais alto. 

— Ah, são as vozes... Elas sempre me contam algo que as outras pessoas não querem me dizer. Então, se você quiser me contar alguma coisa, não precisa ter vergonha! Fique à vontade, e mesmo se não contar, vou acabar sabendo por elas... - Ela sorri para o teto novamente. - São minhas melhores amigas no mundo inteiro! 

— Então, já que você me apresentou para as vozes... Que tal se apresentar para mim? Como já disse, quero muito te conhecer. - Ela sorri forçado e se senta na mesa, cruzando as pernas e apoiando o queixo em uma das mãos. 

— Bom, meu nome é _____ ________, tenho vinte e três anos, nasci aqui mesmo em Seul e adoro pessoas bonitas, como você! - Ela sorri forçado de novo e termino de anotar suas palavras em meu bloco de notas. - Gosto de muitas coisas, como... O que é? - Ela olha novamente para o teto e depois de um tempo começa a rir. - Ok, depois eu conto pra ele... Bom, como eu estava dizendo, gosto de muitas coisas... Tipo os brinquedinhos que Hyuna trazia e qualquer outra coisa relacionada. - Anoto novamente e ele começa a balançar seus pés pelo ar. - Ah! Minha cor favorita é qualquer tom de vermelho, principalmente o de sangue... - Ela lambe os lábios e estala a língua no final. - Só de pensar... Dá até água na boca! - Termino minhas anotações e volto a encarar ________. 

— Me diga, o que elas queriam que você me contasse? - Ela começa a rir, colocando a mão em sua barriga. 

— Ah, elas só queriam que você soubesse que gostaram muito de você. - Ergo as sobrancelhas e ela me dá mais um sorriso forçado. - É o primeiro de todos os meus psiquiatras que elas já gostaram. - Anoto isso em meu bloco de notas e volto a encará-la. - Até me disseram que eu não deveria brincar com você... - Franzo a testa. 

— Brincar comigo? - Ela afirma com a cabeça várias vezes e leva um indicador para meu queixo. 

— Elas falam que só posso brincar com as pessoas feias. Como você é bonito, igual à mim, não posso brincar com você. - Ela respira fundo. - É uma pena, mas vai ser bom. Posso conhecer novas coisas! - Ela sorri forçado. 

— Foi muito bom ficar com você agora, ________, mas eu vou ter que ir. - Ela faz um bico forçado. - Gostei de te conhecer, nos vemos amanhã. - Fico de pé, e antes que eu possa dar as costas, recebo um beijo na bochecha por minha paciente. 

— Tchau, lindo senhor Park Jimin! - Ela dá mais um sorriso forçado e saio da sala trancando a porta. Antes de seguir pelo corredor, deixo meu ouvido na porta para ouvir o que ela fazia. E ela estava cantando novamente. - Eles vão te encontrar... Vão te pegar... Vão te esfaquear... E seus gritos ensurdecedores todos iram escutar... - Respiro fundo e sigo o corredor, lendo mais um relatório. 


Paciente: _____ ________ 
Data: 26/06/2011. 
Relatório de Consulta: 56º Dia do(a) Paciente no Manicômio. 
O(a) paciente _____ ________ agora come normalmente. A única coisa estranha que pode ser notada é que ele(a) come algumas coisas cruas, principalmente carne. E sempre prefere que esteja com muito sulco de sangue. Ele(a) também começou a desenhar a própria face, com um grande sorriso e também algumas lágrimas ao mesmo tempo. Posso sentir que ele(a) está se sentindo mais seguro(a) perto de mim. Estamos criando alguma ligação entre nós. 
Assinado: Bae Hyungwon. 

Parece que por pelo menos um mês, ________ ainda não conversava com vozes. E ela parecia ser um pouco mais sentimental, já que tinha essa ligação com seu psiquiatra da época. Mas isso me deixou mais intrigado... Se eles estavam tendo alguma ligação, por que ele acabou não sendo mais seu psiquiatra depois de praticamente um ano? 


Notas Finais


E então? O que acharam?


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