1. Spirit Fanfics >
  2. Manicômio (Imagine Park Jimin) >
  3. Capítulo 2

História Manicômio (Imagine Park Jimin) - Capítulo 2


Escrita por: Berrygirl

Notas do Autor


Oie pessoal! Meu Deus, 70 favs em apenas dois capítulos? Eu estou pirando, Senhor me ajuda! Já não basta a Big Hit fazendo um jogo comigo, essas pessoas tem que me deixar mais louca ainda? Calma, eu ainda amo vocês...

Enfim, vamos ao cap novinho!

P.S.: só não coloquei o que a sigla TAG significa porque com o tempo, a fic irá explicar melhor essa parte da história.

Capítulo 3 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction Manicômio (Imagine Park Jimin) - Capítulo 2

CAPÍTULO 2 

Chego em casa completamente acabado, dor nas costas e a história de ________, que está trancada num cofre à sete chaves, não saia de qualquer forma de minha cabeça. E isso só piora minha mente, não consigo processar as coisas por completo com a grande dúvida: a causa de ________ estar no manicômio. 

Fecho a porta atrás de mim e caio de cara no sofá. Meu corpo queria que eu dormisse pelo resto do dia livre que eu tinha, porém meu cérebro dizia que o melhor era ler mais alguns relatórios para ver se alivio um pouco o meu peso na consciência. Antes de qualquer decisão, pego uma aspirina para a possível dor de cabeça que eu provavelmente teria e a tomo com uma xícara de café em apenas um gole. Pego todas as minhas informações e um caderno para anotar tudo o que precisava. 

Resolvo começar pela pasta. Por mais que eu já tivesse a lido, precisava revisar e ver se havia perdido algo de importante. Passo a página de sua ficha e vou para a página de depoimentos da paciente. 

"Não quero conversar com vocês. A única coisa que eu quero é paz. Entenderam?! Paz! P-A-Z, é exatamente assim que se escreve. Eu não sou louca, não preciso ficar em um manicômio como uma desolada. Não é porque a minha família inteira está completamente longe de mim, não é porque estou praticamente sozinha agora, que preciso de psiquiatras ao meu redor o tempo inteiro. Eu juro para vocês... Sou uma pessoa normal, como qualquer outra. Não quero ser tratada como um animal igual vocês fazem com as pessoas daqui. Enquanto estiver aqui, não vou dar nenhuma explicação para vocês. Quem merece explicação por aqui sou eu... Qual o motivo para eu ficar presa aqui? Eu quero minha liberdade!!!" 

Fico de olhos arregalados. Como não pude prestar tanta atenção nisso? Talvez tenha sido minha ansiedade em conhecer ________, ou até mesmo porque virei a noite pensando em quais perguntas faria ou até mesmo criando imagens do que poderia acontecer, como minha paciente reagiria ao me conhecer. Ainda bem que tive a ideia de rever tudo...  

Viro a página novamente, encontrando a descrição de como ________ chegou aqui. Dei uma pequena lida, porém nada de interessante se encontrava. A única coisa que preciso tomar nota é de que ela chegou normal. Não haviam descrições preocupantes, e ela parecia estar como uma pessoa normal, não tinha marcas de sangue, ou expressões que a faziam notar como insana. É, as complicações estão começando a surgir... 

A próxima página se encontrava com os pertences que vieram junto de ________. Nada de muito importante... Celular, carteira, documentos, um espelho, um batom e uma notinha de mercado. Nada que desse a calhar alguma coisa fora do comum.  

As quatro páginas seguidas estavam cheias de fotos dela, fotos de desde que estivera no manicômio. E com elas, pude notar as mudanças em que ________ começou a ter a partir de um ano no lugar onde está. Ela chegou como alguém normal, porém com o tempo começou a "ficar invisível". Olhos vazios, pele pálida demais, rosto inexpressivo. Porém, assim que mudou de psiquiatra, voltou à mesma imagem, porém triplicada. Os olhos mostravam um brilho inexplicável, o mesmo sorriso forçado que havia visto hoje, a pele corada com intensidade, os cabelos até mesmo ganharam um pouco de volume! Respiro fundo, e apenas desisto de pensar no que aconteceu. 

Logo em seguida, vi pela vigésima vez a tabela de medicamentos. Fiquei a encarando por um tempo, até decidir pesquisar para que cada um servia, e sua descrição.

 
Abilify: Medicamento utilizado por pessoas que sofrem de esquizofrenia, incluindo nela alucinações, desconfiança e ilusões. 
Citalopram: Medicamento utilizado por pessoas que precisam de tratamento de depressão. 
Diazepam: Medicamento utilizado para aliviar ansiedade e espasmo muscular. 
Carbamazepina: Medicamento utilizado para tratar crises compulsivas (epilepsias). 
Escitalopram: Medicamento utilizado para tratamento do TAG. 

Fico de olhos arregalados. Mas por que raios que minha paciente toma esses remédios? Tudo bem que algum deles parecem ser necessários pelo o que ________ faz, porém ela só deveria estar se medicando com eles se fizessem efeito. Para mim, ou ela precisa de algo mais forte ou então a dosagem deve aumentar. Ou então o remédio esteja fazendo efeito reverso. Ainda não consigo acreditar nesta tabela... Principalmente a parte em ________ se tratar por TAG! 

Viro a página e encontro a lista de pessoas que eram/são mais próximas de ________. No caso, só haviam pessoas que eram próximas. Franzo a testa, não entendendo o motivo de não terem acrescentado seus parentes ou amigos próximos. Nela, se encontravam os pais, Kim Namjoon e Kim So-hyun, o irmão adotivo Min Yoongi e um amigo, Jung Hoseok. Fico encarando cada nome, não entendendo o por que deles estarem como próximos antigamente. 

E eu já estava pirando, como já havia pensado. Vou para a cozinha tomar mais um café, olho para o relógio e vejo os ponteiros marcando as onze horas da noite. Suspiro alto. Eu deveria ir para a cama, tinha de acordar cedo para o trabalho, precisava criar meu relatório de consulta de hoje e ainda por cima programa a consulta do dia seguinte. Levo meu olhar para a mesa cheia de papeis, olho pro relógio, olho pro meu café. Dou de ombros, termino minha bebida quente e vou para a minha cama, deixando a mesa bagunçada e minha cabeça explodindo de dor. 

E, mesmo tentando dormir, ________ não saia de minha cabeça. Eu precisava mesmo saber o que aconteceu. 

—++++— 

Entro na sala de Seokjin para deixar meu relatório de ontem, que acabei por fazer correndo enquanto tomava meu café e mais uma aspirina, e vou diretamente para a ala D visitar ________. Passei pelo mesmo corredor, ouvi as mesmas vozes esquisitas das salas, e assim que pousei meu ouvido na porta de minha paciente, a escutei cantando a mesma melodia, porém os versos eram completamente diferentes. 

— Ninguém pode saber... Sua mente com certeza irá tremer... Seu corpo irá me temer... Porém eu continuarei a lhe ter... - Respiro fundo e abro a porta, colocando meu corpo por inteiro dentro da sala. - Ah, bom dia senhor lindo Park Jimin! - Ela bate mais algumas palmas e dá um de seus sorrisos forçados.  

— Bom dia, ________. - Me sento na mesma cadeira de ontem e ela pega uma revista para mim. Não sei de onde surgiu ela, porém continuei quieto. - Sobre o que essa revista fala, ________? - Ela estala a língua e se põem de pé à minha frente, enrolando uma mecha de cabelo em seus dedos. 

— Ah, fala de muitas coisas... Ela é bem velha, mas eu adoro ler ela! - Ela dá alguns pulinhos e aponta para mim, em seguida, a manchete principal. - Foi a primeira vez que apareci em alguma coisa! - A encaro, vendo seu sorriso forçado, e levo meu olhar para o título em questão.  

"Garota de 16 anos, _____ ________, consegue medalha de ouro em competição de Natação pela Sub-15 de Seul" 

— Então quer dizer que você gostava de nadar? - ________ afirma com a cabeça repetidas vezes e dou um pequeno sorriso, abrindo a revista na página em que continha a notícia. 

— Eu amava a água. Ainda gosto muito dela, sabe? - Afirmo com a cabeça e encaro a foto em que ________ sorria para a revista. 

Ela parecia muito feliz. Seus traços eram mais infantis, os olhos continuavam com o mesmo brilho e na época ela usava aparelho dental. Estava com uma daquelas toucas que nadadores profissionais usam e segurava sua medalha ao lado da cabeça. 

— Quem te deu a ideia de fazer natação? - Ela engole em seco e é aí que percebo o que tinha acabado de fazer. Uma pergunta sobre seu passado. A encaro novamente, morrendo de medo que ela tivesse algum ataque em que nunca havia visto, porém ela apenas sorri. Um sorriso normal. 

— Ah, senhor lindo Park Jimin... Não leu as folhinhas da minha pasta, não é mesmo? - Arregalo meus olhos. Como ela sabe que... - Acha mesmo que cinco anos aqui não me fariam descobrir o que todos vocês pensam sobre mim? - Engulo em seco. Como é que ela mudou assim, da água para o vinho? ________ começa a se aproximar de mim em passos lentos, com os olhos semicerrados. - Você realmente não me conhece ainda... - Nossos rostos ficam muito próximos e ela encara meu nariz. Assim que ela abre a boca para me responder mais alguma coisa, seus olhos vão diretamente para a minha boca e depois para o teto. - O que foi? - Depois de um tempo ela começa a sorrir do nada. - Ok, deixe eu me acalmar... - ________ se distancia de mim e volta a mexer nos cabelos. 

— O que... - Ela começa a rir e me dá mais um sorriso forçado. 

— Vamos apenas continuar nossa consulta, tudo bem? - Ela deixa seus olhos bem abertos e finge um bico. 

— Ok... - Mexo em meus papeis. - Poderia me dizer o que acha sobre os seus remédios? - Ela franze a testa, parecendo não entender minha pergunta. - Fiz algumas pesquisas ontem e comecei a perceber que muitos deles não estão completamente corretos para você... - Ela suspira e chega mais perto de mim, passando as unhas por minha bochecha. 

— Ninguém te contou? Eu não sou muito fã de ficar comendo comida. - Franzo a testa. Ela respira fundo e põem meu rosto entre suas duas mãos cálidas e frias. - Eu me alimento desses remédios... - Arregalo meus olhos. Como assim? - Digamos que quando eu como demais, eu fico um pouquinho... "Fora do normal". - Ela olha para o teto e começa a rir sem parar. ________ volta a me encarar e suspira. - Me desculpa, piadinha interna... - Ela aponta para cima e então me lembro delas. As vozes. - Enfim, depois da última vez que me alimentei de certa forma, eles começaram a dar esses remédios como refeição. - Continuo com a mesma expressão. - Sabe, eu não tomo eles apenas por alguma coisa que aconteça comigo, para aliviar algo. Eu apenas os tomo como se fosse comida para que algo de pior não aconteça. - Respiro fundo e anoto isso em meu bloco de notas. 

— E você apenas os toma? Bebe alguma coisa, come alguma coisa decente... - Ela nega com a cabeça. 

— Apenas água. Sabe, refrigerante engorda e aqui nem tem, então não peço... - Ela suspira alto e se senta na mesa. - Só queria um chocolate de vez em quando. Continuo sendo mulher, então tenho minhas fases de TPM, preciso de alguma coisa pra me desestressar! - Ela joga os braços para o ar. - Se bem que ver alguém sofrendo de vez em quando me faz me sentir melhor... - Continuo anotando tudo o que ela estava falando. 

— Ok, ________... Vou ter que ir agora. - Ela força um bico. 

— Promete que vai voltar aqui amanhã? - Afirmo com a cabeça e ela bate palmas, vindo em minha direção e dando um beijo em minha bochecha. - Ai, que bom! Elas também agradecem por vir aqui me visitar! - Ela dá um sorriso forçado e dou um simples, me levantando, e antes que fizesse qualquer coisa, ela vem até meu ouvido para sussurrar. - E só pra você saber: meu irmão que me levava para nadar, por isso comecei. - A encaro e vejo seu sorriso forçado, dou as costas e vou indo em direção até a porta. - Até amanhã, senhor lindo Park Jimin!  

— Até, ________... - Saio e já me posiciono para ouvi-la cantar. E foi exatamente isso o que aconteceu. 

— Ninguém pode saber... Sua mente com certeza irá tremer... Seu corpo irá me temer... Porém eu continuarei a lhe ter... - Respiro fundo e saio pelo corredor, indo para o andar de cima tomar um pouco de café. 

Então o irmão adotivo de ________ que a levava para nadar? Ele que deu a ideia de que ela começasse a usar o nado como um passatempo? Mas e os pais, eles a apoiavam? ________ se sentia bem com o irmão, que simplesmente entrou na sua vida sem ao menos ter o mesmo sangue que ela? Dúvidas, perguntas, questões... Isso estava me rondando, e elas aumentavam a cada dia que se passava. Sinto que estou ficando mais confuso...


Notas Finais


E então? O que acharam?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...