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História How Far Does The Dark Go? - Capítulo 20 - A garota de Azul I


Escrita por: SlendernaticaBR

Capítulo 21 - Capítulo 20 - A garota de Azul I



      Rebeca POV
   Já era tarde, não queria deixar a praça, estava confortável ali, observando as pessoas passarem e o tempo acelerar.
   O céu estava bem escuro, se não fosse pela lua, iria me perder no caminho de volta para os garotos. Eu poderia usar o teleporte, mas gostava de caminhar um pouco. Isso me ajudava a pensar mais claramente.
   Hoje mais cedo, havia feito um pequeno plano em minha cabeça,  para tentar convencer Slender a me deixar em paz, pacificamente. Era complicado, não impossível. Só precisava de um pouco de magia e informações. 
   Masky, apesar de seus poucos momentos comigo e Jeff; assim como Eyelless, soltou algumas informações úteis sobre Slender, que viria a calhar.
   Durante meu reencontro com Priscila,  aproveitamos para buscar saber mais de Slender. Começamos pelo mais óbvio, olhando em vários sites da Internet. Existem milhares de versões, umas mais polêmicas do que as outras.
   Algumas diziam que Slender sequestrava crianças e as devorava. Outras diziam que ele só  às sequestrava para serem umas de seus proxys.
   Decidi ir bem mais afundo em tal pesquisa. Iria até Scary se necessário. Acho que estou pronta para usar meus poderes corretamente.
   Troquei minhas roupas em um estalar de dedos. Se iria passar horas e horas trabalhando em algo, precisava de algo mais confortável.
   Continuei caminhando pela floresta, deslizando o dedo na tela do celular, enquanto lia algumas matérias sobre Creepypastas e coisas relacionadas.
   - Está tarde.
   - Que susto! - gritei largando o celular e pondo a mão no peito. - O que faz aqui, Jeff?
   - Fiquei esperando você voltar.
   - Onde estão os outros?
   - Acharam uma casa, estão descansando antes de prosseguir caminho.
   - Entendo... Estou exausta! - bocejei, encostando no tronco de uma árvore e deslizando até o chão. Apaguei instantâneamente e acordei só no outro dia.
   Em meus sonhos, estava dentro daquela mansão em que Splendor me prendeu, cercada por corpos. Havia um espelho em minha frente, refletindo meu reflexo. Levantei o braço para tocar. Senti as peles se juntando uma na outra. Aquilo não era um espelho!
   Dei um pulo e acordei no mesmo local e posição em que estava. Jack e Jeff conversavam um pouco afastados. 
   Afastei a terra de minhas roupas e fui pegar algo para comer, dentro da bolsa. O instante que toquei na bolsa, senti meu pulso arder como nunca.
   Apertei, tentando amenizar a dor. Até  minha visão desfocar e ver coisas e lugares bem diferentes. 
   Havia dois seres, sem rosto como Slender. Uma mulher adulta e uma adolescente. Por não terem rosto, era difícil adivinhar suas possíveis idades.
   Elas não pareciam muito bem... Notei que a face vazia, onde deveria haver um rosto, estava mundando. Pensei que iria formar um rosto de vez, até que começaram a convulcionar.
   Coloquei minhas mãos em seus pulsos, concentrei toda a minha energia. Fechei meus olhos, tentando não me cegar com tamanha luz.
   Uma onda veio de encontro a mim como um baque. Fui parar do outro lado da sala. Abri meus olhos e havia uma figura parada em minha frente.
   Alta, cabelos negros com luzes azuis, que combinavam com seu casaco. Se não fosse pelo seu rosto, não saberia dizer quem era.
   - O que pensa que está fazendo? - sua voz ecoou por todo o quarto.
   Levantei ligeiramente, limpando um traço invisível de sangue em minha boca.
   - Elas estão morrendo!  Só queria ajudá-las.
   - Mal recuperou seus poderes e já quer fazer feitiços de cura? Sabe o risco! E ainda para curar parentes de seu inimigo! 
   - Eles são do nosso mundo! Querendo ou não, é o meu dever protegê-las.
   - Não acredito que a pessoa mais sangue frio que conheço, está amolecida com isso. - Ela me virou abruptamente para um espelho, mostrando-me nosso reflexo. Estava usando as mesmas roupas que ela, mas as minhas eram vermelhas. - Já se esqueceu quem você é de verdade, Rebeca?
   - Eu nunca me esqueci! Nenhuma linha do meu histórico. Mas não é quem eu devo ser agora.
   - Quanto tempo acha que consegue esconder deles? Quanto tempo acha que pode aguentar sem sangue em suas mãos?
   - O suficiente! - afastei ela de mim e fui em direção as duas, continuei tal magia, até que elas acordassem.
   - Não sei quem são vocês, provavelmente nem irão se lembrar de mim, mas espero que melhorem. Não conseguiria explicar o motivo de sentir tal afeto por vocês...
   Cai no chão desgastada. Demoraria um pouco para recuperar as forças. Feitiços de cura desgasta bastante alguém. Dependendo da pessoa e a situação, pode-se até morrer.
   Respirei fundo, contei até quatro e me levantei. Chequei as duas e ambas pareciam bem melhor do que segundos atrás. Não muito longe, consegui ouvir passos apressados em nossa direção. Me escondi atrás de um armário, onde era um pouco escuro.
   A porta se abriu, tentei não fazer nenhum tipo de barulho ou ruído. Meus ouvidos ficaram estáticos, aquele só podia ser Slender.
   Me surpreendi ao vê-lo do lado das duas mulheres. Só então me caiu a ficha, acabei de salvar a família dele!
   - Quem está ai? - iria gritar com o susto, mas sinto uma mão tapar minha boca e ser teleportada para outro lugar.
   - O que você fez? - Jeff me segurou pelos ombros, com tanta brutalidade que nem conseguiria descrever. - Rebeca? O que você fez lá do outro lado?
   - Como conseguiram me tirar de lá?
   - Fui eu! - Splendor surgiu dentre as árvores. - senti que estava em apuros.
   - Não fuja do assunto! - Jeff começou a gritar novamente. - O que você fez com elas? Slender vai ficar furioso se souber que foi lá.
   - Eu as salvei! Não as machuquei, só as salvei!
   - Como assim?
   - Vi que estavam morrendo, não sabia o motivo, mas não pude ficar parada e vê-las apodrecer enquanto agonizavam de dor...
   - Por um momento, pensei que você tivesse... - Eyelles começou a se pronúnciar e logo se calou.
   - Quem são elas? - perguntei.
   - São a esposa e a filha de Slender.
   Ele têm família? Isso era difícil de acreditar. Prefiro nem entrar em detalhes, mas essa novidade me deixou realmente perlexa de mais. Masky me fez o favor de explicar toda a história, me perdi em algumas partes e em outras eu compreendi facilmente.
   Não sei o que esperar daqui pra frente.
   [...] Entrei na lanchonete, sentei em uma das mesas próximas à janela. Uma garçonete veio e me serviu um copo de café, aproveitando e anotando meu pedido. O clima do lado de fora estava bem chuvoso.
   Era por volta das 2 da tarde, balançava as pernas constantemente de baixo da mesa. Olhei no relógio em meu pulso, marcava 2:25. Onde ela estava?
   - Aqui está seu pedido! - agradeci a garçonete e voltei minha atenção para janela.
   Estava surtando por dentro e por fora. Estava tão distraída que levei um susto ao ver e ouvir duas pessoas batendo de frente e caindo no chão. Um garoto trombou com a garçonete e eles caíram no chão. Um copo de vidro se quebrou e o garoto cortou o braço em alguns cacos.
   Prendi minha respiração, tentei evitar ao máximo o cheiro do sangue. Levantei e fui até o banheiro lavar meu rosto.
   - Vai ficar tudo bem! Você só precisa manter acalma. - repeti milhares de vezese até me convencer.
   Voltei para mesa e notei uma nova presença lá.
   - Nossa, você está péssima! - foi seu primeiro comentário ao me ver.
   - Por que demorou tanto?
   - Teleporte demora! Principalmente se for do outro lado do mundo.
   - Não vou nem perguntar onde estava e o que estava fazendo. Precisamos ir direto ao assunto.
   - Vai comer isso? - empurrei o prato com um pedaço de torta para ela. Bufei enuanto cruzava os braços e esperava ela levar o assunto á sério. - Onde estão seus amiguinhos?
   - Os outros foram para Scary, enquanto Jeff e Eyelles estão atrás de alguma coisa.
   - Decisão perigosa, ficar sozinha com um ser atrás de você.
   - Acho que não entendeu a gravidade do problema. Eu salvei a família de Slender aquele dia, apesar dele não saber, tenho crenças de que ele não é o nosso maior inimigo.
   - O que está sugerindo?
   - Algo está vindo, algo grande!
   A energia do recinto caiu. Todos se assustaram, enquanto nós duas nos mantivemos firmes. Abaixei um pouco, retirei um pequeno papel de minhas botas. Entreguei em suas mãos e deixei que analizasse livremente.
   - Uma última pergunta, antes que eu resolva isso! - apontou para o pequeno papel - Eles sabem?
   - Sobre o que?
   - Nós!
   - Desculpe, Jéssica. Mas eles não têm nenhuma noção de que você existe. - peguei meu guarda-chuva, deixei o dinheiro da comida na mesa e saí pela rua.
   Meus olhos ardiam, de tal forma que eu nem conseguiria descrever. Em alguma vitrine qualquer, olhei meu reflexo e percebi meus olhos vermelhos. Isso não era um bom sinal. Talvez foosse melhor voltar ao hotel em que estava hospedada.
   Larguei o guarda-chuva ao lado da porta, tirei meu casaco e o pendurei, sentei no sofá e descansei o máximo que podia. Uma luz surgiu e na minha frente surgem Jeff e Eyelles. Foquei no grande livro nas mãos de Jeff.
   O retirei de suas mãos e analisei cada mínimo detalhe. Suas escrituras eram como a criação e a destruição ao mesmo tempo.
   Coloquei sobre a mesinha de centro, o mesmo foheou-se sozinho, até parar em uma página de feitiços. Algo pingou sobre a página, era uma gota de sangue. PEnsei que não seria meu, pois era vermelho, mas percebi que saía de meus olhos.
   - Rebeca? - Jeff colocou o braço sobre meu ombro. - Seus olhos estão...
   - Eu sei, isso não é bom sinal. Acharam mais alguma coisa?
   - Slender está louco atrás de quem curou a sua família. E você nem é a principal suspeita.
   - E as coisas em Scary?
   - Por decreto, ele, os irmãos e outros 2 irão assumir o poder.
   - Splendor deve ter ficado feliz com isso, nem precisou da minha ajuda.
   - Você está pior do que semanas atrás. Não quer contar para mim o que acontece com você.
   - Não tem nada acontecendo.
   - Não mesmo? Então, quem você foi encontrar na lanchonete agora pouco?
   - Quem eu vejo e por quê eu vejo, não deveria ser da sua conta.
   - Se acalmem, discutir não vai nos favorecer em nada, além de chamar a atenção das pessoas do hotel.
   Sabe quando você está fora de si? E faz algo sem pensar? Eu praticamentei voei para cima de Jeff e o ataquei. Eyelles tentava a todo custo nos separar. A briga estava ficando muito séria, até o momento em que as coisas começaram a tremer.
   Jeff ficou por baixo de mim, tentei socá-lo, ele foi mais rápido e segurou meus pulsos. Me jogou para o lado. Bati minhas costas na mesinha de centro, foi uma dor horrível. Não consgui levantar por breves momentos.
   Ele pegou a faca tão rápido, que eu não consegui evitar. Senti uma dor terrível, ele acertou próximo ao meu estômago. Eyelles conseguiu intervir e o lançou do outro lado da sala. Agonizei até o momento que apaguei.
   [...] Acordei com uma luz branca em meus olhos. Estava no quarto de hotel ainda. Me remexi um pouco, estava meio zonza. Ouvi várias vozes ao meu redor, estava tão alucinada, que pensei ouvir as paredes falando.
   Seria algo muito mais do que bizarro.
   Levantei lentamente, percebi que a cama estava infestada de sangue. Meus olhos se encheram de lágrimas, eu estava realmente espantada com o que aconteceu.  Pressionei a mão sobre o ferimento. Andei até a sala, la só se encontrava Eyelles.
   - Onde ele está?
   - Não deveria estar de pé! Perdeu sangue de mais.
   - Cadê o Jeffrey? - repeti.
   - Mandei ele sair, para esfriar a cabeça enquanto
   - Enquanto mata inocentes por ai. - ele se calou.
   - Não podemos ficar aqui, parados, devemos prosseguir caminho.
   -  Você ainda está sangrando, não vamos a lugar nenhum.
   - Não entende, Jack? Algo está vindo. Algo grande. Sinto que, se ficarmos parados, isso pode matar a gente.
   - Quem?
   - As trevas, as trevas estão chegando.
   Jeff POV
   Sai de mais uma casa, creio que foi o suficiente para me manter mais calmo. Não conseguiria voltar ao hotel com a cabeça quente. Demos sorte por Jack estar lá para me deter. Em minha caminhada de volta para o hotel, algo me fez parar. A mesma pessoa que estava com Rebeca na lanchonete mais cedo, estava bem na minha frente. Ao menos eu acho que é a mesma pessoa. Usava um casaco azul com capuz.
   Escondi meu rosto com o capuz e segui tal garota. Chegamos na entrada de um parque que tinha acesso à floresta. Ela abaixou o capuz e soltou os cabelos, que percebi serem castanhos claros. Ainda não conseguia ver seu rosto, mas ela me sooava bem familiar. 
   - Por que está me seguindo? - me surpreendi ao ouvir sua voz.
   - A quanto tempo sabe que estou te seguindo?
   - Faz uns 10 minutos. 
   - Como conhece Rebeca?
   - Somos... amigas de longa data.
   - Me mostre seu rosto!
   - Não está pronto para vê-lo ainda, queridinho.
   - O que têm de errado com ele?
   - Nada comparado ao seu. Meu rosto é completamente perfeito.
   - Então, vire-se!
   - Não dessa vez, Jeff.
   Ela sumiu em um piscar de olhos. Não faço ideia de quem seja, mas devo achá-la. Até lá, devo me preocupar com as coisas ao meu redor.
   Como, por exemplo,  aquela vadia me trouxe de volta para Scary. E as coisas não estavam muito boas por aqui, principalmente na capital. Parece que uma rebelião de monstros está acontecendo.
   - Jeff? O que faz aqui?
   - Smile? Eu é que te pergunto!
   - Uma bruxa me achou no outro mundo e lançou um feitiço para que eu voltasse para cá.
   - Creio q isso acabou de acontecer comigo também... - observei toda aquela guerra, sem entender nada - o que se passa aqui?
   - O Superior adotou novas medidas.
   - Como assim?
   - Um julgamento.
   - Que tipo de julgamento? 
   - Se você não segue as regras de Scary, é executado publicamente no mesmo dia na frente de todos do estádio. 
   - Fizeram um estádio só para isso?!
   - Por incrível que pareça, sim.
   Me desviei de vários monstros que tentavam se matar. Todos estavam divididos entre os que aceitam tal lei e os que não aceitam.
   Isso seria uma verdadeira bagunça. 
   - Slender passou dos limites. - comentei comigo, mas Smile acabou por ouvir.
   - O que? Não! Isso não foi obra de Slender e seus irmãos. Foi de alguém superior a eles.
   - Não me diga que ELE também é um superior.
   - As coisas estão piores do que você imagina.
   - Preciso avisar ao Jack sobre isso.
   [...] - Acho que não entendi direito! ELE está no poder em Scary e decretou pena de morte? É isso? - Jack gritou.
   - Quem é esse tal ele que você tanto falam?
   - Você estava certa, Rebeca - ele começou a dizer, pondo uma expressão de dúvida no rosto de Rebeca. - As trevas estão vindo.
   - E o que devemos fazer?
   - Vocês dois nada! Porque se ele os pegar, serão mortos. Existe um lei rigorosa entre proteger humanos.
   - Não sou totalmente humana, nem vocês. E eu sou a escolhida, posso tura-lo do poder quando bem entender. 
   - Pode, mas não no momento. 
   - O que fazemos, Jack? - perguntei.
   - Sinceramente? Não faço idéia.
   Me joguei no sofá, derrotado. Apaguei tão rápido que não consegui ouvir os dois debatendo sobre o assunto.
   Estava ouvindo apenas zumbidos e quando acordei, já haviam se passado horas.


Notas Finais


Confiram o trailer da fanfic: https://www.youtube.com/watch?v=XMHr8t5lt-E
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