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História Manual de Sobrevivência Social do Seung-hyun - Las meninas


Escrita por: gdwaifu

Notas do Autor


Porque quem é vivo sempre aparece!
Me perdoem a demora, são tempos difíceis.

Caso eu continue Literate, vou intercalar os capítulos das duas fanfics, apesar que faltam apenas 2 para terminar essa!

Espero que gostem!

Capítulo 3 - Las meninas


Fanfic / Fanfiction Manual de Sobrevivência Social do Seung-hyun - Las meninas

Terceiro item: jamais se envolva com alguém do seu trabalho.

 

Choi Seung-hyun olhou para baixo, para o corpo esguio sob si, e o puxou com força pela cintura, ao mesmo tempo que investia contra ele. O vislumbre das costas revestidas com o terno caro – Armani – faziam com que pensasse que a roupa provavelmente teria custado mais do que seu apartamentinho naquela ruela suja no centro da cidade. Não que isso lhe incomodasse, afinal, não havia nada mais incontrolável que um viado com dinheiro.

Porque essa era a realidade de Hae-joon desde que Tabi o conhecera. Era mais velho por um ano, isso além de ser mimado, insuportável, gentil e excepcionalmente dotado de uma beleza natural. Era inconsequente também, mas essa era provavelmente a maior sorte que Seung-hyun tinha.

A princípio, não achou que fosse uma boa ideia; era jovem, excitado pelo estágio bem pago, era também cheio de ética.

Mas um caso com o filho do chefe começou a ser uma boa ideia no momento em que o contrato do estágio foi chegando ao fim e sua mãe se casou outra vez.

É claro que o casamento de mamãe não era um problema para Seung-hyun, gostava de sua velha e a queria feliz. Apenas se sentia desconfortável com o fato de que sua boa disposição física também sugeria muito sexo no quarto ao lado.

E Seung-hyun odiava pensar que sua mãe fazia sexo. Para ele, todas as mães eram santas.

Por isso se mudou. Arrumou para si uma kitnet bem localizada, porém com muitos problemas de infiltração. E também começou a sair com o filho do chefe, porque isso lhe garantia uma posição de trabalho além do contrato de estágio.

Não queria se aproveitar de Park Hae-joon daquela forma, sério. Mas por mais astuto que o hyung pudesse ser, possuía também um sorriso de gato e uma voz manhosa que gostava de gemer seu nome durante o sexo. De início, jurou para si mesmo que não passaria daquela vez em que o superior o seduziu no banheiro, perto do fim do expediente em uma sexta-feira.

Ele realmente chega a dizer: belo pênis. Sendo que, até então, Seung-hyun acreditava que isso só acontecia em filmes e mangás.

Todavia, houveram outras vezes. A oportunidade de ouro também não se demorou a chegar.

Seunghyun-ah, o que acha de um cargo fixo no Museu?

Seu cargo ao menos tinha um nome oficial, mas Tabi gostava de se dizer assistente cultural. Gostava de conduzir as pessoas pelas galerias, organizar as obras e catalogá-las. Às vezes, ousava imaginar que um dia chegaria ao ilustríssimo cargo de curador.

Quem sabe? Ele até mesmo era fã dos superlativos.

Em geral, todos os staffs e funcionários gostavam dele, fingiam não julgá-lo. Mas Seung-hyun não era ingênuo, sabia o que diziam por trás; chamavam-no de “o secretário do chefinho”; sugeriam que ele e o chefinho eram assim, meio esquisitos. Dizem até que jogam p’ro outro time.

- Então... – Hae-joon começou, deslizando para fora do banheiro particular que havia em seu escritório. – O que aconteceu?

Seung-hyun, que já havia ajeitado as calças e se livrado da camisinha, permanecia recostado à escrivaninha de Hae-joon, o cigarro nos dedos e seus olhos na janela de vidro.

- Por que a pergunta? – ele lançou um olhar para o mais velho, imaginando por que aquele homem gostava tanto de si.

Hae-joon sorriu, parando ao seu lado antes de tomar-lhe o cigarro.

- Geralmente você nunca está tão disposto de manhã – observou após tragar o cigarro.

Seung-hyun deu de ombros; sabia que Hae-joon gostava de partilhar o cigarro com ele porque dizia que tabaco faria mal a sua saúde. Melhor meio cigarro do que um inteiro. O hyung dizia.

E Tabi entendia que o afeto do herdeiro por si, saíra do controle há um bom tempo e que talvez por isso, não sentia vontade de contar-lhe o verdadeiro motivo de seus ânimos.

Ou as lembranças da noite passada.

- Por que? – Seung-hyun abriu-lhe um largo sorriso. – Achou ruim?

Hae-joon cruzou os braços, rindo.

- Achei ótimo – disse, finalizando o cigarro e apagando-o no cinzeiro.

- Eu sou bem disposto de manhã – disse Seung-hyun por fim, se afastando da mesa para se espreguiçar.

Hae-joon o encarava com aquele sorriso felino nos lábios.

- Bom, eu nunca tive a oportunidade de ver – o mais velho olhou seu reflexo na janela de vidro, levando as mãos até a gravata para ajeitá-la. – Mas não seria uma má ideia.

Seung-hyun o observou, sem entender.

- Você sabe, acordarmos juntos e tudo o mais... Sem contar os cochilos nos motéis – o hyung terminou de refazer o nó da gravata e se endireitou, aproximando-se de Seung-hyun com as mãos nos bolsos. – Eu não sou bom cozinheiro, mas você sabe o quanto gosto de dar, posso ser útil.

A risada grave que escapou pela garganta de Tabi foi levemente hesitante, mas o tom passou despercebido por Hae-joon que esticou os dedos para segurar-lhe a gravata.

Seda chinesa, corte italiano; um presente de aniversário.

- Seu pai não acharia nada agradável um novo hóspede na sua casa... Na verdade, imagino o quanto ele amaria saber que seu primogênito é bicha – Seung-hyun riu. – E você odeia meu apartamento.

Hae-joon assentiu com a cabeça, inclinando-se para Seung-hyun antes de beijar-lhe os lábios.

- Então talvez nós devêssemos comprar um apartamento para nós dois.

 

-

 

O museu nunca ficava cheio às quintas-feiras. Exceto, talvez, quando as escolas reservavam um tour completo pelas novas exposições. Não que tivesse grande aversão às crianças, pelo contrário, Seung-hyun se dava bem com os pequenos. Chegava até a amar alguns pirralhos que ousava selecionar a dedo.

Seu sobrinho era seu favorito; provavelmente porque gostava de vesti-lo com as roupinhas mais elegantes da seção infantil da Lotte – apenas em dias de pagamento, veja bem. Também gostava das gêmeas de Jiyong, Min-seo e Ji-seo. Seung-hyun as amava com todo seu jeito esquisitão e peculiar de ser. Gostava de segurá-las e sentir o cheirinho de talco e sabonete infantil que exalavam quando Ji-yong as levava para passear pelo museu, conseguia diferenciá-las sem prestar atenção à ordem de cores das vestes que os pais lhe colocavam e nunca deixava de presenteá-las com itens curiosos e intelectuais demais para que um bebê pudesse entender.

De verdade, Seung-hyun não detestava nenhum pestinha.

Nem mesmo aqueles que insistiam em carregar sorvete e guloseimas pelos corredores da galeria, ignorando os avisos para não o fazerem.

O que Seung-hyun realmente detestava eram os adolescentes.

- Ahjussi – gritou um dos pivetes diante dele.

Tabi olhou-o, um sorriso polido colado aos lábios. Desgostava de adolescentes desde que chegou à fase adulta; toda aquela euforia sexual da juventude e as perguntas engraçadinhas o irritavam.

- Sim?

- Do que diabos se trata esse borrão? – o moleque apontou o quadro que Seung-hyun acabara de apresentar.

Era o retrato de George Dyer agonizando em meio à sua vida depressiva, pintado por Francis Bacon, 1966; para ser sincero, aquele era o favorito de Seung-hyun.

- É um retrato do parceiro do artista – explicou Seung-hyun, pensando que o garoto provavelmente saberia disso caso não estivesse mexendo no celular enquanto ele falava.

- Do parceiro? – o garoto arqueou as sobrancelhas, trocando alguns olhares com os amigos antes de gargalhar. – Você quer dizer que Francis Bacon era viado?

Um sorriso cético se estendeu pelos lábios do mais velho. Pior que do “jovens adultos”, só mesmo jovens adultos heteronormativos. Os alunos o encaravam com interesse. A professora, pelo que Tabi pôde perceber, permanecia ralhando com uma garota pelo comprimento indevido da saia do colégio – estava muito acima do joelho.

- Era – Seung-hyun deu de ombros.

- E como isso pode ser um retrato dele? – o garoto encarou o quadro outra vez, um interesse genuíno brilhava em seus olhos.

- Por que Jun-ho? – outro garoto o cutucou. – Tá interessado?

- Na certa ele quer fazer igual – riu um terceiro. – Vai pintar o namoradinho dele.

Na fila da frente, Seung-hyun viu um moleque se mover incomodado, seu olhar no chão; ao mesmo tempo, o tal Jun-ho socava os amigos na costela, a face vermelha.

Quando voltou-se para Seung-hyun, Jun-ho olhava para o garoto da frente.

- Se prestarem atenção – pigarreou Tabi, o garoto da frente o encarou. – É possível notar que o modo como Dyer está na pintura exibe muita vulnerabilidade; era um homem muito necessitado de atenção e que constantemente queria provar a si mesmo, Bacon fez esse sofá circular envolvendo a sua figura como se significasse um abraço protetor, o sentimento que o autor sentia em relação à ele.

Jun-ho permaneceu silencioso, encarando a figura. Na frente, o outro garoto também encarava.

- E aquele quadro ali? – apontou uma garota. – O crucifixo?

A turma se adiantou para o quadro ao lado.

- O que aconteceu com eles? – perguntou o garoto cujo nome não fora revelado.

Jun-ho olhou para Seung-hyun como se também quisesse saber a resposta.

- George Dyer se matou e o sofrimento do Bacon foi exposto em seus quadros.

-

 

Exausto, Choi Seung-hyun se jogou na cadeira da cafeteria diante da visitante.

Seo-yeon sorriu para ele.

Ela aparecera pouco antes da visita escolar chegar ao fim. Por conhecer o suficiente do museu, Seung-hyun soube que era com ele que queria falar, especialmente porque se aproximou do grupo ao invés de passar direto por eles; Seo-yeon normalmente gostava de tomar as escadas que levavam à exposição fixa do andar de cima – Velásquez.

- Yoon-ssi – chamou ele, a balconista do café o olhou; o local estava vazio. – Faz um daqueles sucos especiais que só você conhece a receita e traz um café expresso, por favor?

A moça sorriu para ele e acenou com a cabeça em resposta.

- Suco? – Seo-yeon arqueou as sobrancelhas. – E o café?

Seung-hyun deu de ombros.

- Quando minha irmã estava grávida, ela dizia que cafeína fazia mal para o bebê.

Seo-yeon revirou os olhos.

- Não posso dizer que estou surpresa por você saber, oppa – disse ela. – Aposto que Seung-hyun chamou vocês assim que deixou minha casa.

Tabi riu.

- É bom saber que você ainda o conhece bem – ele deu de ombros. – Só digo que estou surpreso por você não ter me dito, há quanto tempo você suspeita??

Seung-hyun e Seo-yeon haviam se tornado amigos antes mesmo de Seungri a conhecer. Aconteceu durante o colégio; naquela época Tabi – Tempo, como os marmanjos com quem andava o chamavam – queria provar sua heterossexualidade aos outros e marginalizar a minoria não parecia o suficiente para comprovar suas preferências. Foi então que Kim Seo-yeon lhe pareceu uma boa investida.

Ela era bacana, gostosa – pelo que os outros garotos diziam.

Chegaram a se beijar uma ou duas vezes; Seo-yeon até possuía uma mão boba que deixara o mais velho um pouco excitado. Porém, foi em uma festa no The A’s que fez com que compreendessem que não daria certo.

Após muita bebida alcóolica ilegal e música alta, ela descobriu o que pode ou não ter sido o primeiro boquete que Seung-hyun pagou em toda sua vida, enquanto ele apenas percebeu o quão movimentado o banheiro feminino realmente era.

- Desde a semana passada – um suspiro escapou-lhe pelos lábios. – Comecei a suspeitar quando encontrei um pacote de absorventes no armário, foi então que eu percebi: há quanto tempo não uso um desses?

Seung-hyun também não se incomodava de ouvi-la falar sobre absorventes. Na realidade, antes de Seungri, sempre que havia uma emergência no colégio, era ele quem corria à farmácia atrás dos produtos femininos. Ter uma irmã mais velha fazia com que não achasse grandes coisas lidar com as regras naturais do corpo de uma mulher.

- Seungri não acredita em mim – ela murmurou baixinho, o olhar nas unhas. – Surgiu com uma história sem pé nem cabeça de que eu o traí com Dong-wook oppa.

- Ah, então você descobriu? – disse ele, sendo brevemente interrompido pela garçonete que lhes trouxera as bebidas. – Obrigado Yoon-ah

A moça, em seus prováveis 20 e poucos anos, sorriu timidamente para o rapaz antes de se retirar.

Afinal, esse era a influência visual da presença de Seung-hyun.

- Você já sabia? – ela o olhou, chocada. – Por que não me disse?

Tabi encolheu os ombros.

- Se fosse verdade, eu não queria me meter – admitiu ele. – E se fosse mentira, eu não queria te ofender, ou piorar a relação entre vocês... Não esperava que tivesse um bebê a caminho.

Seo-yeon balançou a cabeça.

- É um motivo razoável – ela suspirou, mexendo o suco sem vontade. – Só não entendo por que ele acredita nisso, não faz sentido.

Seung-hyun a encarou. Era próximo de Seungri, Seo-yeon e de Dong-wook hyung; desde que tudo começara, ouvia o casal reclamar, mas nunca dava opinião alguma no relacionamento alheio. Se importava com todos de uma maneira especial e também sentia que não cabia a ele julgar ninguém.

Mas era admissível que estava curioso. Se Seo-yeon realmente estivera naquele bistrô famoso – e importante para Seungri, pois havia sido o local onde ele juntara dinheiro por meses apenas para poder pedi-la em casamento com a classe que lhes faltava na maneira de vida – e se Dong-wook realmente lhe acompanhara, aquilo seria um ótimo bafão para alarmar os ânimos em seu ciclo de amizades.

Mas Seung-hyun tinha muito respeito por Dong-wook; duvidava que se aproximaria de uma mulher casada com este tipo de intenção. Porém, da mesma maneira que não julgava ninguém, também não colocava a mão no fogo pelos outros.

- Você realmente saiu com Dong-wook hyung? – perguntou, sem deixar de se conter.

- O que? – ela franziu a testa. – Claro que não, a última vez que o vi foi em uma reunião sobre algumas ações da empresa dele... Inclusive, foi quando ele descobriu sobre o nosso divórcio.

Seung-hyun arqueou as sobrancelhas.

- Vocês se encontraram onde?

Seo-yeon refletiu um pouco.

- No mesmo lugar onde Seungri me pediu em casamento – ela prova o suco. – A empresa de Dong-wook é ali do lado e você sabe como gente rica é, não consegue medir gastos quando se trata de comida.

Seung-hyun arqueou as sobrancelhas.

- Seungri acha que vocês saíram juntos – afirma Seung-hyun, finalizando seu café. – Deve tê-los visto nesse dia.

Seo-yeon revira os olhos.

- É por isso que nos separamos – ela toma mais um gole do suco. – Se ao invés de assumir coisas ele conversasse comigo, nada teria acabado assim.

Seung-hyun assentiu com a cabeça, tamborilando os dedos na mesa e pensando que gostaria de fumar um cigarro.

Nada era melhor que um cigarro depois do café.

- E acabou mesmo? – questionou Seung-hyun, ao que Seo-yeon franziu a testa, hesitante.

Tabi se lembrava do quanto a amiga chorara depois que optou pelo divórcio. Chorara tanto que, por dias, Seung-hyun tivera que ir alimentá-la no apartamento que costumava dividir com Seungri.

Pensativa, Seo-yeon permaneceu em silêncio, brincando com o canudo do copo.

- É mais saudável para o bebê se ficarmos separados – murmurou ela. – Principalmente por não termos maturidade para resolvermos nossas diferenças como casal.

Seung-hyun assente; apesar de soar redundante, compreendia a maturidade de Seo-yeon diante daquela afirmação.

- Mas ele será um bom pai – ela sorri, melancólica. – E isso já é o suficiente.

Tabi suspira.

- Isso é triste Seo-yeon, você deveria ser feliz.

- Mas eu sou – ela dá de ombros. – Há algumas tristezas, é claro, ninguém é feliz o tempo todo... Mas mal posso esperar para me encher de dividas com roupinhas e sapatinhos.

- Espero que seja menina – sorri Seung-hyun. – Para eu poder comprar roupas cor-de-rosa sem ter medo de que você me chame de opressor de gênero.

Seo-yeon ri.

- Eu com certeza vou enchê-la de roupinhas com frufru do jeito que Hyeri iria odiar.

- Não que Ji-yong dê ouvidos a ela na hora de vesti-las – Seung-hyun ri.

Seo-yeon o encara e Seung-hyun estende a mão para ela, tomando a sua com seus dedos longos.

- Não acredito que você vai ser mãe – ele sorri, levemente melancólico. – Vai ser tão estranho jantar sozinho aos sábados, quem vai trazer a garrafa de vinho barato que só você consegue ingerir?

Ela ri para ele, devolvendo-lhe o aperto na mão.

- Talvez seu namorado pudesse fazer isso – ela piscou um olho, ouvindo um gemido desanimado vir de Seung-hyun. – Tenho certeza que a bebida vai ser melhor.

- Talvez – Seung-hyun encolhe os ombros e Seo-yeon o estuda com os olhos.

- O que está acontecendo? – perguntou ela, analítica. – Sei que cheguei despejando toda aquela informação em cima de você, mas alguma coisa está errada não é?

Seung-hyun desviou o olhar.

- Não tem nada errado – disse ele com uma expressão engraçada. – Eu não sei do que você está falando.

Seo-yeon arqueou a sobrancelha, cética.

- Jura? – ela revirou os olhos. – De novo?

- O que? – Seung-hyun olhou para as unhas.

- Você dormiu com Daesung-oppa outra vez?

O silêncio fez com que Seo-yeon suspirasse.

- Por que você continua fazendo isso?

Seung-hyun se remexeu na cadeira, desconfortável.

A noite anterior ainda lhe aquecia a mente como todas as outras vezes em que a “fatalidade” se repetira.

Acontecia sempre, desde que terminaram o namoro para valer no primeiro ano de Daesung na faculdade. Sexo no quarto da casa uma família extremamente religiosa havia sido, com certeza, uma péssima ideia. E é certo admitir que se sentiu ainda pior quando o mais novo foi enxotado para fora da casa dos pais, sendo obrigado a morar no dormitório da faculdade e trabalhar para se manter.

Para Seung-hyun, esse era o grande motivo da separação: a gritante diferença na realidade que ambos seguiam. Tabi sabia que fora insuficiente, enquanto Daesung dizia que sua preocupação era muito além daquilo. Por fim, História da Arte foi o único consolo que o mais velho pôde se apoiar e, por meses, é direito admitir que não se sentiu tão solitário.

Ainda eram amigos, apesar de tudo. Não se sentiam confortável em mudar seus círculos de amizade por conta de uma coisa tão banal quanto namoro. Mesmo que brigassem e exalassem uma péssima tensão sexual quando atingiam o auge do estresse, Young-bae era o único que tinha coragem de lhes chamar atenção.

Era a mesma coisa todas as vezes: primeiro discutiam, o tópico principal era ciúme. Seung-hyun não suportava a ideia de Daesung se encontrando com outros homens. Depois era vez da conversa melancólica, não sabiam o que dizer um ao outro; particularmente, Tabi sempre queria pedir que o aceitasse de volta, mas após alguns anos, o orgulho fez com que se mantivesse quieto. Por fim, chegava a tão aclamada despedida.

O último encontro, o último beijo, os últimos toques sexuais, o último dia que se amariam.

Mas é claro que um adeus não deveria se repetir tantas vezes.

- Foi a última vez – murmurou Seung-hyun, sem muita convicção.

Seo-yeon suspirou.

- Park Haejoon-ssi realmente gosta de você.

Um sorriso triste brincou nos lábios de Seung-hyun.

- Quando foi que me tornei tão horrível, huh?

 


Notas Finais


Admito que um dia desses fiquei muito curiosa e então me sentei para pesquisar um pouco de Francis Bacon.


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