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História Mapo - Perdão


Escrita por: Renata_Maila

Notas do Autor


Annyeong gafanhotos!

Decidi juntar-me à causa do Setembro Amarelo de alguma forma, por isso resolvi fazer esta drabble... Espero que gostem 😊
Boa leitura!

Capítulo 1 - Perdão


Fanfic / Fanfiction Mapo - Perdão

  Taeyong olhou para a água escura abaixo, mas não viu o seu reflexo, talvez o motivo seja por já estar morto por dentro. 

   Havia muito tempo que Taeyong não sentia mais aquela vontade de sorrir ou de simplesmente interagir com outras pessoas; na verdade, Taeyong tinha perdido a vontade de viver. 

  Ele sempre teve a consciência de que o mundo não era bom e que não pegaria leve com ninguém, mas Taeyong descobriu-se ser frágil e sensivel demais, tal como uma porcelana fina chinesa, não conseguindo suportar os toques sujos e bruscos da vida. 

  Machucado demais e com multiplas cicatrizes profundas e abertas, Taeyong havia decidido ir até a ponte Mapo e pular da mesma, deixando que as águas do rio levassem sua alma para um lugar onde nada mais pudesse lhe ferir. No entanto, apenas as lágrimas de Taeyong que despencavam de sua face que se juntavam à escuridão abaixo.

 

***

 

  Jaehyun não sentia sua garganta e pulmões queimarem pelo esforço que fazia para continuar correndo. Todavia ao avistar o vulto na marquise da ponte lhe fez parar. O papel, amassado, continuava entre seus dedos. Mesmo que as letras feitas pela tinta da caneta estivessem um tanto borradas pelo suor do esforço de Jaehyun, as palavras lidas martelavam em sua mente como um agouro melancólico. Seu peito arfava pelo o trabalho, mas o seu coração acelerado era devido à cena que presenciava. 

 

- Você não vai fazer isso mesmo, não é? - indagou, fazendo Taeyong olhar-lhe.

 

  Em seguida, passou a aproximar-se a passos lentos e pequenos, quase como se estivesse se deixado embalar pela brisa da madrugada.

 

- O que você está fazendo aqui? 

- Eu que lhe pergunto isso, hyung. 

- É perigoso sair sozinho de madrugada, Jae.

- É perigoso estar na marquise da ponte; sabia que você passou da linha de segurança? 

- Você deveria estar dormindo em casa.

- Você também.

 

  E Taeyong suspirou.

 

- Por favor, volte, Jaehyun. Não quero que você veja isso.

- E eu não quero que você faça isso! Hyung, por que você está fazendo isso? 

- O papel que está na sua mão lhe responde isso.

- Não, hyung. Isso aqui - e Jaehyun balançou o papel no ar - não me disse nada. São simplesmente palavras vãs de algum covarde qualquer. Isso não é seu. 

- E-eu...

- Por que você não me conta? Quero ouvir sua voz, hyung, suas próprias palavras.

 

 Taeyong olhou para o rio e, em seguida, para o céu, suspirando profundamente.

 

- E-eu não aguento mais...

- O quê, hyung?

- Viver assim. Não consigo mais suportar os cortes e as dores... Não quero mais ter cicatrizes.

- Isso só mostra que você está vivo. Que é alguém como eu.

- Não, Jaehyun. - e balançou veementemente a cabeça negativamente - Eu não sou como você, pois não sou forte. Não consigo aguentar todos os estilhaços que me atingem. Simplesmente não consigo mais.

- Se você estiver ferido, deveria ter me procurado, hyung. Eu serei o seu enfermeiro: limparei os machucados e farei os curativos. Você sabe que sempre estarei disposto a isso, já lhe disse isso. Não precisa jogar-se ao rio por causa das feridas abertas, eu lhe ajudarei as fechar.

- Não é só por causa disso...

- Então me conte, hyung. Por favor, quero que você me conte porque quero lhe ajudar.

 

  Taeyong suspirou profundamente e segurou a respiração. Olhou para o céu por alguns segundos, soltou a respiração juntamente com as lágrimas que passaram a riscar a sua face.

 

- Pessoas como eu não merecem viver.

- E que tipo de pessoa você é?

- Do pior tipo. Fiz muitas coisas ruins no passado, Jae. Coisas imaturas de alguém fraco e arrogante demais para entender os outros. 

- Você ainda se martiriza por isso?

- E por que não? É a unica maneira de compensar o que eu fiz. É mais do que justo...

- Hyung, você está arrependido e já se desculpou com as pessoas que causou mal, as quais lhe perdoaram. Se até Deus lhe perdoou, por que não você também?

 

  Taeyong olhou para baixo e oscilou, fazendo o coração de Jaehyun falhar uma batida e acelerar dolorosamente; sentiu o seu sangue enrigelar. 

 

- Hyung, se você quisesse mesmo se matar, não teria deixado esta carta num lugar tão fácil para eu achar. Além de que, não teria deixado pistas para que eu pudesse lhe encontrar; você já teria pulado há muito tempo também. Agarre a chance e segure a minha mão. - disse Jaehyun aproximando-se um pouco mais e estendendo sua mão alva.

 

  Jaehyun sentia o seu sangue latejar em seus ouvidos, a boca seca; torcia internamente que tivesse conseguido convencer Taeyong de não se suicidar.

   Uma longa eternidade se passou dentre um minuto para finalmente Taeyong segurar levianamente os dedos de Jaehyun, que o agarrou e puxou-o com força de volta ao asfalto, abraçando-o fortemente. Taeyong soluçava desesperadamente contra o seu peito.

 

- Vai ficar tudo bem agora, hyung. Vou lhe ajudar a curar suas feridas.


Notas Finais


Well... Espero que a mensagem tenha ficado clara...

Tenho outra drabble sobre isso, embora tenha sido postado algum tempo atrás...
Cá está o link para quem estiver interessado:

View: https://spiritfanfics.com/historia/fanfiction-got7-view-5365273
E CONVIDO A TODOS a escreverem algo sobre o Setembro Amarelo, utilizando a tag que utilizei. Acho que seria de boa valia para todos, não? Nós, escritores, temos a obrigação de passar mensagens à sociedade e de ajudá-la. Quem escrever, mande-me por mensagem, pois terei o imenso prazer de ler.

Enfim...
Xoxo


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