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História Mará est - O inicío


Escrita por: Camale

Capítulo 2 - O inicío


Abro meus olhos, vejo uma muralha imensa tampando a luminosidade. Olho em volta, estou cercado de arvores, barulhos ecoam de dentro da que até então se parece uma cidade. 
Pela segunda vez estou em um lugar desconhecido. O mais assustador é que ainda não sei como vim parar aqui, apenas que fechei meus olhos para ter uma boa noite de sono. 
Reparo que existem animais correndo pelas arvores, saltando de galho em galho com uma leveza de se admirar alem de uma velocidade extraordinaria. Tento seguir mais não sou rapido o suficiente nem ao menos pra distinguir a aparencia. Macacos? Talvez, mais acho pouco provavel vendo que tudo nesse lugar parece diferente. 
Começo a reparar no cheiro presente, doce e apetitoso, parece vir do mesmo lugar de onde se ecoa o som. Sigo em direção e me deparo olhando pra dentro de uma cidade imensa, estranhamente medieval, com comerciantes gritando sobre suas mercadorias e prostitutas andando a luz do dia. Mais estranho que isso era a aparencia das pessoas, como se não existissem apenas brancos e negros, e sim verdes, gigantes, com duas cabeças e seres que não consigo nem interpretar como algo possivel de existir nesse mundo. 
Adentro com cuidado e percebo que ninguem ao menos perde tempo virando em minha direção. Crianças correm pela rua brincando de duelo de espadas, mulheres compram frutas estranhas em barracas mais estranhas ainda. Casas com aparencias diferenciadas é a coisa menos anormal até onde consigo ver. A cidade parece se elevar conforme se vai pro centro, e pela primeira vez reparo que de onde entrei existiam 4 guardas olhando fixamente pra estrada. Boa estrategia! Com um centro elevado é possivel que os mais ricos tenham uma visão privilegiada de um ataque penso eu.
Sigo caminho refletindo aonde me enfiei, sinto uma energia nesse em volta, tudo indica que eu estou no lugar que eu deveria estar, como se algo me guiasse o caminho. Vou em direçao ao centro da cidade sempre reparando em tudo de novo que via. Em menos de dez minutos caminhando começo a observar um homem aparentemente normal com uma tunica vermelha sangue segurando algo que parecia um orbe, cercado de uma multidão curiosa. Me aproximando sinto algo diferente em sua voz, como se ela tivesse algo que atraisse tudo ao seu redor, como se tivesse poder. 
— A guerra se aproxima! Orcs e Ogros marcham em direção a nossa imaculada terra, a fim de calunia-la com nosso sangue e vida. Prestem atenção pois será o ultimo aviso, peguem tudo que é importante e fujam!
Olho ao redor e tudo que vejo são olhares de ironia, gritavam pra ele repudio mesmo sem dizer uma palavra. Alguns até jogavam moedas como se ele fosse um pedinte. 
Decido continuar minha caminhada, a ultima vez que vim parar aqui durou dias e depois voltei ao mundo real como se nada tivesse acontecido. Preciso explorar o maximo que da, conhecer tudo que seja possivel conhecer em cerca de tres dias. Começo a subida e logo ouço o som de trovão, devo ter andado horas sem notar e sem perceber o quanto tinha escurecido. A chuva vem logo em seguida com uma força assustadora, como se milhoes de agulhas tivessem descendo do céu. 
O frio segue as gotas como um amante segue sua amada, e me acerta com toda força possivel. Pela primeira vez olho pro meu corpo, vestido com apenas um peça de pano cobrindo meu corpo e sandalias em meus pés. 
A rua fica vazia em minutos, mesmo os comerciantes desapareceram. Imagino que a chuva afaste até os gananciosos. Continuo a subida agora a procura de algo que possa me estabelecer pra passar a noite. Perguntas ainda inundam minha mente. Aonde estou? Como vim parar aqui? Eu criei esse lugar? Sera que nunca mais vou ver as pessoas que amo? Meus amigos? 
Com esses pensamentos na cabeça me distraio do mundo e desfoco minha visão, talvez por isso tenha demorado tanto a reparar que o meus melhores amigos corriam em minha direção vindo do local oposto da rua, melhor, talvez por isso tambem não tenha reparado que a escuridão sumiu e no lugar dela veio a luz das chamas inundando a cidade, ou melhor talvez por isso não tenha reparado que pessoas gritavam tão alto que mesmo se fosse do outro lado da cidade, seria capaz de escutar.



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