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História Marauders heir - Oito - Confie em mim


Escrita por: BiancaLBlack

Capítulo 9 - Oito - Confie em mim


ELADORA

Chapada. É assim que me sinto. Remus me deu uma poção para fazer dormir enquanto arrumava minha perna e fiquei apagada por horas. Acordei aos poucos e percebi que não estava em meu quarto habitual. Era uma grande suíte, decorada com o verde da Sonserina. Sentei-me na cama e testei a perna esquerda. Doeu um pouco, então voltei a me deitar. Meu celular estava no criado-mudo. Liguei para Sirius, mas o celular estava desligado. Deixei uma mensagem.

-Oi pai. Acho que você está trabalhando, então serei breve. Acabo de acordar em um quarto estranho que certamente não é meu. Achei melhor avisar, para o caso de eu estar sequestrada e não saber. Obrigada, eu te amo.

Assim que desliguei, o aparelho vibrou. Harry criara um grupo no Whatsapp – um aplicativo de comunicação rápida – comigo e Rony, e mandara uma mensagem.

O TRIO DE OURO

Harry P.: Estamos em alerta geral. Papai disse que Ella pode ser incriminada. (14:25)

Rony W.: O quê? ~emoji assustado~(14:26)

Rony W.: Ella é inocente! Estou pronto para jurar na frente do ministério da magia! (14:27)

Ella LB.: Que fofo Ron (14:28)

Ella LB: Quais são as acusações? (14:29)

Harry P.: A sua varinha ser a varinha do crime (14:30)

Harry P.: E você não poder usar magia fora de Hogwarts (14:31)

Ella LB.: Pra mim, isso é uma evidência de que não fui eu (14:32)

Rony W.: Que Ella não pode usar magia fora de Hogwarts nós sabemos (14:33)

Rony W.: Mas como provaremos que ela não burlou a proibição? (14:34)

Harry P.: Testemunhando (14:35)

Harry P.: Estivemos com ela o tempo todo, afinal (14:36)

Ella LB.: Não basta (14:37)

Ella LB.: Temos que apanhar o culpado (14:38)

Rony W.: Ella, não está sugerindo sairmos em busca de um Comensal declarado, está? (14:39)

Ella LB.: Ah, eu estou (14:40)

Ella LB: Se não quiserem vir comigo, beleza (14:41)

Ella LB.: Mas eu não vou para Azkaban (14:42)

Ella LB.: Não vou dar esse desgosto aos meus pais(14:43)

Harry P.: Não vamos deixar que você seja presa (14:44)

Rony W.: Só achamos que podemos passar um tempo sem arriscar o pescoço (14:45)

Ella LB.: Você é da Grifinória ou não, Rony?~emoji irritado~(14:46)

Ella LB.: Você envergonha o velho Pontas, Harry (14:47)

Harry P.: Chega de chantagem, O.K?(14:48)

Harry P.:E você acaba de fraturar uma perna (14:49)

Harry P.: Vá com calma (14:50)

Ella LB.: Eu posso esperar, mas o ministério não vai esperar por mim (14:51)

Rony W.: Dê um dia para si mesma, sim? Só um dia. Prometa (14:52)

Ella LB.: Prometo (14:53)

Ella LB.: Ah, esqueci de comentar (14:54)

Ella LB.: Estou em um quarto desconhecido. E VERDE (14:55)

Ella LB enviou uma foto

Rony W.: Eu vou vomitar… tanto verde e serpentes… como você aguenta? (14:57)

Ella LB.; Ainda estou meio chapada, não estou pensando tão bem quanto sempre (14:58)

Harry P.: Já pensou que pode estar encrencada? (14:59)

Ella LB.: Falei com meu pai. Por falar nisso, tenho que avisar meu outro pai (15:00)

Rony W.: Isso de ter dois pais é muito louco (15:01)

Ella LB.: Rony, você tem dois pais (15:02)

Ella LB.: Como todo mundo (15:03)

Rony W.: Parece ser diferente com você (15:04)

Ella LB.: E é, porque meus pais não tinham a mínima vontade de serem pais na época da escola (15:05)

Ella LB.:Seus pais só tiveram Bill depois de casados e os pais do Harry estavam mais do que preparados para ter um filho. Meus pais não (15:07)

Ella LB.: E eles perderam doze anos da minha vida, o que significa a maior parte dela (15:08)

Ella LB.: Estão se adaptando, mas são bons nisso (15:09)

 

Fechei a conversa e gravei a mesma mensagem para Remus. Esperei por muito tempo. Comecei a fungar e soluçar. Não conseguia nem andar para me defender, e Bartô Crouch confiscara minha varinha – sem data para devolvê-la. Cogitei deixar outra mensagem desesperada, mas isso passaria a imagem de garotinha indefesa e mimada – pffffffft, me poupe desse papel horroroso -, e meu problema majoritário era um súbito lapso de localização. Uma placa de prata sobre a cabeceira dizia: A Mui Antiga e Nobre Casa dos Black. Essa era a casa de onde Sirius fugira aos quatorze. Na prateleira abaixo dela havia um bilhete embaixo de um elegante peso de papel de cristal, endereçado a mim e escrito à quatro mãos por meus pais.

Boa tarde filhota – provavelmente você só acordará depois do meio dia, mas, se não for o caso, bom dia.

Você está na casa dos meus pais, no quarto do meu irmão mais novo – ele era da Sonserina, por isso o aposento é todo verde e escamoso. Não se preocupe, ele morreu há quase dez anos.

Não seja mórbido amor. Enfim querida, não saia da cama. O osso está recém-remendado. Não o force.

Se quiser alguma coisa, peça a Monstro, o elfo da casa, mas ele não é boa companhia, então ligue para Harry e Rony e peça para ficarem com você. O endereço é Grimmauld Place, doze.

A propósito, tem alguém muito preocupado com você, então ligue para ele assim que possível. O número está no verso.

Amamos você,

Sirius e Remus.

P.S: Tem um computador na gaveta para você passar o tempo.

Estiquei a mão para a gaveta e encontrei um moderno computador preto e cinza. Levantei a tela e ele ligou. Adorei personalizar os mínimos detalhes do aparelho, como o plano de fundo, cor padrão e outras coisas. No geral, eu amava personalizar tudo, me dava sensação de controle, de poder pegar e chamar de meu. E no geral, aliviava a tensão. Na tela de início decidi colocar uma frase diferente da do celular – no caso, o meu nome – e escrevi: A perna está quebrada, mas garanto que o resto está bem inteiro.

Girei o bilhete nos dedos. Além do número de celular, havia um endereço de e-mail. Ao que parecia, a pessoa estava realmente desesperada por notícias minhas. Decidi que ligaria, era bem mais rápido. Chamou algumas vezes até a ligação ser estabelecida.

-Alô – falei, ansiosa, sabendo quem estava do outro lado da linha.

-Ella? - falou Jonay, tão ansioso quanto eu. - Você está bem? Eu soube da Copa…

-Eu estou bem. Quebrei a perna, mas meu pai deu um jeito.

-Sirius Black é medibruxo?

-Não, não – franzi as sobrancelhas. Ouvira e repetira essa história um milhão de vezes, mas a quantidade de pessoas que a conhecia era tão minúscula que impressionava. Não de um jeito bom. - Meu outro pai. Remus Lupin.

-O nosso professor do ano passado? Esse Remus Lupin?

-Que outros você conhece? - revirei os olhos. - Esse mesmo.

-Quando descobriu?

-Anteontem – estalei os dedos, distraída. - Tudo bem com você?

-Está. Posso ir te ver?

-Pode, só não sei como fará para chegar. O endereço é Grimmauld Place, doze. Vou avisar o elfo que está vindo.

-Ótimo, daqui a pouco chego aí.

Salvei o contato e gritei por Monstro. O elfo era velho – e talvez já tivesse essas feições quando meu pai era adolescente -, de grandes orelhas e olhos miúdos caídos, além da carranca que parecia não se aliviar nunca. Monstro achou que a senhorita estivesse morta, uma pena…

Ignorei o comentário e informei-lhe que esperava um convidado que devia ser conduzido ao meu quarto assim que chegasse. Monstro murmurou em concordância e saiu. Tamborilei os dedos na perna. Legal, Jonay estava a caminho e eu acabara de acordar do que fora sem dúvida, a noite mais estranha – certo, eu me lembrava de ter dito que perdera a varinha no acampamento e de deixar meu pai me carregar durante a viagem de volta, mas depois das loções e feitiços, me sentia como se tivesse acabado de acordar. Parecia que minha esfera de controle havia se reduzido a meu computador e o celular, as únicas coisas que eu podia controlar inteiramente, principalmente depois que meu próprio dia havia escapado por entre meus dedos.

-Você está parecendo uma garota das cavernas – comentou Jonay, adentrando o aposento.

Sorri ao vê-lo. Jonay tinha um poder especial, o de fazer tudo voltar ao normal, mesmo que fosse por apenas alguns minutos. Minha amizade com ele fosse diferente da que tinha com Harry e Rony – nós três podíamos destrinchar e entender até a alma uns dos outros, se quiséssemos de verdade -, menos íntima, com muito mais livros e menos quadribol – e é claro, eu nunca beijara Harry ou Rony –, e era isso que a tornava especial. Eu amava Rony e Harry, mas por muitas vezes eu tinha que ser a amiga superprudente para evitar que eles morressem. Com Jonay não havia essa necessidade desesperada. Eu sabia que ele não arriscaria a vida de propósito, como Harry e Rony muitas vezes faziam – eles diziam ter motivos, mas eu não me deixava convencer, e ganhava muitos presentes da sra. Weasley por isso (certo, eu só não ganhei no ano passado, quando convenci o mundo bruxo que meu pai era inocente, e todo mundo que me conhecia achou que a louca era eu).

-Nem fala nada? - ele se espantou. - Eu deixei a grande Eladora Black sem palavras?

-Eladora Lupin-Black – corrigi. - Eu já disse que Remus é meu pai também. Quero usar o nome dele.

-Certo, desculpe. Lupin-Black então – ele ficou sem graça depois de minha correção.

Sorri, mas não estava sorrindo por dentro. Ser reconhecida como filha de dois homens seria mais difícil do que eu imaginara. E eu me irritara por não ser chamada de filha do meu pai. Recebi uma mensagem de texto de Sirius, dizendo que voltariam a tempo do jantar.

-Daqui a pouco meus pais estarão aqui. Vai ficar para jantar?

-Não, obrigado… tenho meus planos para esta noite. Tchau.

De certa forma, eu esperava que ele dissesse que ficaria, nem que fosse só pra comer a sobremesa fora de hora – óbvio que ele não ficaria, depois disso -, mas não insisti e deixei-o ir. Logo percebi o quão diferente ficara em sua presença, e em sua ausência. Jonay era meu Sol particular, me distraía completamente de qualquer preocupação. Mensagens de meu pai interromperam meus devaneios.

Sirius B.: Remus mandou perguntar se está se sentindo bem (18:30)

Sirius B.: Precisa decidir se vai comer no quarto ou na sala de jantar (18:31)

Ella LB.: Minha perna ainda dói. Vou ficar no quarto (18:32)

Puxei meu computador e olhei a frase da tela inicial, decidindo que não era mais apropriada. O corpo vai bem, obrigada. Só não tenho certeza do coração, era bem melhor. Monstro chegou com meu jantar em uma bandeja – era impressão ou ele resguardava um sorriso malicioso? - e ataquei a comida com voracidade, sem saber, com certeza, qual fora a última vez em que me alimentara. Depois que o elfo levou os pratos, meus pais vieram me visitar.

-Está tudo bem, querida? - Remus fez carinho em meus cabelos castanhos, iguais aos dele.

-Monstro não tentou envenenar você, tentou? - Sirius questionou, os olhos azuis elétricos em tom gentil.

Neguei com a cabeça, sorrindo gentilmente. Mas meu sorriso logo murchou. Meus pais trabalhavam no ministério da magia, que por acaso estava me investigando. Falaram sobre o meu caso lá? Porque eu preciso contar uma coisa a vocês. Se procurarem Eladora Mirony, encontrarão uma ficha criminal um pouco grave.

-Por quê? O que fez?

-Eu nunca fiz nada, mas fui fichada pelo ministro porque um elfo doméstico idiota jogou pudim no chefe do Michael e então, o ministro em pessoa veio me buscar no início do ano letivo e explicou para Eva e Michael que se eu cometesse mais uma infração à lei, seria expulsa de Hogwarts. E se eu for condenada pela Marca Negra, terei cometido mais uma infração, não?

-Daremos um jeito na Marca Negra, não se preocupe.

Nem queria saber o que dar um jeito significava, mas a história da minha ficha criminal fez com que eles saíssem apressados – queriam resolver a história da Marca Negra antes do ano letivo começar – e eu fiquei então livre para pensar no meu segundo maior problema: tinha de encontrar quem roubara minha varinha. Mandei uma mensagem para Harry e Rony.

O TRIO DE OURO

Ella LB.: Eu estou indo, esta noite (18:50)

Ella LB.: Estarão comigo? (18:51)

Harry P.: Você prometeu um dia. Tente de novo amanhã (18:52)

Harry P.: E como vai fazer qualquer coisa sem uma varinha? (18:53)

Rony W.: Ele tem razão (18:54)

Rony W.: Façamos o seguinte: nos avise quando devolverem sua varinha e partimos assim que der (18:55)

Ella LB.: Obrigada (18:56)

Ella LB.: Eu amo vocês (18:57)

 

-Ella? - Sirius colocou a cabeça para dentro do quarto. - Tem planos para amanhã? Se tiver, cancele, porque teremos uma audiência às dez, para ver a questão da sua ficha.

Não gostei do jeito como ele falou, como se ele fosse meu secretário ou como eu fosse uma delinquente juvenil assumida. Com um meio sorriso maroto, ele trancou a porta e se sentou ao meu lado. Remus nunca lhe dirá isso, porque você ainda é a ratinha de biblioteca dele, mas odiou saber que você tem ficha no ministério, principalmente sendo menor de idade, e ainda mais depois do ano passado, quando ele soube de todas as detenções que recebeu.

-Ele está bravo comigo?

-Eu não sei bem. Quer que sejamos seus pais e que te punamos, mas como Marotos, não acho que tenhamos moral o bastante para isso, e ele sabe, mas enfim, vamos deixá-lo agir como o pai responsável, está bem? E você bem sabe que um pudim, a Marca Negra e detenções da escola não são seus únicos problemas com regras. Quantas vezes arrombou a casa dos Mirony?

-Uma ou duas, mas eu nunca tive problemas com a justiça trouxa!

-Porque Remus pagou. O dinheiro pode convencer os trouxas de qualquer coisa, mas com os bruxos não funciona assim. Fudge e a Corte sabem de tudo o que aconteceu, até do suborno pago -Eu vou ser presa, não vou? É impossível que eu não seja.

-Calma, calma, de toda lista, o item mais grave é a Marca Negra que obviamente, não foi sua culpa. Então a pior coisa que pode acontecer é… um mandado de afastamento.

-O que esse mandado vai fazer com a gente?

-Ah, nada demais, só afastar a gente de você para sempre, e te mandar de volta ao sistema de adoção – arregalei os olhos e agarrei seu casaco. - Vamos pensar em uma solução pra isso, só fique em casa nos últimos dias. Talvez possamos convencê-los de que não somos uma má influência se você se comportar – ele desviou os olhos para meu celular. - Marcou com Harry e Rony de procurar um Comensal da Morte e ainda por cima sem uma varinha? Você é minha filha mesmo, ninguém pode negar. Okay, desmarque essa saída. Confie em mim e não chore até secar esta noite, pode ser?

Assenti, recebendo um beijo na testa. Ele saiu do quarto e apagou a luz, os ombros baixos de tensão. Comecei a escrever um diário no meu computador, fazer isso aliviaria a minha tensão e o nervosismo.

Eu sou Eladora Lupin-Black e estou encrencada. Estou prestes a ter mais problemas do que jamais tive. Justo no ano em que me livro dos meus pais adotivos estúpidos e reencontro meus pais biológicos que sinceramente são as melhores pessoas que já conheci, descubro que meus antecedentes nem um pouco exemplares podem nos afastar para sempre, se a corte assim julgar. Ah, e também briguei com um de meus melhores amigos porque ele errou o meu nome. Quero dizer, na hora parecia um bom motivo a ser defendido, mas agora… eu já não sei de mais nada, principalmente quando estou a dois passos de perder meus pais.

Peguei no sono, o computador aberto no criado-mudo ao lado. Monstro me acordou às oito e meia da manhã seguinte, e havia uma linha escrita em maiúsculas, só para mostrar que fora escrita por outra pessoa.

VOCÊ NÃO VAI NOS PERDER, MAROTINHA.

Me aprontei, colocando uma camiseta azul simples, calça jeans e sapatos pretos. Nos encaminhamos para o Ministério, setor de auditorias. Tomamos nossos lugares no enorme salão. O juiz seria Bartolomeu Crouch. Fudge não estaria presente, e eu não sabia se isso era bom ou ruim. O julgamento começou. Estamos aqui para discutir o ocorrido de vinte de agosto de 2014, quando uma Marca Negra foi conjurada, com a varinha pertencente a senhorita Eladora Katherina Lupin-Black, disse Crouch. O sr. Weasley levantou a mão.

-Investigações feitas na data de vinte de agosto confirmaram a inocência da senhorita.

-O conjurador não foi apanhado, então a suspeita óbvia é a proprietária da varinha.

Foi a vez de James erguer a mão e falar:

-Seria este um retrocesso, senhor Crouch? Eladora e a varinha estavam em direções opostas da floresta. E uma testemunha alegou ter visto um homem com a varinha.

-A testemunha o identificou? - o tom de Crouch tornou-se desafiador.

-Bartolomeu Crouch Júnior - respondeu meu padrinho com naturalidade.

Os olhos de Crouch se arregalaram e murmúrios espantados encheram a sala. O filho dele, diziam. Mas Crouch manteve a calma. Não deixaria seu filho se tornar o foco da audiência.

-A testemunha apresentou provas, senhor Potter? - ele negou. - De novo, a única suspeita é a senhorita Lupin-Black.

Num ímpeto, Sirius puxou minha manga e exibiu meu antebraço para Crouch.

-Vê alguma Marca Negra aqui, Crouch? Que eu me lembre, apenas Comensais Marcados podem conjurar a Marca.

-E que eu me lembre, sr. Black, muitos da família Black tornaram-se Comensais da Morte. O que lhe impediria de ensinar um ou dois feitiços a ela?

-Que tal meu repúdio pelas Artes das Trevas? Acha que eu teria chegado a auror se apoiasse Voldemort?

-Não tenho certeza quanto ao repúdio às Artes das Trevas, afinal, passou um tempo em Azkaban por assassinar quatorze pessoas.

-A prisão foi equivocada, sr. Crouch – manifestou-se Lily. - Isso já foi discutido à exaustão e o sr. Black foi perdoado.

Cabeças se moveram em concordância. Acho que falo por todos os presentes, começou James, quando digo que é muita perda de tempo julgar alguém que já foi inocentado. Cabeças concordaram de novo. Crouch declarou a sessão encerrada, devolveu minha varinha e disse que seriam iniciadas as buscas pelo indicado da testemunha.

Meus pais me acompanharam até fora da sala e disseram, baixinho:

-Viu? Nós estávamos certos.

Sirius se despediu de mim com um beijo no rosto e Remus segurou minha mão, desaparatando para casa. Deixou-me em meu quarto – na verdade um quarto de hóspedes, mas, pelo menos, não era verde-Sonserina. Avisei Harry e Rony que recebera a varinha de volta sem imputações.

Rony W.: Legal. Vamos procurar o conjurador?(11:45)

Ella LB.: Não é mais necessário. O ministério vai cuidar disso (11:46)

Ella LB.:E mais, não poderia arriscar ser pega com minha ficha nem um pouco exemplar (11:47)

Harry P.: Merlim! Detenções da escola entram na ficha criminal? (11:48)

Harry P.: Rony, nós vamos ser presos! (11:49)

Ella LB.: Não, eu tive mais problemas do que apenas detenções (11:50)

Rony W.: De que problemas estamos falando, senhorita? (11:51)

Ella LB.: Fechaduras trouxas. Satisfeito? (11:52)

Ella LB.: Não vou falar disso (11:53)

Rony W.: Céus Ella! Sua ficha é pior que a dos gêmeos (11:54)

 

Pus o celular de lado, e alguém bateu à porta. Era Remus. Não disse nada, apenas me guardou em seus braços. Podia sentir o alívio em seu abraço. Eu não te deixaria ir, disse-me, nem se a corte ordenasse. Esperei doze anos para te ter de volta. O abraço durou alguns minutos, e ele logo me afastou com gentileza.

-Vamos comprar seus materiais amanhã – anunciou. Pareceu-me que não estava inclusa. - Crouch odiou ouvir James declarar que o filho dele era o culpado, em vez de você. Principalmente depois que o rapaz não foi pego nas batidas pós-guerra. Ele calculará cada movimento nosso e observar até o primeiro deslize. Nós o conhecemos, sabemos o quanto ele é vingativo – fiz beicinho. Queria muito ir com eles. - Talvez possamos pegar a Capa de James emprestada – sorri. - Hope estava certa, criamos uma monstrinha mimada… tenho que ir trabalhar. Vai ficar bem sozinha?

-Posso me cuidar – abracei-o mais uma vez. - Eu te amo, pai.

-Eu te amo mais, filhota.

Beijou minha testa e foi-se.



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