História Marble Kingdom - Caminho da Morte

P.O.V. Dylan

   A gruta era escura e Dylan não via absolutamente nada. Ele ia tocando nas rochas, para se orientar. De repente, ele deixou de sentir rocha, tanto nos pés, como nas mãos. Parece uma falésia, pensou Dylan. Ele pegou numa rocha e atirou-a para a falésia.
   -Um, dois, três, quat... - disse Dylan, quando o som de uma pedra a cair o interrompeu.
   Três segundos e meio, a queda. Isso equivalia a mais ou menos a vinte e oito metros. Era muito alto.
   Então, Dylan lembrou-se dos seus poderes. Ele criou uma prquena chama roxa. Esta ajudou-o a ver o caminho. E a falésia estava lá. Mas estava estranha. Tinha apenas um metro de comprimento. Não faz sentido. A pedra demorou  três segundos a cair. Claro. Dorea está a enganar-me. Tenho de ter cuidado, pensou Dylan. O rapaz saltou e continuou pela gruta, agora sendo guiado pela chama roxa.
   Continuou, cerca de sete metros, até que viu uma porta. Era grande e estava toda arranhada. O que será que há do outro lado?, pensou Dylan. O rapaz abriu a porta e viu uma grande sala. Estava toda iluminada e parecia um grande salão, daqueles dos castelos.
   No centro, estava um altar com uma caixa. Dylan aproximou-se do altar e pegou na caixa. Quando abriu a caixa, soou um grito que ecoou pela sala toda, fazendo eco. Dylan assustou-se a tirou a caixa para o chão, que se fechou, parando o barulho.
   De repente, apareceu um monstro, vindo da parede. Era uma cobra gigante, verde e com espinhos nas "costas". A serpente começou a sibilar, numa voz feminina
   -Dylan Stome... Eu sou Knelis, a serpente gigante. Agora, prepara-te para morrer!
   De repente, a serpente atacou Dylan, atirando-o contra a parede. O rapaz levantou-se rapidamente e criou uma chama roxa, que atirou contra Knelis.
   A serpente era rápida e, por isso, desviou-se facilmente.
   -Boa tentativa... Mas eu sou mais rápida! - disse Knelis, atirando-se contra Dylan.
   Dylan criou uma barreira de energia à sua volta, dando um grande choque à serpente.
   -O quê?! - disse Knelis.
   -Podes ser mais rápida. Mas eu sou mais forte! - gritou Dylan, atirando outra chama roxa contra a cobra, dando-lhe outro choque, que a deixou cansada.
   -Gostei de te conhecer... Mas tens que morrer! - disse Dylan, atirando um raio contra serpente.
   Esse raio deixou a serpente em cinzas, fazendo-a desaparecer.
   De repente, o salão transformou-se na gruta, ficando outra vez tudo escuro. Depois, transformou-se numa casa. Dylan reconheceu a casa. Era onde ele e a sua mãe moravam, em Thephra.
   Dylan começou a ouvir gritos do lado de fora. Quando abriu a porta, viu algo que o deixou assustado. Era a sua cidade-natal, toda a arder e a ser atacada por monstros. Havia gente que Dylan conhecia a ser assassinada por monstros, uns com asas, outros com corpo de cavalo e até havia um dragão. Devia ser o Smulack, o dragão de que Catelyn lhe falara. Ele estava a cuspir fogo por todas as casas, matando pessoas e até animais. Thephra estava a ser colocada em ruínas.
   De repente, Dylan viu a sua mãe, Susan, a correr pelas ruas. Dylan chamou-a, mas aquilo era apenas uma ilusão, por isso, ela não o ouvia.
   Apareceu um centauro (um monstro com tronco e cabeça de humano e pernas de cavalo) bem à sua frente, mas Susan conseguiu desviar-se, continuando a correr pelas ruas. Dylan seguiu-a.
   De repente, o dragão pousou bem à frente da sua mãe. Ele olhou-a nos olhos e cuspiu uma bola de fogo, queimando a sua mãe.
   -NÃO! - gritou Dylan, atirando-se para o chão. Ele ficou desesperado. A sua mãe morreu. Ele começou a chorar e a gritar. Já não tinha família. Ele estava só, naquele mundo imenso.
   A cidade desapareceu, transformando-se numa praia. Dylan ainda estava a chorar, limpando as lágrimas. O rapaz olhou para o céu e viu uma figura, no ar. A criatura começou a descer e aterrou na areia.
   Era um leão com asas brancas. Era Lormuq. O leão rosnou tão alto, que Dylan conseguiu ouvir o eco do rugido, vindo das rochas. Lormuq atacou Dylan, mas este desviou-se, dando um choque ao leão, que foi contra as rochas.
   Dylan foi na direção de Lormuq. O rapaz levantou a mão e criou uma espada. Era comprida e preta. Dylan espetou-a, bem no coração da criatura, que se desfez em cinzas, tal como a serpente gigante.
   Dylan sentia-se cansado. Tinha acabado de derrotar dois monstros e viu a sua mãe morrer. Olhou para o mar. Ficou a pensar nos seus amigos e nas pessoas que vira morrer. Carl Whent, a sua mãe... Ele sentia-se culpado por todas aquelas mortes.
   De repente, Dylan viu uma onda enorme criar-se. A onda vinha na direção da praia. Dylan começou a fugir, mas não valia a pena. Ao fundo da praia, havia um enorme amontoado de rochas, que o impediam de atravessar. A onda estava mais próxima e vinha a uma velocidade inacreditável.
   Dylan desistiu e atirou-se para o chão.
   -Desculpem... - disse ele, como se estivesse a falar com Catelyn, Jacob, Luna e Harys.
   A onda atingiu-o mas ele não sentiu dor. Estava apenas a nadar, no meio do oceano. Ele tentou subir para a superfície, mas alguma coisa o agarrou. Era um tentáculo gigantesco.
   Foi então que apareceu um monstro enome, mesmo à sua frente. Era Stormun. Tinha a parte de cima de um homem e a parte de baixo de polvo. O monstro puxou-o cada vez mais para baixo, mas Dylan espetou a sua espada no tentáculo da criatura, o que a feriu. E a irritou. O monstro rugiu e atacou Dylan. O rapaz tentou nadar, mas o monstro era bem mais rápido, agarrando, de novo, Dylan. O rapaz tentou criar a espada de novo, mas não conseguiu estava muito cansado.
   O monstro puxou-o cada vez mais, até que Dylan perdeu os sentidos.

P.O.V. Jacob

   Aquela prisão era um sítio horrível. Estava tudo cheio de musgo e de insetos a voarem. Jacob estava sentado numa rocha, com Harys ao lado. Catelyn estava a acariciar Luna, que estava presa por uma corrente ao pescoço.
   De repente, apareceu um guarda.
   -Sigam-me. - disse ele. A corrente de Luna desapareceu e as celas abriram-se.
   Eles seguiram o guarda pelos corredores e foram dar ao salão principal.
   Dorea estava sentada no seu trono, sozinha, o que deixou Jacob nervoso.
   -Ele morreu. Agora é a vossa vez. - disse ela.