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História Marble Kingdom - Reviravolta


Escrita por: Flavio_Miranda

Notas do Autor


Oii pessoal! Desculpem estar a publucar mais cedo, mas amanhã vou ter um dia muito aterefado. O próximo capítulo sai domingo. Os narradores deste capítulo são Genna Lancaster, Lancel Lancaster e Theon Dayne. Espero que gostem!

Capítulo 32 - Reviravolta


Fanfic / Fanfiction Marble Kingdom - Reviravolta

P.O.V. Genna

   Estavam todos à margem do Rio do Nevoeiro, para o funeral do Lorde Hosten.
   Tal como os lordes de Thephra sempre fizeram desde que são lordes da cidade, colocaram o corpo do Lorde Hosten num pequeno barco, com diversas oferendas de outros lordes, familiares e vassalos. Genna reparou em alguns frascos que continham especiarias de outras cidades, pequenas estatuetas do Deus da Luz, mantos com o símbolo da família Darell, o peixe, entre muitas outras coisas.
   Dois cavaleiros de Rivecurrent lançaram o barco pelo rio. O barco andou até cerca de meio do rio, ficando ali parado.
   Um homem velho avançou pela multidão. Tinha uma longa barba branca e olhos azuis, quase brancos. Usava uma grande túnica azul e branca.
   -Que os Guardiões do Rio levem o nosso amado Lorde Hosten até ao seu devido lugar, ao lado do Deus da Luz. - disse o velho, levantando-os braços. A água, em torno do barco, começou a levantar-se, engolindo-o. Era um feitiço apenas praticado por Feiticeiros do Rio, que não se formavam nem viviam em Stamington, mas sim em Thephra.
   Este ritual era apenas praticado em Thephra, onde acreditavam nos Guardiões do Rio, seres com tronco de humano e pernas de peixe, que andavam sempre armados com tridentes.
   O barco acabou por desaparecer, deixando o rio de novo sozinho.
   Pouco a pouco, as pessoas foram deixando o cais, sobrando apenas Genna e o seu irmão, Trystane.
   -Foram os Medley. - disse Genna.
   -Do que faleis?! - perguntou Trystane.
   -Os Medley. Eles envenenaram o pai. - disse ela, olhando nos olhos do irmão.
   -Genna, essa é uma acusação grave. Não possuis provas. - disse ele.
   -O pai disse-me, minutos antes de morrer. Disse que eles usaram Veneno de Sapo. Trystane, tem cuidado. És o novo lorde de Thephra e a tua esposa é uma Medley, a família vassala de Thephra mais poderosa. - disse Genna.
   -Genna, a Belle não é perigosa! O pai estava velho. Não sabia o que estava a dizer! - disse Trystane, irritado.
   -É interessante a maneira como trocas a tua verdadeira família! - disse Genna, indo, de novo, para Rivecurrent.
   Genna começou a ouvir gritos vindos do castelo e pessoas a entrar e a sair do castelo, aceleradamente.
   Genna entrou no castelo e viu cerca de meia dúzia de pessoas a rodear algo, trazendo água e alimentos. Ela aproximou-se e todos abriram passagem para ela.
   Era um homem com roupas rasgadas e sujas. Quando ele olhou para Genna, ela reconheceu-o.
   -Donnel! - gritou ela - Rápido! Tragam água e comida! Já!
   Os criados obedeceram e, num abrir e fechar de olhos, tinham tudo o que precisavam à sua frente.
   Donnel bebeu água tão depressa, que até se engasgou. Comeu o pão que lhe trouxeram tão ferozmente que parecia um leão. Não devia comer nem beber nada à dias.
   -Levem-no para o meu quarto! - ordenou Genna.
   Apareceram dois guardas, que o levaram para os aposentos de Genna.
   Quando chegaram lá, colocaram Donnel em cima da cama de Genna.
   -Saiam! - ordenou ela.
   Os guardas obedeceram, deixando Donnel e Genna sozinhos no quarto.
   -Come... Estás bem, querido? - perguntou Genna, preocupadíssima.
   -Eu... Eu estou bem... - disse ele. Era bom ouvir a sua voz de novo. Só agora é que Genna tinha reparado que lhe tinha crescido a barba.
   -Donnel... Como chegaste até aqui? Como conseguiste fugir de Hatley Castle? - perguntou ela.
   -Um idoso apareceu nas... nas masmorras... Ela disse que o reino ainda se lembrava e... e libertou-me e deu-me cinco moedas de ouro... Eu... eu consegui sair da cidade e, como não sabia onde estavas, vim para Thephra, onde estaria seguro... - explicou ele, continuando a beber e a comer.
   -Ele disse o seu nome?
   -Sim... Victarion... - respondeu Donnel.
   Victarion. Genna lembrava-se. No dia em que Gregor atacou Hatley Castle, ela e Sor Mathis encontraram duas pessoas, que lhes ofereceram cavalos. O nome de um deles era Victarion.
   -Que o Deus da Luz o abençoe... - disse Genna.
   -Mãe... Como vai a guerra? - perguntou ele.
   -Nada bem. - Genna explicou tudo o que se passara desde a invasão a Hatley Castle.
   -Dizéis que Darlessa e Lancel vão regressar para Hatley Castle? - perguntou Donnel.
   -É o que dizem, sim. Porquê?
   -Mãe, prepara todas as armadas. De Sandspike, Thephra, Lordsport, Thorodin. Todas! Vamos atacá-los amanhã, quando menos esperarem! - disse Donnel.
   Este é o meu filho, pensou Genna, Samwell ensinou-o bem.
   Genna lembrou-se dos tempos em que ficava a olhar pela janela, a ver o seu esposo, Samwell, a brincar com Donnel e a ensiná-lo tudo o que deveria saber acerca de lutas. Dava tudo por voltar a esses tempos.
   -Catelyn... Onde está ela?! - perguntou ele, exaltado.
   -Não te preocupais. - Genna disse o que se passara com a filha, tal como o Capitão Jack Estham lhe havia explicado.
   -Espero que ela esteja bem... - disse ele.
   -Bem, vou deixar-te descansar... Bem precisas. - disse Genna, dando o beijo caloroso ao seu filho e saindo da sala, indo em direção à Sala dos Guardas, para anunciar o ataque.

P.O.V. Lancel

   Lancel estava na sua tenda. Ele e toda a sua armada estavam acampados na margem do Fog River. Lancel contava com cerca de oito mil guerreiros, juntamente com os de Lothaven Port e de Red Town, a cidade da família de Darlessa.
   Ele estava a olhar para o mapa do reino, a pensar em estratégias. De repente, apareceu a sua mãe, Darlessa.
   -Lancel, chegou uma carta de Hatley Castle. Parece que o Donnel fugiu da sua cela. - disse ela.
   -Quem o libertou?! - perguntou ele.
   -Não sabemos. Mas ele já deve andar juntamente com Genna. - respondeu ela.
   -Eles aliaram-se a Thephra? - perguntou Lancel.
   -Obviamente. O seu irmão é lorde de Thephra, devido ao falecimento do Lorde Hosten. No entanto, os Medley tornaram-se nossos aliados. Temos alguns "espiões" em Thephra. - disse Darlessa.
   -Perfeito. Como estão os outros?
   -Clarisse continua em cativeiro. Theon continua nas Minas de Vesthora e o Lorde Tuwin ainda está nas masmorras. - disse Darlessa.
   -Está bem. Se continuarmos assim, esta guerra terminará rapidamente. Partimos depois de amanhã. - disse Lancel.

P.O.V. Theon

   Theon e Maggie estavam a andar à horas. Tinham encontrado mais uma pessoa, e tinham matado-a, como era o seu dever.
   Continuaram a andar, até que viram alguém a surgir das sombras. Tinha cabelos loiros e olhos azuis. Usava uma lança.
   -Quem és tu?! - perguntou Maggie, apontando o punhal.
   -Calma! Eu... Eu não vos quero fazer mal! Eu não quero estar aqui! Tenho medo... - disse ele. Parecia ter cerca de 16 anos.
   -Está bem. Tem calma. Podes vir connosco. - disse Theon - Como te chamas?
   -Carl... - respondeu ele.
   -Carl quê?! - perguntou Maggie.
   -Só Carl. Nunca conheci os meus pais, por isso nunca soube o meu apelido. - explicou ele.
   -Está bem. Vamos. - disse Theon.
   Continuaram pelas grutas mais cerca de três horas. De repente, Theon ouviu um som de uma lâmina a espetar no corpo de alguém.
   Quando olhou para trás, viu Maggie com uma lança no meio do peito. Carl arrancou a lâmina dela, fazendo-a cair no chão, morta.
   -Não! O que fizeste?! - gritou Theon.
   -Só um de nós pode continuar e chegar ao fim das minas! E esse, serei eu! - disse Carl, atirando-se contra Theon.
   Theon conseguiu parar o ataque, fazendo com que Carl se desiquilibrasse. Rapidamente, Theon espetou a sua espada no peito dele, fazendo o seu sangue jorrar para todos os lados.
   Theon virou-se e continuou caminho, até que sentiu algo a raspar-lhe no braço. Era a lança de Carl.
   Theon virou-se e viu-o, ainda vivo, mas deitado. Ele avançou sobre ele e espetou-lhe a espada três vezes, para se certificar que ele estava realmente morto.
   Theon tinha o braço todo dorido, cheio de sangue e a ver-se a carne. Continuou mais dez minutos, apesar da dor, até ver uma luz. A saída, pensou ele. Dirigiu-se para a luz, e viu vários guardas de Vesthora, a gritarem o seu nome. Theon desmaiou.
   Quando acordou, viu que estava dentro de uma tenda. Tinha a sua espada ao seu lado.
   Levantou-se, apesar das dores. Saiu da tenda e viu que estava num acampamento de Castelo Ventoso. Estavam lá guardas e lordes. O rapaz olhou para o lado e viu a saída da gruta, o que lhe deu arrepios.
   Andou por um bocado, até se afastar do acampamento. Andou cerca de dez minutos, até que encontrou a Torre Sombria. Aproximou-de dela e começou a ouvir choros, de uma rapariga. Ele decidiu entrar nas ruínas.
   Andou por um pequeno corredor até encontrar umas escadas. Subiu-as, ouvindo cada vez mais o choro.
   De repente, um guarda de Hatley Castle apareceu, mesmo à sua frente.
   -Não podes estar aqui! - gritou ele, levando-o para fora da Torre Sombria.
   Algo de estranho se passava ali. Guardas de Hatley Castle perto de Vesthora? Era tudo muito estranho. E o choro daquela rapariga fazia-lhe lembrar alguém. Ele apenas não sabia quem. Mas não tinha tempo para pensar nisso.
   Dirigiu-se até ao acampamento, que o levou até Castelo Ventoso.
   O Lorde Lewis Egen estava no seu trono, com a sua família à volta.
   -Theon Dayne, haveis sido o único sobrevivente das minas. Os Egen cumprem sempre as suas promessas. Tu e o Lorde Tuwin estão livres. Dar-vos-emos alguma comida e bebida para onde quer que vão. Guardas! Levem-nos! - ordenou o Lorde Egen.
   Os guardas obedeceram. Deram-lhes dois cavalos e alguma comida e bebida. Eles seguiram caminho, afastando-se de Vesthora.
   -Para onde vamos? - perguntou o Lorde Tuwin.
   -Para Thephra. Mandai uma carta para St. Victorian. Necessitamos de três mil guerreiros, rapidamente. - ordenou Theon.
   O Lorde Tuwin obedeceu e chamou um corvo. Theon achava que ele estudou em Old Town, para saber tantas coisas, como chamar corvos.
   Cerca de quatro horas depois, Theon viu toda a sua armada a vir em direção a ele. Theon sorriu, coisa que não fazia à muito tempo.



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