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História Marcados pelo fogo - Então que seja: provocar-no-emos


Escrita por: Hypnoss_

Notas do Autor


ADIVINHA QUEM VOLTOU????????????
Nos vemos lá em baixo nas notas finais, meus amores.

Capítulo 15 - Então que seja: provocar-no-emos


Por: Itachi

            O sol raiava de mansinho pelas frestas da sala. Eu não sabia dizer se tinha ou não dormido, mas a paz definitivamente invadira meu corpo enquanto estava ali por não sei quanto tempo. Só percebi, inclusive, o sol quando de trás da porta ouvi uma discussão e a voz rouca e agressiva de meu irmão entrou no quarto afastando um dos guardas que não falava Mipán.

            — Você poderia escolher guardas que falem nossa língua, não, Itachi?

— General, para você. — Corrigi e suspirei.

— Já chega desse teatrinho que estamos representando desde o início da guerra.

— Você deveria saber que as paredes te…

— As paredes daqui falam Aliksi! — Falou irritado e fazendo referência aos guardas que nunca lhe permitiam a entrada sem antes pará-lo.

— Fale logo qual é o problema, Sasuke…

— O problema é você aqui. — Disse enfadado e procurando algum lugar para se apoiar na sala vazia. Abri os olhos por um instante e logo voltei a cerrá-los. — O Caríssimo Senhor General não devia estar invadindo alguma vila por aí?

— Pensei que meu mais querido irmão fosse gostar de saber que estamos em paz com o Governo Central.

— Então agora somos os príncipes do Império Novo? — Perguntou desinteressado. — Ótimo. Prazer conhecê-lo, Sua Majestade. Agora já pode ir.

— Quanto amor, irmão… — Ri e o encarei, enquanto este estava encostado numa pequena cômoda de madeira. — Mas, não, não somos príncipes. Assinei um tratado com o Rei de Pántean e nossa região vai ter alguma independência, só tenho de resolver uns… detalhes de contrato com você.

Ele suspendeu uma das sobrancelhas. — O que seriam esses detalhes?

— Essa é a melhor parte, escute: ele quer uma garantia de fidelidade ao poder central. Sabe como isso acontece, não? Tudo aquilo de casamento. — Fingi um costume incomum na minha voz e aquilo já foi o suficiente para deixá-lo apreensivo enquanto escutava. — Enfim, você vai se casar com a princesa de Pántean.

— Sinto informar, mas eu já tenho um ômega…

— Matamo-lo. Qual o problema?

A naturalidade na minha voz o espantou e eu ofendi-me. — Não olhe assim para mim. Lembra quem enforcou aquele homem até a morte? E quem entregou aquela criança para um exército? Você é capaz de atrocidades piores que as minhas, Caríssimo Senhor General.

— Eles me mantiveram num cárcere por um ano! Sem luz!

— Eles atrapalharam seus planos de liberdade, como este ômega esta atrapalhando agora. Só que, no caso, os planos são meus…

— Não mexa com ele, Itachi!

— Você já foi mais esperto… — Refleti apoiando a face com o punho. — Bem, mas lembre-se de que acidentes acontecem, não venha me culpar se tal… — Ri novamente.

— Ele não vai ter mais autorização para entrar nesse quarto.

— Terá sim. Eu sou seu superior…

— Vai mesmo jogar tão baixo a ponto de conquistar a confiança dele e depois matá-lo?

— A escolha está em suas mãos. Pode simplesmente afastar-se dele e deixá-lo vivo.

Ele não respondeu e minha cabeça passou por muitos lugares até voltar à sala e eu anunciar. — Um jogo.

— Um jogo?

— Sim. Teremos um tempo. Se no fim dele seu ômega preferir vir comigo, você faz o que eu quero. Se…

— Não vou jogar com você Itachi. É melhor para sua saúde ficar longe dele e da saúde do mesmo!

Ele falou irritado e virou-se saindo sem pedir nenhuma permissão. Acho que alguém está “apaixonadinho”… Ele é uma verdadeira comédia…

Por: Sasuke

Saí quase trombando com os guardas e irrompendo brucamente no corredor secundário irritado demais até para pensar quando encontrei o loiro.

            — Sasuke, aconteceu algo? — Perguntou observando-me com um sorriso besta que se esfacelou.

— Nada importante, só desconcertante. — Cortei a conversa, endireitei os ombros e ergui a cabeça arrogantemente enquanto preparava-me para passar por ele e sair. — Algo de errado? Não devia perambular tanto por esta área da fortaleza.

Suspirou. — Poderia se desarmar, senhor?

Diminuí a altivez de minha cabeça e meus olhos brilharam menos ameaçadores com aquele comentário. Respirei fundo e tentei me acalmar. — Hábito…

— De qualquer modo, estava lhe procurando.

— O que houve?

— Bem, foi muito gentil deixar que visse meus pais, mas… Acho que já é hora de devolver-nos à vila.

— Eles ainda são prisioneiros de guerra. — Ou talvez não sejam mais… pensei. Bem, Itachi… Vamos ver até onde você vai. — Melhor dizendo: aparentemente a guerra acabou, mas agora Itachi quem define quando os prisioneiros serão liberados, não sou mais o chefe da fortaleza…

— Posso falar com ele, sem problemas. — Sorriu e eu torci para que não fosse ingenuidade. “Afinal, por que ele confiaria em Itachi? Itachi foi quem tirou ele do cárcere, Sasuke, não se esqueça. Cale-se!” discuti comigo mesmo por breves instantes.

— Pode… Inclusive agora mesmo… Venha.

Eu me virei sem o dar espaço de argumentar e ele me seguiu até os dois homens na porta. O mais alto deles me dirigiu palavras incompreensíveis:

— Lásse lê’sy myr íus’y jolia don né gi néh’us.

— Não precisamos discutir isso novamente, precisamos? — Falei olhando para ele farto daquela situação.

— Ele não te entende, Sasuke… — Retrucou . — Deixe comigo, sim? — Ele virou-se para o guarda e começou a falar. — Ay sát teha Itaxiw eh imon ay shát sê neh ksy mít ohtéhtus da Itáx… Idon ay né gi mít le arta anta ki sinê.

— Sy mít jeatus… — Concordou o outro. — Py mít ômika behfósaspró eh li mít sê Yehna yôn litére.

Eles abriram passagem e eu olhei estranho para ele. — Primeiro: como você sabe falar Aliksi e, segundo: como os convenceu? — O perguntei enquanto adentrávamos.

— É importante falar mais de uma língua… E eu não gosto tanto de Kãaki, nem de Baixo Xáh… E eu só disse que possuo permissão de Itachi e que ele não gostaria de saber que estou aqui fora só com você…

— Eu não acredito… — Falei descrente de que aquilo fora tão fácil para o loiro.

— Os dois poderiam parar de conversar tão alto? — Perguntou Itachi interrompendo sua aparente meditação no centro da sala.

— Itachi, preciso te pedir algo! — Falou e eu me deixei ficar enquanto as portas eram fechadas e ele se aproximava de meu irmão. O encarei e sorri de canto ardiloso.

— Sim?

— Já é hora de eu e minha família voltarmos à vila…

— Infelizmente ainda há guerra…

— O Sasuke disse que ela acabou.

Ele me encarou com um olhar de “Disse?!” como se esperasse que eu me corrigisse e o acompanhou no olhar. — Mas o senhor quem dissera. Recebeu novas notícias desde dez minutos atrás, General?

Ele me deu um olhar mortal disfarçado de sorriso. — Ainda não é algo completamente decidido, Sasuke. Entenda, , não é tão simples dispensar duas pessoas tão importantes: na vila poderão fugir muito facilmente…

— Mas eles não vão fugir, General. — Respondeu . — Temos vínculos muito fortes com esta vila, além disso, fugir seria deixar nosso povo à mercê da ira dos senhores e não faríamos isso jamais.

Ele massageou as têmporas calmamente, mas eu, que o conhecia bem, pude ver sua irritação. Tive vontade de rir, mas me mantive sério. Ele olhou para mim com um olhar simpático que era uma ameaça velada, ele queria que eu o reafirmasse:

— O que você acha, Sasuke? Está com eles há mais tempo, será que fugiriam?

— Creio que não, General. Acho que seria até mais saudável para o exército liberá-los, pois teríamos mais apoio dos aldeões. E quem sabe o Rei nos ceda estas terras? Poderíamos ser lordes daqui, então precisaremos do apoio deles… — Eu o desmenti prontamente, pois nada poderia ele fazer contra mim naquele contexto. Ele precisava da confiança do loiro e eu me aproveitaria daquilo.

— Sim, tudo isso também! — Concordou olhando para mim e ele me deu um olhar mortal enquanto o loiro estava de costas para ele.

— Posso responder amanhã, ? Preciso ainda me descansar mais da viagem para pôr o pensamento nos lugares. — Apesar de cretino, há de se dizer que era um notável autor. Sua voz atuada de cansaço e mal tratos da viagem quase fizeram-me apiedar-me dele e esquecer que em verdade ele havia percorrido todo o caminho confortavelmente no interior de uma liteira.

— Sim, pode, acho… — Ele falou e pediu permissão com uma breve mesura na direção de Itachi. Eu o acompanhei e ele consentiu com o conhecido gesto de mão (movê-la de cima para baixo no ar e em direção à pessoa que pedia permissão) nossa partida.

Saímos juntos pelo corredor. Mesmo que não fosse um jogo eu o provocaria e ele não deixaria aquilo barato. De certa forma, havíamos declarado guerra e eu não entrava em guerras para perder…


Notas Finais


Enfim, amores, voltei. Estive mais ausente do que o pretendido, mas, bem, eu tava meio sem ideia mesmo depois do júri. Eu gostei muito desse capítulo e eu não estou ainda completamente decidido sobre o que fazer com o final dessa fiz. Me dêem a opinião de vocês: faço um final feliz e clichê, um final agridoce ou um final trágico?
Bem, tô pensando em trazer um lemon no próximo cap. Vocês sabem, né? Eu não sou de ficar entupindo minhas histórias de lemon desnecessários, em geral meus lemons tem um papel no enredo (olha a dica). Quero voltar a escrever aquela side history também, mas não garanto nada.
Enfim. Coments e fav? Espero atualizar mais coisas em breve S2.


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