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História Marcas - Coração partido não mata


Escrita por: kauane498

Notas do Autor


Oieeeeeeeeeeeee💕
Tudo bem com vocês??
Eu tô muito feliz hoje e eu não sei porque, olha que legal.
Capítulo como prometido antes de terça feira💚
Espero que vocês gostem😉
Não se esqueçam de comentar, amo receber comentários me incentivando.
Obrigada a todos que comentaram no capítulo passado e a todos os favoritos também😍
Bjs e até o próximo😘

Capítulo 11 - Coração partido não mata


   Quatro dias depois...

     Ninguém gosta de se sentir sozinho, ninguém gosta da sensação de não ter ninguém por perto quando preciso.

     As pessoas podem até se acostumar com o silêncio que as ronda ou com a sensação que a sofrida escuridão causa, mas ninguém gosta de ser deixado a deriva nos braços da solidão.

     Nina nunca gostou, era na dela mas adorava fazer amizades, conversar e principalmente conhecer gente nova, amava aquele friozinho na barriga e aquela euforia boa que tomavam conta do seu ser quando conhecia alguém que gostava das mesmas coisas que ela.

     Já tivera algumas amizades antes e pretendia fazer muitas outras mas sabia que nada seria comparado ao que tinha com Gastón, era diferente não por que gostava dele, era diferente porque foi uma amizade construída pelo tempo, é aquele tipo de amizade que ninguém separa.

     Quando o reencontrou depois de achar que foi abandonada junto a um coração partido se sentiu feliz como se não fosse a pessoa mais desprezível do mundo e sim a mais importante, pelo menos no mundo dele ela era a mais importante e isso a fazia feliz.

     Mas os pensamentos de que tudo aquilo era momentâneo voltaram a assombra-la e só piorou quando ele não foi vê-la no trabalho naquela terça feira ensolarada, nem na terça, nem na quarta e muito menos nos dois dias que se seguiram.

     Ela ficou preocupada lógico, resolveu ligar para ele mas ele sempre dizia que estava bem.

     Ela sabia que não estava nada bem, sabia apenas pelo seu tom de voz cansado e deprimido que ele estava sofrendo com algo.

     — Não é nada Nina, eu juro que estou bem — o ouviu suspirar do outro lado da linha — e como você está? O Tomás tá te enchendo muito? Porque se tiver pode deixar que eu vou conversar com ele.

     — Não Gastón — soltou um riso abafado — ele não está me enchendo, e eu achei que ele fosse seu amigo.

     — E ele é, mas antes dele ser meu amigo você é minha irmã.

     Algumas pessoas tem o costume de dizer que certos tipos de coisas passam com o tempo ou você simplesmente se acostuma com elas, Nina acreditava que corações partidos não se encaixavam nessa categoria.

     Perdeu as contas de quantas vezes Gastón a chamava de irmã mas não importava quantas vezes ele chamasse, seu coração jamais se acostumaria com a dor.

     Ela não queria ser só mais uma das mocinhas que ela assiste nos filmes de drama que são fracas e choram a todo momento, ela queria ser forte em todos os momentos e em todos os sentidos, queria que as pessoas olhassem para ela e vissem uma pessoa que suporta de tudo.

     — Nina? Você ainda tá aí?

     — Ah sim, só me distraí um pouco.

     — Nossa jantar ainda está de pé amanhã, certo?

     — Se estiver tudo bem pra você — ela ouviu a própria voz murmurar tentando conter a euforia que estava em saber que ía vê-lo.

     — Nina eu tenho que desligar agora, até amanhã senhorita Simonetti.

     — Até amanhã senhor Perida.

     Sabia que ele ainda estava do outro lado da linha porque podia ouvir sua respiração.

     — Eu amo você.

     — Eu também te amo.

     E desligou, não precisavam dizer mais nada, sabiam que a chamada havia se encerrado a partir do momento que disseram a frase que muitos buscam ouvir.

      Eles não precisavam dizer tchau como as outras pessoas, Nina não gosta de dizer tchau porque soa como uma despedida e o que ela menos queria no momento era uma despedida.

     Nina resolveu tomar um banho e preparar alguma coisa pra comer, não estava com ânimo mas era isso ou morreria de fome.

     Não teria aula na universidade, seria apenas uma festa que fazem para receber os calouros, Nina não iria de jeito nenhum, sabia o que geralmente acontecia nessas festas e não queria estar no meio.

     Separou uma roupa confortável e estava pronta para entrar no banho quando ouviu seu telefone tocar, se viu eufórica novamente com a possibilidade de ser Gastón.

     Olhou no visor e seu sorriso foi morrendo aos poucos ao ver que não era o número de Gastón que se encontrava brilhando na tela.

     Era um número desconhecido mas não recusou a chamada, pensou ser algo importante.

     — Alô?

     — Nina? — Nina conhecia aquela voz, como poderia se esquecer? Cresceu com aquela voz por muitas vezes dizendo que brincar no chão dá doenças, não lavar a mão com com sabonete antibacteriano pode causar infecção e que havia uma pomada certa pra cada tipo de machucado.

     Nunca imaginou que voltaria a ouvir aquela voz tão cedo, ela podia não ser a mãe mais atenciosa do mundo mas era sua mãe e não podia evitar ama-la.

     — Mãe? — sentiu a voz embargada, não queria chorar, não ali.

     — Ah Nina — ouviu sua mãe suspirar do outro lado da linha — como você está?

     — Eu estou bem mãe, e você?

     — Não se importe comigo Nina, eu quero saber de você, da sua universidade, do trabalho, amigos — Nina podia sentir a felicidade na voz da mãe.

     Se Nina dissesse que não estava surpresa com a ligação da mãe estaria mentindo, nunca imaginou que a mãe algum dia voltasse a falar com ela, Ana era muito orgulhosa pra voltar atrás na própria palavra.

     — Por que você me ligou mãe? Eu achei que você não quisesse mais falar comigo — Nina não queria esfregar na cara da mãe que a mãe tinha voltado na palavra, ela apenas não entendia.

     A linha ficou muda por um tempo, só se podia ouvir a respiração das duas.

     — Nina eu sinto sua falta, eu sinto falta de chegar em casa e te ver deitada no sofá lendo um livro ou assistindo um filme, eu sinto falta de te dar umas boas broncas, eu sinto...eu sinto sua falta, me perdoa? — ela disse por fim, fazendo lágrimas brotarem dos olhos de Nina, não podia acreditar no que estava ouvindo, pela primeira vez em anos sentiu que a sua vida estava entrando nos eixos.

  
     — Eu amo você mãe, nem que eu quisesse eu poderia ficar mal com você mãe — ouviu sua mãe soluçar.

     Depois disso elas ficaram pelo que se pareceram horas no telefone conversando, Nina se sentia entusiasmada em contar pra mãe em detalhes tudo que estava acontecendo em sua vida, contou sobre o reencontro com Gastón, contou sobre a universidade e o amigo bizarro que tinha feito, contou também sobre o vizinho galanteador e sobre o emprego o que deixou a mãe insegura por saber que a filha estava trabalhando como garçonete.

     Nina amou quando sua mãe disse que um dia ía visita-la, para Nina aquele foi o melhor dia de sua vida.

     Pobre Nina, tinha se esquecido completamente que depois da calmaria sempre vem a tempestade, é inevitável, ela sempre vem.

                                                 ⚫⚫⚫

     Noite de sábado...

     Se olhou no espelho uma última vez se perguntando se realmente estava bem daquele jeito.

     Não queria parecer muito simples, mas era seu jeito, não gostava de ficar horas em frente à um espelho.

     Pegou a sua jaqueta e a bolsa e se encaminhou para fora do apartamento.

     Enquanto trancava a porta de número 36 pensava em como estava animada para contar todas as novidades a Gastón, não via a hora de falar que fez as pazes com sua mãe, estava prestes a explodir de alegria.

     Entrou no elevador e quando as portas iam se fechar alguém do lado de fora pediu pra ela segurar o elevador.

     — Obrigado, eu nem sei se ía aguentar descer as escadas — quando a pessoa levantou a cabeça Nina revirou os olhos e colocou um sorriso nos lábios — ah é você docinho? Você está linda.

     Uma vez Thomás, sempre Thomás.

     — Oi pra você também Thomás, e você não está nada mal, vai sair com alguma mocinha indefesa que você conquistou por aí?

     Ela deu espaço para que ele entrasse no elevador e apertou o botão do térreo.

     — Não precisa ficar com ciúmes docinho, eu só tenho olhos pra você — piscou para ela e encostou na parede do elevador de braços cruzados — mas você Também está muito bonita, deixa eu adivinhar, vai pra um encontro? E respondendo à sua pergunta, não, na verdade eu vou num casamento, você deveria saber.

     — Porque eu deveria saber do casamento que você vai? E eu vou sair com Gastón — viu a expressão dele se tornar confusa.

     — Tem alguma coisa errada porque o Gastón vai se ca...

     O barulho das portas do elevador que se abriram o atrapalhando a falar o que quer que fosse.

     Nina ficou curiosa mas não podia se dar ao luxo de esperar, Gastón já devia estar a esperando.

     — Eu tenho que ir Thomás — acenou de longe enquanto ele ainda estava estático parado dentro do elevador.

     — Boa noite seu Miguel — comprimentou o porteiro que estava no telefone na hora e só deu um aceno com a cabeça e um sorriso bondoso.

    
                                               ⚫⚫⚫

     Duas horas, faziam exatamente duas horas que Nina estava esperando.

     Já começava a se sentir desconfortável com os olhares que as pessoas do restaurante já haviam lançado a ela, provavelmente imaginando que ela devia ser mais uma esquecida e era realmente como ela estava se sentindo, esquecida.

     Já havia pedido uma água só pra se distrair com algo e o garçon não ficar voltando lá toda hora e a olhando com pena.

     — É Nina, ele realmente não vai vir — murmurou e se levantou da mesa a onde estava e deixou o dinheiro da água na mesa.

     Lá fora ela fazia de tudo pra não deixar as lágrimas saírem, não acreditava que ele não havia ido em algo que havia confirmado no dia anterior.

     Sentia a raiva e a melancolia tomarem conta de sí.

     Não iria chorar, não ali na rua a onde as pessoas já estavam a olhando estranho.

     Passou as mãos pelo rosto limpando as gotículas de lágrimas que escorriam e fez um coque mal feito no cabelo, olhou o celular numa última esperança de que ele tivesse mandado uma mensagem mas nada, não havia nada.

     Resolveu esquecer isso e chamar um táxi.

     Quando chegou em casa só conseguiu tomar um banho e vestir uma roupa quente por causa da noite fria, tudo que ela precisava agora era de uma boa noite de sono e nada mais.

     Deitou a cabeça no travesseiro a onde suspirou e tentou esquecer os acontecimentos da noite.

     Se engana quem diz que o coração só pode ser quebrado uma vez, ele pode ser quebrado várias e várias mas coração quebrado não mata, e é isso que é o pior de tudo porque se matasse as pessoas seriam poupadas da dor.

     Nina é uma prova viva de que coração partido não mata, ela acreditava que fosse um plano da vida pra colocar juízo na cabeça das pessoas e faze-las ouvir o cérebro e não o coração, por isso a dor ficava lá pra lembrar que amar é sofrer.

     Ouviu a campainha tocar desesperadamente e só bufou forte odiando o fato de não ter paz nem mesmo nos seus momentos melodramáticos.

     Levantou da cama e se encaminhou até a porta, estava tão absorta em pensamentos, pensando em como iria colocar quem quer que fosse pra correr que nem se preocupou em olhar pelo olho mágico.

     Abriu a porta e se deparou com uma figura que sabia que ia ter que encarar mais cedo ou mais tarde, só não esperava que fosse tão cedo e que essa pessoa estivesse cheia de malas ao seu redor.

     — Está afim de dar abrigo pra um amigo sem casa e desempregado? —

     Ah Gastón Perida, você ainda iria enlouquecer Nina Simonetti.

    
    

    

    


Notas Finais


E aí gente???
O que será que vai dar Gastón e Nina na mesma casa???
Eu sei que esse capítulo não ficou tão emocionante como eu prometi mas eu tive novas idéias para a fic e resolvi mudar algumas coisas.
Mas não se preocupem que os capítulos da bad virão.
Espero que tenham gostado e quero recorde de comentários😉
Me desculpem os erros💚
Bjs e até o próximo😘


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