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História Marcas - "Até a eternidade"


Escrita por: kauane498

Notas do Autor


Oieeeeeeeeeeeee genteeeeee💚
Quanto tempo meus amores😍
Senti falta de vocês, eu demorei porque sou enrolada mesmooooo💚
Espero que gostem do capítulo, e infelizmente esse capítulo não tem beijo ou insinuações de beijo😥
Mas quem sabe o próximo não tem😏
Muito obrigada a todos que comentaram e favoritaram no capítulo passado, amo vocês😍
Comentem😉
Gente, o apelido do pai do Gastón foi idéia de uma leitora (e agora amiga) maravilhosa, ~SoyLunaForever💚
Bjs e até😘

Capítulo 15 - "Até a eternidade"


     " Para Superar é preciso enfrentar...
      — Felicity For Now "

     Sorriu ao ver o que postou. Sempre pensou nessa pequena frase como um incentivo.

     Realmente era verdade, para superarmos a dor, a mágoa e até mesmo o amor nós precisamos enfrentar.

     No caso do amor ela não tinha tanta certeza se era possível ser superado.

     Suspirou cansada e se lembrou de Gastón que estava nesse momento em casa conversando com o pai.

     Ela não queria deixa-lo sozinho, era como se uma parte dela tivesse ficado lá, sofrendo com ele.

     Não sabia o que iria acontecer se o pai dele não tivesse chegado, ele parecia querer beija-la e ela com certeza corresponderia.

     — Pare de bobagens Nina, ele não ía beijar você, isso é coisa da sua cabeça — repreendeu a sí mesma e olhou para o lado quando ouviu alguém rir.

     — Não sabia que falar sozinha fazia parte do seu repertório — ela a olhou divertida — Oi Nina.

     — Ah... Oi Luna... Eu não falo sozinha — disse enquanto encarava a outra garota em sua frente — pelo menos, não sempre — murmurou a última parte.

     — Tem certeza? Porque eu jurava que havia ouvido você falando consigo mesmo, mas dessa vez eu vou deixar passar porque... — Luna olhou para os lados como se verificando se alguém estava passando por perto no momento — eu também falo sozinha.

     Nina não se conteve e riu da garota em sua frente.

     — Sério? Eu não acredito que a menina delivery faça uma coisa dessas — falou irônica enquanto usava o apelido que viu o namorado de Luna a chamar um dia.

     — Ei, só o Matteo pode me chamar assim — ela tinha uma falso ar de repreensão na voz.

     — Ok, não está mais aqui quem falou — Nina riu uma última vez e levantou as mãos em forma de redenção.

     — Deixando as brincadeiras um pouco de lado, eu queria mesmo falar com você Nina — Nina a olhou preocupada, pois elas quase nunca trocavam palavras na universidade, poucas vezes o faziam, praticamente não tinham assunto, só conversavam direito quando Matteo não estava por perto para ter crise de ciúmes por ver a Luna perto do Simón que não desgrudava de Nina.

     — Claro.

     — Então — ela suspirou — é sobre o Simón — Nina a olhou um pouco assustada pois nunca imaginou que a mexicana a procuraria para falar sobre ele — eu sei que eu não falo direto com ele na universidade mas nós éramos amigos antes dele misturar as coisas e eu começar a namorar o Matteo, eu só queria saber como ele está, eu fico preocupada com ele e sei que não tenho mais o direito de pedir para que ele se abra comigo, e eu vejo como vocês estão próximos, então resolvi falar com você.

     Nina tentava digerir tudo que acabará de ouvir. Não sabia se era o certo falar para Luna que Simón ainda não a superou.

     — Ele está bem — Luna a olhou com uma cara que Nina diria ser intimidadora.

     — Eu quero a verdade Nina.

     Nina suspirou cansada, estava fazendo muito isso nesses últimos meses.

     — Olha eu não vou mentir, ele ainda sente algo por você, mas ele está tentando entende? Ele já não fica tão triste como antes quando vê você e o Matteo juntos, e ele nem fica mais observando vocês a todo minuto — Luna a olhou e Nina não pode decifrar o que ela pensava — ele vai ficar bem, acima de tudo, ele está feliz por você e isso é o que importa.

     — Você é incrível sabia? Eu fico feliz em saber que ele achou alguém com você Nina, antes de você chegar, ele meio que se isolava de todos e eu me culpava muito porque eu sabia que ele tinha medo que fosse abandonado novamente como eu o abandonei quando comecei a namorar o Matteo.

     — Não se culpe Luna — Nina pegou na mão da garota em sua frente — as vezes nós precisamos apenas viver nossas vidas, se formos dar cada passo pensando em quem pode se magoar com nossas escolhas nós não vivemos. Não que eu esteja dizendo para que você não ligue para os sentimentos dos outros, longe de mim propor isso, eu só quero que você entenda que as vezes precisamos viver por nós e não pelos outros.

     — Obrigada Nina — Luna deu um leve aperto na mão de Nina — eu já disse que você é incrível? — as duas riram e Luna a puxou para um abraço, o que deixou Nina assustada no começo mas logo depois retribuiu — Eu só quero que você me prometa uma coisa.

     — O que você quiser — Nina disse enquanto quebrava o abraço.

     — Promete cuidar do Simón por mim?

     — Cuidarei dele como se fosse minha própria vida.

     — Obrigada por tudo — Luna a olhava emocionada — mas e você? Não vai estudar hoje?

     Nina estava completamente esquecida desse fato, quando saiu de casa e deixou Gastón com o pai, ela havia ficado tão preocupada que apenas pegou uma pequena bolsa e uma blusa de frio.

     Ela poderia ir, estaria sem o material mas não fazia mal, sabia que o professor entenderia.

     Pensou em Gastón novamente, não conseguiria ficar na aula se seus pensamentos sempre voltariam ao garoto que invadia seus sonhos todas as noites.

     — Hoje não vai dar Luna, terei que ajudar um amigo.

     — Sem problemas, então eu vou indo Nina, a gente se vê por aí... Amiga.

     Nina ficou surpresa, nunca tivera uma amiga menina para falar de futilidades como garotos e maquiagem, e agora ela tinha.

     — Até mais amiga.

     Luna sorriu e se encaminhou para universidade, Nina a observou até a parte do caminho em que uma carro parou do lado de Luna e ela sorriu instantaneamente, pelo sorriso que Luna deu Nina já imaginava que no carro devia estar Matteo, ela entrou no carro e se foi.

     Nina sentiu algo vibrar dentro da bolsa que estava pendurada em seu ombro e logo tratou de procurar o celular na bolsa.

     — Alô — nem viu quem a ligava, na hora da pressa apenas pegou o celular e atendeu.

     — Você sabe que horas são? O sino infernal já tocou a exatamente cinco minutos e nada de você chegar.

     — Oi Simón, me desculpe, mas eu não vou hoje.

     — Como assim? Aconteceu alguma coisa? Você está doente? Porque se você estiver eu posso ir aí ficar com...

     — Não... — ela queria muito conversar com alguém mas se por um acaso Gastón visse os dois juntos ele não iria gostar, não que ela realmente se importasse, afinal ela tinha direito de escolher seus amigos, mas provavelmente não sairia coisa boa da conversa dele com o pai e ela precisava conversar com ele e não sabia se ele ficaria muito a vontade com Simón por perto — quer dizer, não, não precisar, é que o problema não é bem comigo, é com um amigo meu.

     — Ah entendi, aquele amigo que mora com você? — Nina soltou um murmúrio em concordância — problemas com a família dele de novo?

     Em um dia desses Nina havia falado a Simón qual sua relação com Gastón e contado a relação dele com a família.

     — O pai dele apareceu lá em casa e disse que precisavam conversar, ele praticamente me expulsou da minha própria casa, da pra acreditar nisso? — Nina estava exasperada, sem dúvidas nenhuma ela odiava aquele velho repugnante.

     — Isso é inaceitável Simonetti — Simón riu do outro lado linha fazendo Nina soltar um pequeno riso — esse resto de aborto de satã merece uma lição.

     Nina não se aguentou e riu, riu até a barriga doer, as pessoas que estavam passando por ela naquele momento se limitaram a lançar olhares estranhos a ela, mas ela não ligava, não como antes, era uma coisa que havia aprendido com Simón, não se importar com a opinião dos outros.

     — Ah Simón, só você pra me fazer rir nessa situação — ela falou quando a risada foi ficando mais fraca.

     — Eu só falo a verdade, e a verdade é que você está gostando tanto desse tal de Gastón que sente todas as dores dele.

     — Você está ficando louco — ela tentou desconversar — ele é só meu amigo.

     — Nina, quantas vezes eu vou precisar dizer que você gosta dele e pronto? Você não me engana.

     Ela suspirou e sorriu de leve.

     — Você me conhece mesmo — ouviu ele murmurar um "é claro que conheço" do outro lado da linha — eu as vezes fico me repreendendo por agir como uma garotinha apaixonada mas eu simplesmente não consigo parar entende? Eu o amo tanto que chega a doer.

     Foi ali, naquele momento, enquanto desabafava com o cara mas engraçado da terra que ela ouviu algo que não iria se esquecer jamais.

     — O amor dói Nina, não a nada de sublime no amor.

     E era verdade, o amor dói, uma dor incrivelmente devastadora.

     — Você sabe que eu te amo né?

     — É claro que eu sei, todas me amam — ele se gabou — eu também te amo Nina, você já faz parte do meu coração — ela sorriu quando ouviu a sinceridade contida na voz dele — Olha, eu não conheço esse tal de Gastón direito, mas uma coisa eu posso te afirmar, ele sente ciúmes de você, eu ainda lembro dos olhares assassinos que ele me lança quando vem te buscar, ele me dá medo.

     Nina nunca iria admitir mas seu coração só faltou sair para fora de tanto que palpitava dentro do peito.

     — Você acha mesmo? Olha aqui Simón, não me encha de falsas esperanças.

     — Eu tenho certeza Nina.

     Ela sorriu feito boba e se sentiu a pessoa mais importante do mundo naquele momento.

     — Não está na hora de você entrar para a sala não? — ela tentou conter a euforia em sua voz mas era praticamente impossível.

     — Está sim, mas eu não tô muito afim hoje.

     — Simón eu vou desligar e você vai estudar — seu tom era de quem repreendia uma criança.

     — E se eu não quiser? Você não pode me obrigar? — falou como uma criança birrenta.

     — Eu vou ficar um mês inteiro sem falar com você, tá bom pra você?

     — Você não teria coragem, você me ama.

     — Quer pagar pra ver?

     — Tá bom, vou desligar, tchau sua insuportável.

     — Eu também te amo, e não morda os amiguinhos na creche, eu já te falei que isso é muito feio, mamãe te ama — resolveu brincar com ele.

     — Você é louca — ele constatou rindo.

     — Tchauuuuuuuuu...

     Desligou o telefone e sorriu como uma boba, "ele sente ciúmes de mim".

     Olhou a hora no relógio de seu pulso e se assustou ao ver que já era muito tarde.

     Ficou em uma briga interna entre voltar para casa ou esperar mais um pouco.

     Quando deu por sí já estava na frente do prédio.

     — Boa noite seu Manoel.

     — Boa noite menina Nina — ele sorriu simpático.

     — O senhor pode me dizer se um homem alto que entrou aqui a poucas horas já foi embora?

     — Sim menina, já faz uma meia hora — ele disse olhando para o relógio da parede.

     Ela suspirou aliviada, agradeceu e adentrou o elevador.

     Quando chegou no corredor do seu apartamento o coração começou a acelerar, ela não podia evitar pensar no quase beijo, pelo menos para ela foi um quase beijo.

     " Teria ele coragem de me beijar?"

     Abriu a porta e de cara viu que ele não estava na sala, Muito menos na cozinha.

     Ela estranhou mas continuou procurando pela casa.

     Foi até o quarto dele e levantou a mão com intenção de bater na porta mas sua mão parou no meio do caminho, respirou fundo e bateu.

     — Gastón? Você está aí?

     — Demorou um tempo e ela já estava quase pegando na maçaneta e abrindo a porta por ela mesma.

     Ouviu barulho de passos e constatou que ele estivesse vindo abrir para ela.

     Quando a porta se abriu ela se assustou com o que viu.

     Ele estava com uma parte do rosto meio inchada que estava começando a ficar roxo, ele tinha lágrimas nos olhos, lágrimas essas que ele parecia estar se esforçando para não soltar.

     Ela entendeu o silêncio dele, entendeu que naquele momento ele não precisava de meias palavras de consolo.

     Abriu os braços e esperou até que ele se aconchegasse ali.

     Sentiu os braços dele rodearem sua cintura e passou as mãos por trás de seus ombros.

     Depois de um tempo afastou-se um pouco dele e entrelaçou a mão dele na sua.

     O guiou até a pequena cama de solteiro que tinha no quarto dele e o deitou ali.

     — Eu já volto — ela sussurrou e ele apenas fechou os olhos e balançou a cabeça em concordância.

     Se encaminhou até o banheiro e pegou a caixa de primeiros socorros que ficava em cima do armário.

     Voltou para o quarto e ele ainda estava lá, deitado e de olhos fechados.

     Ela se aproximou e mesmo com receio se sentou em um pequeno espaço da cama e passou a mão pelo inchado do rosto dele.

     Ele abriu os olhos e ficou a encarando enquanto ela passava as mãos por seu rosto carinhosamente.

     Sentiu a pele esquentar e logo ficou corada.

     Tirou as mãos do rosto dele e pegou tudo que precisaria para cuidar dele.

     Enquanto o ajudava com o rosto pensava no que teria dado a conversa pra chegarem aquele ponto.

     Não poderia perguntar, esperaria até que ele melhorasse para poder falar com ele.

     Quando colocou um pequeno curativo no rosto dele, colocou a pequena caixa com medicamentos no chão e ficou o encarando, o mesmo retribuia o olhar na mesma intensidade.

     — Eu sinto muito por ter feito da sua vida uma bagunça — ele disse com a voz roca por conta do choro de mais cedo, ele estava se sentindo culpado.

     Ela pensou em tudo que poderia falar para tirar aquela culpa de cima dos ombros dele.

     — Você é de longe a minha melhor bagunça Perida — ele sorriu e levou a sua mão de encontro a mão dela, começando ali um carinho que com toda certeza Nina diria ser a oitava maravilha do mundo.

     — Sabe Gastón — ele a olhou profundamente — eu não sei como está a sua situação com o seu pai, não sei porque ele te socou e muito menos o que você está sentindo nesse momento. Eu não posso simplesmente dizer que entendo para te fazer sentir bem, me desculpe, mas eu não entendo como estão seus sentimentos e seus pensamentos agora, pra falar a verdade eu não sei nem como estão os meus — ele deu um pequeno riso — mas eu posso te afirmar uma coisa, para superar é preciso enfrentar, e se para que tudo isso passe de uma vez for realmente preciso enfrentar, você vai. Mas você não vai sozinho, eu estou aqui.

     — Você não pode me ajudar Nina, são meus problemas, eu não quero te en...

     — Você nem pense em terminar essa frase senhor Perida, você não vai conseguir se livrar de mim tão cedo.

     — E nem quero.

     Maldito coração que não parava de sambar.

     — Eu estou com você, nunca se esqueça disso, para todos os momentos, na alegria e na tristeza.

     — Na saúde e na doença — ele continuou.

     — Eu não quero continuar a outra parte, porque nem a morte pode nos separar.

     Ele sorriu e continuou.

     — Até que... Que o nosso amor seja demais para essa terra e a morte nos leve, mas não separados, juntos, se não fisicamente, juntos pela alma — ele olhou para a mão dele entrelaçada na dela — ficou melhor assim? — sussurrou.

     Ela apenas sorriu e também encarou sua mão entrelaçada na dele.

     — Juntos... Até a eternidade.




    
    

    


Notas Finais


E aí? O que acharam??
O que será que foi essa treta do Gastón com o pai??
Comentem meus amores😉
E aí minha linda ~SoyLunaForever, gostou?
Me desculpem os erros💚
Bjs e até😘


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