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História Marcas - Tomás paizão


Escrita por: kauane498

Notas do Autor


Oieeeeeeeeeeeee 💞
Voltei, e agora é pra ficar, toda semana estarei por aqui.
Então, esse capítulo não é sobre Tomás e Jazmin como eu havia dito que seria, é mais o início da relação deles, mas eu resolvi começar por ele e pelo Art (filho da Jazmin).
Espero que vocês gostem do capítulo, e o próximo eu já volto no ritmo normal com Gastón e Nina como protagonistas.
Estava com saudades de vocês, então se ainda tiver alguém aí dê um sinal de vida.
Sejam bem-vindos novos leitores, mesmo.
Amo vocês💞
Não se esqueçam de comentar, bjsssssss.
PS: capítulo narrado por Tomás.

Capítulo 24 - Tomás paizão


     Deixou que seu corpo relaxasse sob o sofá de couro gasto que havia em sua sala.

Suspirou alto e levou as mãos ao nó da gravata, que jazia intacta em seu pescoço, e o desatou. Fechou os olhos e por um breve momento se imaginou longe, em outro lugar, onde ele pudesse relaxar a vontade sem nenhum esforço, só ele e várias mulheres, é claro.

Estamos falando de Tomás, o rei da mulherada.

Se levantou do sofá e caminhou em direção a cozinha, percebeu que ali estava tudo em seu lugar, tudo arrumado, quem entrasse alí até acharia que ele era uma pessoa organizada.

Abriu a geladeira e se assustou com a pouca quantidade de comida que havia alí, precisava ir fazer compras urgente, mas isso poderia esperar até ele tomar ao menos uma cerveja.

Foi desperto de seus devaneios sobre compras, quando ouviu o irritante toque de telefone. Já havia dias que queria muda-lo mas a preguiça e indisposição não permitiam.

Andou vagarosamente de volta a sala, de onde o som o provinha.

Pegou o telefone que estava largado no sofá e franziu o cenho quando o número que aparecia no visor do telemóvel, não era de quem ele imaginava.

— Alô — deu um gole no gargalo da garrafa e sentiu o líquido gelado queimar sua garganta. Da maneira que ele gostava — a que devo a honra de sua ligação, querida Jazmin?

— Você se esqueceu, não foi? — pela voz, ele poderia dizer que ela estava tão cansada quanto ele. Deixou a garrafa em cima da mesa de centro e se esticou no sofá, de forma que ficasse relaxado.

— Me esqueci do que?

— Poxa Tomás! Eu confiei em você, te mandei mais de cinco mensagens só no período da tarde — ela tinha na voz um leve tom de decepção e de raiva — você ao menos viu as mensagens?

— Não — ele passou a mão pela nuca — olha, hoje é sexta-feira, eu acabei de chegar do trabalho e tenho um compromisso daqui a uma hora, então se você puder agilizar o assunto, eu agradeço.

— Ok, você quer que eu agilize o assunto? Pois bem — a ouviu suspirar forte do outro lado da linha e sabia que ela iria lhe repreender por algo que ele nem sabia que havia feito. Esse era um dos motivos pelo qual ele não tinha um relacionamento, ter uma mulher sempre reclamando em seu ouvido não era algo que ele queria pra sua vida — você se lembra do sábado passado? É claro que não se lembra, você devia estar ocupado demais pensando em prostitutas e festas — ela nem ao menos o deu chance de responder e continuou a falar — eu falei para você que estava desesperada pois não tinha com quem deixar o Art e que precisaria passar a noite trabalhando para terminar alguns projetos; e você me disse que o Art poderia ficar com a Nina porque ela amava crianças. Eu falei com a Nina, ela realmente concordou em ficar com ele, o único problema era que ela iria para universidade e só voltava às dez da noite. Mas a essa hora eu já estaria no trabalho, então, voCÊ concordou em ficar com ele até a hora que ela chegasse, e eu acreditei em você — a medida que ela falava, as lembranças vinham em sua direção como uma avalanche — você me disse que iria busca-lo na escola, já são seis e quarenta, ele sai às seis — ela parecia desesperada — eu não posso sair do escritório agora. Pega ele pra mim e quando a Nina chegar da universidade ela passa aí e o busca, mas por favor vai busca-lo, ele já deve estar desesperado.

Tomás fechou os olhos e pensou que pelo menos uma vez na vida ele poderia se deixar ajudar alguém.

— Tá bom, mas eu não vou passar a noite de babá — respondeu a contra gosto enquanto se levantava e pegava as chaves de casa.

— Não se preocupe, a Nina ficará com ele assim que ela chegar. Muito obrigada Tomás, eu nem sei como te agradecer.

— Não se preocupe, eu irei cobrar.

Antes que ela pudesse falar mais alguma coisa, ele já havia encerrado a ligação e depositado o celular no bolso.

Se dirigiu até a porta e saiu pela mesma, a trancando logo em seguida.

— Droga Jazmin — murmurou ao sentir o celular vibrar no bolso.

Ficou parado no meio do corredor e pegou o celular entre os dedos novamente.

Na mensagem havia o endereço da escola onde o pequeno Art estudava.

Entrou no elevador e encostou a cabeça na parede espelhada.

— Seja o que Deus quiser — murmurou depois de um longo suspiro.

⚫⚫⚫

— Posso ajuda-lo? — uma moça loira que aparentava ter seus vinte e cinco anos perguntou assim que ele entrou na colorida secretaria do local.

— Ahn, eu vim buscar o meu... — ele ficou pensando no que falaria para a moça, afinal, o que ele era dá criança? nada — na verdade, eu vim buscar o filho de uma amiga minha, ela já deixou o recado. Meu nome é Tomás.

— Ah sim, você veio buscar o Art, certo? — apenas concordou com a cabeça — ele já estava desesperado, está aos prantos, coitadinho. Espere só mais um minuto, eu vou busca-lo.

— Tudo bem — deu um leve sorriso para a moça que saiu de forma ereta e delicada. Ela daria uma boa modelo, foi o que o jovem Tomás pensou quando se sentou em uma das poltronas que havia no local.

Estava tão cansado por conta do trabalho que tudo que ele menos queria era passar a noite cuidando de uma criança.

Calma Tomás, é só por algumas horas e você está livre, só mais algumas horas, ele tentava acalmar a si mesmo.

— Olha lá Art, não precisa mais chorar pequeno, o tio Tomás chegou — virou o rosto em direção a voz e se deparou com a mulher que havia o atendido a minutos atrás segurando na mão de uma criança.

Se levantou e tentou dar seu melhor sorriso para a criança que parecia assustada.

— Oi Art, lembra de mim? A gente foi naquele restaurante juntos, e comemos pizza, lembra? — se assustou quando viu a criança correndo em sua direção como um vulto e se agarrando em suas pernas.

Art soluçava de forma que fazia o coração de Tomás se partir em dois.

De fato, ele não era um monstro por completo.

— Calma rapaz, eu já estou aqui — ele puxou art pelos braços rechonchudos e o segurou firme no colo.

O garoto colocou o rosto na curva do pescoço do mais velho e abraçou o mesmo como se fosse sua única salvação.

Tomás passou a mão pelas costas dele em forma de conforto.

— Cadê a mamãe? Eu achei que vocês iam me deixar aqui pla semple — ele ergueu o rosto e Tomás pode ver como as bochechas do garoto estavam vermelhas, assim como seu pequeno nariz.

— Eu me atrasei um pouco por que fiquei até tarde no trabalho, mas eu estou aqui pequeno, não precisa se preocupar — Tomás olhou para a moça que intercalava o olhar entre os dois com um genuíno sorriso no canto dos lábios — eu acho que já vou indo.

— Claro, a mochila dele — ele pegou a pequena mochila de rodinhas da mão que a moça estendia e se despediu mais uma vez sorrindo para a moça e se retirando para fora da escola.

— Bem, eu estava pensando, o que você acha se nós formos ao mercado comprar umas coisas que está faltando lá em casa?

— Tudo bem, mas depois a gente pode falar com a minha mãe? — o menino perguntou de forma baixa, como se fosse errado o que ele estava pedindo.

— É claro que a gente pode, mas primeiro vamos ao mercado, tudo bem? — o garoto apenas maneou a cabeça — então vamos lá.

Tomás abriu a porta do carro que estava estacionado de forma errada na frente da escola e colocou a criança no banco de trás, deixou que a mochila ficasse do lado dele.

— Só temos um probleminha, eu não tenho cadeirinha pra você, então, hoje você só vai usar cinto — passou o cinto pelo corpo do menino e só deu a volta no carro e se sentou no banco do motorista quando teve certeza que o garoto estava seguro.

— A mamãe não deixa eu andar sem cadeirinha.

— Por isso esse vai ser um segredo só nosso, tudo bem? — Tomás piscou para o garoto que de modo atrapalhado piscou de volta.

⚫⚫⚫

— Então quer dizer que a sua mãe não deixa você comer doces? — o garotinho apena balançou a cabeça em negativa — ok, mas hoje você pode, toma — entregou uma caixa de biscoitos ao garoto que pegou de forma receosa — o que foi?

— Nada — o menino disse em forma de sussurro enquanto abria a caixa de biscoitos e prestava atenção em um desenho qualquer que passava na televisão.

— Sabe, até que não foi tão chato quanto eu imaginei ficar cuidando de você, garoto — Tomás disse enquanto ia em direção a cozinha do local — você é um garoto legal e se comportou — elevou a voz para que o pequeno garotinho ouvisse o que ele falava. Abriu a geladeira e pegou uma caixa de leite, colocando uma quantidade razoável em um copo de plástico que havia encontrado nos armários do local — posso até pedir pra sua mãe te trazer aqui mais vezes, é muito solitário na maioria das vezes por aq... — parou no meio da frase quando viu que o pequeno e esperto garotinho dormia com a caixa de biscoitos intocados aberta sob o seu colo — acho que você estava tão cansado quanto eu.

Levou a caixa de biscoitos e o copo de leite de volta para cozinha e no caminho de volta para sala desligou a televisão com o controle remoto que havia na cômoda no canto de sala.

Um som assustadoramente irritante soou por toda a casa. A campainha.

Olhou para a criança jogada em seu sofá para ver se ela não havia acordado com o barulho repentino. Nada, ele continuou da mesma forma, intacto jogado no sofá.

Caminhou em direção a porta e abriu se deparando com Nina e Gastón a sua frente.

— Pra onde vai o meu casal favorito?

— Oi pra você também Tomás — Gastón se pronunciou com um contido sorriso nos lábios — Nós viemos buscar o Art.

— Eu acabei de sair da universidade — Nina falou enquanto mexia na alça da bolsa que jazia pendurada em seu ombro — eu combinei com a Jazmin de pegar o Art e cuidar dele.

Tomás os avaliou por um tempo como se estivessem em um interrogatório e Tomás fosse o juiz.

Ele não queria que levassem Art, ele até que havia gostado da companhia do garoto, a tempos não se divertia como se divertiu com o garoto, sem contar que o pouco tempo que a pequena criança havia ficado na sua casa, foi o suficiente para ele não querer mais ficar sozinho, mesmo que ele estivesse dormindo, ainda assim ele sentia a vibração e animação do garoto em cada átomo da casa.

— Sabe — passou a mão pela nuca — eu vou passar a noite cuidando dele, não se preocupem, ele já até está dormindo.

Nina o olhava perplexa, enquanto Gastón o olhava como se ele fosse algum tipo de animal descoberto a pouco tempo por cientistas.

— Você, Tomás, quer passar mais tempo com uma criança? — Gastón perguntou de forma rápida — eu ouvir mesmo isso? — se dirigiu a Nina na última parte.

— Ah qual é pessoal — revirou os olhos e sorriu para os dois a sua frente — me deixem ficar com ele, assim vocês podem aproveitar a noite só para vocês, como um casal, se é que vocês me entendem — Tomás lançou um sorriso malicioso em direção aos dois — sabe, fazer coisas que não dá pra fazer se uma criança estiver por perto.

Viu o exato momento em que a face dos amigos ficou rubra e Nina começou a mexer as pernas desconfortável.

Oh não! Tomás pensou de forma rápida, não pode ser.

— Espera, vocês dois estão namorando a um mês e ainda não transaram? — olhou de forma surpresa para os amigos — Meu Deus — disse por fim, caindo na gargalhada logo em seguida.

— Ok, você pode ficar com o Art por hoje. Tchau — Nina disse pegando na mão de Gastón e o arrastando para o apartamento ao lado.

— Eu não acredito — disse com resquícios de lágrimas nos olhos por conta da risada que dera a poucos segundos — Boa noite pra vocês também — gritou no corredor quando ouviu o barulho da porta do apartamento dos amigos bater com certa brutalidade.

Entrou em casa novamente e trancou a porta do apartamento.

Ouviu o celular vibrar em cima da cômoda e foi ver do que se tratava. Mas ele apostava a vida que seria Jazmin perguntado mais uma vez como Tomás estava lidando com o Art.

Digitou uma resposta rápida e deixou o celular novamente em seu lugar de início.

Caminhou em direção ao sofá e pegou o garoto no colo esperando que ele acordasse ou algo do tipo pelo movimento repentino. Mas tudo que ele fez foi se mexer e abraçar o pescoço de Tomás com os braços enquanto a cabeça ficava pousada em seu peito.

Se dirigiu até o quarto e entrou caminhando em direção a cama, vez ou outra acariciando as costas do pequeno menino.

Se inclinou para deixá-lo confortável sob a cama mas o garoto pareceu grudar mais ainda em seu pescoço.

— Não me deixa sozinho, tio Tomás — o menino pediu ainda de olhos fechados.

— Calma, eu não vou a lugar algum — Tomás o tranquilizou e deitou o garoto na cama e se deitou ao seu lado.

Art se aproximou e colocou o bracinho em cima do corpo de Tomás.

— Eu te amo, tio Tomás — murmurou uma última vez antes de pegar no sono de vez.

Como podia uma criança ter tanto poder sobre uma pessoa? Tomás passou o resto de sua noite, até que o sono chegasse, se perguntando isso.

Ele havia acabado de conhecer o pequeno Art, não conhecer de vista, mas, realmente conhecer, saber os gostos, o que o garoto odeia, e principalmente saber como o garoto se se sentia carente, não do amor de mãe, era algo muito mais complexo, ele era tímido e Incrível.

Não sabia como, mas em pouco tempo já havia criado um afeto fora do normal pela criança, afeto esse que era estranho até mesmo para ele.

— Eu acho que eu também te amo pequeno Art — suspirou e falou antes de fechar os olhos e deixar que Deus guiasse seus sonhos.


Notas Finais


Então, espero que vocês tenham gostado 💞
Me perdoem os erros.
Bjsssssss e não se esqueçam de comentar.


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