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História Marcas - Cicatrizes adormecidas


Escrita por: kauane498

Notas do Autor


Oiiiiiiii genteeeeee❤
Tudo bom com vocês?
Então, tô passando aqui pra deixar esse capítulo com vocês, e dizer que tem o encontro de Gastina.
Obrigada a vocês que comentaram e continuem comentando,eu amo responder os comentários.
E obrigado também a todos que favoritaram❤
Bjs e até o próximo...

Capítulo 4 - Cicatrizes adormecidas


      — Tá, como é que funciona isso? é algum tipo de triângulo amoroso, onde ela sai com o cara em um dia e no outro saí com você? — Tomás diz se sentando no sofá, ao lado de Gastón, enquanto ria.

     — Não. Você melhor do que ninguém sabe que não é assim, a gente não tem nada, só estamos nessa juntos, nós somos amigos e eu não posso impedi-la de ver quem ela realmente gosta.

     — Eu sei cara, só tava te zuando — Tomás sempre foi assim, adorava tirar uma com a cara do amigo.
    

     Eles se conheceram quando Gastón se mudou, eram do mesmo colégio e desde então são amigos inseparáveis.

     Na época e até hoje Tomás não era o cara certinho que pensava em se casar e ter uma família.

      Para ele, a vida só se vivia uma vez, então o mínimo que se podia fazer era vive-la da melhor forma possível.


     As vezes Gastón invejava a liberdade do garoto que mesmo contra a vontade dos pais foi morar sozinho, e vivia muito bem por sinal, não era uma casa grande, para falar a verdade era um apartamento, humilde mas confortável, era acolhedor.

     Ele vivia dizendo para Gastón que ele não era obrigado a se casar, mas Gastón pensava diferente, não poderia deixar sua família na mão.

     — Cara, fiquei sabendo que se mudou uma gata nova pra cá — e lá estava o  Tomás pegador falando — eu só vi ela de costas quando estava pegando o elevador, mas o porteiro me disse que ela é do número 36, foi aí que eu me toquei que é o destino, você não acha?

     — E porque seria o destino, Tomás? — Gastón disse em um tom divertido.

Ele adorava quando o amigo contava suas histórias, o fazia esquecer dos problemas por pelo menos algumas horas.

     — Como assim cara? — ele disse com incredulidade — ela é minha vizinha, eu moro no 35, esqueceu?

     Pra falar a verdade, o caminho até o apartamento do amigo já estava no automático em sua cabeça que ele nem olhava mais os números das ruas e muito menos o número do apartamento do outro.

     — Não, eu não esqueci — mentiu

     — Sei — proferiu de forma irônica — bem, mas esse não é o ponto, o ponto é que eu preciso conhece-la melhor, e eu vou fazer isso agora mesmo — ele disse enquanto se levantava e ía até a porta.

     — Ei espera aí, a onde você vai? — Gastón disse já o seguindo para fora do apartamento.

     — Vou conhece-la — ele disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.

      — Ah é esperto, e o que você vai dizer quando ela abrir a porta?

     — Cara você tem que aprender comigo, i-m-p-r-o-v-i-s-o — ele disse soletrando a última palavra.

     Quando deu por si, eles já estavam em frente à porta de número 36 e o amigo já estava com o dedo na campainha.

      Nada, o silêncio era a única coisa que se ouvia, Gastón até pensou em voltar pra dentro da casa do amigo mas já estava ali o que custava ficar e ver o que Tomás iria aprontar?

     Tomás colocou o dedo na campainha e apertou como se sua vida dependesse daquilo. Os nós dos seus dedos já estavam brancos.

     — Cara, você é louco? tira esse dedo daí, não tá vendo que não tem ningu...

     Pôde-se ouvir a trava da porta sendo aberta do outro lado. Gastón prendeu o ar e esperou a moça aparecer e xinga-los por conta da campainha.

    A porta foi aberta, mas para a surpresa de Gastón seu amigo pulou em cima da moça a derrubando no chão e caindo por cima.

     — Moça, você tá bem? Eu ouvi os pedidos de socorro e senti o cheiro de fumaça, vim aqui correndo. Meu Deus, eu achei que tivesse acontecido uma tragédia — Gastón só conseguia pensar em como seu amigo era cara de pau.

     — Com certeza os pedidos de socorro não vieram daqui, será que você pode sair de cima de mim? Está me apertando — No instante em que a moça falou Gastón teve a sensação que conhecia aquela voz de algum lugar só não conseguia se lembrar de onde.

    
     Tentou ver o rosto da garota mas foi impedido pelo corpo do amigo que ainda continuava sobre o dela.

     — Ahn claro. Gastón, você pode me dar uma ajudinha aqui? —seu amigo pediu estendendo a mão.

     Gastón o ajudou e logo depois estendeu a mão para a moça que parecia paralisada com o cabelo todo bagunçado em frente ao rosto por conta do tombo.

     — Moça? — Ela estendeu a mão mas ficou de cabeça baixa, achou aquela atitude estranha, mas pegou na mão dela do mesmo jeito que havia feito com o amigo a poucos segundos atrás.

     Quando suas mãos se tocaram Gastón pensou em como suas mãos eram pequenas e frágeis comparadas as dele.

     A levantou e estranhou o fato dela continuar de cabeça baixa, mas nada questionou.

     — Eu acho que isso é seu — Tomás disse estendendo um óculos em frente à garota.

     — Obrigada — ela murmurou enquanto limpava a lente do óculos em sua blusa.

     Gastón só observava aquele ato e as tentativas falhas do seu amigo em tentar flertar com ela.

      Ele já conheceu umas pessoa assim, era tímida e tinha a mania de limpar o óculos na blusa toda vez que ele manchava, agora ele lembrava-se de onde conhecia a voz, mas não podia ser. Não! Definitivamente não podia ser.

   
     Gastón já estava desesperado tentando dizer a sí mesmo que aquilo era impossível.

     — Qual o seu nome? — Tomás perguntou. Ela não respondeu o que só aumentou ainda mais o nervosismo de Gastón.

     Ela respirou fundo, colocou os óculos e levantou a cabeça para o desespero de Gastón.

     — Nina — ela disse encarando Gastón que não sabia se corria, falava ou chorava.

     Ela continuava do mesmo jeito que ele se lembrava, sem tirar nem por, parecia um sonho, ela realmente estava ali em sua frente e com os olhos marejados de lágrimas.

     — Nina — foi o que ele murmurou, talvez por conta do choque não viesse nada a sua mente, ele sabia que tinha muito o que falar mas sabe aquela hora que você quer dizer algo mas as palavras simplesmente não saem? Então, era exatamente assim que ele estava se sentindo.

     — Desculpem-me, eu tenho que entrar — ela disse já fechando a porta.

     — Ei espera aí, a gente nem conversou direito — Tomás dizia para a porta já fechada  — você entendeu alguma coisa? Porque eu acho que essa garota é louca, ela bateu a porta na minha cara, quem ela acha que é?

     —Cara, vamos embora — Gastón chamou o amigo mas a sua mente estava em outro lugar, pra ser mais exato, em outra pessoa — ela precisa de um tempo.

     — Tempo? Tempo pra que? Essa garota precisa mesmo é de educação — Tomás disse ainda lembrando da portada que levou na cara.

     Enquanto se encaminhava ao apartamento do amigo, Gastón pensou em como a vida é traiçoeira, ela faz você acreditar que uma ferida já está cicatrizada e que você não sentirá mais a dor que sentia antes, mas aí... É como se depois de um tempo ela passasse a doer mais forte pra te lembrar que ela ainda está ali, e que na verdade nunca cicatrizou, só estava adormecida e uma hora ou outra tinha que acordar.

     Ele sabia que a sua e de Nina havia acabado de acordar e infelizmente não voltaria a dormir tão cedo.

 


Notas Finais


GENTEEEEEE QUE ROLÊ...
Me digam o que vocês acharam do novo amigo do Gastón, eu tô completamente apaixonada pelo Tomás.
Espero que vocês tenham gostado e que continuem comentando, porque o próximo saí em breve...


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