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História Marcas - Você é meu sonho


Escrita por: kauane498

Notas do Autor


Oieeeeeeeeeeeee gente❤
Tudo bom com vocês??
Esse capítulo está enorme pra vocês😻
Obrigada por todos os comentários e favoritos do capítulo passado.
Bjs e até o próximo😘

Capítulo 7 - Você é meu sonho


     — Então vocês se conhecem desde pequenos? — Thomás perguntou com incredulidade.

     Nina já havia explicado toda a história pra ele, mas é claro que deixou de fora a parte que ela e Gastón perderam contato por um tempo.

     Ela queria muito conversar com Gastón sobre isso, ela sabia que não seria fácil mas era preciso, ela precisava de explicações para dizer ao próprio coração que nunca foi abandonada e muito menos esquecida.

     Depois daquele abraço que trocaram Nina sentiu com mais firmeza ainda que o sentimento que nutria por ele ainda estava vivo.

     Na sua juventude ela sempre achou que o que sentia por Gastón além do amor de irmão era apenas uma paixão platônica que com o tempo passa mas agora depois de tantos anos ela descobriu que aquelas borboletas que vivam em seu estômago que já não a atormentavam a 3 anos ainda estavam lá, descobriu que o que sentia na época e o que sente agora não se trata de uma paixão platônica mas sim de amor.

     Não amor de irmão, muito menos de amigo, era aquele amor que te faz tola, que te faz suspirar pelos cantos e pensar na pessoa amada 24 horas por dia e 365 dias do ano.

     Ela não queria sentir isso de novo, tentava de toda forma reprimir esse sentimento enquanto observava Gastón contar a Thomás as aventuras dos dois quando crianças.

     Ela sabia muito bem que o amor nem sempre é genuíno e puro como dizem os livros, ela sabia que o amor é tipo uma prova de resistência a onde só ganha o "felizes para sempre" quem for forte o bastante.

     Tudo que ela menos queria era sofrer uma desilusão amorosa, não queria ter seu coração quebrado novamente.

     — E você Nina? — saiu de seus devaneios quando ouviu seu nome ser pronunciado por Thomás.

     Nina até que estava gostando de Thomás, ele era divertido, de um jeito chato e inconveniente mas já havia feito ela dar boas risadas.

     — Eu o que? — se sentiu envergonhada por não estar prestando atenção na conversa dos dois homens que estavam sentados em sua frente sendo dividos dela apenas por uma bancada.

     — Você tem namorado? — Nina sentiu as bochechas esquentarem, sabia que estava corada e isso só a deixava com mais vergonha ainda pela pergunta inconveniente do rapaz a sua frente — sabe com é né, é que você é tão bonita que é meio difícil acreditar que esteja sozinha — e mais uma vez ele soltou uma cantada sobre ela, isso já estava a deixando sem graça.

     Percebeu que Gastón fuzilava o amigo com raiva.

     Ele sempre foi assim, ciumento, Nina nunca foi a garota que os meninos desejavam e muito menos a que as meninas invejavam, muito pelo contrário, mas não era feia, tinha até alguns garotos que chegavam até ela mas Gastón sempre colocava na cabeça que eles queriam apenas brincar com os sentimentos dela e sempre os espantava de alguma forma.

     Na época Nina até se iludiu achando que Gastón poderia estar gostando dela como ela gostava dele mas sua ilusão foi por água abaixo quando ele começou a namorar uma garota fútil do colégio deles.

     — Não, eu não tenho namorado — respondeu por fim.

     — Olha que coincidência, eu também não tenho namorada, quem sabe um dia a gente possa sair pra se divertir um pouco e quem sabe até namo...

     — Tá bom Thomás, sua companhia foi ótima mas eu acho que realmente está na sua hora — Gastón disse encarando o amigo com uma certa raiva contida — quando eu estiver indo embora eu dou uma passada lá.

     Thomás iria discutir mas o olhar que o amigo o lançou o fez apenas se despedir de Nina com mais uma de suas cantadas baratas e se dirigir ao próprio apartamento.

     Nina o acompanhou até a porta e quando ía voltar pra cozinha percebeu que Gastón se encontrava em pé, de braços cruzados no meio de sua sala a observando.

     Nina estava nervosa, não queria brigar, mas também não queria chorar na frente dele novamente, estava com medo de tudo que essa conversa poderia trazer, mágoa, dor e principalmente sentimentos escondidos a muito tempo.

     — Nós precisamos conversar — Nina sentiu o seu interior se contorcer ao ouvir isso.

     Se sentou no pequeno sofá que havia na sala e esperou ele fazer o mesmo mas ele continuou lá, de pé, a observando minuciosamente.

     — Eu não quis parar de falar com você — ele disse por fim — eu simplesmente fui obrigado a isso, promete que vai me entender e não vão me julgar? — nessa hora ele já estava abaixado em sua frente segurando as pequenas mãos de Nina entre as dele.

     Nina não se incomodou nem um pouco com o toque, isso só a fazia sentir mais viva, como se tivesse finalmente encontrado seu lugar depois de muito tempo.

     Ele estava aflito, ela percebeu pelas suas sobrancelhas franzidas, ele sempre as franze quando está aflito ou preocupado com algo. É, algumas coisas nunca mudam.

     Soltou um riso com os próprios pensamentos.

     — Por que está rindo? — Gastón se encontrava confuso.

     — Suas sobrancelhas — ele continuou sem entender — estão franzidas, você sempre as franze quando está preocupado com algo.

     Nessa hora ele a olhou com todo carinho e também riu. Não aquela gargalhada que as pessoas dão quando acham algo muito engraçado, ele simplesmente riu de um jeito gostoso e silencioso.

     — E você sempre morde o lábio inferior quando está nervosa, exatamente como está fazendo agora — ela o olhou surpresa, sabia que tinha essa mania desde criança mas nunca imaginou que alguém iria reparar nisso.

     — Você não é a única observadora — ele disse como se tivesse lido seus pensamentos. Ela olhou no fundo dos seus olhos e viu que eles continuavam do jeito que ela se lembrava, castanhos.

     — Eu não vou te julgar, eu só quero explicações — mudou de assunto antes que se perdesse em seus olhos mais uma vez.

     — Quando a gente veio morar aqui, a empresa do meu pai estava quase falindo, meu pai precisava de todas as formas salvar a empresa e ele achou uma forma — Nina o viu respirar fundo — casamentos arranjado.

     — Mas e a sua mãe? — Nina se lembrava muito bem dos pais de Gastón, nunca gostaram dela, a mãe dele ainda fingia ser simpática, já o pai dele deixava claro que não gostava da amizade dos dois.

     Pelo que Nina se lembrava nunca fizeram o tipo casal feliz mas se toleravam, Para Nina era bem a cara dele abandonar a esposa por um casamento arranjado.

     Depois de entender o que ela estava pensando Gastón apenas sorriu pela inocência dela.

     — O casamento arranjado não é do meu pai Nina... é meu — Nina não queria acreditar, pra falar a verdade ela estava em choque tentando digerir a notícia e convencer o próprio coração que naquele momento não era hora de doer.

     — Era a única forma de unir as empresas e ainda aparecer em muitas capas de revistas — Gastón disse com todo desgosto que nutria pelo pai — no início eu não queria mas era isso ou a empresa ía falir, eu sei que você deve me achar um covarde por não ter coragem de enfrentar meus próprios pais, mas eu não posso ser egoísta ao ponto de não ajuda-los — ele estava olhando pras mãos dos dois que ainda estavam entrelaçadas como se não tivesse coragem de olhar nos olhos dela — meu pai falou que nós não poderíamos mais conversar porque isso acabaria fazendo mal a mim e ele tinha medo que Delfina achasse os emails ou as cartas e decidisse romper o casamento — ele continuou olhando para baixo — me desculpa? eu juro que eu não queria, eu tentei mandar algumas cartas e emails pra você mas meu pai interceptava alguns deles, e depois do noivado ficou mais difícil ainda te mandar alguma coisa — ele disse mais baixo.

     E aquela maldita dor no peito não queria parar, ela se sentiu triste, acabada pra dizer a verdade, ficou 3 anos culpando uma pessoa que na verdade não tinha culpa de nada, passou sua juventude imaginando como seria ser casada com Gastón e agora ele estava ali na sua frente dizendo que iria se casar com outra. Seu coração doía e sua alma chorava.

     Nina tirou suas mãos das dele e colocou as mãos sobre os cabelos dele a onde começou a acariciar.

     Se antes ela achou que nunca teria chance com ele, agora ela tinha certeza, e ela só conseguia culpar seu coração por gostar de quem não devia.

     — Gastón olha pra mim — ela pediu com suavidade enquanto tentava segurar as lágrimas que teimavam em cair de seus olhos. Ele a fitou e ela percebeu que seus olhos traziam lágrimas mas ele tentava as segurar assim como ela — eu nunca, jamais em toda a minha vida iria te chamar de covarde e se tem alguém que tem que te pedir desculpas esse alguém sou eu por ter te culpado por todo esse tempo — ela respirou fundo — eu sei como você deve estar se sentindo, eu te entendo, é a sua família, mas eu quero que você me prometa uma coisa.

     — O que você quiser — ele disse prontamente.

     — Nunca, mas em hipótese alguma você vai desistir dos seus sonhos, promete pra mim?

     Ele demorou um pouco pra responder, a olhou no fundo dos olhos.

     — Eu prometo.

     Ele apertou Nina em seus braços, a abraçou como se ela fosse sua âncora, e talvez fosse.

     — Então senhorita Simonetti você vai ter que se acostumar comigo porque você é meu sonho, um sonho que em hipótese alguma eu vou desistir... não mais. — ele sussurou em seu ouvido e foi o que bastou para as lágrimas que ela segura começarem a cair.

     É talvez ela tivesse razão, talvez o amor fosse realmente uma prova de resistência a onde só os fortes conseguem vencer, mas ela não se importava por ser fraca, ela estava amando e isso bastava.

    

    

    

   

    


Notas Finais


E aí o que vocês acharam??😻
Não se esqueçam de comentar😉
Me desculpem os erros😄
Bjs e até o próximo😘


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