História Marés Ruins - Segredos?

De todas as vezes que ouvi um "Bom dia" aquela foi a pior, ele nem se quer me olhou, aquilo me irritou profundamente mesmo eu sabendo que foi por causa de Jack

-Bom Dia -dei de ombros, minutos depois ele suspirou-
-O que o Jack queria?
-Nada a gente só tava conversando -respondi indiferente-
-Sobre?
-Não é da sua conta Matt. -ele suspirou-

-Desculpa, é que ele não tem limites falo isso porque ele é meu amigo e eu sei que vocês já ficaram -ele fez uma careta- ele é bonito. -ele admitiu e eu ri-
-E você é maravilhoso -depositei vários beijos em seu rosto e ele segurou o riso- Matthew, não  importa quem apareça de agora em diante, porque -mordi o lábio- Eu to contigo agora, pro que der e vier -disse brincando com seus dedos
-É, é, pera -ele sorriu- isso, isso é um sim, quer dizer Alyce...
-Matthew. Me beija -ele sorriu e selou nossos lábios em um beijo calmo e preciso-

O bendito sinal bateu e Matthew choramingou, não temos nenhuma aula juntos hoje. Parece que é a conspiração contra nós, quando eu não o queria por perto ele estava em todas as aulas possíveis, agora que isso mudou não temos se quer um horário em comum. 

Adentrei a sala e logo Dylan sorriu para mim acenando para que me sentasse ao seu lado, e assim eu fiz me sentando na cadeira fazia ao seu lado

-Bom Dia Aly -ele sorriu-
-Bom dia -ele apenas sorriu novamente sem render o assunto, claro que eu fiz o mesmo me concentrando na matéria que havia no quadro-
-Então -ele disse minutos depois- ainda trabalha na loja dos Collins?

-Como sabe onde trabalho? 
-Ah! -ele riu desajeitado com a minha grosseria e eu me culpei por sempre esta na defensiva- bem, sou sobrinho do dono, primo de Cris, Craw e da mini Karisma -nós rimos pelo apelido-
-Ah, como não pensei nisso, sim ainda trabalho lá
-Por que? Quer dizer você tem uma nova carreira agora
-Sim, realmente mas não acho que essa coisa der modelo seja algo duradouro para mim se der errado quero ter um plano B
-Bem pensado. Acho que meu plano B seria ir rebolar minha bunda lá no Brasil - eu ri-
-Você é um gringo falsificado 

-Com toda certeza 

Ele disse rindo, conversei com Dylan quase a aula inteira ele é meio estranho mas é muito engraçado, eu pude conversar com ele em português oque fez com que a sala inteira nos olhasse de canto, mesmo a língua portuguesa sendo cobrada nessa escola, eles dizem que é bom pro currículo universitário ser bilíngue.

Sai da sala as presas oque foi um pessima ideia porque dei de cara com Matthew e meus livros foram todos para o chão 
 

-Toda essa pressa pra me ver? -ele perguntou rindo e se abaixou pra pegar minhas coisas-
-Na verdade é só fome 
-Você mente muito mal -ele se aproximou e me deu um selinho-
-Eu sei

Seguimos para a cantina e todos estavam ali, oque é quase um milagre, eu fui direto pra fila comprar minha amada coxinha, eu sei que depois que sai dessa escola não vou achar lugar nenhum nesse estado que vende coxinha, oque é uma pena porque eu realmente amo.

Me sentei ao lado de Cameron e Taylor, Cam pegou uma das minhas coxinhas e eu resmunguei mesmo de boca cheia

-Tomara que de dor de barriga
-Credo, sua passa fome Jesus ensinou a dividir o pão
-O pão Cameron, não as coxinhas -disse jogando mais katchup sobre a minha-
-Como vocês conseguem comer isso -Tay perguntou nos olhando com cara de nojo-
-É uma delicia cara -Johnson retrucou-
-Só você que não gosta, porque é rabugento -Cameron disse-
-Claro que não, vocês é que comem qualquer coisa
-Huuum. coxinha -Gilinsky brotou de mãos dadas com Madison, esses dois parecem um ioio-
-Isso tem gosto de pasta de dente -Hayes disse fazendo careta-
-Ta vendo -Taylor berrou-
-É o veneno de vocês que modificam o gosto -Mallory retrucou e todos gargalharam-
-Acabo -fiz biquinho, Chris olhou pra mim e começou a gargalhar feito idiota-

-Olha a cara dela 
-O que tem na minha cara? -olhei para Matthew e ele riu, logo lambendo a pontinha do meu nariz que provavelmente havia katchup, eu ri-
-Que nojo Matt. -ele riu e me deu um selinho demorado-
-Olha só, admitindo que se pegam -Taylor espalhou seu veneno no ar-
-Pra sua informação senhor Caniff, nosso lance é sério.-ele me abraçou de lado e eu me ajustei em seus braços-
-Até que enfim Matthew tomou coragem! -Carter gritou levantando as mãos e eu ri-
-Isso é sério? Vocês estão mesmo namorando? 
-ela perguntou diretamente para Matthew-
-Sim. -ele disse firme porém desviou o olhar para as próprias mãos- 
-Nosso menino ta crescendo tão rápido Jack

Carter colocou a mão no coração enquanto Gilinsky fingia enxugar uma lágrima. O sinal não demorou para soar, as últimas aulas foram mais tranquilas pelo fato de terem sido matérias de humanas, calculos me deixam loucas e o fato de não conseguir resolve-los faz eu me sentir burra.

-Você faz o almoço
-Eu não, faz você -carolyn retrucou-
-Então a gente compra 
-Pode ser, mas você que vai -ela resmungou, não sei quem estava com mais preguiça-
-Ah não Cah, vai você.
-Então a gente pede -ela deu de ombros-
-Você pede -joguei o telefone pra ela e subi antes que ela retrucasse 

O dia na loja foi completamente corrido, pelo simples motivo que haverá um shown da Ariana Grande e na loja há ingressos, então já da pra imaginar como aquele lugar lotou.
Chegamos em casa e demos de cara com dois projeto de seres humanos sentados na nossa grama

-Não tem pão velho aqui não -carolyn gritou-

-O que estes mendigos tão fazendo aqui? -perguntei para os dois sem camisa, podia chutar que eles estavam jogando algo, se fosse chutar diria basquete-
-Eu estou esperando minha baixinha -Matt piscou e se levantou para me abraçar-
-Começou a melação, vem amor, vamos entrar -carolyn disse e saiu puxando Shawn para dentro-

Fomos para o fundo e sentamos no velho balanço que havia ali, rangeu um pouco por ser velho mas acho que aguenta nosso peso, Matt estava calado oque é realmente muito estranho

-No que esta pensando? -perguntei-
-Aqueles seus amigos, chegam quando?
-Amanhã. -disse animada-
-E eles vão morar aqui né?
-Claro -respondi como se fosse óbvio- Mas porque?
-Nada -ele forçou um sorriso e mudamos de assunto-

Quando Shawn e Matthew foram embora eu me joguei no sofá ao lado de Carolyn que pintava as unhas assistindo um programa aleatório.

-As vezes eu fico me perguntando como estão as coisas no Brasil. -ela disse pegando minha atenção-
-Eu não, na verdade nem gosto de pensar nisso
-Não tiro seus motivos -ela suspirou e eu tentei ignorar a lembrança de Marcelo- sua mãe vem pra formatura?
-Não, mas acho ela vem passar o natal aqui, seus pais vão vim?
-Só no natal também -ela deu de ombro-
-Hum...
-Amanhã eu não vou na aula e... -o celular dela berrou alto- falando de mãe olha ela me ligando
-Coloca no viva voz to com saudades da minha tia Abbe
-Tudo bem -ela disse rindo


Carolyn: Oii Mãe
Abbe: Oi filha, porque não me ligou depois do medico? Carolyn você tem noção de como seu pai e eu...

Ela rapidamente tirou do viva-voz colocando o celular no ouvido e indo pro quarto, de que medico ela tava falando? Carolyn passou mal e não me disse nada? E quando ela foi no medico? Fiquei ali pensando e esperando a Carolyn descer, ela sabe que eu quero explicações, minha mente esta lotadas de perguntas

Esperei mais um pouco e nada dela descer, suspirei e então eu subi entrei no seu quarto e ela tava dormindo, Droga! me sinto uma trouxa mas ela ainda vai ter que me explicar que historia é essa de medico. Fui pro meu quarto e tomei um banho demorado e me joguei na cama, aquilo não sai da minha cabeça mil e uma possibilidades estavam ali me assombrando, essa foi a única coisa que consegui pensar até que o sono me dominou