1. Spirit Fanfics >
  2. Feelings >
  3. 1- O começo de tudo

História Feelings - 1- O começo de tudo


Escrita por: izaliza

Notas do Autor


Depois de uns anos voltei, e não prometo nada dessa vez kakakakak
Espero que gostem, escrever me ajuda a organizar meus sentimentos 🥰

Capítulo 2 - 1- O começo de tudo


 

Me sentia vazia enquanto olhava para o teto do meu quarto, deitada da minha cama rodiada por algumas caixas e malas. 

Tudo acaba onde começa. 

A partir de amanhã deixaremos amigos, nossa casa, minha escola. Até coisas simples como a marca de batom que fiz na parede quando tinha uns 5 anos ou minha casa na árvore que meu pai e eu nunca terminamos de construir. Enfim, tudo.

- Kayla, vai passar o último dia trancada aqui nesse ninho? - Lara abre a porta e logo em seguida encosta no batente de braços cruzados, tem uma sobrancelha erguida me encarando como se eu fosse a pessoa mais dramática do mundo. 

Ela não me entende, nunca entendeu. - Sim mãe. - Me viro dessa vez olhando a parede, sentindo algumas lágrimas se formarem em meus olhos, talvez no fundo eu seja mesmo uma "criança" muito mimada como ela sempre diz. 

- Você venceu! Não vou mais perturbar. - Assim a porta é fechada denovo e eu volto a estar só. 

Meu celular vibra debaixo do travesseiro e então o pego na mão. Apenas algumas notificações e nada mais. Passo a mão nos olhos me livrando das lágrimas que insistiram em cair. 

Por que tudo tem que ser tão complicado? Eu simplesmente odeio fazer parte disso tudo! Queria apenas ficar o mais longe possível dessa família. Tantas coisas que poderiam fazer, mas optaram por mexer com essas coisas e agora estão só por um fio. E ela consegue fazer tudo parecer normal ainda, finge que não é nada demais o que me deixa ainda mais brava com essa situação toda. 

Me sento na cama e sinto que a algo de errado, a casa está silênciosa demais, consigo escutar o canto dos grilos perfeitamente, então decido descer ao jardim. 

  Há muitas caixas, o que me incomoda pois odeio ver as coisas fora do lugar, apenas sigo meu caminho tentando as ignorar, desço as escadas, passo pela sala e ainda não escuto um barulho sequer, o que me deixa intrigada, minha mãe acabara de ir ao meu quarto se fosse sair iria avisar com certeza, e meu pai deve estar em seu escritório arrumando suas última coisas para podermos ir amanhã. 

Mas tudo aqui é sempre tão barulhento. 

Seja por gritos do meu pai mandando alguma coisa, minha mãe cantando suas músicas enquanto cozinha ou faz alguma coisa, a televisão que sempre está ligada, ou alguma playlist de música. 

Exceto por hoje, que tudo está quieto. 

As coisas estão todas encaixotadas, o que age a favor do silêncio. Ao invés de sair pela porta, viro o corredor e sigo até o escritório de meu pai, a porta está fechada como sempre, escuto algumas vozes baixas e paro por uns segundos antes de bater.

- Sim já está tudo feito! Nós iremos pegar o voo amanhã ás 9h, e nossas coisas vão chegar até o meio dia. - Dou 3 toques na porta - Pode entrar Kayla. 

- Como o senhor sabia que era eu? 

- Bom mora três pessoas nessa casa, duas delas estão aqui já, então quem mais seria?  - Isso ja não pode ser dito mais.

- Ah! Só queria perguntar se essa casa vai continuar vazia ou alguém vai morar aqui. - Bom eu não iria falar que vim apenas ver o que estavam fazendo. 

- Ela vai ficar vazia. Só isso? - Aceno que sim com a cabeça. - Então pode sair já, tenho uns assuntos a resolver com a sua mãe. - Percebo que a mesma estava sentada em um sofá que havia próximo a mesa de centro quieta com uma cara séria, apenas nos olhando conversar. Se é que podemos chamar isso de conversa. - E sem escutar a conversa dos outros, sei que sua mãe não deu muita educação mas isso é o mínimo! Pode ir agora. 

Nem espero ela falar nada, raramente ela fala. Já estamos acostumadas com essa ignorância dele, talvez eu um pouco mais. Queria entender por que ele me trata assim, penso que não existem aquelas famílias dos comerciais de TV, mas não é assim que se fala com sua única filha né, eu acho.

Sigo de volta meu rumo em direção ao jardim, sento-me no banco de frente alguns lírios. E então admiro a beleza que possuem até mesmo a noite, sempre amei flores. Representam tanto o ápice da felicidade, como o da dor. São intensas. E olhando tão atentamente percebo no fundo um carro parado do outro lado da rua, de frente os portões.

Estranho.

Me levanto e sigo até o portão, ainda o olhando, acho que não deve ter ninguém lá dentro. Dou meia volta para voltar para dentro de casa quando o escuto ligar assustando-me, olho denovo em sua direção e vejo o vidro abaixar dando a visão de um cara, o mesmo acena me chamando. 

Até parece que vou até lá, não sou burra e uma coisa que minha mãe me ensinou pelo menos é que quando um estranho chama você não vai. 

Chego mais perto do portão, mas o mesmo ainda permanece trancado. - Quem é você? 

- Estou procurando por Tyler Prescott. Se estiver tarde volto amanhã. 

- Bom estamos de mudança, então se vier amanhã não achará ninguém, quer que eu o chame? - Ele ergue a sobrancelhas como se estivesse surpreso, essa cara é bem bonito o que me deixa um pouco desconfortável, não me acho lá essas coisas.

- Estão de mudanças? Oh então nem irei incomodá-los. Pode deixar que falo com ele outra hora! Obrigado.- Assim ele sai com o carro. 

Decido entrar pois já está ficando tarde, subo para meu quarto e antes de tomar um banho, deixo minhas roupas separadas em cima da cama. 

Já me deitando, olho no celular e são 22:48. Conecto-o no carregador e o coloco no chão, assim já me virando para poder dormir. 

Minha última noite nessa casa





 


Notas Finais


Gerente, quem souber alguém que manjaaa nas capa me manda msg pvfrrr


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...