"I can hold my breath
I can bite my tongue
I can stay awake for days
If that's you want[...]
I can fake a smile
I can force a laugh
If that's you ask[...]
I can do it
I can do it
I can do it
But I'm only human
And I bleed when I fall down
I'm only human [...]"
"Eu posso segurar meu fôlego
Eu posso morder a minha língua
Eu posso ficar acordada por dias
Se é isso que você quer[...]
Eu posso fingir um sorriso
Eu posso forçar uma risada
Se é isso que você pede[...]
Eu posso fazer isso
Eu posso fazer isso
Eu posso fazer isso
Mas eu sou apenas humana
Eu sangro quando eu caio
Sou apenas humana... [...]"
(Human - Christina Perri)
Park Min Young POV ON
Sinto minha consciência voltar aos poucos, olho para os lados ainda deitada, percebo estar na sala de materiais de educação física da minha escola, mas algo estava errado, a sala estava completamente suja, havia mochilas para todo lado, garrafas de bebida vazias, ratos, baratas e várias coisas nojentas que não conseguia identificar pela falta de luminosidade.
Me sento esfregando minha cabeça onde tinha um galo formado, dou um pulo e sinto minhas bochechas esquentarem, ao olhar para meu corpo perceber que não trajava nada além de minhas roupas íntimas, procuro em minhas lembranças algo que explicasse aquilo, mas não conseguia lembrar de nada depois do café da manhã.
Minha mente esvazia automaticamente quando ouço passos vindo em direção a sala que estava, rapidamente me escondo num pequeno espaço entre um armário e uma caixa de bolas de basquete, abraço meus joelhos e fecho os olhos temendo pelo pior.
_Então foi ai que você se escondeu princesa? – ouço uma voz grave grosseira comentar alegremente em um tom que me dava nojo, E em questão de seguundos tudo volta a tona, escola, terroristas, ataque, correr, ginásio, queda, e um breu depois disso, me encolho mais contra a parede tremendo.
_Ora, vamos eu não tenho tempo para drama, saia dai antes que seja pior para você! – diz rispidamente, nego com a cabeça sentindo minha garganta dar um nó. Ouço o homem que aparentava já a meia idade bufar e sinto suas mãos me agarrarem sem nenhuma gentileza me tirando dali, mais tarde provavelmente meus braços estariam marcados por conta da força que ele usou para exercer tal ato, mas eu não me importava, só queria sumir dali.
Sou colocada contra um armário sem muita gentileza. Sinto meu tronco doer pelo impacto e sinto uma lamina perfurar minha coxa direita, mordo o lábio para não gritar de dor, apesar de ser uma tentativa completamente falha, Em seguida sinto vários cortes serem distribuídos por toda a extensão do meu corpo de maneira completamente sádica. Choro mais ainda sentindo o sangue escorrer pelas feridas.
Tempo depois que sentia cada parte de mim doer com os cortes, sinto um corpo contra o meu e o homem começa a beijar meu pescoço, choro mais ainda, se é que isso e possível.
Sinto suas mãos subindo em minhas costas em direção ao fecho do meu sutiã, me debato, tentando o impedir, inútil, ele tinha quatro vezes a minha força se não mais, Sinto um beijo molhado em meus lábios e ele passar as mãos por todo o meu corpo apertando nos cortes, o que fazia eles doerem mais ainda, e apertando meu seio com brutalidade, lágrimas molhavam todo o meu rosto e pescoço. Em seguida descendo os beijos e mordidas para a parte que antes meu sutiã cobria, dor, os únicos sentimentos que me ocorriam era dor e nojo, nojo de mim, nojo dele, nojo daquela sala, que por bons anos me pareceu um lugar acolhedor para se esconder no recreio, nojo da minha existência.
Sinto suas, mãos segurarem o cós da única peça que cobria meu corpo, contorço as pernas tentando impedir, novamente inútil.
_Vou te mostrar o que é um homem de verdade - ele disse, sua voz passava pura luxuria, senti vontade de vomitar, correr, chorar, gritar, tudo ao mesmo tempo. Mas estava com medo demais para fazer algo, meu orpo doia demais para eu conseguir achar qualquer energia e por alguns segundos eu duvidava se não merecia aquilo mesmo.
Voltei a sentir cortes por todo o meu corpo e uma dor insuportável no meu ventre, choro mais ainda, me sentindo uma completa inútil, me sentindo completamente vazia, sentindo que não valia a pena viver...
Jung Hoseok POV ON
Me sinto despertar de leve com cutucadas no meu braço, abro os olhos me deparando com Monster tremendo muito e um olhar de puro terror, levanto rapidamente tirando colocando um fio de cabelo que cobria seus olhos atrás da orelha. Seu olhar parecia com o de uma criança assustada, era de cortar o coração.
_O que aconteceu? – pergunto preocupado olhando no fundo dos olhos da menor.
_E-e-eu – diz ela envergonhada – Eu tive um pesadelo e eu constumo falar com as meninas, mas e que... já tá’ tarde e... você está aqui e... ah deixa para lá - ela diz pausadamente e gaguejando em quanto seu rosto ruborizava e então ela se virou para se deitar novamente. Em um movimento rápido puxei o travesseiro da menina o colando ao meu, a mesma olhou para trás confusa, eu apenas puxei ela pela cintura colando suas costas ao meu tronco e nos deitando na cama.
_Se não quiser não precisa me dizer o que foi, mas saiba que eu estou aqui... – sussurrei abraçando sua cintura e fazendo um carinho de leve em seus cabelos, ela parecia completamente acanhada, já que estava toda encolhida e tensa, depois de certo tempo ouvi ela chorar baixinho enquanto tremia um pouco – xiii, tá tudo bem – sussurrei abraçando ela mais forte e continuando a acaricias seu cabelo senti ela abraçar meu braço fortemente e continuar chorando.
Depois de um tempo ela parou de chorar se aconchegou no meu abraço, então presumi que ela se sentia menos desconfortável com a proximidade e o choque do pesadelo já havia amenizado, continuei mexendo de leve em seus cabelos até sentir sua respiração mais leve, indicando que a mesma havia dormido, dei um beijo no topo de sua cabeça a admirando por alguns segundos e aconcheguei minha cabeça na curvatura de seu pescoço dormindo em seguida, tão bem como nunca havia dormido antes.
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