História Married By Contracte - Kim Nana Hye-Baby Doll

Kim Nana Hye POV ON

Tomei um banho, coloquei uma blusa branca de mangas que deixava parte da minha barriga a mostra, uma calça jeans preta colada com a cintura alta e um all star preto (LINK AS NOTAS FINAIS). Meu pai e meu irmão me esperavam na casa deles, parece que meu pai e os pais das meninas resolveram ficar carentes do nada, porque todos tinham convidado nós para ir na casa deles hoje. Tinha um mal pressentimento, mas, mesmo confiando muito na minha intuição, ignorei. O que tinha de mal em nossos pais terem saudades, apesar da estranha coincidência? Peguei  meu celular e a carteira, sai pela porta da frente e fui andando em direção a casa do meu pai.

Estava na metade do caminho e meu celular apitava loucamente, parei um pouco e peguei o aparelho. Talvez fosse algo sério, não sai da tela de bloqueio, mas por ela vi que o twitter estava bem mais movimentado que de costume. Tinha diversos posts e mensagens de fãs, um mar quase interminável deles, apesar de estar curiosa guardei o celular deixando para ver mais tarde, estava levemente atrasada, não deve ser nada de mais, se não eu estaria sabendo certo?

Ao chegar na casa do meu pai eu toquei a campainha e fiquei esperando, meu irmão atendeu sorridente, nós nos abraçamos apertado, desde que eu me mudei para o dormitório com as garotas eu não o vejo muito.

_Nana! Minha anã de jardim favorita - ele disse, claramente tentando me irritar. Realmente, nem a distância era capaz de modificar o contumeiro humor sarcastico de HyunWoo.

_Idiota - falei quando separamos o abraço dando um soquinho em seu ombro.

_Ai! Isso doeu- ele disse fazendo uma leve careta e me pegando pelo ombro, me guiando por dentro da casa, até chegar na cozinha, onde meu pai fazia o almoço, ele logo notou a nossa presença e veio até mim me dando um abraço.

_Minha filha que saudade! - ele disse me abraçando forte, eu retribui.

_Eu também tava com saudade pai - falo quando separamos o abraço sorrido de lado.

_ O almoço está pronto, vamos logo antes que esfrie - ele disse eu ajudei a colocar a mesa e nos sentamos, quase tive um colapso ao ver meu pai colocar na mesa uma travessa cheia de hamburguers.

_ Hamburger - sussurrei com os olhos brilhando, quase como uma criança. Geralmente não comiamos isso pela preocupação de manter o peso, então eu posso considerar isso um evento.

_Eu disse que ela teria essa reação - meu irmão disse enquanto já pegava um sanduíche colocando em seu prato.

Nós comemos, eu me ofereci para lavar a louça, mas meu pai disse que lavaria mais tarde, então estávamos sentados no sofá conversando.

[...]

Eu ria de uma piada sem graça que meu irmão contou quando meu pai disse:

_Filha, eu tenho algo para te contar - disse em um tom sério, me fazendo ficar séria no mesmo momento, ele quase nunca era assim, ele geralmente era  brincalhão e descontraído.

_O que foi pai? - perguntei preocupada.

_Nana, querida - ele disse pegando em minha mão e fazendo uma pausa como se escolhesse as palavras  certas -  Você já tem 24 anos e... Eu faço isso com a melhor das intenções mas...- ele deu outra pausa e respirou fundo, nesse momento eu já estava completamente tensa - Eu recebi, junto com os pais das outras meninas, uma proposta de casar vocês - ele disse dando um sorriso tenso ao final.

_Casar?!?! Eu sou muito nova para casar! - Falei incrédula me levantando.

_ Nana,  deixa o papai terminar - disse o meu irmão com uma voz mansa como se falasse com um bichinho assustado, eu me  me calei sentando novamente, mesmo que contragosto.

_Bom, voltando, você irá se casar, você e as meninas se casaram com um dos meninos do BTS- ele disse e ai que eu surtei mesmo.

-O BTS?!!- perguntei me levantando.

_Nana calma por favor- disse o meu irmão doce, eu olhei para ele com raiva, me sentia traída, ele sabia disso desde o começo, e mesmo assim concordou com a ideia, sabendo do meu ódio profundo para com os meninos de tal grupo.

-Calma nada! Vocês sabem que eu odeio eles e mesmo assim fizeram isso! - Eu praticamente gritei, não me importando se era com o meu pai ou não.

_Minha filha eu fiz isso pensando no seu bem e...- Ele ia continuar, mas eu interrompi nem me importando com a grosseria ou as boas maneiras naquele momento.

_No meu bem como pai?! - Eu gritava cada vez mais alto - você nem me perguntou se eu estou bem com isto!

_NANA PARE DE GRITAR!-  meu pai aumentou o tom de voz.

_NÃO!- eu disse- EU NÃO VOU ME CASAR COM NENHUM DELES! EU SOU MAIOR DE IDADE E POSSO CUIDAR DO MEU PRÓPRIO UMBIGO! VOCÊ NÃO PODE ME OBRIGAR! - Dizia segurando meus cabelos com força o suficiente para arranca-los.

_Nana você irá sim! Eu sou o seu pai e sei o que é melhor para você, nem tente discutir, está tudo decidido você irá se casar e ponto! - ele falou com convicção na voz, ficamos um minuto em silêncio, eu me sentei suspirado, não adiantaria nada contestar, pelo menos não agora que estavamos todos com a cabeça quente, meu pai e bem carinhosos e coração mole, mas é completamente firme quanto a suas decisões, sentia vontade de quebrar tudo a minha volta o, mas me contive a apenas arranhar meus braços naquele momento.

_Com quem eu vou me casar? - perguntei tentando ao máximo manter a calma.

_Kim Namjoon - meu pai disse e eu senti meu estômago embrulhar apenas com a possibilidade.

_Pai, eu não posso, qualquer um menos ele - Disse, disse me concentrando para não vomitar, se passavam cenas de filmes de romance bem clichês na minha cabeça com protagonização minha e de Namjoon, essa cena me fazia ter vontade de me matar afogada em uma piscina infantil, só para não ter que passar por esse desgosto.

-Desculpa, mas já está decidido como eu disse, pense positivo, será bom para ambas as partes- Meu pai disse  e eu tive vontade de dar uma gargalhada bem debochada, Bom para quem? Só se for para ele! Mas, ao contrário do que acontecia em meus pensamentos, eu apenas estava parada como uma boneca de cera  tentando digerir tudo que ele me disse, a ficha parecia nunca cair.

_Desculpa, pai, eu te amo muito, mas... Eu não posso, não consigo!- disse e sai correndo em direção a minha casa antes que eu perdesse a cabeça, vomitasse, ou mesmo quebrasse algo.

[...]

Tranquei a porta, me encostei na parede e me deixei escorregar  por sua extensão até sentar no piso gélido, me encolhi abraçando minhas pernas e encostando testa em meus joelhos, comecei a chorar de raiva, tristeza, desgosto, todos os sentimentos se misturavam em minha mente. Me levanto, entre lágrimas e a bagunça que meu cabelo havia se tornado. Eu me sentia descontrolada, como se não correspondesse pelos meus atos. Chorava histéricamente e jogava tudo que estava ao meu alcançe contra a parede na minha frente fazendo com que vários cacos de todos os tipos de materiais se espalhacem pelo meu quarto, e alguns até atingissem meu próprio corpo. Em poucos mees eu assinaria o atestado da minha ida pro inferno e não havia nada que pudesse fazer.