História Marry me? - Second

Hinata

Sakura finalmente tinha saído de casa, vesti uma roupa decente rápido e agora eu esperava Neji e Hanabi. Ouvi a campainha tocar e praticamente corri até a porta, a abrindo em seguida, encontrando os dois pares de olhos, similares aos meus.

-Qual é a emergência? – perguntou Hanabi.

-Eu preciso da ajuda de vocês – falei dando espaço para eles entrarem.

-De que tipo? – perguntou Neji.

-Hoje eu e Sakura completamos dois anos de namoro, e eu queria dar a ela uma noite especial, mas não sei muito bem o que fazer – expliquei, estava nervosa, a única ideia que eu tinha me parecia idiota demais.

-No que pensou até agora? – perguntou Hanabi.

-Apenas bobagens – respondi, constrangida.

-Bobagens tipo o que? – insistiu Neji.

-B-Bem, a única ideia que tive foi a de colar as nossas fotos no nosso quarto, sabe? Algumas frases também que marcaram o nosso relacionamento, mas acho que tá básico demais – expliquei.

-Hm, eu também acho, mas não é uma ideia ruim – começou Hanabi, andando de um lado para o outro na sala – você podia enfeitar a cama com pétalas de rosas, o que acha? Um enorme coração no meio do colchão com as pétalas vermelhas, rodeadas de pétalas brancas.

-É romântico – concordou Neji – pode também comprar umas velas aromáticas e espalhar pela casa, pelo chão, sabe? Em um caminho até a cama, desde a entrada – sugeriu, a ideia realmente parecia boa.

-Isso, prepara também um jantar a luz de vela e com uma musica suave, você sabe que ela ama a sua comida – sorriu Hanabi, incrementando a ideia.

-É tudo muito bacana, mas não é clichê demais? – perguntei, eu queria ser original naquilo, fazer algo que a surpreendesse de verdade.

-É um pouco – concordou Hanabi – mas você pode apimentar na cama, se é que me entende – piscou Hanabi, super sugestiva, me fazendo corar.

-Não fale isso, Hana – repreendi sem encará-la.

-Ah, vai me dizer que a noite não vai acabar na cama? Me poupe mana, não sou mais criança e...

-Isso deixa que a Hinata resolva, Hanabi, não se meta – ralhou Neji, desconfortável com o assunto.

-Tá, tá – vi Hanabi cruzar os braços, emburrada, ela era tão fofa – enfim, embora clichê, ninguém resiste a isso – se referiu a ideia, realmente eles tinham razão. A ideia era muito boa para ser deixada de lado.

-Obrigada, gente – agradeci – e bem, será que vocês poderiam...

-Eu consigo as velas – suspirou Neji – quantas precisa? – perguntou.

-O máximo que conseguir – sorri.

-Ótimo, eu cuido das pétalas e venho te ajudar na decoração – se dispôs Hanabi. Eu já disse o quanto amo a minha família?

-Vocês são os melhores – sorriu animada, os abraçando com carinho e afeto.

-Se for apimentar as coisas, maninha, acho melhor usar sua lingerie mais sexy – sussurrou Hanabi para que só eu ouvisse.

Apenas sorri. Minha mente já trabalhava no que eu iria usar, e no que fazer depois do jantar, quando estivéssemos no nosso quarto, naquele clima romântico que a ideia deles trariam para a noite.

Conversamos mais um pouco antes de eles saírem para comprarem o que eu precisava pro meu plano. Só esperava que Sakura não chegasse tão cedo em casa, ou teria que pedir outro favor a eles...

(...)

Eu cuidava do jantar enquanto Neji e Hanabi terminavam a decoração. Fiz questão de ver tudo junto com Sakura. Queria ter a mesma sensação e surpresa que ela. Enquanto eles não terminavam, eu preparava o prato preferido do meu amor, e me esforçava ao máximo para ser o melhor jantar da vida dela.

Ouvi passos se aproximarem e olhei para a entrada da cozinha. Eles tinham terminado, e pareciam exaustos.

-Missão cumprida – falou Hanabi, animada – o resto é com você, maninha, arrasa com aquela garota.

-Hana – repreendi, corada.

-Não se faz de santa não, Hina – ela começou, me deixando confusa – eu vi bem todos aqueles chupões e...

-Vamos embora – falou Neji me salvando e puxando Hanabi para fora do apartamento.

Às vezes minha irmã é muito inconveniente. Suspiro enquanto lembro-me de quantos problemas ela já tinha me metido por não conseguir controlar a língua. Ela era uma figura, e eu a amava daquele jeito. Voltei minha atenção ao fogão. Já estava quase tudo pronto, mais alguns minutos e o jantar estaria pronto, a mesa já estava arrumada e decorada.

Ouvi a porta principal se abrir no exato momento em que desligava o fogo. Olhei para a entrada da cozinha apenas esperando Sakura aparecer e perguntar o que era aquilo. Demorou um pouco mais do que eu esperava, mas ela apareceu com uma expressão surpresa e ela carregava algo nas mãos, algo que não consegui identificar no primeiro momento, mas logo notei ser um lindo buquê de margaridas acompanhada de uma caixa do que achei ser chocolates, e pareciam ser os meus preferidos.

Me aproximei dela com meu melhor sorriso e a recebi com um selinho rápido, o qual nem foi correspondido pela surpresa dela.

-Surpresa – sussurrei tímida.

-Era por isso que me queria fora de casa? – ela perguntou, abismada.

-Sim – respondi constrangida – espero que esteja com fome, preparei seu prato preferido – declarei enquanto a puxava em direção a mesa.

-E estou mesmo, fiquei a tarde inteira resolvendo uns assuntos e mal comi – a ouvi dizer, ela parecia mesmo cansada.

-Ótimo, sente-se que vou te servir – falei dando as costas, na intenção de me afastar dela por alguns centímetros.

-Espera – a ouvi falar e logo senti sua mão suave, mas firme, em meu pulso e me puxar para seu colo – pra você – a vi estender o buquê e a caixa na minha direção, sorri, eram realmente chocolates, na verdade eram trufas de chocolate recheadas de nutella, quem resiste?

Mesmo que ela fosse sempre carinhosa comigo, ela nunca, naqueles dois anos, havia me dado uma rosa sequer, então pra mim aquilo significava mais do que um monte de flores embrulhadas e uma caixa de bombons. Agradeci com um sussurro e ela apenas me beijou. Diferente do selinho anterior que dei nela. Foi um beijo quente. Demorado.

Me afastei e fui servir ela. Sentia o olhar de Sakura queimar em minhas costas. Sabia o que ela estava fazendo. Estava analisando a forma como eu estava vestida, era como se eu pudesse sentir os olhos dela subindo e descendo pelo meu corpo, dando mais atenção nas partes mais... chamativas. E aquilo só me dava mais coragem de seguir em frente e dar a ela uma noite inesquecível.