1. Spirit Fanfics >
  2. Marsala >
  3. Capítulo Unico - Marsala

História Marsala - Capítulo Unico - Marsala


Escrita por: AyegoPrincess

Notas do Autor


Oi gente,
Eu já devo ter escrito essa fanfic a mais ou menos um ano mas só tomei realmente uma ação em posta-la agora. Espero que gostem do jeito como eu vejo o que aconteceu. Gostaria de deixar claro que essa é a minha teoria (uma delas) nada realmente comprovado, apenas ficção de fã kkkk

Capítulo 1 - Capítulo Unico - Marsala


Faltava pouco mais de 24 horas para que meu mundo perdesse seu eixo completamente. Faltava pouco mais de 24 horas para o casamento do amor da minha vida. Faltava pouco mais de 24 horas para que eu fosse forçado por  Jungsoo a ir ao casamento do meu melhor amigo.
24 horas e em nenhuma delas eu poderia fazer algo para mudar aquilo. Afinal, eu tive 9 anos para faze-lo e se estávamos naquela situação a culpa era única e exclusiva minha. A pessoa que guardou esse sentimento por tanto tempo sem dizer nada, tendo o medo de perde-lo como meu único norte. Eu o havia perdido de qualquer forma, não é.
Desde que ficará sabendo da notícia do casamento, nem ao menos amigos chegávamos a ser. Eu simplesmente não conseguia lidar com a alegria dele. Eu sei, é egoísta mas me defendo dizendo que a única coisa que me machucou tanto quanto a notícia foi não ter mais aquele doce sorriso direcionado à mim.
Talvez se arrumasse uma febre repentina minha ausência seria perdoada, e talvez, um dia quando aquilo doesse menos eu pudesse ir visita-lo, levar uma garrava de vinho para que degustássemos ao som de uma bela musica, nunca porém mais bela que sua risada completando o cenário. Ah hyung, você é tão perfeito que a coisa mais certa que já fiz na vida, provavelmente foi ter me apaixonado por você. E a mais errada deixar você partir.

— Kyuhyun - já estava na terceira garrafa quando escutei Hyukjae chamar meu nome tentando inutilmente girar a maçaneta trancada de nosso quarto — Teuk hyung mandou lhe chamar para o jantar.

Deitado sobre sua cama coberta de lençóis cor de rosa, havia perdido a noção das horas. Uma a mais uma a menos nas minhas 24 horas. Provavelmente já estava perto da sua despedida de solteiro, a qual todos havíamos sido convidados. Porém eu não tinha planos de me mover e perder o cheiro agradável de Sungmin que aqueles lençóis me proporcionavam.

— Kyu, está tudo bem? - ele voltou a falar de trás da porta.

Queria responde-lo, “Não hyung, não está nada bem”, “Por favor, o traga de volta”. Mas nada disse. Por nove anos, a única pessoa com quem dividi este segredo foi Changmi. Pensei em ligar para ele, mas, provavelmente seria tirado daquela imensidão rosa e essa era a única coisa que me restava de você para chamar de meu. A minha imensidão rosa, o meu minnie.

Tomei mais um gole daquela bebida cor de sangue. Não tem o mesmo gosto sem você. Talvez se te ligasse pedindo desculpa você voltasse para mim. Não deveria ter gritado com você, me desculpa. Eu sou um idiota. O seu idiota.

— Kyuhyun abra a porta - a voz agora era de Jungsoo. Juro que se pudesse o faria. Afinal, talvez tudo de que preciso seja um pouco de carinho. Nunca minha vida fora tão vazia. Era tudo como se houvesse um buraco em meu peito que você fez para se proteger do mundo, mas quando estava forte o suficiente, saiu de lá levando um pedaço de mim.

Fechei meus olhos abraçando forte seu travesseiro. Tão forte quanto o abraço que queria lhe dar. Talvez se fosse forte o suficiente você voltasse para dentro do meu peito. Estendi a garrafa para fora da cama e a soltei. Não podia correr o risco do vinho estragar seu perfume. 

Lembra da vez em que você derramou vinho em minha cama? Ela ainda tem o cheiro de sua desatenção regada às risadas que dividimos depois. Me perguntava como alguém podia ser tão adorável e tão deliciosamente sexy ao mesmo tempo. Ainda me pergunto, preciso descobrir a resposta. Talvez assim eu consiga superar você.

— Kyu? - a porta fôra aberta, provavelmente pela chave reserva de Jungsoo, e este entrou no quarto vindo em minha direção. Hyukjae também estava atrás da porta mas simplesmente a fechou nos deixando a sós. Obrigada, Hyuk.  — O que aconteceu com você? - ele contornou a sujeira do chão e se sentou próximo à minha cabeça, começando um leve carinho em meus cabelos.

— Dói tanto, Hyung - respondi lentamente. Sentia como se cada uma daquelas palavras saísse de mim como laminas. Logo as lágrimas contaminaram meus olhos mais uma vez.

— Você o ama, não é? - ele me perguntou tranquilo colocando minha cabeça sobre sua coxa. Apenas assenti em resposta. Não queria que ninguém soubesse, não queria que sentissem pena de mim. Mas também não conseguia mais segurar aquela dor que me dilacerava apenas com as minhas mãos. — Ele sabe disso? - respondi mais uma vez por meio de gestos. Negando com a cabeça e liberando um soluço dolorido. — Quer que peça para que venha até aqui? 

Talvez ainda houvesse tempo de impedir tudo aquilo. Talvez ainda houvesse tempo de traze-lo de volta para mim. Não Kyuhyun, não seja ingênuo, ele não te ama, não desse jeito. Não tinha forças para encher meu coração de uma esperança que ainda podia ser levada de mim.

— Não - respondi da forma mais firme que minhas doloridas cordas vocais permitiram.

— Mas ai você nunca vai saber o que ele sente.

— Eu já sei - eu sabia que era só um amigo para ele. Conhecia meu pequeno bem o suficiente. Era ela a quem ele amava, não a mim. 

— Do que você tem medo, Kyuhyun? - ele perguntou. De que eu tenho medo? De perde-lo oras. De ser condicionado a viver num mundo sem seu carinho. De ser preso num lugar onde ele não estivesse.

Mas não foi exatamente isso que aconteceu? Eu o mandei embora. Eu destruí aquele brilhante sorriso com minhas palavras foscas. Não quis que ele sorrisse para mais ninguém além de mim e agora o privado de tal era eu mesmo.

— Traz ele de volta, Hyung. Trás ele de volta pra mim - voltei a me afogar em minhas lágrimas, apertando ainda mais o travesseiro com seu cheiro.

O senti se mover de baixo de mim e logo consegui ouvir sua voz baixinha que saia do aparelho celular. Você gritava tentando sobressair sua voz do barulho de musica eletrônica. Ignorei todas as palavras, a única coisa que me importava era o som. Prestei atenção a cada som emitido pela sua voz até que esta foi novamente levada de mim pelo fim da ligação.

— Ele já esta vindo, Kyu - ele falou voltando a afagar meus cabelos e eu apenas chorei até que as minhas pálpebras não aguentassem mais e eu caísse no sono.

 

Acordei com dois braços envolvendo meu corpo. Provavelmente de um Jungsoo, preocupado por ter-me visto naquela situação. Me sentia envergonhado mas não estava realmente em posição de achar algo ruim. Ele estava me apoiando e isso era o que importava. Virei na direção dele para me afundar em seu peito, mas logo percebi que não era ele, e sim Sungmin.

Por um instante senti o ar de meus pulmões se esvair, meu coração acelerar como nunca, meu corpo ansiava pela textura da sua pele. Olhei para seu rosto que me fitava com um leve sorriso e aqueles profundos olhos. Olhos que me prendiam como ao mais cruel dos criminosos. Criminoso esse que ficava mais do que feliz em seu cárcere.

O abracei forte, como havia planejado, e ele nada disse, apenas o correspondeu deslizando seus dígitos pelas minhas costas.

— Me desculpa Minnie. Me desculpa por ser tão covarde. - Me desculpa por não ter sido capaz de dizer o quanto eu te amo. Me desculpa por não ter sido capaz de te fazer feliz. Me desculpa por não ser exatamente tão perfeito para você quanto você é pra mim. — Me desculpa por ter brigado com você. Eu não te acho um idiota, egoísta e prepotente.

— Tudo bem, você estava chateado - seus olhos encheram de lágrimas e eu me senti mais uma vez culpado pela sua dor. Eu sou o verdadeiro idiota, egoísta e prepotente. Tão egoísta que não pensei no peso das minhas palavras. Meu amor era um fardo que deveria carregar sozinho, ele não tem culpa dos sentimentos que causa em mim. 

Me estiquei e beijei o caminho molhado criado pela lagrimas em suas fardas e adoráveis bochechas. Precisava concertar meu erro, e a melhor forma que via para faze-lo era priva-lo da minha dor e dar de bom grado todo o meu carinho. O carinho que sempre te dei, e que ontem, hoje e sempre será eternamente e unicamente dele.

— Dorme comigo hoje? Uma ultima vez - pedi, demonstrando sem pudor toda a minha carência da sua presença através do meu olhar.

— Babo. Você fala como se eu fosse morrer e não casar - talvez se você estivesse morrendo tudo fosse mais fácil. Eu poderia simplesmente dar um jeito de lhe acompanhar. Eu poderia te fazer o homem mais feliz do mundo até que seus olhos se fechassem e a ultima coisa que eles teriam visto seriam os meus olhos. Um romance ultra romântico digno da sua beleza.

Acariciei suas bochechas com a ponta de meus dedos e você se aconchegou mais uma vez em meus braços. Como nas noites em que você tinha medo. Mas hoje o assustado era eu. O homem segurando seu bem mais precioso me seus braços uma ultima vez. Beijei sua testa embriagando-me com o cheiro doce de seus cabelos. Precisava aproveitar de cada momento, de cada pedaço seu nesta ultima noite.

E você dormiu assim, sob meus carinhos. Dei-me autorização para encarar seu rosto sereno. Seus finos lábios rosados. Inocentes durante todos os selares roubados sob o pretexto de nossas fãs. Totalmente inocente à todos os meus avanços. 

Ousei tomar mais uma vez os seus lábios num selar tão simples porém tão mais belo do que todos os outros. Um tocar de bocas tão intimo que não poderia jamais ser apreciado por um publico atento. Não, aquele beijo ficaria apenas entre nos dois. Ou melhor, eu e a minha audácia. 

Foi naquele beijo que fiz questão de não findar que depositei todos meus sentimentos por ele. Foi naquele beijo que eu disse milhões de vezes o quanto o amava. Foi naquele beijo que o pedi pra ficar comigo pra sempre. Foi naquele beijo que o fiz meu. Inteira e completamente meu. Tudo isso enquanto você sonhava sereno.

Provavelmente você nunca irá descobrir o que aconteceu naquela noite. Por que afinal de contas você só dormiu tranquilo enquanto eu apreciei sua respiração calma. A única coisa que se moveu naquela noite foram as batidas descompassadas do meu coração que falhou em todas as vezes que me perdi em suas pálpebras.

O ultimo beijo foi salgado. Embriagado em minhas lágrimas que teimaram em cair durante nossa despedida. Respirei fundo ao separar nossos lábios antes de me ajeitar na cama o trazendo para mais perto de mim.

Fechei os olhos pedindo que quando acordasse você não estivesse mais ali. Por favor não me dê a oportunidade de estragar tudo. Por favor me deixe te deixar ser feliz. Preciso que seja forte por nós dois e quando acordar saia sem olhar para trás. Case enquanto eu ponho em pratica meu plano febril e perdoe mais uma vez meu egoísmo em não estar lá. Por favor me ajude a esconder. Não me deixe dizer o quanto Eu te amo.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...