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História Marshmallow - Amante de marshmallows


Escrita por: Akazume

Notas do Autor


Fiz uma fic extra pro projeto <33 não podia faltar XiuChen né? ~já q na primeira fase eu peguei XiuHan em vez de XiuChen T^T~
(mds eu nunca estive tão ativa no ss o.o)


Espero que gostem ^^/

Capítulo 1 - Amante de marshmallows


Sexta-feira. Para algumas pessoas, não existe palavra mais reconfortante do que essa. Talvez apenas feriado e férias, porém, de qualquer forma, ambas despertam um alívio inexplicável. E era nisso que Xiumin pensava no momento em que se acomodou num dos assentos vagos do ônibus.

Apenas quando se sentou que ele teve a certeza de que sua semana tinha acabado. Ele estava exausto, mas essa era a última coisa na qual pensava agora que estava com a cabeça encostada no vidro da janela. Ele só queria chegar em casa, precisava descansar. E pretendia começar cochilando durante o caminho, mas um barulho de pacote lhe chamou atenção.

No banco ao lado, sentou-se uma moça com uma criança no colo, esta segurava um pacote de marshmallow. Xiumin encarou o doce por míseros segundos, tempo suficiente para que a criança percebesse o olhar e lhe estendesse o pacote com um inocente sorriso.

Xiumin mordeu o lábio inferior meio hesitante. Digamos que ele seja um amante compulsivo de marshmallows. Entre todos os alimentos de suma importância, o único que nunca podia faltar em casa era seu amado marshmallow. E para a sua infelicidade, lembrou que o último pacote tinha acabado na noite anterior.

Recusou o doce oferecido por educação, não era certo comer do doce de uma criança, certo? E como esperado a criança não insistiu, então Xiumin voltou-se a paisagem urbana e noturna de Seoul, tentando esquecer-se da vontade de comer marshmallow e também do estômago que começou a reclamar de fome. Teria que passar no mercado antes de ir para casa.

 

Desceu no ponto mais próximo de onde morava e mesmo sendo o mais próximo ainda teria que andar bastante até lá. Mas antes, parou em frente a um mercado que havia no caminho. Tirou os fones de ouvido e entrou no estabelecimento.

Aquele mercado não lhe era desconhecido, na maioria das vezes passava por lá antes de ir para casa só para comprar seus amados marshmallows. Portanto, Xiumin apenas seguiu automaticamente pelos corredores até onde, normalmente, encontravam-se as prateleiras cheias de pacotes de marshmallow. Mas Xiumin parecia mesmo sem sorte, não restará nem um pacote sequer da sua marca favorita.

- Com licença, acabaram os marshmallows da Fini? – perguntou a uma funcionária que passava por ali.

- Se não tem nenhum aí é porque sim – a mulher nem fez questão de olhar para a prateleira.

Irritou-se com a má vontade da moça, ele era uma cliente, ela não devia ser mal educada com ele.

- Por algum acaso não tem no estoque?

- Olha, o que temos é o que você vê nessas prateleiras.

- Você poderia dar uma olhada? Afinal vi caixas chegando ontem mesmo.

- Eu já lhe disse, não temos, procure em outro lugar então – disse antes de sair andando.

- Mas que... Ah, eu não acredito nisso! – explodiu – Procurarei pelo gerente, isso sim, que absurdo – bufou – eu preciso do meu marshmallow.

Procurou com os olhos algum outro funcionário por perto até que visualizou a escada ao seu lado e tinha alguém com o uniforme do mercado no topo, mas antes que pudesse chama-lo, algo atingiu-lhe a cabeça e ele caiu no chão abalado.

- Oh, sinto muito – alguém apareceu todo afobado para lhe ajudar – você está bem?

Xiumin olhou indignado para o empregador, percebeu que era o mesmo que estava na escada anteriormente e que foi ele quem derrubou um grande pacote de salgadinhos em cima de si. Já impaciente Xiumin se levantou pronto para explodir.

- Você não toma cuidado, não?! Se já não me bastasse a má educação da outra eu ainda sou agredido?

O garoto ficou assustado quando Xiumin gritou com ele, mas seu semblante logo mudou quando olhou melhor para o outro e o reconheceu.

- Eu realmente sinto muito, não estou acostumado em mexer nas prateleiras mais altas – sorriu sem jeito – você está bem?

- O que você acha? – respondeu com o maior mau humor, Xiumin já estava cansado.

- Você me parece bem, aliás, eu acho que já te vi por aqui mais vezes, estou certo?

De raiva a expressão de Xiumin passou para uma de confusão. Ele conhecia aquele funcionário?

- Prazer, sou Chen – sorriu e estendeu a mão para o outro.

No entanto não foi correspondido, Xiumin estava confuso demais para respondê-lo. Constrangido, Chen recolheu a mão e coçou a parte de trás da cabeça.

- Bom, eu imagino que você está à procura de marshmallow? Tem dois pacotes aqui que deixei escondido para você – procurou os produtos e depois entregou a ele.

Agora Xiumin estava perplexo, como aquele garoto sabia? Estava sendo perseguido e nunca percebeu? E por que ele escondeu os pacotes especialmente para si?

- Espera, como você sabia que eu queria isso? Quem é você? – disse desconfiado.

- Desculpe... – mordeu os lábios apreensivo – eu trabalho aqui a algum tempo e percebi a sua vinda frequente por aqui, é apenas isso.

Chen estava muito envergonhado, o clima estava estranho e ele não sabia o que fazer, de fato não foi assim que planejou se aproximar do outro. Sinta-se um estupido.

- E por que separou esses pacotes para mim? Aliás, isso é permitido? – pegou os produtos e os segurou contra o peito.

- Não é permitido... Mas eu vi que você sempre vinha compra-los e já que estava acabando, guardei-os.

- Mas por que pra mim? – estava curioso quanto ao motivo. Quem sabe aquele garoto fizesse sua noite mais interessante?

- Por que... eu queria conversar com você – desviou o olhar tímido – Eu te achei interessante e queria te conhecer.

- Mesmo? – um mínimo sorriso apareceu nos lábios de Xiumin involuntariamente.

De repente Xiumin cogitou a ideia de conhecê-lo melhor. Aquele funcionário até que era bonito e já tinha um tempo desde a última vez que se relacionou com alguém. Ele estava carente.

- Hm... sim – manteve o sorriso tímido – Não acho que aqui seja um bom lugar para isso, você aceitaria sair comigo?

- Aceito – sorriu.

E naquele momento inoportuno, sua barriga roncou tão alto que Chen pôde ouvir. Xiumin enrubesceu. Sentiu ainda mais vergonha quando o outro riu.

- Quer jantar no meu apartamento? Eu cozinho muito bem – sugeriu.

Xiumin hesitou num primeiro instante, afinal conhecer o apartamento do outro no primeiro dia lhe parecia íntimo demais. Mas confiou que não houvesse problema nenhum, ou era apenas a fome que o impedia de raciocinar direito.

- Pode ser, quando acaba seu expediente?

- Na verdade, já deu meu horário – sorriu – Você vai pagar isso e então podemos ir?

- Certo – concordou com um sorriso.

Xiumin tinha boas expectativas para aquela noite.

 

Depois de pagar pelos pacotes de marshmallow, Xiumin saiu acompanhado de Chen, que agora estava sem o uniforme branco e o avental azul do mercado, trajava uma calça jeans cinza, uma camiseta de estampa qualquer e uma jaqueta preta por cima. Parecia ainda mais bonito daquele jeito.

Chen o levou até o estacionamento onde deixava o carro durante seu expediente e assim que entraram, tomou rumo ao seu apartamento.

Felizmente, Xiumin não se sentia desconfortável, mesmo que ninguém tenha proferido nenhuma palavra até o momento. O mesmo valia para Chen, que na verdade sorria mais do que o normal naquela noite.

- Então, diga-me mais sobre você, Chen – quis saber.

 – Certo, eu faço faculdade de manhã e trabalho nesse mercadinho durante a tarde e noite. Meu cotidiano é meio corrido, por isso se resume a isso mesmo.

- Nesse quesito eu te entendo, também trabalho e estudo todos os dias.

- Oh, sim. Cansativo, não? – recebeu um suspiro exausto como resposta – Mas felizmente hoje é sexta-feira – uma ótima sexta-feira, quis completar.

- Faz faculdade de quê?

- Gastronomia.

- Oh, entendi porque me convidou para jantar no seu apartamento, quer se exibir logo no primeiro encontro – brincou.

- Claro, se pretendo te conquistar, me aproveitarei de meus dons culinários.

- Isso é trapaça, Chen, é fácil conquistar os outros quando estão com fome – riu.

- Pretendo impressiona-lo com minhas outras qualidades também – aproveitou que parou no semáforo para olhar o outro e sorrir-lhe.

Xiumin precisava confessar, estava admirado, Chen era confiante e também parecia bem divertido, além de muito charmoso. De fato, ele sabia como encantar alguém.

- Aliás... qual o seu nome? – Chen perguntou.

- É mesmo! Desculpe, eu me chamo Xiumin.

- Nome bem diferente – comentou.

- O seu também não é muito comum.

O diálogo continuou com assuntos mais banais do que pessoais, mas que os manteve animados durante todo o trajeto.

 

Xiumin estava, de fato, admirado com a facilidade que Chen teve em despertar em si tanto interesse. Ninguém nunca lhe atraiu daquela maneira e Xiumin nem sabia dizer o que o fascinou mais, se fora o sorriso, o olhar sedutor, a personalidade surpreendente ou se ele apenas estava insano e desesperado.

A verdade é que Xiumin não teve muitos relacionamentos e os que teve não poderia dizer que foram dos melhores. Alguns foram duradouros e reais, no entanto acabaram da pior forma possível, em traição. Depois de péssimas experiências, Xiumin passou a confiar menos nas pessoas. Mas, Chen era diferente. E ele constatou isso quando o carro foi estacionado e Chen se curvou em sua direção, mas não foi para beija-lo, como todos os outros fizeram, foi para ajuda-lo com cinto – que apresentava alguns problemas.

Foi preciso apenas aquilo para Xiumin se convencer de que Chen seria diferente de todos os outros e decidir dar-lhe uma chance. Portanto, Xiumin puxou-o para um beijo afobado, tomando a iniciativa e depois deixando que Chen conduzisse o ato. Aquele beijo deu-lhe até um friozinho na barriga.

Não demoraram no carro, logo desceram e foram até o elevador. Ambos não conseguiam tirar o sorriso do rosto. O elevador parou no andar do apartamento e eles saíram. Antes de abrir a porta, Chen trocou um olhar cúmplice com Xiumin.

Chen deu passagem para que Xiumin entrasse primeiro e assim que ele o fez, Xiumin puxou-o pela nuca para outro beijo desesperado. Os dois foram parar no sofá que não ficava muito distante da entrada. Chen encarou-o por um instante, admirando o sorriso que lhe era direcionado, aquele sorriso apaixonante e infantil que no momento não demonstrava inocência alguma.

 Os lábios de Chen abandonaram os alheios para descer alguns selos pelo pescoço de Xiumin que eram muito bem recebidos e o fazia suspirar ansioso. Um novo ósculo se iniciou lentamente. Com a mão na cintura de Xiumin, Chen começou a levantar a barra da camiseta. Xiumin segurou sua mão e interrompeu o beijo.

- Chen... eu estou com fome – sorriu provocativo.

- Você vai mesmo fazer isso comigo? – perguntou sorrindo. Aquele garoto queria enlouquecê-lo, só podia.

Xiumin apenas sorriu e deixou um último selinho em seus lábios, depois deu um jeito de escapar dos braços de Chen. De pé, olhou para a cara de indignado de Chen ainda no sofá e continuou sorrindo. Estava adorando aquela brincadeira. Quando deu as costas para seguir até a cozinha, sentiu dois braços ao redor da sua cintura e a respiração ofegante do outro rente ao seu ouvido.

- Farei o melhor jantar que você já comeu – deixou um selo no pescoço alvo – depois não quero desculpas.

O sorriso malicioso de Xiumin cresceu, se arrepiando com aquele sussurro. Já estava ansioso para depois da jantar.

 

Xiumin estava sentado junto a um balcão, observando Chen cozinhar. O cheiro estava tão bom que ele até salivava.

- Então... você é daqui? – Xiumin iniciou uma conversava. Ainda estava muito curioso.

- Na verdade eu morava bem longe daqui, então me mudei pra cá para morar com meu irmão mais velho por causa da faculdade.

- Ah, você tem um irmão mais velho? Quantos anos você tem?

- Eu faço 25 anos... hoje – sorriu.

Xiumin olhou surpreso para ele, não sabia por que, mas sentiu-se mal por não tê-lo parabenizado, ainda que não houvesse como saber.

- Mesmo? Então comprarei algo para você amanhã.

- Não é necessário, na verdade, ter você aqui já é um presente suficiente.

Xiumin então ficou em silêncio, não soube o que responder aquilo. Cada vez mais aquele funcionário do mercado lhe surpreendia mais.

Quando a refeição estava pronta, Chen serviu a ambos no balcão mesmo, afinal o apartamento de seu irmão era pequeno e não tinha mesa ou mesmo sala de jantar. Depois de sentar-se ao lado de Xiumin, esperou que ele experimentasse da sua comida.

- Uau, isso é mesmo delicioso! – Xiumin estava maravilhado com o sabor.

- Ah, mesmo? – suspirou aliviado – estava preocupado sobre o que acharia.

- Está mesmo incrível, Chen.

- Obrigado – sorriu tímido ao elogio.

Conversaram mais um pouco durante o jantar, dessa vez foi Chen quem fez as indagações a fim de saber mais sobre o outro. Ao final, Chen recolheu os pratos e o resto da louça, deixando-os dentro da pia. Enquanto lavava as mãos, teve dois braços circundando sua cintura. Virou-se apenas para deixar um breve selar nos lábios do outro e sorrir-lhe. Xiumin adorou aquele sentimento de que ambos já se conheciam há bastante tempo, ele nunca se sentiu tão bem.

Para a infelicidade de ambos, o irmão de Chen chegou logo e então, Xiumin achou que já era a hora de voltar para casa. Chen insistiu para que ele ficasse ou para que ao menos o deixasse leva-lo até em casa, mas Xiumin negou, alegando já ter abusado o suficiente, mas combinando de vê-lo no dia seguinte.

 

 

- Não acredito que vocês transaram no primeiro dia que se conheceram!

- Em primeiro lugar, quem foi que transou com o "moreno gostosão" dentro do carro da irmã dele no primeiro encontro mesmo? – deu risada ao ser xingado pelo amigo do outro lado – e em segundo, nós não transamos, o irmão dele chegou pouco depois do jantar.

- Ele mora com o irmão?

- Sim, porque a faculdade que ele está cursando é muito longe de onde ele morava, mas é próxima de onde o irmão mora, então ele se mudou para cá.

- Oh, entendi.

Aquele era Kyungsoo, um dos poucos amigos da sua cidade natal com o qual conversava. Ele fazia faculdade de gastronomia por lá mesmo, por esse motivo era difícil eles se verem, mas a distância nunca um foi problema.

- Soo, eu preciso da sua ajuda.

- Já imaginava, só não sei se poderei fazer muito por você.

- Vai sim, esse é um assunto que você entende bem.

- Cozinhar?

- Exatamente.

- Xiumin, a última vez que você tentou fazer alguma coisa o estrago permaneceu por uma semana na minha cozinha.

- Por isso mesmo preciso das suas orientações.

- O que exatamente você pretende fazer?

- Um bolo.

Pôde ouvir um suspiro de alívio do outro lado.

- Doces tem pouca chance de dar certo, no entanto o estrago é menor.

- Então você vai me ajudar, certo?

- Tenho outra escolha?

- Você é o melhor, Soo – sorriu.

Não ouve resposta por parte do outro e Xiumin nem se importou muito com aquilo.

Xiumin detestava cozinhar, todas as vezes que tentou foi um fracasso total, mas dessa vez era especial, então se esforçaria ao máximo. Ele queria presentear Chen com um bolo, primeiro por ter sido tão gentil de ter guardado os pacotes para si e depois porque Xiumin achava que ele merecia algo especial, trabalhar no dia de seu aniversário não deve ser legal.

Os ingredientes necessários para o preparo do bolo – conforme a receita de Kyungsoo – estavam sobre a mesa, como a farinha, os ovos, o leite, a margarina, entre outros, assim como alguns utensílios que Xiumin usaria.

- Está tudo pronto?

- Sim.

- Certo. Comece então pelos ovos.

Xiumin seguiu passo a passo as ordens de Kyungsoo. Nunca esteve tão focado e ao mesmo tempo nervoso enquanto cozinhava.

- A massa estando pronta é só despeja-la na forma untada.

- Ah, a com margarina e farinha?

- Isso. Mas tenha cuidado para não derramar fora, nem deixar que a massa fique desnivelada.

- Certo.

Com cautela e zelo, Xiumin segurou o pote acima da forma e despejou o conteúdo sobre ela, tomando cuidado quanto às recomendações de seu amigo.

- Agora você deve esperar que a massa asse e cresça.

- Quanto tempo isso levará? – suspirou cansado, limpando o rosto sujo de farinha.

- Uns 40 minutos mais ou menos.

- Ótimo, um descanso – sentou-se a cadeira. Nunca achou que cozinhar exigia tanto esforço.

- Nada disso. Você deve fazer o recheio e o creme chantilly enquanto isso.

Xiumin bufou. Mas não podia reclamar, estava fazendo aquilo para Chen, então se esforçaria ao máximo.

Em 40 minutos, Xiumin conseguiu fazer o recheio e bater o chantilly que viria por cima, ambos tinham ficado numa textura ótima e o sabor também estava bom, Xiumin sentiu orgulho de si mesmo.

Usando as luvas que Kyungsoo frisou e repetiu mais uma vez para que não se esquecesse, Xiumin tirou a massa do forno e deixou sobre a mesa. Seria um bolo de baunilha com recheio de leite e de cobertura chantilly e marshmallows.

Xiumin cortou o bolo ao meio para colocar o recheio e montou tudo conforme era instruído pelo Kyungsoo.

- Agora é só colocar o chantilly?

- Exatamente.

Com o bolo todo coberto de chantilly só faltava cobrir a parte de cima com os deliciosos marshmallows – que Xiumin comeu enquanto preparava o bolo.

- Pronto?

- Pronto, está feito, Kyungsoo! – disse animado ao ver o resultado – E está lindo.

- Eu se fosse você não comemorava você ainda não experimentou a massa.

- Obrigado pela motivação – disse irônico.

- Sempre que precisar – usou o mesmo tom.

- Bom, agora é só deixa-lo na geladeira, certo?

- Sim.

- Muito obrigado, Soo, não teria conseguido sem você.

- Por nada, boa sorte com o Chen.

- Valeu, até.

- Até.

Xiumin desligou o telefone. Admirou mais uma vez o trabalho feito por ele e torceu para que estivesse realmente gostoso quanto parecia. Guardou-o na geladeira e foi tomar um banho, estava todo sujo de comida e não poderia encontrar com Chen naquele estado.

 

 

Depois que estava pronto, Xiumin pegou o bolo, guardando-o numa caixa enfeitada e então saiu de casa. Ia ver Chen no mercado mais uma vez, afinal ele trabalhava até mesmo aos fins de semana, então entregaria a ele lá mesmo. E felizmente estava próximo do horário que ele sairia também.

Como não era longe, foi caminhando mesmo. Quando chegou, sentiu-se nervoso, de fato Chen mexia consigo. Entrou no estabelecimento que estava tão vazio quanto na noite anterior. Seu rosto estava quente enquanto caminhava a procura de Chen e também seu coração estava acelerado. Xiumin não entendia como Chen conseguia causar esses efeitos nele mesmo que se conhecessem tão pouco, mas conseguia e agora preferiu não questionar aquilo, estava tão feliz.

Enfim encontrou Chen, ele estava no corredor dos doces mais uma vez, mas não estava sozinho. Foi então que o sorriso de Xiumin morreu. Uma garota de cabelos longos e mais baixa que Chen o abraçava com força e depois que se afastaram Chen sorria sem jeito para algo que ela havia sussurrado para ele.

Xiumin sentiu lágrimas queimarem em seus olhos e se ele desse mais um passo com certeza suas pernas falhariam. Talvez estivesse julgando mal a cena, mas já presenciou aquilo tantas vezes e não importava quantas haviam sido seu coração sempre doía.

- Xiumin! – ouviu a voz melodiosa do outro chama-lo. Ele sorria na sua direção.

O garoto então lhe deu as costas, tentando segurar as lágrimas e controlar seu coração. Sentia-se um idiota, se precipitou mais uma vez e de novo acabaria magoado, trocado. Aquilo doía tanto.

- Ei, Xiumin – caminhou até o outro com um sorriso no rosto. Quando se pôs na frente dele, percebeu o olhar cabisbaixo e seu sorriso se desfez – Ei, o que foi? – perguntou com o cenho franzido.

- N-nada, eu só vim... deixar esse bolo que fiz pra você – deu um sorriso triste, sem conseguir encara-lo. Não tinha raiva, Xiumin sentia-se magoado.

- Mesmo?! – ficou empolgado de repente – Você disse que não gostava de cozinhar.

- É... – concordou e entregou o bolo para ele. As lágrimas ainda estavam lá e seu coração parecia cada vez mais apertado – Eu não quis te atrapalhar, então acho que já... – foi interrompido.

- Chen, quem é esse garoto fofo? – uma voz feminina se fez presente e Xiumin nem precisou levantar o olhar para saber que era a garota que estava com Chen – Hmm, quer dizer que você está saindo e não contou pra Noona? – usou um tom sugestivo.

- Noona! – sentiu-se constrangido – sim... eu estou saindo com ele, esse é o Xiumin – apresentou. Xiumin estava tão perdido na angustia que era como se não estivesse ali – Xiumin, essa é a minha prima, Dahye.

Ao ouvir a última frase, Xiumin pareceu acordar de um transe e levantou o rosto em direção à moça.

- Por favor, me chame de Heize – riu e empurrou Chen, ele sabia que ela preferia ser chamada assim, mas sempre apresentava seu nome real para irrita-la.

- Prazer... – disse num sussurro. Estava atordoado.

- Prazer – sorriu – bom, agora tenho que ir, até a próxima, Xiumin e até também, Chen.

- Obrigada por ter vindo me ver, Noona – sorriu de volta.

Enfim Heize deixou os dois a sós. Xiumin sentia seu coração mais leve, mas ainda não conseguia encarar Chen. Sentia-se mais estupido ainda.

Chen percebeu que ele não estava normal, então acariciou o rosto dele com uma das mãos, atraindo seu olhar.

- Por que está assim? – deu lhe um singelo sorriso – eu percebi que há algo errado, não adianta fingir.

- É apenas estupidez minha – desviou o olhar.

Chen aceitou aquela resposta por hora e decidiu deixar o bolo que segurava de lado, apenas para poder envolver o outro num abraço. Mesmo tímido Xiumin correspondeu

- Obrigado pelo bolo – disse rente ao seu ouvido – e por estar aqui.

Xiumin sorriu e escondeu seu rosto na curvatura do pescoço do outro. Seu coração estava aquecido agora.

- Quer ir para meu apartamento para dividirmos esse bolo? – Chen se afastou apenas para poder olhá-lo melhor.

- Pode ser – sorriu.

- Meu irmão dormirá fora hoje – avisou e viu o sorriso de Xiumin tornar-se diferente.

- E você sugere o que com isso?

- Que... você pode dormir lá se quiser – desviou o olhar envergonhado. Xiumin achou adorável.

- Então tudo bem, dormirei com você essa noite, ChenChen – capturou os lábios do outro num beijo breve enquanto ainda abraçava sua cintura.

Chen ficou todo desconcertado e envergonhado e Xiumin explodiu em risadas.

- Ya! Pare de rir! – reclamou emburrado.

- Certo, desculpe. Vamos?

- Vamos – pegou o bolo e acompanhou Xiumin.


Notas Finais


Na yojeum sseomta sseomta sseomta~~

Kissu >3<


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