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História Mary Washington Healthcare - Identidade


Escrita por: hotlyminds84

Notas do Autor


Oi gente!!! primeiro capítulo das férias, uhul!! Preparem-se para a treva e para mil tretas kkk
Algumas notícias:
1 - Toda a sexta feira (provavelmente) terá atualização durante as férias. algumas vezes eu posso demorar ou atualizar mais rápido, mas o regular são sextas.
2 - Eu editei essa fotinho porque até eu me perdi nas mudanças capilares da Em, então decidi esclarecer isso pra vcs, meus lindos leitores. Os números significam os capítulos (e é claro que eu não vou dizer quando vai acabar hehe até pq nem eu sei)
3- Algumas partes da timeline talvez não sejam exatas com a própria história da fic, mas eu tentei, juro. (aliás, queria só esclarecer que essa fic se passaria na temporada 7, só que o meu cérebro é louco e misturou tudo então tentem seguir o fluxo - não me odeiem prfvr)
3 - Amo vcs, e vamos que interessa. <3

Capítulo 12 - Identidade


Fanfic / Fanfiction Mary Washington Healthcare - Identidade

Hotch engoliu seco. Dentre todas as conversas que ele algum dia desejara ter com Emily Prentiss, explicá-la sobre o motivo de tudo aquilo era uma a penúltima da longa lista. Sim, o último lugar era ocupado por qualquer conjunto de frases que significasse que Aaron iria perdê-la. Era romântico e até ingênuo, mas o homem sempre tão sério não conseguia evitar os sentimentos que a morena despertava com um breve cruzar de olhares.

- Eu e Dave, assim como todos os outros da equipe, somos de fato agentes do FBI e de fato médicos. Nós somos perfiladores da Unidade de Análise Comportamental, exceto Garcia, ela é nossa analista técnica, e J.J., a qual faz nossa ligação com a mídia e a polícia. No começo éramos nós dois e outro agente, Jason Gideon, nossa unidade trabalhava apenas com casos localizados até o dia da saída dele. Foram tempos difíceis, a UAC passou por anos de dificuldade, os agentes duravam pouco na equipe, o dinheiro foi diminuindo... – Hotch respirou fundo, memórias daquele tempo, no qual o emprego de todos estava por um fio e Jack ainda era pequeno, tomaram conta – Até que, cerca de cinco anos atrás, Strauss nos chamou para uma reunião. Aparentemente, havia uma força tarefa mundial envolvendo várias agências de inteligência do mundo para quebrar a maior rede de tráfico de órgãos e pessoas. Naquela época, não havia mais aonde chegar, as pistas estavam se exaurindo, e eles decidiram partir para a análise comportamental a fim de, pelo menos, diminuir a grande massa de crimes escandalosos e brutais. Foi então que nós montamos o time como ele está agora.

- Chamamos somente pessoas envolvidas na área da saúde pois seria mais fácil adentrar esse meio. Então sim, todos são realmente formados e trabalharam por algum período nas áreas – a voz calma de Rossi era quase um carinho; claro, se toda a situação não fosse estranha o suficiente para Emily se sentir no meio de 'O Poderoso Chefão' ou algo do tipo – Conseguimos várias avanços e fizemos muitas consultorias, prendemos vários chefes menores nesse meio tempo, mas nunca chegamos ao chefe da rede. Isso até Boston, dois anos atrás, quando...

 Um silêncio ensurdecedor tomou conta do ambiente. Dave abriu e fechou a boca algumas vezes, enquanto Hotch olhava para um ponto vago no além como se alguma emoção estivesse a retorcer lá. Emily quis estender a mão para colocar-se sobre as dele, quais estavam cruzada sobre a mesa em uma posição defensiva. Ela sabia que havia algo errado. E caso ela ainda tivesse uma breve habilidade de atentar aos detalhes, deveria estar ligado às marcas que ele portava no abdome.

- Foyet... – as palavras pareceram amargas na boca do chefe, os lábios se curvaram em desgosto – Ele deixou um bilhete com um endereço, na garganta de sua última vítima... – os olhares cruzaram, dois horizontes misturados profundamente – Era Haley, mãe de Jack...

- Isso nos levou ao seu antigo apartamento em Nova Iorque, o qual não havia ainda sido alugado naquele período. A agência nos disse que a antiga moradora havia mudado recentemente, cerca de uns dois meses, e alguns dos pertences ainda estavam esperando a transportadora. Foi quando descobrimos você. Não foi muito inteligente manter um cofre escondido na parede e esquecê-lo com todos seus documentos – Prentiss desfez a conexão com as órbitas infinitas de seu parceiro; ela não fazia ideia da existência de um cofre, ainda mais com sua identidade – De você, após quase um ano de pesquisa, conseguimos descobrir a existência de Ian Doyle, cabeça de toda a máfia.

 Os dedos apertaram na madeira em sinal da necessidade de levantar. Aquele gosto desconfortante do vômito atingindo sua boca. Sentiu o estômago contrair com força e Emily só teve tempo de pedir licença antes de correr ao banheiro. Hotch e Dave correram logo atrás enquanto chamavam pela mulher, o primeiro mais que o segundo.

 Câmera lenta, exatamente as palavras para descrever a sensação da morena enquanto percorria a sala em busca do lavabo. Não houve tempo para lágrimas, raiva, desespero. Apenas para memórias. Cada toque carinhoso e íntimo das mãos cruéis, cada beijo caloroso ou gentil daqueles lábios profanos, cada palavra doce e terna de alguém capaz de fazer tanto mal.

 Ela não sabia ao certo como abriu a porta ou mesmo encontrou o local, porém, quando os joelhos caíram ao chão, Aaron fez seu melhor para apoiá-la e segurar seu cabelo para não sujá-lo. Em minutos tudo estava descendo pelo vaso de porcelana do lavabo. Ela desmontara todas suas paredes, lágrimas de choque e repulsa ameaçando escorrer. Os dois homens a observavam, preocupação devorando Aaron a cada instante que ele balbuciava alguma palavra para acalmá-la.

 Emily tinha certeza de os negócios de Doyle serem ilegais - seu sexto sentido nunca falhara - todavia, era muito mais doloroso ouvir aquilo tudo da boca de alguém cujo sofrimento fora causado por ele. Mãos masculinas seguraram o rosto com cuidado, alinhando suas visões.

- Emily! Emily, fale comigo! – ela não podia fazer isso como ele, não depois de tudo.

- Eu preciso de um tempo só... – sussurrou, os lábios trêmulos entre algumas lágrimas insistentes – Por favor...

 Aaron relutou, brigando consigo mesmo pelo medo descomunal de que algo acontecesse à Emily. Sempre fora protetor com o seu time, principalmente com J.J. e Reid pois eram os mais jovens, mas, desde o primeiro instante, havia algo fora do normal em seu instinto de cuidar da morena. Sentiu a mão sábia de Rossi tocar seu ombro em um gesto de conselho, quase uma intimação.

 Com as pupilas dilatadas e as têmporas ardendo em vontade de chorar pelo sofrimento de sua parceira, os lábios masculinos pressionaram um beijo carinhoso entre sua franja. Hotch botou-se sobre os pés, caminhando em direção à sala de estar sem antes parar à porta, uma mão na maçaneta e outra nas bordas de madeira. Observou-a por cima dos ombros uma última vez. Ele iria destruir a raça de Ian Doyle, nem que fosse a última coisa.

(...)

 Após meia hora de silêncio completo, Hotchner já não conseguia esconder todos os sentimentos por trás da fachada séria. Ele caminhava em círculos, refazendo a linha reta entre a porta do lavabo e a longa janela lateral, as mãos nos bolsos, os ombros e mandíbula tensos.

- Aaron, você vai abrir um buraco no chão – Rossi brincou no intuito de acalmar, mesmo que de alguma forma, o amigo de anos.

 O homem de cabelos negros deu de ombros, sem sequer parar o movimento e dar atenção ao amigo de cavanhaque. Apesar de a linguagem corporal estar entregando seus sentimentos por completo, o semblante vazio gritava por algo, qualquer coisa, capaz de diminuir a dor de estar impotente perante uma situação como aquela. Ele não podia ir sozinho enfrentar Doyle, ele não podia nem mesmo encontrá-lo. Rossi conseguia sentir as mesmas curvas pesadas de expressão, as mesmas nuances de quando Foyet ameaçou Haley e Jack anos atrás.

Dessa vez, havia medo. Medo de o final dessa história ser o mesmo. Medo de perder tudo. Medo de falhar novamente.

(...)

 Ela colocou a tesoura sobre a pia, as lâminas sujas à medida que a mulher de cabelos negros observava as mudanças em seu rosto. Não era Lauren Reynolds, nem Emily Prentiss. Talvez algum dia se tornasse a última, mas, por enquanto, ela queria ser ninguém. Desaparecer talvez fosse mais fácil.

 Os dedos longos organizaram a franja obtida semanas atrás, descendendo suavemente pelo cabelo liso e curto, alcançando um pouco além dos ombros. Houve algo bom sobre passar um tempo na Irlanda. Lauren aprendera a cortar cabelo usando tesouras comuns, a mudar toda sua aparência com um pouco de maquiagem. Lauren era especialista em ser outra pessoa, era sua essência.

 Destrancou a porta de maneira relutante, uma mão em concha sobre onde morava a única razão dela não ter fugido como era de costume. Emily era especialista na fuga, era sua essência.

 Aaron tentou segurar a surpresa e o medo pelo novo corte de cabelo. Os cachos haviam ficado mais discretos desde a última visita ao salão, e o ondulado natural havia sido substituído por uma franja a cobrir a testa. Dessa vez, porém, estava curto e repicado nas pontas, a franja não era completa. A expressão pura do conflito dentro de si. Tudo tinha um significado e, certamente, aquilo contava o quão sua parceira não queria estar naquele local ou situação. Ou talvez ela nem quisesse estar com ele. O homem tentou afastar o raciocínio, seu foco voltado somente para verificar o estado da mulher com olhos avermelhados.

 Bem, isso até o telefone de Rossi tocar e o mesmo percorrer o espaço entre o sofá e a televisão para ligá-la.

 Em instantes, o time surgiu na tela e o casal foi forçado a quebrar o olhar cúmplice que compartilhavam. Emily aproximou-se do sofá, tomando uma poltrona a fim de evitar cansar-se mais do que já estava. Fora uma manhã exaustiva e ela sabia da possibilidade do sono ser sua última opção no fim do dia. Parou alguns minutos para analisar a sala onde a equipe de Aaron se encontrava: uma mesa redonda marrom, um sofá ao fundo, alguns armários e havia um quadro transparente pouco atrás com várias fotos e coisas escritas. Não passou despercebida a proximidade entre Reid e J.J., porém, isso seria uma discussão para outros momentos.

- Em! Que bom que você está bem! Eu fiquei tão preocupada! – Garcia fora a primeira a exclamar, seguida pelo time, o qual começou a perguntar tanto sobre Emily, quanto sobre o bebê.

- Está tudo bem, fiquem tranquilos – ela riu fraco, dando de ombros; pensou em dizer obrigada, mas não sabia até que ponto estava grata pela situação – Hotch e Dave já me contaram tudo, podem prosseguir.

- Princesa, pensamos que você seria útil para identificar uma pessoa, acha que pode fazer isso? – Derek perguntou em tom de preocupação; ele sempre cuidara dela com todo o zelo e quase como se fosse um irmão.

- Sim, claro.

- Nós conseguimos associar muitas das atividades da máfia a uma mulher, não sabemos do paradeiro dela, mas, ao que tudo indica, ela está no leste europeu, perto das fronteiras com a Rússia – J.J. discursou, emanando segurança, o braço envolvido por uma atadura - sem gesso – indicava o pequeno dano sofrido no acidente de mais cedo.

- Esse local deve ter significado algo para ela durante algum tempo ou até mesmo ela tenha algum parente por lá, baseado no pouco que conseguimos da história, acreditamos que ela tenha experimentado um relacionamento romântico com Doyle, provavelmente muito próximo de ele encontrar você – Blake afirmou, estava de aparência intacta, a maquiagem fazendo boa parte do trabalho de esconder o roxo em sua bochecha e testa – Conseguimos um endereço-

- Só que nossos contatos na Interpol encontraram o apartamento vazio, a dona não estava e não havia como identificá-la de maneira alguma – Derek cortou Alex, a voz mais intensa e rápida a fim de chegar a algum lugar – Mas eles conseguiram informações com os vizinhos, era um casal de imigrantes em fuga.

- Vocês conseguiram um nome? – a voz de Aaron foi seca e objetiva, consonante com sua menção de impaciência ao cruzar os braços.

- Eu acho... – Spencer levantou da mesa, o piloto em mãos percorrendo o quadro com velocidade enquanto ele delineava alguma ideia; o time assistiu curioso por qual seria a saída do gênio para a situação. Quando a chamada começara, eles estavam parados apenas nos poucos dados – Não pode ser... Ele sempre usa duas letras, em tudo, desde os pseudônimos dos intermediários até o nome dos lotes de entrega... Emily! – ele virou-se à câmera – Eu preciso que você me diga se conhece alguém com as iniciais L.R.

 A morena engoliu seco. Pupilas dilatadas. Boca entreaberta. Mãos perspirando. O processo havia começado quando descreveram todos os detalhes da fuga implacável. Um filme passou na frente de seus olhos. A ligação para a mãe. O dia em que forjou o acidente no meio da madrugada. Todos os perigos até encontrar a Embaixadora Prentiss na Rússia. Cogitou mentir por breves instantes. Medo, sim. Medo de o final dessa história ser o mesmo. Medo de perder tudo. Medo de falhar novamente.

 Sugou um pouco de ar. Expressão vaga. Órbitas focadas no vazio. Assentiu com a cabeça enquanto voltava-se para os olhos castanhos mergulhados em sua imagem.

- L.R... Lauren Reynolds... – tremeram-se os lábios em um último esforço de reter a verdade – Sou eu... Eu sou Lauren Reynolds.


Notas Finais


É isso galera, amo vcs pacas e até o próximo!
ps: qualquer comentário é bem-vindo
E MUITO OBRIGADA PELAS MAIS DE 800 LEITURAS, VOCÊS SÃO DEMAIS!


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