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História Mary Washington Healthcare - Inverno, parte 1


Escrita por: hotlyminds84

Notas do Autor


Oi gente! Então é Natal!!!! Pois é, essa fanfic também não podia ficar de fora do espírito natalino, então se preparem para um especial de Natal com duas partes (porque eu não quis escrever um capítulo muito longo kkk). Essa é a primeira e a segunda sairá da chaminé amanhã!
Queria, além disso, agradecer a todos vocês, meu maravilhosos leitores, por terem indicado minha fanfic para participar da votação de Melhor Fanfic de Criminal Minds 2016!!!! Só essa nomeação, e saber que tem pessoas aí fora que realmente estão curtindo o meu trabalho, já me dá um super gás pra continuar essa fic!! Muito obrigada por tudo, tudo mesmo, e saibam que sem vocês eu não seria nada!
Nas notas finais tem o linkzinho pra votação. Tem fanfics maravilhosas lá, recomendo todas!
Agora, vamos ao que interessa :3

Capítulo 13 - Inverno, parte 1


Era o primeiro dia do inverno, a noite congelava do lado de fora e Emily começava a sentir o isolamento a consumindo de maneira desesperadora. Ela não podia afirmar que tudo estava perfeitamente normal entre ela e Aaron ou entre ela e o time. Afinal, todos botaram suas carreiras em xeque e Lauren Reynolds acabou sendo uma das suspeitas principais de toda a investigação.

 Havia algo de errado, claro. Nenhuma das duas – ela não conseguia encarar ambas como partes de si – cometeria crimes tão horrendos quanto o pouco que foi relatado nesse meio tempo. Apesar das dúvidas, eles a colocaram à par de toda a operação e todos os detalhes encontrados. Quando as coisas começaram a se encaixar com as mudanças de humor de Doyle no tempo em que passou na Irlanda, ela sentiu algo apertar em seu peito. Ele devastador pensar em todo o mal que ele infligira, ainda mais com ela e seu filho vivendo debaixo do mesmo teto.

 Não, Emily e Lauren nunca contariam sobre a existência de Declan. Ele era um menino indefeso assim como Jack, e elas sabiam o mal que poderia ser feito contra o pequeno. Por mais que Aaron tivesse a assegurado - com convicção ímpar - de que nenhum inocente sairia ferido ou prejudicado contanto que ela o contasse a verdade, a morena sabia da dependência dele de outras esferas superiores. Como Strauss ou ainda o diretor do FBI. Um latido e ele teria de acatar ou botar toda sua carreira, e todo esse plano, em risco.

 A mulher de olhos cansados sentou-se à beira da cama após uma série de tentativas falhas de cair no sono. Os pés desnudos tocaram a madeira gélida com relutância, mãos delicadas percorreram o cabelo em frustração. Ela exalou com força, trazendo seu corpo a repousar nas pernas doloridas. A gestação começava a mostrar efeitos mais marcantes: a barriga já despontava quieta, atestando a existência do pequeno ser crescendo em seu ventre; as pernas pesavam por vezes; a fome noturna era constante e Emily percebera um leve aumento no seu quadril e em suas bochechas.

Com o casaco em mãos e as botas de inverno calçadas, o caminho do minúsculo corredor do segundo andar foi percorrido sem pressa. Deveras vezes ela saíra sem o conhecimento do time. Eles a proibiram de deixar a cabana sem acompanhante, pois alguns dos capangas de Ian poderiam estar a espreita. Todavia, Emily Prentiss nunca tinha medo de algo pequeno e, de qualquer maneira, quem iria sentir falta dela? Então ela repetia internamente que não iria muito longe. “Até o breve riacho aos fundos e de volta.”

 Lá, ela podia encontrar paz. Podia sentar nas pedras em silêncio, observar a água percorrendo os caminhos tortuosos. Formavam-se alguns redemoinhos, tormentas na beleza calma transparecida pelo local. Mesmo assim, as turbulências – eventualmente – se desfaziam, e a futura mãe encontrou-se em uma perda de palavras para descrever a sensação experimentada quando foi confrontada com a realidade.

 A tempestade iria passar, a vida iria voltar ao normal. Poderia demorar, poderia ser doloroso, mas iria cessar. Por meio de um chumbo quente atravessando seu peito, por meio de sacrifícios ou lágrimas? Talvez, mas tudo parecia tão pouco. Os cabelos esvoaçaram no vento da madrugada, flocos de neve colando no casaco e as botas afundaram na camada grossa exterior. Ela cruzou os braços em sua frente, mãos deslizando sobre os antebraços em prol de aquecer-se.

- Lauren... – a voz grossa veio de trás, como um sussurro desconcertante – Olha só o que ele fez com você... – uma risada sarcástica e a morena encontrou-se virando lentamente, mãos a proteger a barriga – Deixou você fraca e sozinha, sem ninguém para lhe proteger...

 Os olhos encontraram os dele, cheios de raiva, ressentimento e inundados em toda a dor causada naqueles anos em que ele existiu em sua vida. Nunca, enquanto respirasse, ela seria capaz de perdoar Ian pelo acontecido. Ela nunca iria o perdoar por ter transformado sua vida em um espiral de destruição, sempre confluindo para o mesmo trágico fim.

- Vai pro inferno, seu desgraçado...

- Shh – aproximou-se em passos largos, menos de um braço separando as mãos profanas de fazer o que bem entendesse com a médica – Acho melhor você ficar calada, amor – o terror em seu silêncio foi o suficiente para modificar toda a postura do homem, o qual pareceu se regozijar com seu poder de dominação – Eu vim aqui para conversar, pois sei que algo dentro de você lembra-se de tudo o que passamos juntos, do quanto éramos felizes, quase uma família... Mas agora, eu vejo que você faria tudo por aquele... Aquela criatura ridícula que pensa conhecer quem você é de verdade... – cada parada, um passo era encurtado, até ele começar a circular a mulher de respiração tensa – Ele sabe quem você era? Sabe como você fugiu na primeira oportunidade? Como você foi vil o suficiente para passar sua última noite na Irlanda comigo? Preciso dizer, aquilo foi sujo, até para mim.

 Algumas lágrimas começaram a acumular nos vértices de suas órbitas, insistindo no desejo de queimar a pele gelada de seu rosto. Memórias pareciam ser feitas de sangue naquele momento. O seu próprio, o das vítimas que Emily deixara nas mãos dele sem ao menos saber, de Declan, de sua mãe, de Aaron, de Jack, do time... Era uma lista incontável de pessoas, as quais cuidaram da morena, arriscaram algo por ela, e ela foi capaz de machucar da maneira mais imoral possível.

 Estava frio, congelando. E Doyle enxugou o caminho solitário de uma gota salgada com a costa de uma faca.

 Quando os olhos castanhos mergulharam em olhos verdes, Emily soube que aquele era o fim.

(...)

 O sobretudo preto caiu sobre a pequena poltrona da sala de estar, sem zelo ou preocupação em dobrá-lo corretamente. Havia apenas uma coisa na cabeça de Aaron naquele momento, e era a mulher deitada solitária no segundo andar. Ele concordara com o time quanto aos horários de revezamento, afinal, todos tinham uma casa para ir ao final do dia, por mais que fosse vazia. Entretanto, o homem de cabelos negros se agarrava com unhas e dentes a qualquer oportunidade de ter Emily e seu filho - o qual crescia vigorosamente dentro da mulher que ele amava - em seus braços.

 Tudo estaria perfeito. Caso Jack pudesse estar com eles sem correr risco de vida, caso Prentiss não fosse alvo de um sociopata ou eles não estivessem no meio da maior rede de tráfico do mundo. Era uma realidade desanimadora, sim, de fato. Porém, após segurar o corpo de Haley em seus braços, finalizar Foyet com suas próprias mãos e o último ter ameaçado a vida de seu filho, o simples fato de todas as pessoas mais importantes em sua vida estarem respirando pareceu-lhe um reconforto enorme.

 Ele deixou o bolo de chocolate enfeitado com desenhos natalinos de glacê, jujuba e biscoito de leite – tudo trabalho manual de pai e filho – sobre a bancada da cozinha. Era quase Natal, o primeiro de ambos juntos. As condições não eram ideias, no entanto, aquilo não significava ser menos importante.

 Hotch havia demorado a escolher um presente digno. Ele chegou a pedir ajuda a J.J. e Garcia, as quais surgiram com várias ideias acima do orçamento e muito extravagantes. Dave, Morgan e Reid não eram opções viáveis. O primeiro, cairia na mesma situação das duas mulheres; o segundo ainda não havia aceitado toda situação entre eles; e Reid, bem, ele chegou a consultar por indicação de livros para ocupa-la, mas somente páginas escritas não seriam capazes de cumprir o papel do presente ideal.

 Então, ele recorreu a Blake e seu senso fora do comum acerca do equilíbrio. Era quase uma antítese. Eles foram às compras em um final de semana, a mulher mais velha fez questão de acompanhá-lo na empreitada. Dessa forma, Hotch terminou o dia com um cordão de prata, quatro pequenas esferas tocavam-se ao centro do mesmo. O chefe conseguia até imaginar como ficaria contra a pele alva de sua parceira.

 Com o pequeno pacote em mãos, ele ascendeu ao segundo andar, um breve sorriso em seus lábios à medida que se aproximava da porta de madeira. Pensou em bater antes de adentrar, porém, decidiu-se por abrir a porta com cuidado.

 Ficou quieto, confuso.

 A cama estava vazia.

 Uma explosão de adrenalina tomou conta de si em poucos segundos, e a aflição devorou-o de encontro às trevas. O homem de olhar consternado percorreu toda a casa, mãos em contato com a arma no coldre à espera de qualquer possível ataque a cada curva ou porta aberta. Preferiu não acender luzes, fazer alarde ou até mesmo pronunciar o nome da morena. Quando vasculhou todos os cantos, sem sucesso, ele parou em frente à ilha da cozinha. As articulações esbranquiçaram com a força contínua aplicada contra o granito da bancada.

 Não, aquilo não podia estar acontecendo novamente. Ele socou a superfície, afastando-se rapidamente com as mãos no cabelo e o ódio tomando conta de si. Foi então, naquele exato minuto, que uma leve brisa gélida raspou seu pescoço. O rosto virou-se em reflexo, notando a pequena fresta da porta e quando Aaron examinou a examinou por completo – sem sinais de arrombamento ou algo que indicasse a entrada de um estranho - ele pôde chegar à conclusão: ela havia saído.

 Agora, a arma estava em mãos. Os dedos no gatilho enquanto ele percorria, sem ao menos sentir o frio arrebatador, o pequeno quintal envolvido em neve. Não existia uma cerca por completo, era apena o suficiente para evitar acidentes como quedas do patamar mais alto onde se encontrava a morada. Acionou a lanterna e pôde perceber marcas de bota na camada branca, muito discretas devido à nevasca persistente naquela noite. Hotch jogou a luz contra a água a correr limpa, na parte mais inferior, o desespero o fazendo esquecer-se de proteger seu próprio corpo.

Ao engolir seco, ele sentiu o gosto amargo do pânico. E então, entre um breve relampejar, ele viu-


Notas Finais


É isso por hoje galera! Amo vocês demais!
ps: qualquer comentário é bem-vindo!
Aqui está o link: http://doodle.com/poll/dp45epacvs8h8n3q


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