1. Spirit Fanfics >
  2. Mary Washington Healthcare >
  3. Rimas

História Mary Washington Healthcare - Rimas


Escrita por: hotlyminds84

Notas do Autor


Fala galera! Essa fic morreu? Claro que nunca haushashua para os que não sabem, eu estava passando por um super bloqueio (fora a minha faculdade acabando com a minha vida since 2016 *risos*). Agora que acabaram minhas provas - e a inspiração surgiu - consegui finalmente escrever o capítulo.
Bem, eu não sou de reclamar sobre comentários,,,, mas fiquei meio triste com a falta deles no cap passado. Porém, como eu sempre digo, it's always darkest before the dawn (tá, quem diz isso é a florence and the machine, entretanto, todos sabem o quanto sou fã dessa maravilhosa). Então confio em vcs shuahsuah
Fiquem super atentos para esse capítulo pq vou ser honesta, vem um onda loucona pela frente (a tempestade - parte II ? será?) e espero que vocês gostem.
Ps: o filho do Hotch e da Prentiss é perfilador desde o útero já,,,, paz.

Capítulo 19 - Rimas


Nova Iorque foi Houston novamente. O mesmo M.O., as mesmas mortes violentas e o sumiço de uma das possíveis testemunhas gerando um caos confuso. Sem contar que, devido à necessidade de manter Emily com pelo menos um membro da equipe, eles estavam com a falta de Rossi. Tudo se encaminhava para um fim trágico, para mais corpos e mais famílias a perder um ente querido, sem eles ao menos conseguirem produzir um perfil sólido para leva-los a um grupo local ou ao sequestrador que matinha Jane Willow sob suas mãos cruéis.

 Algo desesperava Aaron, o fez quase perder o controle ao receber a notícia naquela manhã fria. Sua pressão subiu com velocidade, o coração batendo com força contra seu esterno de modo a quase senti-lo em seu ouvido. Punhos cerrados, ombros tensos, lábios pressionados em puro desgosto à medida que o cenho franziu involuntariamente.

 A testemunha – Jane – além de lembrar sua parceira por completo, da cor dos cabelos às covinhas evidentes nos sorrisos, estava no início de uma gestação. Tomou ambas J.J. e Blake para conseguirem o acalmar, visto que Derek encontrava-se em um estado de animosidade não muito diferente de seu chefe. Por outro lado, o menino gênio acabara por focar-se no possível perfil geográfico no intuito de proteger-se do medo a percorrer suas veias.

- Eu acho que sei onde encontrá-la – pronunciou com os olhos fixos no quadro, uma mão levantando para discar o número da analista técnica.

- Fala logo, já estou com a Penelope na linha – o agente moreno apertou o botão do autofalante sem ao menos realizar suas brincadeiras clássicas.

- Garcia, você pode procurar por lojas de material cirúrgico em um raio de 500 metros do sequestro?

- O que isso tem haver? – Hotch praticamente rosnou de seu lugar na mesa, um olhar rígido disparado ao menino mais jovem, o qual engoliu a seco antes de continuar sua teoria.

- Jane se parece com... Emily, tanto fisicamente quanto pela situação em que vivia com o parceiro.

- Spence... – a loira sussurrou a fim de fazê-lo correr direto ao ponto, olhos azuis pausaram cuidadosos nas feições ansiosas dele.

- É uma tortura para todos nós, uma mensagem – gesticulou enquanto as palavras deslizavam uma após a outra - Então não faz sentido mantê-la longe, inacessível, sem que nós possamos encontrá-la e Doyle consiga provar que é capaz do que deseja.

- E a loja de material cirúrgico seria mais provável – a linguista complementou o garoto, uma mão no quadril e a outra seguindo o fluxo de seu pensamento - A maioria dos “laranjas” nesse grupo já provaram estar envolvidos na área da saúde, tanto de maneira direta quanto no comércio.

- Garcia? – Morgan interrogou, braços fortes cruzados na frente do tórax – Bebê, me diz que você conseguiu alguma coisa.

- Sim, meus bravos combatentes do crime! – a exclamação fez pouco pelo ar pesado na sala de conferências – Há duas lojas de material nesse perímetro, estou enviando os endereços para os tablets de vocês agora mesmo.

 O chefe de unidade levantou-se quase de supetão, adrenalina cursando seu corpo, preparando-o para um possível combate. Por mais que ele soubesse da culpa maior de Ian, não pode impedir a raiva humana de apoderar-se da sua tão renomada racionalidade. Leu os endereços antes de ditar os destinos ao resto do time, o qual prontificava-se para sair.

- J.J., Reid e Morgan, vocês vão para o local mais próximo da última cena – virou para a parceira de seu melhor amigo – Blake, você vem comigo.

 Acenos de cabeça e um vasculhar pelos coletes à prova de bala foi o suficiente para a equipe encontrar-se em movimento frenético na cidade conhecida pelo trânsito complexo. Hotch ultrapassara alguns sinais vermelhos, mãos apertando o volante com força suficiente para quebrá-lo se assim desejasse. Na outra SUV, em situação pouco diferente, Morgan realizava manobras arriscadas para o horário do dia. Separaram-se algumas quadras antes, cada um em direção ao destino assinalado.

- Hotch, se não se importar, eu vou à frente – sugeriu Alex ao observar a tensão em sua mandíbula; ela tinha certeza de que faltava pouco para ele fazer algo errado, ter mais uma morte por suas próprias mãos para explicar a Strauss.

 Desde Foyet, o agente mais novo esforçava-se ao máximo para não dar o último tiro ou permitir-se descontar o ódio pelos casos envolvendo crianças nos próprios agressores. Era um jogo delicado, envolvendo falhas pessoais do passado, as quais se aprofundaram no presente. Apesar do exterior sempre sério, sempre fechado e imaculado, a agente mais velha conseguia ler as pequenas mudanças desde quando conhecera a morena. Talvez, tenha sido ela o tempo todo, somente não do jeito esperado.

- Certo – murmurou ao estacionar o carro sem muito cuidado, o freio pressionado de modo a propeli-los dos bancos – Vamos.

(...)

 O sangue pintava as paredes, formava padrões sujos no cimento batido sem tinta alguma. Respiração rasgadas pararam por um instante ao notar uma palavra desenhada em rubro.

‘Emily’.

Ambos estagnaram. Cada linha na face de Aaron tornara-se profunda, os olhos negros com sincero terror escritos. Não conseguiu evitar uma reação semelhante de ser expressa. Desviou o olhar para o homem meros segundos antes de notar o motivo de sua vinda caída ao chão.

 No centro do local, em meio a um círculo, pernas femininas dispunham-se torcidas para cada lado, braços seguindo a linha do corpo, o buraco típico de uma Magnum 44 estava tanto em sua testa quanto em seu abdome inferior e manúbrio. Aproximou-se com cautela, agachando próximo do corpo em uma busca inútil por um possível pulso.

 Não existia. E mais uma vez pegou-se perguntando o motivo de tanta brutalidade por parte de humanos como eles. Era incompreensível, ainda mais com duas pessoas inocentes, uma delas nem tendo a chance de chegar à vida. Dúvidas perturbaram a agente, retiraram seu foco por tempo suficiente para ter o chefe ajoelhando-se do outro lado. Ela sabia do significado de tudo aquilo, sabia o motivo da escolha da arma, do nome na parede, do exato local dos tiros.

- Hotch... – chamou-o, sem deixar de observar como o mesmo havia empalidecido nesse breve período – Há algo aqui.

 Com auxílio de sua lanterna, foi capaz de iluminar a boca semiaberta da mulher. Um bilhete residia lá e, dessa vez, Aaron não conseguiu evitar um relutar agoniante antes de puxar o papel da cavidade. Lê-lo, todavia, foi serviço da mulher, já que o homem prontificara-se para chamar o time e uma unidade forense para o precinto. Ele queria sumir, fugir do local, e Blake não conseguiu evitar certa pena do volume excruciante de tragédia sofrido por seu supervisor.

 Descendeu as órbitas para o papel úmido em seus dedos, desenrolando o pequeno cano.

Brumas pelo céu,

Fogo ao luar.

Casas de papel,

Desabitam a cantar.”

(...)

 Ela estava esperando por ele no carro, o segundo, no mesmo banco de trás. A janela era perigosa, ficar longe. Ele sempre dizia isso, sempre. Por um tempo, ela achou que fosse exagero. Depois de um tiroteio, no qual foi quase alvejada, entendeu o motivo. Era arriscado. Ficar com ele era arriscado. Mas ela não poderia evitar, já havia ido tão longe.

Manter o foco na cabeceira do banco à frente. Não olhar, não olhar. Não querer saber, acima de tudo. Não querer fugir, não ter medo. Ficar, ficar, não deveria ter chamado pela sua mãe. Não chorar no meio da madrugada. Esquecer, esquecer. Esquecer quem era, esquecer os cabelos negros, esquecer o emprego. Não mesmo. Não podia. Mas fazia. E queria, queria. Chorar mais, engolir o choro, não se lembrar da arma. Não lembrar, não lembrar. Lembrava, porém, e as lágrimas prendiam.

As pílulas. Ia tomar algum dia, em breve, agora não. Ele iria viajar logo, logo. Arranhar a calça. Não tinha unhas longas. Odiava o material, odiava a Irlanda. Queria levar o menino. Queria mas não podia. Ansiedade, ansiedade. Náuseas. Um barulho do exterior. Mais carros chegando. Não olhar, não olhar. Olhou.

 Cabelos escuros longos, uma franja, barba grande combinando com o cabelo. Blusa marrom, jaqueta jeans e calças. Botas masculinas, militar. Bonito, olhos claros, alto. Arma nos ombros, AK-47. Mulher descendo do carro. Cabelos castanhos, curtos, pequena, magra. Arma na cintura, Glock.

 Boca de arma na nuca. Nervosismo. Ele disse para não olhar. Chumbo, dor, ardência. Pontos escuros.  Não olhar, não olhar. Chorar um pouco. Implorar. Acordar.

- Emily! – a voz grossa a sacudiu, pálpebras cansadas revelaram órbitas infinitas, perdidas em mais uma imaginação – Emily, amor, você está bem?

- Sim, eu... – sussurrou entre a dor de cabeça pulsante, piscando um pouco para tentar dissipá-la – Foi um pesadelo, muito estranho...

 Imergiram no silêncio entre eles, mãos ásperas acalentando o braço feminino enquanto sua figura relaxou aos poucos sobre o cotovelo que suportava sua parte superior. O caso não havia sido fácil, nada daquilo, então qualquer possibilidade de algo errado com a mulher de cabelos pretos era motivo para deixá-lo à beira de um ataque de pânico. Era quase fora de sua personalidade.

- Tem certeza? – a questão foi fraca, o rosto sonolento demonstrando um charme natural ao qual a morena não podia resistir.

- Sim, foi só uma memória que terminou em pesadelo... – pressionou os lábios contra os dele, reassegurando seu estado – Havia um casal, Doyle falava com eles, e o homem era um pouco parecido com o Will da J.J.

- O que? – dúvida correu suas feições, boca esfregando leve contra a testa de sua parceira.

- Spencer me disse que é normal misturar as coisas, as memórias desse tempo são muito traumáticas – sentiu uma pontada em sua barriga, um movimento contínuo e suave na medida em que aquele pedaço deles revoltava-se dentro de seu útero – Ai! Alguém decidiu acordar... e chutar meu fígado.

 O rufar causou uma bolha de riso no homem, o qual descendeu para beijar a curva alongada antes de jogar-se de volta ao lado onde repousava. Uma de suas mãos envolveu sua cintura, a respiração contra a nuca feminina a causar arrepios.

- Vamos fazer uma entrevista cognitiva amanhã, logo ao acordar, tudo bem? – esfregou a ponta do nariz na pele delicada, emergindo um sorriso torto na mulher, a qual só assentiu ao tentar cair no sono mais uma vez.

 Não seria fácil, era bem verdade, parcialmente devido ao nervoso das imagens em sua mente, parcialmente devido ao pequeno ser dentro dela decidir ficar a noite em claro nas posições mais desconfortáveis possíveis, e ela acabaria por cochilar breves ciclos antes das luzes raiarem pela pequena janela. Emily confiou em Spencer naquele dia de maneira cega, sem julgamentos ou dúvidas. Afinal, quem duvidaria do menino gênio e acreditaria que alguém tão próximo estaria envolvido com Ian Doyle?


Notas Finais


É isso por hoje, gente! Espero que gostem
Ps: qualquer tipo de comentário é aceito! (e amado ahsuha)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...