História Mas se você vier... - Frank

-S2-

POV Frank

Meu coração estava apertado.

Eu odiava ser sentimental nessas horas, mas não tinha jeito.

Ter ficado longe do meu filho por quase meia hora sem saber dele, quase morrendo de preocupação e ainda ter que lidar com um Gerard totalmente estranho era demais pra mim.

Eu não conseguia fingir que estava tudo bem.

Eu era transparente e todos que estivessem a nossa volta se olhassem pra mim de verdade saberiam que eu não estava bem.

_ Frank... _ Gerard me chamou. Nós já havíamos chegado ao restaurante e ele estava sentado na mesma mesa que eu, na cadeira a minha frente. Os pequenos estavam sentados em uma mesinha para crianças ao nosso lado. Eles já atacavam seus pratinhos de comida enquanto eu enrolava com a minha e Gerard praticamente comia toda a sua refeição enquanto tentava conversar comigo, mas o que eu diria? Eu estava cansado da atitude dele ali, e eu não aguentava mais o fato de ele não entender o que acontecera. Eu teria de dar um basta naquilo_ Frankie, fala comigo... Você não quer mesmo seguir a viagem, só pelo que aconteceu?

_ O que? Só pelo que aconteceu?! _ perguntei chocado_ Gerard, é o seguinte. Eu vou ser bastante claro com você, como eu sempre sou. Ou você muda de atitude agora mesmo, ou eu coloco as crianças no carro, volto pra casa com eles e ainda te deixo aqui no meio do nada.

_ Está brincando Frankie? _ ele perguntou com um meio sorriso e o rosto confuso. Como se eu não fosse capaz de fazer aquilo, e eu não era mesmo, mas ele não precisava saber.

_ Não. Não estou brincando. _falei e suspirei cansado_ Gerard, pela milésima vez, vê se entende que o que acabou de acontecer me abalou muito e a sua atitude pra piorar não ajuda, só piora as coisas. E não, eu não quero ver você se redimir só por fazer, não quero que mude de ideia só porque eu pedi, só o que eu quero é que me entenda. Poxa vê se entende o meu lado também, o seu eu entendo, acredite, não estaria aqui se não o fizesse. _ desabafei e ele me olhou por um instante, segurou as minhas mãos sobre a mesa e mudou de atitude completamente.

_ Frankie, você está coberto de razão. Desculpe-me... _ ele começou a falar e eu assenti, então ele prosseguiu_ Foi muita irresponsabilidade minha agir daquela maneira na frente das crianças e foi minha culpa o nosso pequeno Miles ter saído do carro e se perdido

_ Não se culpe tanto Gerd, foi minha culpa também. _ falei já sorrindo pra ele. Era assim que funcionava, ele precisava de pouco pra me fazer sorrir e deixar meu coração derretido. E de menos ainda para me deixar de coração partido.

_ Não Frank, foi minha culpa, eu assumo isso. Primeiro eu ensinei pra ele uma coisa que não devia, e depois saí do carro daquele jeito. Se eu não tivesse feito essas burradas nosso garoto não teria saído e nada teria acontecido. Desculpe, pra começar eu acho que fiquei empolgado em ter um filho menino e poder ensinar coisas de homem pra ele, o que eu nunca pude fazer com a Ban. _ ele falou sorrindo e eu sorri igual completamento tocado por ele ter pensado no meu filho como filho dele também. Pronto, eu não conseguia parar de sorrir. Parece que ele sabia tudo de mim, parece que ele sabia cada palavra que me faria sorrir e amá-lo mais ainda. Nenhum de nós tinha limites... _ Me desculpe, mesmo eu ensinando aquela bobagem a ele, acredite. Foi com boa intenção.

_ Eu acredito Gerd. E claro que está perdoado amor... _ falei e ele sorriu lindamente. Segurei bem suas mãos entre as minhas e me inclinei para beijá-lo e sim. Ele deixou que eu fizesse aquilo, mesmo sendo em um lugar público. Que bom... Pensei isso e olhei em volta voltando a me sentar. Então notei que o lugar estava absolutamente vazio, senão por nós e nossos filhos. Era um lugar isolado e até a atendente tinha se retirado pra atender um telefonema na cozinha que ficava atrás do balcão. Por isso que ele me deixou beijá-lo certamente, porque não tinha ninguém pra nos ver. Mas é claro, deixei passar.

_ Obrigado pela paciência Frank. Eu passei dias planejando esse fim de semana, não quero que perca a vontade de comemorar seu aniversário com tudo que preparei só porque eu fui burro.

_ Não amor, não. Eu não perdi a vontade. Com você sendo tão lindo assim, se preocupando em fazer tanto por mim, por nós, eu não poderia ignorar. É claro que nós vamos em frente. _ falei sorrindo e só então soltamos nossas mãos e passei a comer a minha refeição com mais vontade.

_ Que bom que me perdoou Frank, eu fico feliz. Pode ter certeza que eu vou ter mais cuidado com as crianças.

_ Está tudo bem, não se fala mais nisso. _ eu disse e então passamos a comer e conversar animadamente. Quando acabamos eu perguntei_ Gerd, me diz mais sobre essa praia pra onde vamos. Eu nunca ouvi falar dela, mesmo morando em Jersey desde sempre como sabe.

_ Ah sim. É uma praia magnífica pelo que vi em minhas pesquisas. Eu também nunca fui, mas parece que o local é lindo, o hotel é luxuoso e perfeito pra nós, é bem afastado... _ disse ele ao que bebia seu refrigerante.

_ Aqui em Jersey tem ótimas praias isso é verdade, mas por que tem que ser essa que é tão longe?

_ Porque é mais reservada, não vai ter ninguém que conhecemos pra incomodar e também porque nenhum de nós conhece o local... _ ele disse dando de ombros.

_ Entendi. Tudo bem... Mas pelo que vi é bem longe mesmo, não é?

_ Sim, são várias horas de carro. Vamos chegar pela noite, eu já avisei o hotel.

_ Por mim tudo bem, mas eu fico preocupado com as crianças, sabe como os pequenos são. Nós estamos indo para um lugar cada vez mais afastado e você sabe como eles são. Querem ir ao banheiro, comer toda hora, essas coisas...

_ Eu sei. Então façamos assim. Vou comprar lanches pra eles aqui. O que quiserem, bastante coisa pra viagem e quanto ao banheiro, eu prometo que procuro parar em lugares decentes pra nós usarmos pelo menos umas duas vezes no caminho. Fique tranquilo, não vai ser no mato. _ ele falou e eu ri. Sim, eu consegui rir daquilo. Não sei o que ele tinha que conseguia me fazer mudar de humor tão rápido quanto ele.

_ Certo... _ falei e Miles que estava já de pé ao meu lado me chamou.

_ Papai...

_ Sim filho.

_ Vamos comigo ao banheiro, pra você me limpar. _ ele pediu e eu soube que estava apertado então logo me levantei pegando a mãozinha dele.

_ Claro filho, vamos lá. _ disse a Miles que assentiu e passei ao lado de Gerard_ Cuide das meninas Gerd, não demoro.

_ Pode deixar, eu fico de olho nelas.

Ele falou sorrindo e eu assenti sorrindo de volta.

Esse era o meu Gerd.

-S2-

Depois que levei Miles ao banheiro, as meninas uma por uma. Eu e Gerd também fomos, e logo após ele comprou vários lanches para nós. Fomos para o carro e seguimos com a viagem.

Ele estava muito melhor.

Estava normal.

Nem parecia aquele Gerard de antes, ele estava tranquilo e até fazia brincadeiras com as crianças e cantava enquanto dirigia.

Eu perguntei se ele se sentia melhor é claro. Se a dor de cabeça tinha passado e ele me assegurou que estava perfeitamente bem. E eu obviamente acreditei.

Horas depois. Anoiteceu, e as crianças depois de tanto conversarem, brincarem nos bancos de trás e até comerem, adormeceram de tão cansados.

Estava realmente tarde, era quase onze da noite e eu não parava de me perguntar e perguntar a ele, onde era que ele estava nos metendo. Porque nunca chegava, e quanto mais longe ele ia, mais estranhas e escuras as estradas ficavam. Eu reclamei sobre aquilo ser perigoso e ele pediu que eu não me preocupasse que ele dirigia bem e nada aconteceria, ele pediu também que eu descansasse um pouco e eu o fiz. Tirei um cochilo de uns vinte minutos que serviu pra me relaxar um pouco.

É claro que eu fiquei mais tranquilo, eu confiava nele e iria aonde ele quisesse.

-S2-

Foi então que enquanto eu dormia pacificamente ele me acordou com um beijo e eu sorri. Abri meus olhos e vi que ele tirava meu sinto e então eu me aproximei mais, ele me beijou nos lábios de novo.

_ Já chegamos Frankie, as estradas melhoraram quando nos aproximamos, mas você nem viu, estava dormindo tão lindo... _ ele disse sorrindo e acariciando meu rosto e eu quase derreti. Eu o amava muito e não conseguia parar de pensar naquilo, mais ainda.

_ Você é muito mais... E obrigado de novo por tudo que está fazendo. _ falei abraçando ele.

_ De nada Frankie, você merece. _ ele falou e nós nos olhamos de novo, então ele me despertou para uma coisa que eu não notara até então, de tanto que eu olhava pra ele_ Dá uma olhava em volta. Já viu onde estamos? _ ele perguntou sorrindo e ainda abraçado nele eu olhei em volta e nossa... Aquilo era perfeito.

Era um cenário de sonhos.

Na verdade em nunca sonhei com algo com aquilo.

Percebi que estávamos em um estacionamento a céu aberto com uma boa quantidade de carros. Estava bem escuro pela noite, mas o local era muito bem iluminado e eu pude ver bem.

De um lado um hotel enorme e lindo, do outro um mar imenso e azul bem abaixo de nós, parecia que o hotel ficava numa parte alta do local e o mar estava bem ali, ao alcance de nossas vistas, mas na minha frente a melhor parte, meu Gerard.

Sorri e abracei-o de novo. Beijei-o várias vezes completamente alegre.

_ Gerd, que lugar maravilhoso! Você pensou nisso tudo pra mim, meu amor, obrigado. _ falei ainda o abraçando emocionado_ Te adoro, te amo...

_ Eu sei... _ disse ele me abraçando e fazendo carinho no meu cabelo_ Amanhã você vai conhecer melhor o lugar, o hotel. Quero que tenha tudo...

_ Você é tudo. _ falei olhando pra ele e ele sorriu. Era a verdade, só isso_ Eu adoro o que está fazendo por mim, mas a melhor parte sempre vai ser você. Você estar comigo em casa ou aqui, é o que eu preciso, o que me faz sentir bem e feliz. _ disse e beijei-o de novo.

_ Eu fico feliz e agradecido que gosta tanto de mim mesmo eu sendo assim...

_ Eu não gosto tanto de você, eu te amo e isso está acima de todas as coisas. Até dos meus erros e dos seus... _ falei com toda sinceridade e dessa vez só beijei o rosto dele em suas bochechas. Fiquei olhando-o sorrir e tirei os cabelos que caiam em sua testa.

_ O que foi?

_ Só estou olhando pra você... Se sente bem mesmo? Está feliz?

_ Claro que sim. Para as duas perguntas. _ ele falou ainda sorrindo e eu sorri.

_ Que bom... Mas está cansado, não é?

_ Sim, vamos entrar logo com as crianças. Precisamos colocá-los pra dormir.

_ Tem razão, vamos. _ falei

_ Amanhã eles vão adorar isso aqui, vão aproveitar muito.

_ Com certeza. _ eu disse_ Aposto que sim. _ concordei com ele e logo nós saímos do carro e abrimos as portas traseiras para acordar as crianças com calma.

As meninas logo o fizeram e eu ajudei-as a sair do carro ainda sonolentas, mas Miles meu bebê grande ainda ficou dormindo então eu peguei ele no meu colo, Gerard veio até mim e logo colocou Miles em seu colo. Ele disse que eu estava cansado e que ele adorava carregar nosso dorminho, eu sorri e segurei a mãozinha das meninas e fomos até o hotel juntos.

Entramos lá. Fomos bem recebidos por um pessoal muito gentil que trabalhava ali, e mesmo aquela hora da noite vieram nos receber com aperitivos(o que eu achei bem desnecessário porque era tarde demais pra comer aquilo) então preferi pegar só um pra não fazer desfeita, Gerard comeu vários e as crianças também, mesmo eu insistindo pra que não comessem muito já que logo eles iriam dormir e não era bom comer essas coisas antes de dormir. E falando em dormir, Miles acordou só com o cheiro daqueles lanches malucos e Gerard deu um monte daquelas coisas na boquinha dele, eu insisti para que não, mas como Gerard era teimoso e Miles cheio de fome, eles fizeram o que queriam.

Foi só sermos servidos e irmos até a recepção fazer nosso check-in que Miles deu um pulo do colo dele e saiu correndo pelo local como se fosse a casa dele. As meninas foram atrás e eles ficaram brincando de correr por ali. Eu já fui atrás ao que Gerard morria de rir conforme que pegava nossos documentos para entregar a recepcionista.

_ Deixa eles Frankie, as crianças estão a vontade e estão só explorando o local.

_ Não, eu quero eles perto de mim. Não é certo os deixar correndo pra lá e pra cá, está tarde e nós não estamos em casa. _ falei firme e fui pegar um por um pra trazer pra perto de mim, onde deveriam ficar. Coloquei Miles no meu colo e ele não resmungou, porque sabia que eu não gostava de má-criação, ele só ficou quietinho ali, mesmo que não quisesse porque queria muito brincar_ Amanhã vocês brincam mais está bem meus filhos? _ perguntei e eles assentiram.

_ Você está exagerando Frank, se está com medo de perigos, fique tranquilo. Aqui estamos em segurança.

_ Está bem, mas eu prefiro que eles fiquem aqui perto da gente. Não conheço o lugar ainda e não gosto que eles façam bagunça dessa maneira. _ falei estranhando ele que horas mais cedo estava furioso pela suposta falta de modos das crianças.

_ Certo, certo... _ ele falou assinando o seu registro e a moça logo me indicou que eu fizesse o mesmo com o meu e o das crianças.

Assim que o fiz e entreguei a ela nossos cadastros preenchidos ela entregou um cartão para mim e outro para Gerard, eram nossas chaves.

_ Vocês Iero-Way são uma família linda. Sejam bem vindos. _ disse a moça depois de explicar-nos o funcionamento do hotel e eu sorri com o que ela disse, já ia agradecê-la ao que ele falou.

_ Nós não somos uma família. _ disse Gerard logo e foi como se eu levasse um choque porque ele falou aquilo com toda casualidade do mundo na frente dos nossos filhos que me olharam sem entender nada.

_ Então não vai ser mais o quarto duplo, um para as crianças e outro para o casal? Desculpe, pelo que o senhor falou nos emails eu entendi que Iero-Way era uma família só.

_ Não, não somos. Os quartos vão continuar os mesmos. Somos amigos, mas um quarto é para os Iero e outro para os Way, eu especifiquei isso no e-mail moça.

_ Então não... _ ela já ia perguntar e ele respondeu prontamente.

_ Claro que não. Somos só amigos. _ ele disse aquilo sorrindo como se eu fosse invisível e não se importou com nada a não ser ele.

_ Desculpe, não é dá minha conta especular. Eu só achei vocês muito unidos e juguei mal. Sinto muito.

_ Julgou mesmo, mas está desculpada. _ falou Gerard e a moça sorriu.

_ Espero não tê-los ofendido. _ disse ela olhando pra nós.

_ Não ofendeu. _ eu falei firme mesmo que por dentro estivesse a ponto de chorar ali mesmo.

_ Que bom, podem ir para os quartos. Os mensageiros já entregarão suas malas.

_ Muito obrigado. Com licença. _ falei e logo olhei para as meninas _ Vamos pequenas, precisamos descansar.

_ É tio, eu estou com sono! _ disse Ban.

_ Eu sei meu amor, também estou. Já vamos dormir, está bem?

_ Está bem tio! _ disse Ban e nós logo entramos todos juntos no elevador. Então eu notei que Miles estava dormindo de novo com o rostinho repousado no meu ombro. Sorri.

Momentos depois estávamos juntos no último andar e aquilo era mais bonito que todo aquele hotel luxuoso.

As meninas não paravam de olhar e se impressionar assim como eu, mas eu estava com aquilo que ele dissera há pouco, ainda me incomodando muito.

Não gostei daquilo.

Fui até a porta do qual seria meu quarto, já que naquele andar só tinha aqueles dois quartos que estavam unidos inclusive. Segundo a recepcionista, tinha somente uma porta que separava os dois quartos, ideal para famílias grandes, claro.

Abri a porta e coloquei as crianças pra dentro e logo que ia fechar na cara dele, ele falou:

_ Ei Frank, vai me deixar aqui?

_ Sim, seu quarto é esse ao lado se não notou.

_ Para com isso Frankie, os quartos são unidos. Você pode deixar a porta de ligação aberta e ver as crianças, aí você vem se deitar comigo. _ ele me propôs aquilo sorrindo e eu não acreditei.

_ Era isso que eu pretendia, mas você afirmou com tanta convicção que um quarto era dos Way e o outro dos Iero, que eu não quero te contradizer.

_ Isso eu falei só pra aquela gente não ficar olhando estranho pra gente.

_ E por que eles fariam isso?

 _ Por que nós dois...

_ Com licença Gerard, eu tenho que colocar as crianças pra dormir. Até amanhã. _ falei tentando fechar a porta e ele segurou_ Se não percebeu eu estou com meu filho dormindo no meu colo e ele é bastante pesado então, até amanhã.

_ Se não quer falar agora, está cansado, as crianças também, tudo bem. Mas por que minha filha está aí? _ ele perguntou e logo gritou para Ban que já estava jogada na cama com as meninas_ Vai me deixar sozinho filha?

_ Vou, quero dormir com meus amigos! _ ela falou e Gerard pareceu chocado.

_ Isso é tudo? _ perguntei tentando fechar a porta de novo ao que ele não respondeu, mas me impediu_ O que é?!

_ Eu quero conversar com você.

_ Está bem Gerard, está bem. Vou dar a mamadeira de Miles, colocar as crianças pra dormir, tomar um banho, e depois vou ao seu quarto para conversarmos. _ falei nervoso_ Pode esperar isso?

_ Claro. Tudo bem. _ ele falou mais calmo_ Posso entrar e ajudar a colocá-los pra dormir? Depois eu vou para o outro quarto tomar banho e te esperar...

_ Claro que pode, se é pra isso entre. _ falei permitindo que ele entrasse e só então fechei a porta.

Ele recebeu nossas malas que chegaram logo depois, abriu a porta de ligação e colocou as nossas em seu quarto pensando que eu não via e deixou as das crianças naquele. Enquanto isso eu troquei as roupinhas das crianças, coloquei pijamas neles e levei-os ao banheiro para urinar e fazer suas higienes. Menos Miles que estava dormindo mesmo, mas é claro que assim que Gerard veio com sua mamadeira e eu coloquei em sua boquinha, ele mamou tudo deitado na cama, ainda sem abrir os olhinhos.

Nós sorrimos ao vê-los deitados lado a lado.

As meninas estavam cheias, não quiseram comer mais nada, e logo adormeceram ao lado de Miles.

Retirei a mamadeira dele assim que terminou de beber tudo e beijei cada uma daquelas bochechas dos meus pequenos.

Gerard cobriu-os e logo veio até mim que tinha acabado de ir colocar água na mamadeira de meu filho da pia do banheiro.

Voltei até o quarto e ele falou:

_ Não quer ir tomar um banho comigo? _ ele perguntou e sim, eu queria, mas não o faria depois do que ele fez.

_ Nós já conversamos. Vamos tomar banho cada um em seu quarto e depois eu vou conversar com você.

_ É pelo que eu falei, eu sei, mas não foi por mal, foi pra nos poupar.

_ Nos poupar de que? _ perguntei e logo suspirei cansado_ Gerard, não é bom que fiquemos falando sobre isso aqui, estamos incomodando o sono das crianças. Façamos o que eu disse. Vamos tomar banho e você me espera no outro quarto.

_ Está bem Frankie, se é o que você quer..

_ Sim, é o que eu quero. _ falei e ele ficou mais sério ainda, deu meia volta e foi até o quarto ao lado fechando a porta que ligava os dois ambientes. Então eu fui para o meu banho com o coração partido.

Eu era muito idiota mesmo, não devia me importar com essas coisas. Nós estávamos num lugar lindo, mas eu não aguentava, eu me sentia horrível quando ele negava o que tínhamos para as pessoas.

Era como antes.

Como quando éramos dois garotos praticamente e ele sempre fazia o mesmo comigo, sempre fingia que éramos amigos e nada mais. E isso já me machucou muito.

Eu não contava que ia passar pela mesma coisa, da mesma foma agora. E de novo.

-S2-