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História Mas se você vier... - Frank


Escrita por: ElizabethJules

Notas do Autor


Oi trouxas! <3

Só pra avisar, vou publicar aos sábados também.
Vocês indicaram esse dia e por mim tudo bem, nessa semana mesmo teremos um capítulo no sábado.
Agora segundas, quartas, sextas e sábados são dias de fic!!!

Não deixei de notar como estamos crescendo.
Obrigada pelos favoritos, leituras e comentários.
Vocês arrasam.

Agora chega de papo.
Boa leitura! <3

Capítulo 113 - Frank


Fanfic / Fanfiction Mas se você vier... - Frank

-S2-

POV Frank

 

_Gerard, onde está o meu filho?

_ Eu não sei... _ ele falou e eu fiquei olhando em volta assim como Li o fazia. Levantei-me depressa.

_ Eu pedi pra não tirar os olhos deles, você sabe como Miles é... _ falei nervoso olhando por todo lado.

_ Calma, eu falei com Miles não tem nem dois minutos.

_ Dois minutos? Miles some em dois segundos, ele faz a maior bagunça num piscar de olhos, imagine o que ele pode fazer em dois minutos?!

_ Vamos achá-lo.

_ Acontece que ele não deveria ter saído de perto de você. _eu falei e suspirei ao olhar para o mar e ir correndo até lá olhando para ver se achava o pequeno e Gerard foi atrás de mim_ E se meu filho entrou no mar Gerard? Ele não sabe nadar tão bem ainda... E se ele se afogou? _ perguntei já chorando. Eu não aguentava aquilo...

_ Ele não se afogou, não entrou lá. Então vamos achá-lo. _ ele disse me abraçando. Eu assenti e nos separamos.

Foi naquele instante que uma mulher que estava sentada um tanto próxima a nós nos chamou:

_ Ei vocês dois! _ ela gritou e nós olhamos pra ela que estava ao lado de um homem e com uma menina pequena no colo, todos tomando sol_ Estão procurando um garotinho que estava brincando com suas crianças?

_ Sim, ele é meu filho também!_ falei logo correndo até a mulher_ Sabe pra onde ele foi?

_ Ele está vindo logo ali... Não é ele?

_ É sim... _ eu disse sorrindo ao olhar para o lado assim como ele fez e nós notamos que Miles vinha de mãos dadas com um homem que estava vendendo balões_ Obrigado. _ falei pra moça que sorriu pra nós e então fomos até Miles.

Ele muito risonho logo correu para o meu colo.

_ Vocês são os pais? _ perguntou o homem.

_ Sim, somos. _ falei prontamente enquanto Gerard somente ficou parado ao meu lado olhando tudo calado.

_ Eu estava andando e uma moça me elogiou, disse que o meu filho era muito bonito e só então eu percebi que ele estava bem atrás de mim por todo lado. _ ele falou rindo e eu sorri, ainda bem que meu filho estava bem. Já me senti mais calmo.

_ Obrigado senhor. Eu já estava preocupado. _ eu disse e olhei para Miles_ Meu filho, por que estava andando atrás do moço? Papai foi buscar umas coisas, mas nem por isso podia ficar andando por aí, saindo de perto de suas irmãs...

_ É que meu tio Gerard disse que ia comprar um balão pra mim. Aí eu fui atrás do moço porque achei que ele logo vinha também pra comprar meu balão. _ Miles disse aquilo e logo olhei sério para Gerard.

_ Vai comprar meu balão não é tio? _ perguntou o pequeno e Gerard fez carinho na cabecinha de Miles sorrindo fraco.

_ Claro que sim pequeno.

_Não precisa, eu dou um de presente pra ele. _ disse o vendedor e perguntou a Miles_ Qual você gostou mais?

_ Aquele azul e grande. _ disse Miles apontando e logo o homem apontou e ele o entregou o tal balão_ Obrigado.

_ Por nada. _ disse o moço sorrindo encantado para Miles.

_ Eu insisto em pagar. _Gerard falou.

_ Não precisa pagar por esse, foi um presente. _ disse o vendedor.

_ Então eu vou comprar mais três para as nossas meninas. _ele falou e o moço então pareceu aceitar_ Pode me dar um de cada cor. _ pediu e ele o entregou, um rosa, um lilás e um amarelo. Gerard pagou-o e ele agradeceu.

_ Obrigado senhor. _ disse o vendedor para Gerard.

_ Não precisa agradecer. _ falei_ Você teve a preocupação de trazer nosso menino de volta. Obrigado.

_ De nada. Eu já vou indo. _ disse ele_ Bom dia pra vocês.

_ Igualmente. _ falei e Miles acenou para o moço que sorriu e foi em outra direção.

Nós fomos até as meninas que estavam brincando na areia juntinhas e Gerard entregou a elas seus balões. As meninas agradeceram e então eu falei para Miles assim que o coloquei no chão:

_ Filho, não faz mais isso amor. Assim preocupa o seu pai...

_ Você chorou papai? _ perguntou ele com o rostinho angustiado e fazendo carinho no meu rosto.

_ Não se preocupa com isso filho, foi só um susto. Mas não faz mais o que fez. Mesmo que eu não estiver, não pode sair de perto do tio e das suas irmãs.

_ Está bem, desculpe pai.

_ Claro querido. _ falei e abracei ele.

_ Agora eu quero brincar pai...

_ Vamos passar mais um pouco de protetor solar primeiro, vem... _ disse segurando a mãozinha dele e fomos nos sentar nas cadeiras, coloquei meu filho em meu colo e Gerard se sentou ao meu lado_ Miles, suas costas estão muito vermelhas filho, não quer colocar a camisa um pouco?

_ Não pai, está quente. _ ele falou enquanto eu colocava o protetor solar nele e logo beijei sua cabecinha e ele foi correndo brincar com as meninas que ainda seguravam seus balões. 

Sorri ao ver eles e logo olhei para Gerard e ele estava um tanto quieto demais.

_ Por que essa cara? _ perguntei sem entender nada.

_ Frank, você disse na frente daquele homem que nós somos os pais de Miles. _ ele falou olhando sério pra mim_ Sabe o que isso dá a entender...

_ Como é que é? _ perguntei chocado com a capacidade dele em ser egoísta até naquela situação_ Gerard, você não está falando isso...

_ Sim, eu estou. Nós combinamos uma coisa e você não está conseguindo cumprir.

_ Eu estava nervoso, só isso.

_ Mas nem por isso deveria falar aquelas coisas na frente dos outros.

_ Eu não consigo acreditar na sua linha de raciocínio, Gerard isso me assusta. _ falei baixo para que ninguém mais ouvisse, só ele.

_ E por que?

_ Porque você se mostrou muito tranquilo das vezes que o meu filho sumiu, mas é só eu falar uma mínima coisa sobre nós ou te dar um pouco de carinho em público que você se irrita e se preocupa na hora.

_ Eu não estava tranquilo Frank, eu só estava mais calmo que você, porque diferente de você eu não fico chorando a toa.

_ Você não sabe como me sinto quando diz essas coisas...

_ O que é Frankie? Não vamos brigar por isso. O dia esta lindo e é seu aniversário.

_ Nós não vamos brigar claro, eu não vou fazer isso. É meu aniversário, o dia está lindo e por mais que você se comporte dessa forma, eu já vi que não adianta discutir nem nada. Você acha que está certo então o que eu posso dizer...

_ Frankie qual é, olha pra mim... _ ele pediu e eu o fiz.

_ Será que eu posso fazer ao menos isso? Posso olhar pra você senhor Way?

_ Para de besteira, claro que pode.

_ É porque tudo que eu faço você pensa que as pessoas vão notar.

_ Eu tenho a sensação de que todos sabem, não importa o quão longe estejamos eu sempre acho que todos estão me olhando e pensando que eu sou... você sabe o que. E isso só piora quando você está perto de mim...

_ Não, nem todos estão olhando. Aquelas pessoas certamente acharam que estávamos juntos e ninguém nos tratou mal até agora. Está tudo bem.

_ Mas eu me sinto desconfortável, não tem jeito.

_ E precisa agir assim comigo por isso?

_ Foi mal Frankie... _ ele disse e eu desviei o olhar dele_ Ei Frank, não fica bravo comigo, quero ver você feliz, hoje e sempre...

_ Não estou bravo Gerd, só fiquei desconfortável com essas suas atitudes.

_ Vou melhorar, vai ver. _ ele falou e eu sorri fraco acreditando nele_ Vamos lá, sorria mais, me dê a sua mão. _ Gerard pediu e eu o fiz no mesmo instante, como se ele segurar a minha mão fosse a coisa mais incrível e esperada do mundo. E ali era.

Fiquei segurando a mão dele e sorrindo sem parar, achando aquele pequeno gesto um máximo, até que ele afastou as nossas mãos porque alguém passou e nos olhou. Eu sabia que era por isso, mesmo ele disfarçando eu sabia. Preferi não dizer nada para não discutirmos de novo.

_ Vamos ir para o hotel almoçar Frank? Já está quase na hora, não é?

_ Vamos, tem razão. Nossa mesa já deve estar quase pronta. _ falei e nos levantamos.

Gerard pegou as coisas mais pesadas como as cadeiras que ele comprou e a nossa mochila. Eu chamei as meninas e coloquei Miles no colo, porque só assim ele ficaria quietinho para seguirmos o caminho pela trilha de volta até o hotel.

Eu estava bem e animado apesar de tudo.

Dos acontecidos, das discussões, do jeito estranho de Gerard.

Eu estava conseguindo aproveitar aquilo e ainda mais quando chegamos em frente a piscina do hotel e vimos a nossa mesa pronta.

As crianças adoraram assim como nós, era um verdadeiro banquete.

Fomos ao banheiro antes de mais nada e eu ajudei as crianças a lavarem as mãozinhas para a nossa refeição. Olhei em volta e Gerard não estava mais ali, voltei com as crianças para a nossa grande mesa perto da piscina e nos sentamos.

Gerard apareceu minutos depois, se sentou ao meu lado e me beijou. Eu sorri porque foi um beijo terno que trocamos, algo simples, mas sincero e enfim. Era um beijo.

Nós passamos a comer assim que servi as crianças.

Olhei em volta e não tinha ninguém além de nós ali.

_ Gerd?

_ Sim Frankie...

_ Aqui está tão vazio não é mesmo? Por que será? _ perguntei confuso.

_ As pessoas devem estar na praia, ou no restaurante onde a maioria almoça.

_ Sim claro. _ falei dando de ombros.

_ Mas esse almoço está muito especial, não é mesmo? _ ele perguntou sorrindo e eu assenti_ Nós todos aqui reunidos em família.

_ Não sabe o quanto eu fico feliz. _ falei sorrindo.

_ Que bom porque eu também fico. _ ele disse_ A comida está boa crianças?

_ Muito! _ disse Miles.

_ Está boa mesmo. _ disse Li.

_ É, só não está tão boa quanto a do tio Frankie. _ disse Ban.

_ É verdade. _ disse Cher e eu sorri.

_ Verdade mesmo Cher, por mais que essa comida seja boa, a de Frankie é muito melhor, nem se compara. _ Gerard falou aquilo e eu segurei a mão dele. Eu não conseguia parar de sorrir.

_ Vocês são maravilhosos. _ falei.

_ Você que é. _ ele falou e beijou meu rosto de forma muito carinhosa.

Era em momentos como aquele, que eu via eles ao meu lado, comendo tranquilos em meio a sorrisos que eu sabia, eu tinha certeza que mais cedo ou mais tarde tudo se acertaria.

Tudo, e nós ficaríamos bem.

Melhor ainda, um dia eu sabia que ficaríamos bem de verdade, e em todos os sentidos.

_ Ei Frankie... _ Gerd me chamou.

_ Sim... _ falei despertando e logo sorrindo pra ele.

_ Ainda não comeu quase nada...

_ Tem razão, vou comer. _ falei passando a comer minha comida.

_ No que está pensando aí?

_ Em você, em todos nós... Sabe, nessas horas eu sei, eu sinto que vamos resolver tudo com o tempo. E vamos ser muito felizes.  Mais ainda. Todos nós.

_ Quer saber de uma coisa? Eu também sinto isso. _ ele disse sorrindo pra mim_ Vamos ficar bem, eu sei. _ ele falou e nós olhamos para Miles que pegava cada vez mais macarrão de uma das tigelas e ele já estava com a boquinha bastante cheia.

Nós rimos com a cena e assim que terminamos a refeição eu ajudei meu filho a limpar a boca, as meninas, fui com eles até o banheiro enquanto isso Gerard ficou sentado na beira da piscina em uma das espreguiçadeiras; depois pedi que todos os pequenos ficassem sentados para descansar o almoço. Eles se sentaram na beira da piscina e ficaram ali brincando com os brinquedos que me faziam carregar por toda parte.

Eles eram tão lindos...

Sentei-me ao lado de Gerard e ele estava muito lindo de óculos escuros.

_ Quer me dizer alguma coisa? _ ele perguntou sorrindo de canto e eu não resisti em beijá-lo. Aproveitei pra me esticar sobre ele e atacar aqueles lábios enquanto ninguém estranho estava ali para olhar.

E ainda bem, porque ele me abraçou e se deixou ser beijado diversas vezes.

_ Você é lindo, e eu tenho muita sorte de ter você. _ falei já voltando a me sentar em minha espreguiçadeira, mas ainda segurava a mão dele.

_ Tem mesmo. _ ele falou rindo e eu ergui uma sobrancelha pra ele_ Brincadeira, você que é lindo e a sorte aqui é toda minha.

_ É mesmo. _ falei brincando.

_ É... _ ele falou assentindo sério como se falasse algo muito importante_ Sério Frank, você não deu muita sorte não, comigo só arrumou dor de cabeça._ ele completou e nós rimos.

_ Tudo bem, tudo bem... As vezes você me dá um pouquinho de dor de cabeça, outras vezes me desespera, mas aí você vem todo bonzinho, pede desculpas e passa.

_ Bom saber, vou ser bonzinho mais vezes. _ ele disse e eu ri. Nem parecia aquele Gerard que gritava e surtava por nada, no restante do tempo ele era como um anjinho.

_ Mas agora é sério amor, tenta não dar mais aqueles surtos, pelo menos não na frente das crianças. _ falei e ele segurou minha mão de novo e assentiu.

_ Pode deixar Frankie, vou me comportar. Estou melhor está vendo?

_ Sim, estou. _ falei e dessa vez eu que assenti pensativo. Ele tomou os tais remédios e ficou melhor mesmo. Eu não queria que ele ficasse dependente daquelas coisas, eu sabia que ele poderia ser ele mesmo ainda que não tomasse aquilo. Mas ele não entendia, então eu não tinha muito a fazer, só apoiar ele e ficar de olho pra ele não exagerar.

_ Pai! _ Miles me chamou e eu olhei-o.

_ Sim filho...

_ Já posso entrar na água? _ perguntou ele sentado ao lado das meninas e não parecendo tão entretido quanto elas que brincavam de bonecas e ele com seu urso no colo sem saber o que fazer. Eu estava de olho nele e eu sabia que era sempre difícil pra ele ficar quietinho depois das refeições, só descansando.

_ Ainda não querido. Tem que descansar o almoço, está com a barriguinha cheia.

_ Papai... _ pediu ele.

_ Ainda não Miles, tem que esperar só mais um pouquinho, depois você entra.

_ Eu queria mergulhar... _ resmungou ele com o rostinho irritado.

_ Depois você vai ter muito tempo pra fazer isso filho, só não fique resmungando porque sabe que o papai não gosta disso. É de mau gosto.

_ Está bem pai. _ ele disse assentindo e eu sorri, descansei minha cabeça onde estava antes.

_ Você leva muito jeito pra coisa Frankie. _ disse Gerd e eu olhei pra ele.

_ Pra que?

_ Pra ser pai, até pra dar bronca você consegue ter calma e fazer tudo da melhor forma. _ ele disse eu sorri_ O que já ficou claro que eu não consigo fazer.

_ Você é ótimo amor, e nós dois ainda teremos muito tempo pra exercitar a nossa paternidade. Eu também não sei um monte de coisa, isso não quer dizer que não posso aprender. Eu vou, e você também.

_ Com você ao meu lado eu sinto que vou conseguir tudo. _ ele disse sincero e eu não resistir em sorrir de novo.

_ Adorei ouvir isso. _ falei e ele sorriu pra mim_ Porque eu sinto o mesmo... _ então estávamos ali, nos olhando prontos para nos beijar de novo quando o meu celular vibrou no meu bolso_ Deixa eu ver, pode ser minha mãe com notícias do meu pai... _ falei pegando o celular e não, não era. Era mensagem de um número desconhecido.

_ O que foi Frankie? Não é a sua mãe?

_ Não, acho que não. São mensagens, mas não é o número dela. Vou abrir pra ver. _ falei e assim o fiz. Não tinha nada escrito, eram só imagens e mais imagens, matérias de blogs e revistas de fofocas. E pra piorar era o Gerard, ele e uma garota bem juntinhos em todas as fotos_ Gerd... _ chamei e ele me olhou_ Quem é essa garota?

Ele logo olhou as fotos e sorriu, desfez aquele ar apreensivo e disse:

_ Frankie, essa é a Alex, uma fã nossa e amiga minha que vive em New York.

_ E por que estão juntos em várias fotos, e assim tão colados? Ela até beijou sua bochecha...

_ Frankie, não, sério que está com ciúmes disso? _ ele me perguntou rindo.

_ Sim, e eu imaginei que fosse uma fã, mas não gostei nada de tanto carinho e risadinhas.

_ É a Alex, Frankie, ela é maluca, mas de um jeito bom. _ ele falou ainda sorrindo_ Ela é muito nossa fã, tem um verso de Welcome to the black parede tatuado no braço.

_ É mesmo? _ perguntei já sorrindo.

_ É sério, só pra você saber ela torce muito por nós dois.

_ Contou pra alguém sobre nós dois?

_ Sim, eu contei. E ela estava me ajudando a achar o seu presente.

Pode até ver que em uma das fotos eu estou segurando as sacolas e as sua case.

_ É, tem razão... Quero conhecer a Alex um dia, se ela nos apoia assim como diz...

_ O que?! Ela apoia muito, eu dei meu número pra ela e quando me ligar você troca umas palavrinhas com ela, ou melhor, se o apartamento em New York for isso tudo mesmo que estão falando, eu levo vocês lá um dia, aí aproveita e conhece a Alex.

_ Sério Gerd? Vamos poder ir ao seu apartamento em New York?

_ Claro, pra um fim de semana talvez, o que acha?

_ Eu acho ótimo. E vou adorar conhecer sua nova amiga Alex.

_ Que bom Frankie. Mas me diz, você estava com ciúmes de mim? Mesmo?

_ Mas é claro. Eu também sinto ciúmes do senhor.

_ Pensei que não sentisse.

_ Você sabe que eu sempre senti. E por mais que você seja conhecido e tudo mais, eu não me acostumo com essa exposição toda, essas pessoas falando sobre você o tempo todo. Estava escrito em uma das fotos, “Gerard Way e sua nova namorada”...

_ Do jeito que colocaram realmente, só faltou uma música de fundo para um videozinho romântico. _ ele falou e nós rimos_  São uns idiotas, que perda de tempo fazer e ler essas mentiras...

Guardei meu celular no bolso de novo.

_ E como eu não leio essas revistas e nem acompanho essas fofocas pela internet eu não saberia se não tivesse recebido... _ falei casualmente e só então eu percebi, ele me olhou pensando no mesmo que eu certamente e nós ficamos sérios_ Eu recebi essas fotos por uma mensagem anônima. Por que alguém faria isso?

_ Eu não sei... _ ele disse confuso e eu também estava, eu não sabia, mas aí eu pensei sobre o fato e...

_ Eu acho que fizeram de propósito. Foi alguém que me conhece o suficiente pra saber que eu não leio essas coisas, por isso mandou pra mim por mensagem.

_ Tem razão Frank, acho que queriam provocar.

_ Com certeza, queriam criar uma situação ruim entre a gente.

_ Mas se deram muito mal. _ ele falou e me beijou, eu sorri pensando o mesmo. Até que momentos depois ele falou outra coisa que me deixou intrigado_ Sabe Frank, estou pensando aqui, essas “notícias” deveriam ter saído há dias atrás. Eu estive em New York e saí pra comprar o seu presente com a Alex, dias atrás. E ninguém faz isso, não deixam pra publicar dias depois, hoje em dia é tudo em tempo real. Que estranho...

_ Foi tudo de propósito Gerd, deixaram isso guardado pra hoje. O meu aniversário.

_ Que estupidez. _ ele falou.

_ É mesmo. Alguém sabe que estamos juntos, sabe o meu número e está de olho em nós dois querendo causar intrigas.

Logo ele me olhou pra perguntar:

_ Acha que pode ter sido a Lindsey?

_ Eu não sei, mas se for ela está perdendo tempo porque mesmo ficando com ciúmes eu não brigaria com você por tão pouco, e nem pretendo brigar por outros motivos desse nível. Também não pretendo te deixar agora que estou finalmente ao seu lado. _ falei e ele sorriu pra mim.

_ E nem eu a você. Façamos o seguinte. Deixemos esse assunto cair no esquecimento. Esse e todos os ruins também.

_ Concordo. Um dia de cada vez.

_ Um dia de cada vez. _ ele falou e nós ficamos ali tomando sol por longos minutos. Até que Cherry veio correndo e chorando para o meu colo.

_ O que foi minha filha?

_ Papai... Machuquei meu joelho. Está doendo muito... _ ela disse chorando muito e eu logo me levantei com ela em meu colo me abraçando apertado.

_ Calma filha, papai vai fazer um curativo aí e vai ficar tudo bem. Só não brinca de correr mais querida, você escorrega, sabe disso.

_ Está bem papai... _ ela disse assentindo e chorando sofregamente no meu ombro. Olhei o joelhinho dela e estava somente ralado, mas precisava de uns cuidados.

_ Gerd, eu vou lá no quarto fazer o curativo dela, tenho tudo que preciso na minha mala.

_ Não acha melhor eu ir?

_ Obrigado amor, mas você sabe, a Cher quando chora só quer ficar no meu colo.

_ Sei... Então vai lá que eu cuido de tudo.

_ Por favor Gerd, não tira os olhos das crianças, especialmente do Miles. Estou confiando em você.

_ Pode deixar Frank, estou de olho neles. Não vou nem piscar. _ ele falou e eu sorri assentindo.

_ Certo, então eu vou lá. _ falei e dei uns passos, mas logo voltei a minha atenção pra ele pra dizer_ E se as crianças quiserem entrar na piscina pode deixar, já passou um tempo considerável desde que almoçamos.

_ Está bem. _ ele disse sorrindo confiante e eu logo vi que as crianças foram para a piscina e ele foi junto.

Me senti mais aliviado, porque eles quatro dentro de uma piscina seria mais fácil para que nada acontecesse. Afinal Gerard teria todos sob as suas vistas.

Logo subi de elevador até nosso andar e fui para o quarto com minha Cherry ainda chorando no meu colo.

Coloquei ela na cama com custo porque ela não queria desgrudar de mim, mas com calma a coloquei ali e fui até a minha mala pegar todo o necessário para o curativo da pequena.

Em seguida a levei ao banheiro para lavar a perninha e voltei com ela nos meus braços ainda chorando para o quarto. Sentei-a sobre as minhas pernas ao que eu me sentei na cama e passei a fazer seu curativo.

Quando conclui-o sequei as lágrimas dela e beijei sua testinha:

_ Pronto, esse beijinho é pra curar. Vai se sentir melhor rapidinho.

_ Eu já me sinto melhor. _ ela disse sorrindo um pouco e me abraçou. Eu sorri mais tranquilo.

_ Agora que você está mais calma, vamos voltar pra piscina?

_ Vamos! _ Cherry falou e segurou a minha mão já se colocando de pé e eu fiz o mesmo.

Saímos do quarto e então voltamos lado a lado para a piscina.

Quando chegamos lá eu soltei a mão de Cher e levei o maior susto.

Gerard estava andando de um lado para o outro enquanto as meninas estavam sentadas uma ao lado na outra na espreguiçadeira dele e Miles com uma toalha nas costas estava chorando quietinho sentado na espreguiçadeira que antes eu ocupava.

Fui correndo até meu filho e peguei-o em meu colo:

_ O que houve Miles? _ perguntei assustado_ Você se machucou meu filho?

_ Não... _ ele falou chorando ainda mais e me abraçou forte escondendo o rostinho no meu pescoço. Gerard olhava pra mim com uma cara séria como se esperasse uma baita bronca.

_ Então conta pro papai o que houve...

_ Foi ele... _ disse Miles apontando para Gerard_ Ele que brigou comigo...

_ Eu não fiz nada demais. _ Gerard disse se defendendo.

_ Mas por que isso? O que houve? _ perguntei sem entender nada porque de repente, sempre que ele fazia uma coisa desagradável o tempo fechava e fica um clima muito pesado e é claro as crianças sentiam, as crianças eram parte de tudo e as crianças iam no nosso embalo.

_ É que nós estávamos todos na piscina Frankie, aí o Miles começou a nadar para a parte mais funda, e como eu fiquei preocupado com medo de ele se afogar, e também não estava afim de ficar nadando atrás dele por toda parte, eu pedi gentilmente que ele viesse ficar comigo e com as meninas na parte rasa.

_ Não foi assim não! _ Miles falou se irritando e fazendo biquinho de choro e eu o abracei mais_ Ele brigou muito comigo, até gritou comigo pai...

_ Você fez isso Gerard? _ eu perguntei sem ação porque eu não sabia mais no que acreditar.

_ Claro que não. Foi assim: eu pedi pra ele vir até mim e como ele não obedeceu e me respondeu: meu pai deixa. Eu fui buscá-lo e o tirei da piscina.

_ A força e debaixo de gritos. _ disse Ban.

_ E que gritos... _ falou Li.

_ Não se metam! _ Gerard repreendeu-as e eu soube que Miles falava a verdade.

_ Não fale assim com as crianças Gerard. _ pedi e ele continuou sério.

E eu não sabia se continuava ali acalmando o meu pequeno ou se brigava com Gerard, mas aí pensei melhor e não, eu não discutiria com ele na frente das crianças. Mas aquilo não ficaria assim. Porque pelo jeito que Miles estava, eu já podia imaginar o tom que ele falou com o meu filho.

_ Vamos para o quarto todos nós, vamos tomar um banho, nos acalmar, descansar. Ainda é cedo e temos o dia pela frente. _ falei.

_ Está certo,vamos. _ falou Gerard e Ban logo pegou na mão dele, as meninas vieram para o meu lado e todos nós saímos dali e fomos para o elevador, onde eu ainda sussurrava para que Miles se acalmasse e por sorte ele o fez e logo parou de chorar e se aquietou no meu ombro.

Assim que chegamos no quarto eu pedi que as meninas esperassem um pouco enquanto eu dava banho em Miles.

Gerard foi tomar banho no quarto ao lado e eu não queria deixar ele sozinho, tinha medo do que ele poderia fazer, mas não tive escolha e era melhor eu me acostumar em deixá-lo sozinho porque ele ficaria ausente por dias, semanas e eu é claro cheio de preocupação, tudo por conta daqueles remédios.

Dei banho em Miles, logo em seguida ajudei as meninas a tomar banho, coloquei roupinhas limpas e confortáveis em todos eles e só depois que meu filho estava bem comendo uns biscoitos que tinha no quarto. Eu deixei eles assistindo desenho, fui tomar banho e em seguida fui para o quarto ao lado.

Encontrei Gerard sentado na cama e ele logo se levantou e parou a minha frente.

_ O que foi tudo isso Gerard? Quero que me explique com calma tudo que aconteceu.

_ Eu já te expliquei Frank, foi aquilo que eu disse. Miles exagerou.

_ Ele estava muito abalado, demorou pra parar de chorar, e não sei se percebeu, Miles é um menino que quase nunca chora. Ele não faz isso que fez hoje Gerard. Meu filho estava triste e... Você gritou com ele não é? Foi rude?

_ Eu não fui...

_ Ele disse isso.

_ Então ele mentiu.

_ Meu filho é levado, mas não é mentiroso Gerard, você é.

_ Eu te trago pra um hotel cinco estrelas, com todo luxo no seu aniversário e você me chama de mentiroso? _ ele perguntou com aquela cara de inocente e indignado que ele sabia fazer muito bem.

_ Você poderia ter me levado para o melhor hotel do mundo ou para o pior, sabe muito bem que eu não ligo pra isso. Tanto faz. A única coisa que eu queria era passar o meu aniversário com você e as crianças. Em paz...

_ Eu também queria, acha que gosto de discutir com você?

_ Deve ser isso porque a cada hora é uma coisa diferente que acontece, e eu juro, eu estou tentando não piorar as coisas. Estou tentando não brigar com você, mas está difícil.

_ Difícil não sei porque. A única coisa que você tem que fazer é relevar as pequenas coisas e seguir as minhas instruções.

_ Relevar? Seguir instruções? Você ficou louco? _perguntei na frente dele_ Como é que eu posso relevar você brigando comigo e até com as crianças por nada. Gerard eu pedi pra não fazer isso.

_ Foi mal...

_ E seguir instruções? Espera aí Gerard, eu não sou um brinquedo e isso aqui não é um jogo. Eu sou alguém que te ama e só aceitei esperar por você e permanecer nos seus termos porque vi que não tinha jeito, e não quero e não vou te deixar. Mas você precisa começar a pensar no que é importante pra você, e dar o devido valor. A sua família que está do seu lado. _ falei e ele me abraçou. Eu o abracei forte porque não conseguia mantê-lo afastado de mim, não mais. Eu sofri anos por aquilo e não aguentava mais ficar longe dele. Podia ser burrice naquelas condições, mas eu sempre preferiria colocar meu amor na frente de tudo, e acalmar as coisas.

_ Minha família?

_ Não se sente assim? Você mesmo disse...

_ Eu sei, sinto que somos uma família e eu adoro isso. Adoro que seja com você. _ ele falou ergueu meu rosto para beijar meus lábios.

Eu estava conversando uma coisa séria e de repente ele amansava, me beijava e eu agia feito idiota me deixando levar.

_ Te amo, não faz mais essas coisas... _ falei olhando nos olhos dele momentos depois.

_ Eu não farei. _ ele falou_ Acha que eu devo me desculpar com Miles?

_ Acho que sim, ele me pareceu muito tristinho, de certo não esperava aquilo de você.

_ Tem razão, vou falar com ele agora, vamos lá. _ ele disse e eu assenti.

Gerard parecia mais calmo. Eu também estava e lutando todas as vezes para não me estressar e nem me abater com as atitudes dele.

Fomos para o quarto ao lado e eu pedi para as crianças um momento, então deixei a televisão no mudo para que ele falasse com Miles.

_ Se abaixa e fala olhando nos olhos dele. _ eu disse baixo só para que Gerard ouvisse e ele que estava meio sem jeito assentiu.

Me sentei na beirada da cama ao lado de Miles e Gerard se ajoelhou na frente dele pra ficar a sua altura e começar a dizer:

_ Miles pode falar um pouco comigo? _ ele perguntou e Miles assentiu olhando para as próprias mãozinhas_ Miles, eu... Eu sinto muito se te tratei mal, eu não queria... Você me perdoa?

_ Não vai mais brigar comigo?

_ Se você se comportar bem eu não vou.

_ Eu só estava fazendo o que meu pai deixou. Não é pai?

_ É filho, mas você precisa respeitar o tio.

_ Sim Miles, eu... _ dizia Gerard ao que Miles o interrompeu.

_ Mas você não é meu pai. Então não pode falar nada dessas coisas pra mim. _ disse Miles ainda um tanto emburrado e aí eu percebi porque ele e Gerard geralmente se davam tão bem, os dois se pareciam em muitos aspectos, especialmente porque ambos eram muito teimosos_ Eu pensei que seria meu pai também, mas você disse ontem que não somos família então não pode mandar na gente.

Miles disse aquilo tudo e Gerard pareceu até atordoado porque ele sempre achava que as crianças esqueciam tudo e estava tudo bem, mas não, longe disso e agora ele via. E doeu em mim ouvir meu filho falando daquela maneira. Era difícil...

_ Filho, independentemente de qualquer coisa, você sabe que tem que respeitar os mais velhos, ainda mais o seu tio Gerard. _ falei.

_ Eu sei papai, e eu ia, mas aí ele começou a gritar comigo e eu não gostei.

_ Miles me desculpe por tudo. _ Gerard finalmente falou_ Nós somos uma família do nosso jeito e me desculpe por ter negado isso antes, não queria magoar nenhum de vocês. E me desculpe por ter te tratado desse jeito que disse e ter feito você chorar.

_ Tudo bem tio... _ meu filho disse e o abraçou. Gerard sorriu aliviado e eu também. Miles era um bom menino, mas eu sempre tinha que ficar de olho nele, ele era levado e não levava desaforo pra casa, igual a mim certamente, mas com o tempo eu fui percebendo que certas brigas é melhor nem comprar. Só perda de tempo.

_ Vocês são muito importantes pra mim não quero ver ninguém chorando. _ Gerard disse e Miles sorriu pra ele_ Que tal nós irmos a sala de jogos aqui do hotel e brincarmos todos juntos lá?

_ Eba! Eu quero! _ disse Ban logo se colocando entre mim e Miles e eu abracei ela.

_ Vou comprar pra você uma sobremesa bem gostosa pra me redimir o que acha? _ perguntou Gerard.

_ Eu quero. _ disse Miles já se interessando mais pela ideia.

_ Também vou querer isso aí. _ disse Ban e Gerard sorriu.

_ Vai ter pra todo mundo. _ ele falou e logo se levantou com Miles no colo_ Vamos. Ainda quero fazer muitas coisas com vocês antes que escureça.

Eu sorri vendo eles juntos, não queria mais brigas nem confusão. Só ele agindo normalmente e sendo a mesma pessoa boa, comigo e com as crianças. Não aquele desconhecido que aparecia as vezes e cada vez mais frequentemente, mas não era hora de pensar naquilo e sim na boa vontade dele de se reconciliar conosco. E eu ainda tinha tempo de aproveitar meu aniversário.

_ Vamos! _ falei segurando o braço dele e depois que Li desligou de vez a televisão. Ela, Cherry e Ban nos seguiram para fora do quarto.

Era a hora de passar um tempo tranquilo juntos e salvar o dia, e eu me esforçaria para aquilo. Esperava que ele também.

-S2-


Notas Finais


Se o Gerard estava achando que ia ser moleza se enganou.

Eu sei que pode parecer ruim pra vocês esse Gerard todo maluco, mas até que eu acho engraçado.
Dá vontade de pegar a pipoca e ficar só observando ele se ferrar cada vez mais.
É engraçado porque ele estava crente que mesmo fazendo todas as bobagens ia ser tudo lindo, mas não, nada disso.
E sério, o G já se atrapalhava todo pra cuidar da Ban, agora não é mais só a Ban, são quatro. QUATRO!

Não vai ser fácil para o G. Em todos os sentidos ele vai ser o que mais se ferra, mas também o que mais aprende na fic.
E o Frank também, vai sofrer bastante, já notaram né.

:-( outra coisa: O Miles chorando eu sei que foi facada.
O G agiu feito louco com ele, já viram que o Miles não chora, mas ele meio que se desesperou com o G
Essa proximidade que a Ban desenvolve com o Frank é a mesma que o Miles desenvolve com o G.
Mas nem por isso o Miles vai aceitar ser tratado mal, pelo contrário, já viram que ele é desses que bate de frente. #adoro
Vocês não tem ideia do que essas crianças ainda vão causar pra cima do G.
Se preparem.

<3 Links da fic:

<3 Link com a trilha sonora da fic: https://open.spotify.com/user/msvvfiction/playlist/6B1qnfvEZEN8zPLRJVPrX0

<3 Link com o trailer da fic: https://boyslikeboysohyeah.tumblr.com/post/148658330591/msvvtrailer

Obrigada por tudo meus amores.
Contem-me as opiniões!
Até sexta no próximo capítulo.
Beijos <3


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