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História Mas se você vier... - Frank


Escrita por: ElizabethJules

Notas do Autor


Oi trouxas! <3

Cada vez isso aqui fica mais tenso. #Sorry

Mas espero que gostem do cap.
Boa leitura! <3

Capítulo 194 - Frank


Fanfic / Fanfiction Mas se você vier... - Frank

-S2-

Pov Frank

 

Eu estava desesperado, completamente sem rumo.

Em poucos dias eu fui de um extremo a outro; esperança, desesperança, amor, desconfiança, vontade, cansaço…

Passei o restante de todo aquele dia na cama, chorando quase o tempo todo. Nem eu sabia ao certo porque, meu coração estava doendo e era tanta coisa acontecendo…

Eu só queria dormir, e acordar no outro dia só pra descobrir que tudo foi apenas um pesadelo, que eu tinha as minhas pernas funcionando de novo, que meu Gerard me amava mesmo e que não existia mais ninguém entre nós, que tudo estava bem, mas não… Eu parecia preso em um sonho horrível, parecia que minha vida só ia de mal a pior; não tinha jeito, aquela era a minha realidade.

E como fiquei na cama o tempo todo, mal comi, só o fiz as vezes que Gerd veio com toda paciência que eu nem sabia que tinha, e se sentava ao meu lado para conversar comigo por um longo tempo tentando me convencer a comer e beber o que ele trazia. E lá estava ele de novo, cuidando de mim e das crianças…

Lá se ia por água abaixo meu plano de me manter no controle, me manter bem para as coisas melhorarem, mas meus nervos estavam à flor da pele e desde que meu pai faleceu, só piorou tudo.

Eu desconfiava de Gerard, de todos… Era tão cansativo, mas por sorte no dia seguinte, assim que amanheceu ele me levou para a minha primeira consulta com o psicólogo do hospital.

Eu estava com meu rosto horrível por ter chorado tanto e evitei até mesmo de ver os pequenos, não queria que me vissem daquela forma e viessem com perguntas; então Gerard cuidou deles, levou-os para a escola e depois cuidou de mim para me levar ao hospital.

Ele parecia cansado, exausto, mas não reclamava. Ele só fazia tudo que eu pedia, até nas pequenas coisas, ele não me negava nada e eu me via imerso em dúvidas mais uma vez.

Ele me amava ou não?

Olhei-o dirigindo o carro.

_ Frank…

_ O que?_ perguntei sentado no banco ao lado do dele.

_ Você poderia ter vindo com seu carro, eu viria com você pra te acompanhar, mas não acha que seria bom pra você dirigir um pouco?

_ Talvez, eu gostaria de tentar andar com meu carro por esses dias, talvez para ir a primeira aula de natação amanhã.

_ É uma boa ideia.

_ É sim..._ eu disse e olhei-o pensativo _ Como foi ontem? Como disse a todos que eu… Queria ficar sozinho?

_ Eu conversei normalmente com eles, e todos entenderam, não se preocupe._ ele disse sorrindo, mas estava com os olhos tristes. Eu odiava aquilo.

_ E as crianças? Estranharam muito a minha atitude?

_ Um pouco, mas eu conversei com eles e sabe como os pequenos são, eles só querem que fique bem, então compreenderam._ ele falou e eu assenti olhando pela janela e prendendo o choro _ Frank, só quero que fique bem e feliz. Você pode contar comigo.

_ Sei disso._ falei _ Obrigado por compreender que as vezes as coisas fogem um pouco do meu controle.

_ Tudo vai melhorar, você vai começar seu tratamento, sua natação e vai ficar melhor.

_ Espero que sim._ falei apenas então fomos o restante do caminho em silêncio.

Quando chegamos ao hospital Gerd foi comigo até o andar do psicólogo e aguardou ao meu lado segurando a minha mão o tempo todo que esperei por ser chamado, e quando fui, ele me deu um beijo singelo e confortador ali mesmo na frente das pessoas que estavam na sala de esperava; eu fiquei pasmo ainda perplexo com as mudanças e ele indicou com os olhos que eu devia entrar na sala onde me chamavam; eu assenti agradecendo internamente por ele estar ali me dando força e segui para a sala do psicólogo que logo vi ser um senhor de meia idade aparentemente simpático.

Parei com minha cadeira em frente a mesa dele que olhou pra mim e disse calmamente:

_ Bom dia, senhor Iero. Eu sou Oliver, a partir de agora seu psicólogo. Podemos começar?_ ele perguntou e eu simplesmente caí no choro feito um doido _ Senhor Iero, o que foi?_ ele perguntou parecendo preocupado.

_ Pode me chamar de Frank..._ falei escondendo meu rosto inutilmente em minhas mãos.

_ Tudo bem Frank, você quer que eu pegue um copo de água? Quer que eu chame alguém?

_ Não, não precisa, estou bem..._ falei secando meu rosto momentos depois e olhei pra ele.

_ Hoje é o primeiro dia apenas, então não se sinta pressionado a nada. Nós vamos conversando pouco a pouco.

_ Não chorei por estar aqui, é por outra coisa, não se preocupe.

_ Quer me contar um pouco de você?_ ele perguntou e eu não soube por onde começar, então momentos depois Oliver prosseguiu _ Quer me contar então quem é aquele que veio te trazer? É seu marido?

_ O nome dele é Gerard, ele é meu companheiro. Nós vivemos juntos e temos quatro filhos.

_ Quatro?_ ele perguntou sorrindo parecendo surpreso e eu sorri também.

_ Sim.

_ E como eles se chamam? Quantos anos tem?

_ O mais novo se chama Miles, ele tem apenas cinco anos, vai completar seis em breve. Tem as meninas Cher e Lily, as nossas gêmeas de sete, e Bandit, a mais velha de oito anos.

_ Então são todos pequenos ainda._ ele disse e eu assenti _ Você parece orgulhoso ao falar deles, quer me contar um pouco como são as crianças, a sua família.

_ Sim, quero._ falei sorrindo mais calmo ao pensar nos pequenos.

Era mais confortável mesmo falar sobre eles, então foi isso que eu fiz.

Passei uma hora e meia contando sobre a minha família, um pouco da minha história, mas quase não entrei em detalhes sobre os recentes acontecimentos, eu simplesmente excluí da história os fatos depois do acidente e acho que ele percebeu isso.

Nem contei ao certo porque cheguei lá chorando, mas ele como profissional devia ter notado que eu estava em meu pior momento. Como cheguei a essa conclusão? Pelo que ele disse antes de me liberar:

_ Frank, foi muito bom conversar com você hoje, na semana que vem espero te ver aqui mais uma vez.

_ Eu estarei aqui, também gostei muito da conversa de hoje._ falei.

_ Só mais uma coisa, sabe Frank, ainda temos um caminho a percorrer, mas quero que saiba desde já que todos, absolutamente todos tem direito de errar as vezes, de chorar, de se sentir frágeis, de receber um pouco de cuidado. Pense nisso.

_ Vou pensar._ falei assentindo ao sair da sala ao lado dele.

Nossa, realmente, tudo que ele dizia era relevante, mas de qualquer forma eu não consegui chegar ali simplesmente no primeiro dia e sair falando sobre tudo; eu faria aos poucos como ele falou, e me apavorava um pouco, pois revirar meu passado não seria nada fácil.

E que ironia da vida, antes eu pedia a Gerard que colaborasse com o médico dele, que fosse transparente nas consultas, agora eu me via em uma situação semelhante a que ele estava, e só agora enxergava o quanto era difícil.

-S2-

Gerard estava me esperando bem ali, eu pedi a ele que antes de irmos embora que fossemos ao meu médico, o doutor Louis; eu queria pedir a ele uma receita para um remédio de prisão de ventre, pois isto estava me preocupando de novo; Gerd então foi comigo até o andar do doutor que nos atendeu e me passou a receita dizendo que era normal no momento eu sentir tudo aquilo.

No carro de volta para casa Gerd me perguntou:

_ Foi tudo bem lá, amor?

_ Sim, Gerd._ falei e olhei para ele _ Ainda está tudo confuso pra mim, mas saiba que eu quero mesmo tentar recuperar a nossa relação. Eu quero muito._ eu disse e ele sorriu.

_ Eu também quero Frank, é tudo que eu quero.

_ Vou tentar te dar um pouco mais de espaço, não sei se vou conseguir, mas vou tentar manter as coisas mais leves entre nós.

_ Vamos ficar bem._ ele disse apenas sorrindo e continuou focado na direção _ Vamos passar na farmácia para comprar seu remédio antes de irmos para casa?

_ Por mim tudo bem, vamos lá._ falei e fiquei feliz pelo clima entre nós estar mais calmo, mas isso por pouco tempo.

Eu estava obstinado a me manter mais calmo, a realmente dar um espaço pra ele, mas não seria possível, não mesmo.

Assim que chegamos a farmácia, ele saiu do carro com a minha receita, preferi ficar no carro, então ele foi lá, mas em menos de cinco minutos voltou com as mãos vazias.

_ O que foi, Gerd? Não achou o remédio?

_ Não, vamos ter que ir a outra farmácia do bairro._ disse ele sério voltando a se sentar no carro_ Não queria ir lá.

_ Por quê? Algum problema?

_ Não é nada, é que… Eu gosto mais dessa farmácia aqui._ ele falou e eu assenti achando estranha a atitude dele, mas nada disse.

Assim que chegamos a tal farmácia, ele saiu do carro e eu abri a porta deste para sair também, quis ir lá com ele, sair um pouco do carro.

_ Frank, pode me esperar no carro amor, eu compro pra você.

_ Eu quero ir com você amor, estou bem._ falei sorrindo me sentindo mesmo um pouco melhor e ele apenas me ajudou a ir para cadeira, então fomos até a porta da farmácia.

Ele foi um pouco a frente, e assim que abriu e entrou pela porta transparente do local, deu meia volta e saiu.

_ Gerd, o que foi? Viu um fantasma?

_ Não Frank, é melhor voltarmos outra hora.

_ Pra que, meu amor?_ falei pegando a receita da mão dele _ Vamos comprar isso logo e voltar pra casa._ eu disse entrei ali seguindo para o balcão, Gerd veio logo atrás _ Bom dia moça, tem esse remédio aqui?_ perguntei.

_ Sim, senhor._ ela disse e quando ergueu os olhos e viu Gerard se aproximar, aquela garota sorriu como se tivesse visto um milhão de dólares, mas nada disse, apenas foi buscar o remédio na prateleira.

Eu olhei para Gerard que permanecia sério agora ao meu lado.

Aquela garota conhecia ele, eu sabia!

Ela abriu um sorriso enorme quando o viu.

Então eu fiquei esperando para ver se ela diria algo que eu pudesse julgar realmente comprometedor, e ela disse, há se disse.

Gerard se aproximou do caixa para pagar, a garota parecia a única funcionária na farmácia naquele momento.

_ Não vai falar comigo, senhor Way?_ ela perguntou ainda com aquele sorrisinho na cara enquanto passava o cartão dele na máquina. Eu parecia invisível ali.

_ Hoje não Mandy, depois nos falamos._ disse Gerard parecendo tenso e eu senti meu sangue ferver naquele momento. De onde ele conhecia aquela garota?!

_ Hoje sim, eu já esperei muito tempo por você, então hoje sim._ ela disse passando pela porta do balcão então parou na frente de Gerard para entregá-lo o remédio que ela colocara em um saquinho.

_ Obrigado, tenho que ir..._ ele disse ao segurar a sacola e ela o segurou pelo braço e logo tacou ele contra o balcão. Eu fiquei ali boquiaberto assistindo.

_ Você está com problemas senhor Way, vejamos, ficou de me ligar e não me ligou, ficou de vir me ver e não veio, e ainda me deve um beijo.

_ Cala-se Mandy, você está me comprometendo com essas bobagens, eu não te devo nada, garota. Já te paguei tudo.

_ De jeito nenhum._ ela disse sorrindo _ Não fica fazendo esse jogo… Só te perdoo por tudo porque achei muito fofo você vir aqui comprar remédio para o seu amigo. Isso é muito legal.

_ Você está completamente louca menina, saia da minha frente agora.

_ Me tira você._ ela disse se jogando pra cima dele e o pressionando ali impedindo que ele passasse.

_ Saia, Mandy. Para com essas ideias, eu não tenho nada com você, não devo nada a você e me respeite, eu sou gay e Frank, esse aqui é meu companheiro._ ele disse e ela riu muito.

_ Agora quer me dizer que um homem que agiu da maneira que agiu da última vez comigo é gay? Muito engraçado! Você deve estar tímido sem os seus remedinhos, mas eu posso te arrumar um monte, só que antes quero meu beijo, é claro._ ela disse e antes que ele dissesse algo a garota o segurou pelas golas da jaqueta e quase atacou os lábios dele, só não o fez porque ele virou o rosto depressa, se não tivesse o feito naquele segundo ela o beijaria bem ali na minha frente.

_ Gerard Arthur Way!_ gritei horrorizado _ O que é isso?!

Ele se afastou da garota depressa e passou a empurrar a minha cadeira para fora dali com a mesma rapidez.

_ Gerard! Volte aqui, não quis te assustar, só queria te dar um beijo. Vamos lá, você me deve isso!_ dizia a garota lá de dentro.

_ Quem você pensa que é?! Quem é você garota?!_ perguntei aos gritos ainda mais irritado por Gerard estar me tirando de lá, a garota veio até a porta da farmácia e parou ali.

_ O que isso te interessa hein?! Sai de perto dele! Você não acha que é namorado dele ou algo assim?_ ela perguntou e riu _ Porque se acha está louco! Esse cara nem gay é, isso eu te garanto!_ ela gritou e entrou na farmácia batendo a porta.

_ Sua...

_ Frank, pare com isso e entre no carro.

_ Eu vou lá perguntar a garota de onde vocês se conhecem. Que história é essa?!

_ Vamos conversar nós dois apenas. Vamos pra casa.

_ Não me toca!_ eu disse irritado com ele _ Eu vou pra casa sim, mas você vai me esclarecer isso tudo Gerard Arthur Way, senão eu volto aqui e faço isso eu mesmo!_ falei e entrei no carro.

Ele guardou a minha cadeira e foi se sentar também.

Dirigiu até a nossa casa que estava perto e quando parou em frente esta eu gritei:

_ Começa a me explicar, começa a me dizer o que foi aquilo!

_ Não grite, Frank. Deixe-me explicar.

_ Faz isso logo senão eu já disse, eu vou atrás da garota.

_ A Mandy não passa de uma louca, uma garota maluca que me vendeu uns remédios ilegais uma única vez. Só isso.

_ Ela parecia bem íntima sua.

_ Ela estava se atirando, mas eu nem liguei pra ela Frank. Nem da outra vez, e nem dessa. Meu Deus do céu, eu sou gay, não aguento mais usar esse argumento, mas é a verdade.

_ Como que um gay vai ficar dando confianças para garotas? Me explica isso!

_ Eu não dei confiança pra ninguém, Frank._ ele disse esmurrando o volante e eu continuei aos gritos.

_ Não pode me enganar Gerard, eu vi com meus próprios olhos como ela agiu, como ela te olhou e como você ficou todo estranho; tinha rabo preso por isso agiu daquela forma, nem queria entrar ali comigo, era por isso! Se não fosse nada como diz, não teria ficado nervoso daquele jeito! E você sabia o nome dela!

_ Frank, eu juro, juro que só vi a garota uma vez na vida. Não tenho culpa se ela tirou um monte de conclusões erradas sobre mim. Não tenho nada com ela, eu juro.

_ Mas você já ficou com ela alguma vez?

_ Não, Frank. Só vi ela uma vez, acabei de dizer. Ela me vendeu uns remédios, só isso.

_ Não dá pra acreditar, sério, não consigo acreditar em mais nada, nem na sua sexualidade eu acredito.

_ É indignante que você acredite em tudo menos em mim.

_ Você queria fatos não queria? Agora tenho fatos, eu vi, eu vi! Você mente pra mim.

_ Frank, a Laurinha estava comigo quando comprei os remédios, ela viu tudo e pode te confirmar.

_ Eu vou ligar pra ela, preciso saber melhor disso._ falei abrindo a porra do carro e ele veio logo para me ajudar, então fomos pra casa e eu fui direto para o telefone _ Eu te prometo Gerard, se descobrir algo, acabou tudo! Tudo!

_ Você disse que ia me dar mais espaço Frank, você disse!

_ Depois da cena que acabei de ver, tenho todo direito de voltar atrás!_ falei colocando o telefone ao meu ouvido _ Alô, Laurinha._ disse ao que ela atendeu.

_ Alô, Frank. Como você está, querido? Que saudade!

_ Também estou com saudades, mas… Estou mais ou menos.

_ Parece nervoso.

_ Eu estou._ falei e antes que ela perguntasse algo eu prossegui _ Laurinha, eu liguei pra te perguntar se lembra de algo.

_ Do que?

_ É que Gerard me disse que uma vez que foi comprar remédios você estava com ele.

_ Sim, me lembro bem. Ele foi comprar remédios antes de me levar a sua casa pela primeira vez, eu fiquei no carro o esperando.

_ Então não viu nada?

_ Sim, eu vi uma garota oferecida que seguiu ele pra fora da farmácia e vendou remédios._ ela disse naturalmente, eu sabia que Laurinha era sincera, ela sim era confiável.

_ E o que mais?

_ A garota… Bem… O senhor Way está aí?
_ Sim, ele está, mas pode dizer seja lá o que houve, não vou brigar com ele, só quero esclarecer as coisas._ menti _ O próprio Gerard pediu que você contasse tudo._ falei e Gerard ficou ali parado a minha frente me olhando sério.

_ Então se não há problemas eu conto._ ela falou _ Sabe, a menina estava muito oferecida, ela gostou do senhor Way.

_ E como ele agiu com ela?

_ Normal…

_ Normal como? Do jeito que ele age com você?

_ Não, ele deu um pouco de confiança para garota, só um pouco._ ela falou e eu senti vontade de enforcar Gerard todo cínico a minha frente _ A menina tinha um saquinho de remédios nos peitos e...Ele pegou, mas só fez isso.

_ Ele fez o que?!

_ Só isso Frank, depois ele voltou para o carro e fomos pra sua casa. Acho que ele só queria os remédios mesmo, nada demais.

_ Nada demais Laurinha, nada demais?!

_ Para de gritar com ela!_ falou Gerard e eu percebi que estava mesmo gritando.

Respirei fundo tentando me acalmar.

_ Deixei vocês com problemas?_ ela perguntou.

_ Claro que não Laurinha, nós já estávamos antes disso. Mas me diz, você sabe se Gerard já conhecia a garota? Se a viu outras vezes?

_ Não senhor, disso eu não posso falar porque não sei, mas acho que ele…

_ Não tente defendê-lo, nem tem como.

_ Não brigue com o senhor Way, ele te ama Frank...

Desliguei o telefone nessa hora de nervoso e olhei para Gerard.

_ Se pensou que com essa ligação ficaria bem, se enganou porque ela te comprometeu ainda mais.

_ Ela falou dos peitos, não falou?_ ele perguntou e eu assenti sério de braços cruzados _ Como não fui imaginar?

_ O que vai inventar agora pra me fazer de bobo? Vamos lá, quero ver até onde vai a sua criatividade, pelo que percebi parece ser sem limites.

_ Frank, não seja sarcástico. Você está me magoando.

_ E o que acabei de ver? Como acha que fiquei?

_ Eu errei, Frank. Admito. Errei muito, menti pra você, te escondi coisas, mas não fui infiel. Vi a garota apenas uma vez e não fiquei com ela e nem com mais ninguém.

_ Só isso?_ perguntei rindo _ Achei que contaria uma história melhor, vamos lá, sei que pode!

_ Para com isso Frank, eu falo sério!

_ Cale-se Gerard! Eu já estou cheio de você e das suas mentiras!_ gritei e Angie desceu as escadas vindo até nós nervosa.

_ Por Deus, o que aconteceu agora?

_ Aconteceu que seu chefe é um safado e sem vergonha Angie, é isso que aconteceu!

_ Frank!_ disse Gerard bravo.

_ Vocês se amam tanto, não briguem..._ ela disse e eu me aproximei de Gerard de novo ao que ele vinha até mim ambos ignorando o que Angie dizia.

_ Eu te disse que mais um deslize já seria motivo para terminar.

_ Isso não é motivo Frank, me desculpe pelo que viu, pelas coisas que aconteceram, me desculpa, mas acredita, eu não sou infiel, eu não sou!_ ele dizia desesperado.

_ Não quero mais ouvir nada, eu vou pensar bem no que vou fazer, se ainda vou aturar essa relação mesmo com as suas sem vergonhices.

_ Sem vergonhice nenhuma…

_ Hoje você vai dormir no sofá, quero ficar sozinho e pensar bastante.

_ Frank…

_ Ou você me dá um tempo pra pensar, ou terminamos tudo agora mesmo, está bom pra você?_ perguntei e ele esmurrou a parede e subiu as escadas furioso.

_ Como queira!

Esmurrei a minha cadeira com raiva.

_ Frank, vamos até a cozinha. Vou te dar um copo de água, tem que se acalmar._ falou Angie.

Eu assenti e fui com ela até o cômodo ao lado.

Angie logo me deu um copo e eu bebi a água com meus dedos trêmulos.

Eu teria que pensar bem mesmo naquela história, considerar tudo, até em ir lá falar com aquela garota eu estava pensando.

_ Obrigado, Angie..._ eu disse a entregando o copo vazio e ela passou a lavá-lo.

_ Não gosto de me meter, mas vocês estão brigando muito, Frank.

_ Tudo culpa dele, Gerard me dá motivos.

_ Frank..._ disse Angie logo se sentando em uma cadeira a minha frente _ Sabemos que o senhor Way sempre foi… Terrível, mas eu o conheço há muitos anos e apesar do mau jeito, ele é um rapaz decente.

_ Um rapaz decente… Chega a ter graça, Angie._ ri amargurado.

_ Nunca vi algo que comprometesse ele. O senhor Way até onde sei é fiel.

_ Disse bem Angie, até onde sabe.

_ Tudo bem Frank, eu não sei de tudo sobre ele, não sei por onde ele andava, logo existem possibilidades e entre elas já pensou na hipótese de que ele pode estar sendo sincero agora, de que ele te ama e é fiel?

_ Sim, já pensei nisso, mas… Não pode ser. Ele mentiu pra mim agora há pouco e quase foi beijado por uma doida na farmácia. Se até uma garota do bairro ele envolveu, imagine as pessoas que eu não conheço, imagine aquela gente toda do trabalho dele, e aqueles fãs que praticamente beijam o chão que ele pisa?

_ Não sei Frank, não sei, mas se quiser mesmo continuar nesse relacionamento, tem que esquecer o passado e seguir em frente. Essas brigas não fazem bem a vocês e nem as crianças._ ela falou e me abraçou _ Vocês merecem ser felizes Frank, e me dói muito dizer, mas…

_ Pode dizer.

_ Nunca achei que falaria isso, mas… Se não conseguem mais ser felizes juntos, que se separem, mas não fiquem se machucando tanto. Ninguém é dono de ninguém, vocês dois são homens crescidos e tem que pensar juntos em algo que seja bom para todos e se vale a pena mesmo continuarem juntos.

_ Vou pensar no que disse Angie, obrigado por me acalmar._ falei e ela sorriu _ Mas agora é melhor mesmo eu ficar um pouco longe de Gerard, senão eu mato ele ainda hoje.

Angie sorriu tristemente ao que ouvimos os cachorros latirem da garagem.

_ Vou lá cuidar deles, quem sabe assim me distraio um pouco e penso melhor.

_ Faça isso Frank, qualquer coisa estou aqui._ ela disse e eu sorri triste e fui até os cachorros que logo pularam em cima de mim animados.

Eles estavam enormes e lindos, passei um longo tempo com eles, só saí dali para almoçar e vi que Gerard já tinha até ido buscar as crianças.

Não falei com ele pelo restante do dia, e a noite, não dormimos juntos. Ele foi dormir com as crianças, ficou contando estórias e eles riram muito, nem pareciam sentir falta de mim. Então fui para meu quarto sozinho e depois de uma crise de choro daquelas, finalmente dormi.

Minha vida estava ficando inacreditável.

Até Angie estava achando melhor a ideia de uma separação do que aquilo que estávamos vivendo.

Eu queria continuar tentando, queria mesmo, mas minhas forças estavam quase se esgotando, quase.

-S2-


Notas Finais


O G tem que ser muito forte agora, pra suportar tudo e principalmente ajudar o Frank.
Nosso Frankito precisa de ajuda.
Ele está em uma briga interna muito grande, e do jeito que está, não dá pra ficar.

Me contem aí Team Frank, Team G, o que estão achando de tudo.

Não sei se essa semana vou publicar mais um cap, o próximo vai ser grande, então preciso de um tempinho para editá-lo. Qualquer coisa, semana que vem eu publico, não se preocupem.

Até o próximo então.
Beijoooos! <3


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