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História Mascarado, eu imploro que me mostre tua face! - Capítulo I


Escrita por: Tomo-chane

Capítulo 1 - Capítulo I


— O QUE?! Como assim Magali? Você acha que tenho cara de louca?!

— Eu ach, mas calma aí, e-eu fiquei com saudade do meu... Amigo.

— Ninguém beija o amigo de língua! Puxou sua orelha fortemente. —  Eu devia contar a mamãe o que anda fazendo nas esquinas!

— EU SINTO MUITO! Escapou das zangadas mãos de sua irmã e correu para o quarto trancando em seguida. 

— Eu não sinto! Eu vou mata-lo!

Mônica saiu de casa, pensando nas probabilidades de matar seu vizinho sem ninguém ouvir. Chegou nervosa batendo violentamente na porta.

— Você? Disse bocejando. — Sabe que horas são? 

— Como assim que horas são? Seu amigo desapareceu com minha irmã desde as três da tarde, eu estava louca procurando eles, custava ter me avisado?

— Se você fosse, só um pouquinho assim mais educada. Representou com seus dedos. — Eu avisaria.

— Eu estava morrendo de preocupação!

— E?

— Você é um troço! Se ele chegar perto de minha irmã eu juro que.

O vizinho a prende contra a parede com violência e a moça se desespera.

— Suas promessas aleatórias... você não se cansa de me atiçar? O vizinho a agarra avançando em seu pescoço.

— Não brinque comigo, seu sujo! Ele ri e se afasta, fazendo sua companheira enrubescer. – Eu ainda o matarei! Seu bastardo, IDIOTA! 

Depois de tropeços na rua, o vizinho ria intensamente de seus desastres, o vizinho era o Menezes, tinha 26 anos e era formado em direito, era o típico prodígio da família, fez a área de arbitragem internacional, para proteger os beneficiado da empresa de seus pais.

— Cascão, sabe que ela é muito nova para você, inclusive é até crime, se a irmã dela cismar em te denunciar, saí até matéria no jornal sobre você.

— Eu sei, irei preso, mas eu a amo tanto Menezes, parece que ela criou uma espécie de cola em mim.

— Você está ficando meio. Procurou as palavras certas. — Obcecado?

— Não, não mesmo! Eu a amo e me casarei com ela.

O seu amigo se encaminhou esperançoso até a porta da gigantesca casa.

— Ótimo, lide com o peso de suas consequências sozinho, não moverei um dedo para lhe ajudar. Zangado fechou a porta com toda força. — Não precisa quebrar minha porta.

E sua vizinha?

Uma jovem de 21 anos, cursava jornalismo e decidiu sair de casa depois que seu pai encontrou uma amante 20 anos mais jovem, levou sua irmã para outro local, a antiga casa de sua mãe e fez sua nova vida, sustentada por um emprego de meio período e um estágio como jornalista investigativa, coisa que alimentava sua obsessão.

— Magali, você vai se atrasar. Batia insistentemente na porta na esperança que ela acordasse.

— Espera. Disse com uma sonolenta e preguiçosa voz.

Magali abriu a porta e foi para a cozinha, enquanto comia seu café da manhã ligou a televisão noticiando mais um crime... O mesmo de sempre!

Letter of Hearts, quem é ele? Um mascarado assaltante de museus ou um...

Nervosa, pega o controle e desliga a televisão.

— Oh, eu estava assistindo.

— Assistindo o indeciso vilão, parecem duas pessoas, isso é doentio e também termine logo e vá pra escola.

— Tenha paciência! Suplicou sua irmã.

A mais velha ajeitou a mesa e lavou a louça, e sua irmã se preparava para a escola, depois de uma despedida foi embora.

Mônica seria a próxima a sair, trancou a porta da casa e saiu, encontrou seu vizinho fumando na frente da casa e espalhando o péssimo cheiro de cigarro.

— Ownt. Sorria infantilmente — Não gosta de fumacinha?

— Por que você não morre logo? Exala mais fumaça que chaminé. Tossiu desesperada.

— É? Eu não posso morrer, porque eu amo muito você, é uma ligação carnal que temos, que me impede de sair desse plano. Disse tentando parecer sério, mas rindo internamente.

— Babaca! Resolveu desviar o caminho, para evitar que ele a perseguisse.

— Não vá por aí. Assumiu uma voz mais firme e zangada. — Essa rua é deserta essa hora.

— Vou por onde eu quiser, seu estranho!

— Vou contar até três.

Não lhe deu ouvidos, por reconhecer ser blasfêmia, andou por mais vinte minutos e se arrependeu ter ido por aquele lugar, aquela rua que ia era perdida e longa, não tinha uma alma boa que morava por lá.

— Eu sei me cuidar viu Menezes. Indagava sozinha. 

Em uns passos a mais, notou que havia mais alguém por perto, seu sangue se agitou e ela pensou em gritar, mas para quem?

Seguiu seu caminho e foi surpreendida quando alguém puxou-lhe pela cintura.

— O que você está fazendo?! O mascarado sorri tapando-lhe sua boca antes que mais algum som saísse de seus lábios.

Ele vestia uma mascara e usava uma espada como arma.

— Monike, eu estava lhe procurando, eu vou te matar novamente, ainda não perdoei sua traição. Passava suas unhas afiadas na sua face enquanto Mônica se desesperava sem ter como reagir. — Eu terei que lhe matar, sinto muito  dama stick, mas você é tão controladora. Cravou unhas direcionadas a seu coração.

Uma carta vermelha de copas atinge o rosto do jogador misterioso rasgando-lhe parte de sua máscara.

— Heart! Você quer morrer também? Vocês dois são ambos traidores. Sorri maliciosamente, abre suas mãos e encara seu inimigo. — Eu sou o rei do juízo e estou sempre com as leis! Fecha suas mãos desaparecendo por completo.

Heart olha para a garota caída tossindo verazmente, colocou suas mãos entre as delas objetivando levanta-la, mas ela apenas afasta e olha para ele com certo ódio.

— Esse é seu agradecimento? Levantou o rosto da moça com o dedo indicador. — Você não pensa em me respeitar algum dia? Com um sorriso a beija. — Já que não dará de bom grado, roubarei para mim.

Levantou sua capa, e a garota puxou seus pés.

— Seu ladrão doente! 

— Você passa sua vida me perseguindo e eu sou doente? Uma inversão de valores, talvez?

— E você passa seu tempo roubando obras e forçando-me a te beijar! Você me lembra alguém, se eu não o visse todos os dias, pensaria ser você.

— Eu não sou ninguém que você conheça! E você... Bom, você não é minha amada, é só seu reflexo.

Cobriu seu rosto com a capa e desapareceu assim como o outro.

— Moça o que houve? Uma mulher apareceu nervosa entrou no beco após vê-la caída.

Mônica tenta se levantar se equilibrando na parede, abre seus olhos cansados e vê algo que o Letter deixou, uma carta ainda com o sangue do outro mascarado.

— Querida, eu vou chamar a ambulância, não se mova!

— Maldito. Caí deslizando na parede.



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