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História Shrapnel (Imagine - BTS and EXO) - Tree


Escrita por: MinBex

Notas do Autor


Oie pessoas bonitas tudo bem? Estão se cuidando? Espero que sim.
Desculpa a demora, eu estava jogando Duskwood e esqueci de fazer um capítulo novo, mas eu consegui terminar. (Aleluia)

⚠️Essa Fanfic não tem intenção nenhuma de incentivar a violência, drogas ou crime, tenham em mente que é apenas uma estória fictícia e não deve ser levada para a vida real.⚠️

Capítulo 4 - Tree


Fanfic / Fanfiction Shrapnel (Imagine - BTS and EXO) - Tree

05/04/2020

____, POV ON: 

Comecei a rir escandalosamente fazendo o D.O me acompanhar.

– Você é muito otária ____, sério! 

– Qual é a graça? – Nari pergunta confusa.

– Aiai, nós estávamos brincando com vocês, esse daqui é o meu namorado de verdade. – segurei no braço dele ainda rindo.

– Oh Sehun, muito prazer. – deu um sorriso fechado. 

– Uau... Oh Sehun? Herdeiro da família Oh? Nossa faculdade só aparece herdeiros né? Família Jeon, Do, Park, Min e claro a mais poderosa de todas, a herdeira do Império Kim, essa Universidade está com sorte! – falou exagerada em tom de deboche, o que me deixou intrigada. 

– É. – falei presenciando o silêncio. 

– Ainda bem que você tem namorado ____, porque pelo jeito que você estava olhando meu Jeon hoje, eu achei que... sei lá. – Cerrei os punhos.  

– Seu Jeon? – Jungkook interrompeu.

– Tenho certeza que minha namorada não estava encarando o seu com segundas intenções, ela às vezes olha demais mesmo. – Sehun se pronunciou em minha defesa.  

– Ainda bem porque o Jeon jamais ia querer uma garota como ela. – sorriu falsa.

– É o quê? – Praticamente gritei.

– Você não é minha namorada, e não tem o direito de falar assim, está apenas com inveja. – Jeon dispara e todos ficam tensos.

– Por que você tá falando assim comigo Kook? 

– Nossa, vocês estão sentindo esse cheiro? – perguntei olhando ao redor. 

– Cheiro? – ela questiona e os outros me olham confusos. 

– Cheiro de Ilusão! – devolvi com um olhar de vitória. Os meninos assistem se divertindo.

– Você está pensan...

– O que devo a honra de ter a Senhorita Kim pelas redondezas da Seoul? – O Sr. Chung-ho apareceu de repente nos assustando. 

–  Sr. Chung-ho quanto tempo. – me curvei em respeito, junto aos demais. 

– Você sumiu das reuniões da empresa, o que houve? 

– Andei viajando senhor, e ainda comecei a fazer faculdade. – respondi e ele me olhou surpreso.

– Está estudando na minha Universidade? – perguntou sorrindo e eu afirmei. –  É uma honra para nossa instituição ter você, seus pais sempre foram exemplo de conquista e esforço por aqui, todos alunos e professores antigos ainda os admiram. 

Forcei um sorriso meigo, na verdade eu me sinto estranha quando as pessoas falam dos meus pais com tanta confiança em que eles eram 100% honestos, de certa forma eles batalharam muito pra conquistar tudo que temos, isso eu não posso negar, mas o poder subiu a cabeça e eles procuraram outros meios pra ter tudo nas mãos, claro que nunca roubaram os pobres ou fizeram mal para algum inocente, o intuito máfia sempre foi dominar nossos inimigos e fazer negócios com os grandes, porém mesmo assim ainda é errado, ainda somos bandidos e não nos faz menos culpados de nossos erros. 

– Claro que sim, nunca vai existir alguém nesse mundo mais honesto que seus pais ____. – Nari comenta me olhando, arqueei a sobrancelha e olhei debochando. 

– É... eu preciso conversar com você Jeon. – O Sr. Chung-ho falou tentando amenizar o clima ruim.

Depois dele me bajular mais um pouco, se afastaram para a direção oposta, com a Nari seguindo Jeon como se fosse uma cachorrinha prendada. Quando sumiram de nossas vistas olhei para o lado e o Sehun foi pra cima do D.O, dando um tapa na cabeça dele: 

– Esse papo de namorado era o que? – cruzou os braços esperando uma explicação.

– Aish foi só para os homens não ficarem em cima dela. – respondeu fazendo bico e esfregando a mão na cabeça. 

– Amooor, vai ficar batendo no Soo ou vai me abraçar? Tava com saudade. – me aconcheguei nos braços dele que me segurou com força, dando vários beijinhos pelo meu rosto.

– Minha linda, eu passei pra te ver rapidinho, tenho uma reunião na empresa do meu pai, e eu também estava morrendo de saudade.

– Vai demorar?

– Um pouco, mas à noite eu volto cedo só pra ficar com você. – sorri ainda nos braços dele. – Eu te amo.

– Eu te amo também. – É tão bom quando ele tá por perto.

– Af chega né casal. 

– Cala boca Kyung Soo! – falamos em uníssono. 

[...]

 Já que o Chanyeol não apareceu pra nos buscar com o carro do Soo, voltamos de táxi e o Sehun para a empresa. Senti um alívio enorme por ele não me perguntar sobre o Jeon, não quero nem pensar nisso agora.

– Você não vai comigo no cemitério hoje? – falei para o Kai. 

– Não posso, hoje eu tenho que conversar com o líder do Bangtan. Eu mandei o Chanyeol encontrar outro cara lá no galpão, já RM e eu vamos participar por telefone mesmo. 

– Ninguém pode saber que o bom moço da família Kim, é líder de máfia né. – falei com deboche.

– Exatamente lindinha, mas leva essas flores que eu comprei. – me deu um beijo e saiu da sala me deixando decepcionada, já é a quinta vez que vou visitar nossos pais e ele arruma uma desculpa pra não ir.

____, Pov Off.

O galpão estava vazio no momento, exceto pelo Chanyeol que esperava pacientemente o membro da outra máfia e os guardas que terminavam de transportar as mercadorias para outro galpão.

Lá dentro o escritório era um local bonito até, as paredes pretas com alguns quadros, uma mesa de madeira pura cheia de papéis, um computador e o sofá vermelho no canto, com uma mesinha de bebidas que foram colocadas lá por um empregado para a reunião. Não era um ambiente legal para uma pessoa "normal", mas era agradável ao olhar.

Um toque na porta foi seguido por um "entre", o homem de cabelo marrom entra pela porta, sendo recebido por Chanyeol que o convida para se sentar de frente para ele, enquanto está na cadeira atrás da mesa.

– Yeol. – olhou e estendeu a mão.

– JH. – respondeu no mesmo tom, apertando a mão que estava entendida em sua direção.

O clima não era ruim, mas também não era bom, os dois sentados esperando a ligação de seus chefes, porém atentos à qualquer manifestação do inimigo, JH estava tenso sozinho em um território inimigo, claro que tinha um carro do lado de fora esperando qualquer sinal dele para atacar se preciso, mas tudo estava bem até o momento.

Yeol oferece uma bebida para ele que aceita, os dois bebem ainda em silêncio, não existe um sinal de confiança ainda, tudo poderia acontecer naquele momento, um erro, uma mentira, até mesmo uma traição, porque é assim que acontece nesse meio, sua vida é o mais importante, o resto não importa, os outros são inimigos e os aliados podem mudar de lado, por isso preste atenção, não existe confiança aqui, todos são perigosos.

[...]

A Reunião se iniciou tranquila, os assuntos e acordos iam de bom para melhor, até que chegou no assunto mais esperado, o Diretor Dong:

Ele é um filho da puta mesmo. – Kai fala frustrado.

Meu Hacker andou pesquisando pelos arquivos MI, encontramos diversas irregularidades cometidas por ele, o intuito era fazer ambas máfias acreditarem que precisavam proteger sua filha, porque outra máfia estava atrás dela. Tudo o que ele falou para vocês, falou para nós também, ele queria uma guerra, criar um distração para ambos, assim o caminho ficaria livre para o chefe dele agir pela Coréia e de sobra conseguiria uma vingança contra vocês, mas não sabemos que vingança é, apenas vocês devem saber o que fizeram para o chefe dele. – RM fala pelo telefone de JH.

Mas quem é o chefe dele? Só pode ser o Shin Han nós... – Kai pensou tentando achar um culpado.

Não, não foi o Shin Han, ele está morrendo de medo de vocês, na verdade o Chefe dele se chama Albert, americano, é bem pior que o Han.

– Não conhecemos nenhum Albert. – Chanyeol falou pensativo, enquanto segurava seu telefone com o Kai na linha.

Na verdade tem um sim, talvez uma vingança antiga. – Kai respondeu.

– Seja o que for, nós do Bangtan queremos unir forças para destruir o Albert, ele nos prejudicou recentemente e queremos dar um troco, porém precisamos de vocês tanto quanto precisam de nós. – Hoseok se pronunciou.

– E o que vamos fazer com o Dong? – Chanyeol questiona.

Precisamos agir como se o plano dele estivesse dando certo, vamos deixar nossos agentes vigiando a filhinha mimada dele, porém não podemos contar, deixe que eles entrem nesse joguinho. – RM fala dando uma risadinha.

Mas pode acabar tendo um acidente. – Kai fala já pensando na ____.

– Podemos falar para eles, que não é pra matar ninguém, apenas descobrir quem são os agentes da outra Máfia. – JH fala rindo.

– Assim eles vão distrair o Dong fazendo perguntas e vigiando ele, enquanto a gente tenta localizar o Albert sem chamar atenção. E por enquanto nossa união fica apenas entre nós, quando localizamos o Albert contamos tudo para os outros e nada dá errado. – Completou Chanyeol. Assim eles selaram uma parceria e pela primeira vez naquela tarde, Chanyeol e Hoseok sorriram um para o outro.

[...]

Um pouco distante dali, ____ caminhava pelas ruas em direção ao Seoul National Cemetery, decidiu ir de táxi e parou em uma floricultura para comprar mais flores, depois foi andando até seu destino, ela sabia que seu pai não gostava de flores, mas sua mãe adorava rosas vermelhas, isso fez com ela comprasse um arranjo muito bonito, já que as flores de Kai eram violetas. A tarde estava tranquila, um solzinho fraco emanava pela cidade acompanhado de um vento gelado, que indicava frio mais tarde.

A mente de ____ estava à milhão, faz um bom tempo em que foi visitar seus pais, andava muito ocupada, sentia falta deles todos os dias. Quando estavam vivos e ocupados com seus problemas, sempre davam um jeito de fazer as propriedades dela, amava ser mimada e amada por seus pais e seus irmãos, mesmo estando tudo ruim envolta, o amor da família permanecia intacto, até hoje.

– Oi mãe, Oi papai.... – se abaixou na frente dos túmulos. – Trouxe flores, eu sei que você não gosta pai, mas a mamãe insistiu.

Sorriu como se fosse real, como se realmente sua mãe tivesse insistido para ganhar rosas, como antes.

– Desculpa não ter aparecido nos últimos meses, eu estava fazendo uns trabalhos da máfia, conseguimos derrotar o Shin Han, lembram dele né? Não precisam mais se preocupar demos um jeito por enquanto, mas só ficarei satisfeita quando ele me dizer quem matou vocês e onde está o Junmyeon, eu não vou descansar, sei que se estivessem vivos não apoiaram minha vida de agora, vocês queriam que Kai e eu seguisse outros caminhos, porém as coisas não saíram como planejado.

Ela estava arrasada, agachada com uma rosa nas mãos conversando com seus pais. O ambiente estava calmo, algumas árvores ao redor balançavam com o vento soltando folhas secas, estava chegando o outono, a estação do ano mais linda para a _______, que suspira sentindo o ar fresco bater em seu rosto, com as pernas cansadas se senta na grama, ainda observando os túmulos.

– Eu comecei a faculdade de Medicina, não porque eu quis, é apenas uma missão na Universidade, sei que era o sonho de vocês eu estar fazendo isso por vontade própria, porém se eu sair da máfia não vou conseguir encontrar quem fez isso com vocês, eu preciso... só vou ficar em paz quando descobrir quem arrancou uma parte do meu coração e enterrou debaixo dessa merda toda... não vou parar minha vingança por nada e nem por ninguém.

Estava decidida, na verdade sempre esteve, sua vingança era mais importante que sua própria vida, era errado pensar daquele jeito, ela é nova e tem uma vida toda pela frente, mas como apagar o ódio que está sendo alimentado por anos? Mágoa, decepção, rancor, tristeza... saudade. Perdeu sua infância aos 10 anos, desde a morte dos seus pais e o sumiço de seu irmão mais velho. Ela nunca teve tanta liberdade, só tinha um amigo vizinho, seus irmãos e também a professora.

Não corria na rua, nem brincava de pega-pega ou ia no parquinho se divertir com outras crianças, seus pais sempre a protegeram de uma forma absurda como se ela fosse uma boneca de porcelana prestes a quebrar em estilhaços, no final quebrou do mesmo jeito. Depois que eles se foram, ela já não queria mais brincar na rua, ter amigos ou uma "liberdade maior", queria apenas descobrir quem os levou, e de uma criança que não conhecia quase nada do mundo, passou a conhecer o pior dele.

– Eu sinto falta de estar com vocês, conversando comigo quando o final do dia era estressante, quando minhas bonecas precisavam de convidados para um chá ou um paciente para minha clínica, os carinhos antes de dormir, filmes e dancinhas de família, eu só tinha vocês, eram tudo pra mim, agora eu só tenho o Kai, prometi que acharia o Jun e ainda não o encontramos, sei que ele está vivo, acredito nisso, eu quero ele de volta aqui com a gente, amo tanto vocês. Sabe mãe, o Sehun anda menos ciumento esses dias, apesar de não concordar com minhas paranoias de vingança, ele sempre me apoiou, e prometeu que vamos casar quando tudo acabar, como vocês queriam que fosse, me casar e formar uma família. Eu o amo demais, vocês sabem que ele é meu maior apoio depois do Kai, mas acho que sem ele e os meninos eu não conseguiria ser tão forte a tudo isso, de qualquer forma somos uma família, e um dia o Junmyeon vai estar com a gente também.

[...]

____, Pov On:

Saí caminhando pela cidade tentando esfriar a cabeça, cheguei na praça principal da cidade sentei-me no banco observando ao redor e ele estava lá, usando uma roupa social sentado embaixo de uma árvore, lendo um livro tranquilamente com seus seus óculos perfeitos, decidi me aproximar lentamente e cumprimentá-lo:

– Eu estou me perguntando o que você faz aqui com essa roupa, fugindo do papai Sr. Jeon? – Falei brincalhona em sua frente, ele se assustou e me olhou sorrindo.

– Só por umas horas, daqui a pouco ele me encontra. E você faz o que aqui? – colocou seu livro sobre o colo e me encarou novamente.

– Apenas espairecendo. – olhou desconfiado e me convidou para sentar ao seu lado. – Gosta de ler?

– Gosto muito, bom, como diz John Locke: "Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos." – sorriu e eu fiquei sem reação, tudo nele é um mistério, eu gosto de bancar a detetive.

– Uau... e o que você está lendo ai? – perguntei interessada, geralmente não suporto ouvir pessoas "nerds" falando sobre suas vidas entediantes, mas ele é diferente, não sei porquê.

– Estou lendo O Encontro marcado por Fernando Sabino. – me mostrou a capa do livro.

– E fala do que? – Perguntei sorrindo, quando olho pra ele só consigo sorrir.

Ele começou a me contar do que se tratava o livro, a forma como ele explica é completamente única, seus sorrisos ao longo das frases é como um raio de sol em uma tarde fria, aquece até a alma. Não sei explicar qual é a sensação de estar com ele, mas é algo diferente, como se os detalhes fossem especiais demais.

– Esse livro parece incrível, lê um trecho pra mim? Fiquei interessada. – Ele me olhou fixamente e sorriu satisfeito começando a procurar em seu livro.

– Tem um que eu achei muito divino aqui:

"De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro." – Enquanto ele lê eu sorri involuntariamente encantada, é Jeon, eu não sou fã de livros, mas estou virando sua fã com certeza.

– Esse livro passa uma mensagem muito linda sobre recomeçar e descobrir novos sonhos. –Falei pensativa encarando as crianças brincando.

– Sonhos alimentam nossa alma! – dei risada.

– Sonhos eu tinha tantos que nem lembro todos, eu queria ser médica, detetive, cantora, queria me casar com um príncipe encantado que era meu vizinho, ser cabeleireira para cortar o cabelo do Junmyeon, comprar uma moto vermelha, ter uma sorveteria e virar estilista da minha mãe, agora todos esses sonhos me parecem bobos e distantes, a única coisa que alimenta minha alma é a sede de vingança. – senti o olhar do Jeon queimando minha pele.

– Tem um livro aqui que é da minha irmã, acho que você vai gostar, então se quiser eu te empresto para ler. – Ele mexe em uma bolsa a qual eu não reparei que estava ao seu lado o tempo todo, tirou um livro bonito e levou na minha direção.

– Sério? Como sabe que eu vou ler? Não curto muito livros... – Passei a mão pelo livro limpando resquícios de poeira inexistentes. – Soul Love - À Noite o Céu é Perfeito de Lynda Waterhouse, romance?

– Sim, você vai gostar. – ficou sério de repente me encarando.

– Por que você muda de humor tão rápido? – questionei encarando de volta.

– Vamos dizer que eu tenho duas personalidades completamente diferentes. – desviou seu olhar para frente.

– Por quê?

– Eu tenho duas visões sobre o mundo, uma boa e uma ruim.

– Está dizendo que você tem um lado bom e um ruim? – perguntei confusa.

– Todos nós temos, geralmente as pessoas misturam esses dois, mas eu tenho duas rotinas completamente diferentes que requerem essa mudança.

– Você não me parece ser uma pessoa ruim...

– Não me conhece, ___, só que perto de você, meu lado ruim some. – suspira.

– O que você tá querendo dizer?

– Que meu lado ruim não consegue aparecer quando você está por perto, isso é frustrante.

– Mas nos conhecemos hoje...

– É exatamente isso que é frustrante.

– Deve ser porque eu sou apenas o lado ruim, aí o seu lado bom quer me transmitir um pouco de bondade da vida. – brinquei rindo, mas ele ficou sério.

– Tenho certeza que é isso. – franzi o cenho. – Que tal agora você ler um trecho desse livro aí?

– Eu? Ah não...– Fiz bico e ele mexeu nas páginas do livro nas minhas mãos e parou em uma marcada.

– Aqui, esse trecho é legal. – olhei para ele fazendo careta e o mesmo deu uma risada fofa. Revirei os olhos e comecei:

– "Estou cansada de viver como se já fosse uma pessoa adulta e madura. Gostaria de voltar a ser criança - uma garotinha de seis anos que caiu da bicicleta. Gostaria de fazer cara de choro e correr aos berros para a cozinha, onde minha mãe me ergueria do chão, me daria um forte abraço e beijaria meu joelho esfolado. Eu pararia de chorar e tomaria leite com chocolate para a dor passar. Essa é uma das coisas que as pessoas não nos ensinam quando falam de crescer: como lidar com as dores que não passam com um beijo."

Parei de ler e fiquei refletindo, como ele parece me conhecer tão bem? Não é possível, como sabe que por dentro sou tão frágil e que eu só queria voltar no tempo? Perto dele perco todas as minhas armaduras, tudo que me protege contra o mundo se desfaz, meus medos e inseguranças ficam visíveis ao seu lado, eu nunca me senti assim, com o Sehun me sinto forte, consigo colocar uma máscara de infalível, mas com o Jeon essa máscara cai, me sinto vulnerável, como se a vingança fosse uma coisa boba e curar minha alma é a única opção de que eu ainda posso recomeçar, sem tudo que me atormenta.

– Você fica muito linda concentrada assim. – falou direto, o que me surpreendeu.

– Acha que a vida tem um lado bom mesmo? – perguntei e ficamos em silêncio olhando para o céu, observando a natureza.

– As melhores coisas da vida são os detalhes, aproveitar os momentos que trazem felicidade. Por exemplo, aqui nessa praça tem vários detalhes bonitos, o sol, as árvores, aquelas crianças brincando ali no balanço, o casal namorando no banco, os carrinhos de doce e você... – Arregalei os olhos e olhei pra ele que continua encarando o parque.

– Você é o detalhe mais bonito desse parque ___, creio que vamos ser grandes amigos.

___, Pov Off.

 


Notas Finais


Vamos as considerações:

♧O que vocês estão achando do comportamento da Nari? Kkkk ainda bem que a SN não deu atenção pra ela.

♧As máfias fizeram uma aliança, agora os outros membros dos grupos vão aparecer.

♧ Esses o capítulo 1 e 2, foram só para vocês conhecerem melhor a personagem, à partir do próximo vai começar as confusões.

♧ O Sehun tá meio apagado recentemente mas é proposital, mais pra frente ele vai aparecer toda hora.

♧ SN e Jeon estão como? 🤭 Se preocupem porque depois vocês não vão conseguir decidir o par dela, vai ficar difícil escolher.

♧ Espero que vocês tenham entendido personalidade da personagem, porque nos próximos capítulos vou focar mais em outras situações, confesso que vai rolar muita treta, se preparem.

Eh isto, boa semana para vocês, se gostou deixe seu comentário porque eu amo as teorias de vocês, e até a próxima.

Fuui💃💃💃

Me sigam: @MinBex


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