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História Máscaras e Faces - Capítulo 03 - O anjo vingador


Escrita por: JCCoimbra

Notas do Autor


Olá, querido leitor?
Como está?


Boa leitura, e espero que goste.

Capítulo 4 - Capítulo 03 - O anjo vingador


Isso não acabará bem.

Isso não acabará bem.

Oh, Deus! Isso não acabará bem!

Lentamente virei meu corpo em direção ao meu noivo, que não me parece nada contente com a cena que se passa a sua frente.

Suas mãos descansa nos bolsos da calça social. O terno bem alinhado marca perfeitamente seu corpo. Os cabelos bagunçados, lhe dá uma aparência jovial e rebelde. Os olhos frios me olha com desaprovação.

Irônico, não? Hoje mesmo o vi com outra mulher em seus braços.

Mais sei que é diferente.

Segundo nossas leis, traição por parte das mulheres pode levar a morte. Principalmente quando se é casada, no meu caso noiva, do capo. É uma desonra ao homem.

-Salvatore, eu... -Tento me explicar.

-Você deveria ter me encontrado a uma hora. -Cortou-me ele.

-N-não marcamos nada... -Falei confusa.

-Acho que ele está falando comigo, boneca. -Sussurrou Bennet próximo ao meu ouvido.

Embasbacada e mais confusa que antes, vi o homem, que antes estava ao meu lado, seguir em direção a Salvatore.

-Olá, irmão. Quanto tempo.

Oque?! Irmão?!

-Não seria tanto tempo, se você não tivesse perdido seu tempo com minha noiva.

Bennett me olha sorrindo.

Pai amado, qual o problema com esse homem? Salvatore quase o congela com o olhar e ele simplesmente sorrir?

-A boneca é a famosa Valentim? -Retomando seu posto próximo a mim, ele me estende su mão. -Prazer em conhece-la, senhorita Valentim.

-Helena. -Minha voz falhou. Clareando a garganta, tentei novamente. -Me chame de Helena.

Peguei em sua mão. Mais não sorri.

Salvatore analisava cada movimento meu. E quando Bennet se curvou para plantar um delicado beijo em minha mão, pude ver sua face retorcida em desgosto.

-Helena? -Chamou-me.

Puxei minha mão do aperto de Bennet, e envolvi meus braços ao meu redor. De repente, olhando em seus olhos, eu sinto frio.

Um frio que percorre minhas veias e espinha.

Um frio que me arrepia.

Um frio de medo.

Ele caminhou até mim. Seu grande corpo ficou rente ao meu.

-Vá com seu segurança. -Mandou.

Confirmei de leve com a cabeça. Sorri como despedida para Bennet, que permaneceu ao meu lado. Ele por sua vez não retribuiu.

-Até logo, parum*.

Estava para atravessar a rua quando sinto um aperto de aço em meu braço esquerdo.

Um baixo gemido deixou meus lábios.

-Não me desonre. -Vociferou Salvatore, próximo ao meu ouvido. -Fique longe de meu irmão.

Meus olhos se banharam de lágrimas.

Olhei em seus olhos frios. E neles vi oque me aguardava.

Dor.

Tristeza.

Infelicidade.

-Sim, senhor. -Sussurrei com voz chorosa.

Ele me analisou por alguns segundos antes de retornar ao seu caminho, para junto de Bennet.

Vi os dois se afastarem e sumirem do meu campi de visão, antes de eu mesma retornar ao meu caminho. Com Lucca me seguindo de perto.

E por sua expressão, ele não estava nada contente com o ocorrido.

Vovô teria um longo relatório hoje. E algo me diz, que eu sofrerei por isso.

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-Onde você estava?! -Repreendeu vovó.

-Desculpe. Tive um contra tempo no caminho. -Sussurro em desculpa ao meu atraso.

Vovó e Selena já estavam andando de um lado a outro quando cheguei na butique.

-Conversaremos sobre isso depois. - Falou com descaso. -Selena e eu já escolhemos o vestido. Vá ao provador para que a costureira tire suas medidas.

-Sim, senhora. -Passei cabisbaixa por ela, mas ergui meu rosto quando passei por minha sogra. -Olá, Selena.

-Olá, Helena. Espero que não seja de atrasos. Belami odeia esperar.

"Afinal, de que ele gosta?" Pensei.

Sem responde-la, fui para o provador. Onde encontrei uma pequena senhora em pé de frente para um pequeno palanque.

-Oi, você deve ser a senhorita Valentim.

-Oi. Sou eu mesma.

-Então, venha, querida. Vamos vesti-la, para que eu possa tirar suas medidas.

 A velha mulher me guiou para os fundos da loja, de onde retirou um lindo vestido.

O vestido possui um corpete de seda branca, e pedrarias costuradas a mão o decora. Com um discreto decote na parte da frente. De mangas japonesa, três dedos de largura cada. Sua saia possui bastante volume, e é feita da mais pura renda criada a mão, com uma cauda de 1m. Botões de pérolas brancas, forma o fecho do vestido.

-É...lindo. -Sussurrei enquanto passava as mãos pelo corpete.

-Oh, espere para ver os sapatos. -Conspirou simpaticamente. -Senhora Salvatore o trouxe hoje.

Ela me estendeu uma grande caixa preta, com Gucci escrita em sua lateral em letras douradas.

Com delicadeza retirei a tampa e desembrulhei os papéis de seda que o envolve. E me surpreendi com oque achei.

O sapato prata, é um exclusivo Gucci, com pequenas pedras de diamantes fixadas ao redor dela toda. 

-Lindo, né?

Confirmei de leve. Pôs as palavras me fugiram no momento que puis meus olhos no vestido e no sapato.

-Venha, menina. Vou ajuda-la a se vestir.

Retirei toda minha roupa, ficando apenas com a lingerie. Senhora D'Lucca, a pequena costureira, entrou no cômodo e me ajudou.

Agora, olhando para meu reflexo no espelho, lembro-me de minha mãe.

Será que ela estaria orgulhosa de mim nesse momento?

Ela sempre me disse que eu seria a mais linda princesa e a noiva mais amada.

Mais pelo visto, minha amada mãe estava enganada.

Salvatore não me ama. E depois de tudo que vi hoje, sei que ele nunca me amará. Se enquanto estamos noivos ele não me respeita, imagina quando estivermos casados?

Uma das poucas lembras de mamãe, passou por minha mente.

"Mamãe, um dia eu terei um príncipe encantado igual a senhora tem?"

"Oh, sim! Um belo príncipe! Que te amará muito. -Falou acariciando meus cabelos sorrindo."

-É mãe, acho que estava enganada. Eu me casei sim. Mais com certeza ele não é um príncipe. -Murmuro em voz baixa.

Focando meu rosto no espelho, vi no momento em que uma lágrima solitária desceu por minha face.

A primeira lágrima de muitas que viram.

 


Notas Finais


Parum = Pequena em Latim.


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