História Matem as portisavirroni! - Ponto de vista Maitê

                                                                                   Pov Maitê 

Acordo, e percebo que o dia ainda estava escuro, então olho no relógio que fica em cima do criado mudo: 5h45m. Suspiro, acordei cedo pra nada. Como estou sem sono, e sei que não vou conseguir voltar a dormir, levanto, desço as escadas,  e vou em direção a cozinha que fica lá em baixo.

Moro em Londres, junto com minhas irmãs Dulce e Anahí. Curso jornalismo, e estou no último ano, graças a Deus, não vejo a hora de começar a trabalhar. Adoro ler, falar criticar, debater, discutir, e escrever. Ah, como eu amo escrever! Essa é minha paixão, e eu a amo com todo o coração.

Moro nesse apartamento a quase 3 anos, ganhei ele de presente da minha irmã Dulce, graças a Deus ela tem condições e me apoia sempre, não só financeira, como emocionalmente também. Eu escolhi não trabalhar enquanto estudo, e ela me apoio totalmente, e disse que eu estava certa, e minha única função é me dedicar aos estudos. Ela que me sustenta quase que cem por cento, mas tem uma pequena ajuda de Any. Não gosto de ser sustentada pelos outros, mas sei que é melhor assim, porém espero poder retribuir um dia.

Daqui um mês e meio, vai se completar exatos cinco anos, que moro em Londres. Saímos as pressas da cidade do México, nossa cidade Natal. Minha mãe nunca gostou de ter responsabilidades, e conosco não foi diferente. Ela bebia e sempre chegava tarde, sempre nos deixando ao Deus dará. Dulce teve que aprender a cozinhar cedo, e Anahí ficava responsável por limpar a casa. Elas normalmente revezavam quem iria cuidar de mim. A minha sorte, foi que eu era a mais nova, ou seja, era a mais polpada. Tive mais sorte ainda, quando Cristina, melhor amiga da minha mãe, e minha madrinha, resolveu me adotar. Ela era muito próxima de todas nós, mas tinha um apego maior comigo, já que era minha madrinha, e eu era a mais nova. Quando eu tinha 9 anos, ela teve a ideia de me levar para morar com ela, e sugeriu a ideia a minha mãe, que aceitou na hora. Na época eu nem fiquei chateada, porque era criança, e não entendia as coisas direito. Então, eu fui morar com ela e seu filho Christian. Ela sempre quis que nós nos víssemos como irmãos, mas não era bem isso que acontecia. Ele era 2 anos mais velho do que eu, ou seja tinha 11 anos. E nesse tempo, ele sempre fazia questão de me irritar, me chamando de pirralha. Fiquei morando lá durante 8 anos, ou seja, até os meus dezessete anos. Quando eu tinha uns doze anos, comecei a sentir uma paixonite pelo Christian. Na época, era coisa de criança, eu não dava nem importância, mas conforme eu fui crescendo, foi começando a virar amor. Sempre mantive isso guardado comigo, nunca contei a ninguém, nem mesmo ás minhas irmãs. Por volta dos meus 15 anos, meu corpo já estava desenvolvido, e minha altura já estava definitiva. Foi então, que percebi um olhar de Christian diferente sobre mim, e fiquei radiante, ele sentia atração por mim! Atração pela pirralha! Foi então que ele me beijou. Sim, me beijou, e foi maravilhoso, foi o melhor beijo da minha vida. Por um tempo nós ficamos assim, só nos pegando, sem compromisso nenhum, e eu adorava tudo isso, era maravilhoso, principalmente, junto com a sensação de perigo, já que Cristina não podia saber. Porém antes disso tudo acontecer, eu passava raiva, porque ele sempre foi pegador, e costumava levar várias vadias lá pra casa, e eu me segurava para não meter a mão na cara dele. Todas eram loiras, TODAS! Ele tinha uma obsessão por loiras, que me deixava furiosa. Toda vez que ele via uma loira, fazia questão de elogiar. Era sempre um padrão: Uma loira platinada, com 10 quilos de reboco na cara, e super, hiper, mega, siliconada. Afinal, o que tinha de tal especial nelas que não tinha em mim? Que ódio! 

Depois de um tempo, ele não ficava com ninguém além de mim, e foi ficando assim até ele me pedir em namoro. Foi tão lindo! Ele escreveu um poema pra mim, e deixou dentro do meu caderno, ai depois veio e me pediu em namoro. Eu pedi um tempo para pensar, e ele me deu um prazo de um dia. Na manhã seguinte, eu já havia tomado minha decisão, e disse pra ele que aceitava. Ele sorriu e me beijou em comemoração. Ele costumava me chamar de princesa, e amor. Eu amava tudo isso, principalmente quando ele me chamava de minha princesa. Ele era tão ciumento, que as vezes até me assustava; quando ele via alguém me abraçando, mesmo que fosse só uma amiga, ele já chegava me separando do indivíduo e falava pra ele; ''Ela é minha!''
Ele fazia até plano da gente se casar, e montar uma família. Já planejava onde nós iríamos morar, e qual seria o nome das nossas crias. Mas um dia ele acabou comigo, e com todos os nossos sonhos. Nós estávamos namorando ainda, porém estávamos um pouco distantes um do outro, até que um dia eu descobri que ele estava namorando com outra, SEM TERMINAR COMIGO! Isso mesmo.

Eu até entenderia se ele não gostasse mais de mim, e quisesse dar um fim no nosso relacionamento, mas ai aparecer namorando com outra sem me dar a menor explicação? Ah, que falta de respeito e vergonha na cara! Vergonha na cara, ta ai uma coisa que Christian Chávez não tem. Acabou que nós ficamos sendo ''melhores amigos''(Segundo ele, mas ele me evitava ao máximo), Mas o mais triste é que ele sempre abraçava, e beijava ela na minha frente, porque sabia que isso me machucava, e eu tinha que fingir que não ligava. E o mais engraçado, é que ele sempre tentava me fazer ciúme, e não podia passar um dia sem me dar um abraço, ou um beijo no rosto. Só queria entender! Infelizmente, quando fui embora da cidade, eu estava brigada com ele, porque ELE marcou um encontro comigo, e me deu um bolo porque foi viajar, e não teve a miníma capacidade de me avisar.

Por falar em mudança de cidade, quando eu saí da capital do México, eu não entendi absolutamente nada. Anahí simplesmente chegou na casa da Tia Cristina, e disse que iríamos viajar. Perguntei pra onde, e ela disse que para Londres. Perguntei o porque, e ela disse que pra esparecer, e melhorar nosso inglês, como se fosse um intercâmbio. Papo furado! Sei quando minha irmã está mentindo, e dessa vez ela estava. Certeza. Estou certa de que aconteceu alguma coisa, e ela e Dulce não quiseram me contar, porque acham que só porque sou a mais nova, sou criança. Tenho certeza que guardam um grande segredo, e eu vou descobrir o que é. Enquanto isso, nós continuamos a viver o intercâmbio que já dura a 5 anos.