Tudo começou numa noite fria de inverno, um menino chamado Matheus, loiro escuro e olhos azuis.
Toda noite, Matheus passava horas olhando para a lua, havia contido em seu coração, uma enorme fascinação pela lua, ele não sabia explicar o motivo, apenas a sentia, como se fosse parte de si. Ele era conectado á lua.
Em uma certa noite, Matheus reparou que a sua tão admirada lua não estava no céu, passou horas da noite se questionando o motivo, entretanto não tirou nenhuma conclusão, mas sabia que havia algo errado.
Quando ele olhou para o lado, algumas horas antes de anoitecer, notou um brilho excessivamente intenso vindo de uma floresta densa, que se localizava em frente á sua casa.
Olhando para aquilo ele pensou a única coisa que poderia ser: sua amada lua.
Correu como se não houvesse amanhã, descalço e de pijama. Correu, mas correu, tropeçou, se machucou porém não desisitiu. Ele foi atrás do que achava ser o correto.
Depois de três horas correndo e tropeçando, Matheus à viu. Olhou para com os seus olhos arregalados, sua pele refletia o brilho prateado da lua, o seu brilho era tão ofuscante, que Matheus precisava apertar seus olhos de vez em quando para não ficar cego.
Ele se aproximou da lua, cada vez mais e mais, porém quando chegou á apenas dois centímetros, ele hesitou, não tocou seu bem mais precioso, pois notou que fazendo isso, poderia talvez machuca-lá.
A lua era como se fosse um bebê com osteoporose, um copo do mais fino cristal, que quando tocado seria quebrado e nunca mais poderia ser concertado, mesmo a lua sendo grande, ela era pequena, mesmo sendo linda, era perigosa, não sabia-se ao certo o que ocorreria caso Matheus á tocasse.
Ele mudou de ideia e acabou por toca-lá, ela liberou em suas mãos um pó branco, que quando iluminado pela lua, se tornava prateado, ele colocou esse pó no bolso do seu pijama.
Não sabia mais como devolver á lua para o céu, então apertou seu olhos e começou a implorar para a lua:
"Por favor, vá para o céu novamente alegrar todas as minhas noites, todas as noites de todos que o amam, por favor, por favor..."
Quando abriu seus olhos, notou que a única coisa que havia onde a lua estava era uma enorme cratera no chão toda cheia do mesmo pó que ele havia recebido da lua anteriormente.
Correu para sua casa novamente e pegou um pote de vidro, pequeno, que por coincidência era em formato de uma lua, correu novamente para a cratera onde a lua estava e pegou um pouco do pó, colocou no pote e disse para sí mesmo:
"Um pouco de você estará guardado comigo, até mesmo depois de minha morte, para iluminar sempre os meus dias mais escuros."
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