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História Matilhas. Livro I Los lobos - Los Lobos


Escrita por: Myu94

Notas do Autor


Oi gente, postando aqui um capitulo piloto, espero que gostem.

Capítulo 1 - Los Lobos


Fanfic / Fanfiction Matilhas. Livro I Los lobos - Los Lobos

 

I

Los Lobos

 

 

       O amor uni as pessoas, seres, vidas, constrói um mundo inteiro de possibilidades, mas do mesmo modo que ele faz todas essas maravilhas ele pode com a mesma intensidade destruir.

        Na costa oeste da Califórnia, longe das praias, longe de toda a badalação, escondida nos segredos das noites quentes, existiam quatro matilhas vivendo em paz por cem anos, as dos lobos cinzentos de latinos americanos eram uma matilha de liderança matriarcal, Mama Alba Rodrigues era a alfa mais antiga das quatro matilhas era linda mesmo tendo cem anos de idade, mãe de sete homens Zero, Pedro, Rodrigo, Tomas, Luan, Pablo e o casula Theo além deles mais quarenta betas e, trigêmeos ômegas adotados após se tronarem órfãos ainda prematuros William, Isabela e Ruan o mais novo dos três todos viviam na fazenda de Los lobos.

         A segunda matilha mais poderosa era dos ursos negros gigantes, grupo de liderança patriarcal diferente dos lobos cinzentos, Hans McCain era um urso negro irlandeses de olhos vermelhos como sangue feros e muito territorialista a maioria das confusões causadas entre as matilhas era por sua maldita intolerância, pai de também sete filhos quatro homens robustos Graham, Hunter, Dean, Carter e, três mulheres vistosas Yula, Tália e Julia, em um bando de urso não havia divisão de betas ou ômegas, o que tinha era um segundo no comando e a companheira de alma Amélia e o resto eram trinta parentes e agregados vivendo no rancho McCain.

          O terceiro grupo era das Raposas brancas, não viviam na parte rural da cidade por não ter a necessidade de muito ar livre, mas tinham a necessidade de pessoas, de lidar com pessoas, eram donos da maior quantidade casas noturnas de Los Angelis, Felix Hun meio oriental meio americano era a raposa mais velha da cidade com quase duzentos anos, era líder da comunidade que viviam em um prédio particular com seus três irmãos Ran, Lee, Jun, vieram para américa quando seu pai se casou de novo nos anos 60 com seu madrasta, eram um mando de vinte raposas que viviam pela prosperidade da região.

           A última matilha era a dos Touros vermelhos do Texas, homens enormes, fortes e, mansos, mas assustadores quando loucos de raiva, grupo de liderança patriarcal comandados por Sony Hammer, e seus dois filhos Luther e, Sam, ambos idênticos ao seu pai, nada puxaram de Laura uma dragão japonesa que ele conheceu quando ela foi ao Texas fazer negócios se apaixonaram à primeira vista, o elo entre eles providenciou isso, então logo depois de casados se mudaram a cidade natal de seu pai Octavian Hammer que moravam na pequena cidade quase toda de Shifter.

 

Los lobos.

 

           A pequena cidade de Klamaht próxima a São Francisco era calma toda arborizada ambiente propicio a seres míticos, claro que a comunidade humana lá era quase igual à quantidade de criaturas, as famílias famosas sempre eram o destaque em eventos sociais como os rodeios entre outras coisas, cidade era calma na maior parte do tempo, crimes nunca aconteciam com frequência, a polícia as vezes parecia uma alegoria, um enfeite, todas as vezes que se ouvia rumores de drogas ou roubos as famílias se envolviam e resolviam o problema, ninguém que conhecia a família Rodrigues se envolveria com essas coisas.

          Mama é uma senhora forte e muito poderosa, viu o mundo mudar, a tecnologia chegar a cidade, a modernidade na mão de seus jovens, mas mesmo aceitando todas as mudanças no mundo seus valores permaneceram intactos, jamais aceitaria drogas ou violência invadir o lugar que lutou tanto para que tivesse paz, não era fácil tanta variedade de Shifters juntos sempre tentando subjugar os mais fracos para ter um espaço nesse lugar maravilhoso. Alba era rigorosa com seus betas ainda mais por que todos eram novos ainda, os mais novos que eram ômegas tinham penas dezessete anos, ainda iam a escola junto com as filhas de Hans Hammer, ela queria que a cidade fosse segura para eles que eram um tesouro raro com poderes ainda adormecidos e muito vulneráveis.

    Era uma manhã de sábado nublado, o vento batia nas copas das arvores próximas a casa como de costume, nessas manhãs calmas apenas um som era predominante, o som das panelas na cozinha enorme da casa dos Rodrigues, chamar também o enorme casarão de “casa” era muita modéstia, os dez lobos que abitavam ali precisavam de muito espaço para crescerem bem, Alba junto com Isabela e Tomas trabalham no café reforçado para os outros lobos que trabalhavam com os animais, e as plantações, na cozinha o cheiro atraiu todos os betas e seus parceiros como de costume para comer na grande mesa na varanda do casarão, dava para ver de lá toda a fazenda e arredores, a Alfa colocava a mesa cheia de bolos e, café fresco, pães, queijos, leite, ovos, o mais importante de todos as carnes fritas na gordura do bacon, ela sentia orgulho em cozinha para a multidão de pessoas, ainda mais com a ajuda de seus dois filhos mais amorosos, a comida sempre saia deliciosa.

    Tomas era o quarto filho de Alba trinta anos de diferença entre o primogênito Zero e ele, era um homem manso, não costumava explodir ou ser agressivo com os outros, era muito apegado com sua irmã Isabela carinhosamente chamada de Isa, ambos eram que administravam a casa e a manutenção dela junto com Rosa a governanta, e uma antiga amiga da família seu filho Hector era um dos betas de alba amigo de infância dos meninos, ela se juntou a matilha quando apareceu na cidade toda debilitada junto com o filho pedindo ajuda a Alba, somente elas sabem do que os dois estavam fugindo, enfim, após a comida pronta alba fez o que fazia todos os sábados uivou na varanda chamando todos para comer.

-Mãe a senhora poderia simplesmente tocar o sino que colocamos pendurado ali naquela coluna, será que Zero vai demorar muito pra chegar já faz um ano que ele viajou, será que ele mudou muito? Desde que aquela... você sabe, quebrou o coração dele tem sido fácil deixar amar, como ele vai achar a companheira dele assim?! Vivendo como um ermitão naquele navio de pesca, lobos não foram feitos para o mar e ... –Ele foi interrompido por sua mãe que deu um tapa na mesa, ela odiava esse assunto, seu filho estava ferido odiava aquela maldita loba que quase matou seu filho.

-Chega Tomas, eu sei que lobos não se sentem bem no mar, mas ele precisava se afastar daqui ele me ligou ontem para dizer que vinha hoje ou amanhã, por via das dúvidas mandei Rosa arrumar o quarto dele, achei muitas coisas dela lá, mandei tirar quando ela chegar não vai achar nem o cheiro dela, enfim.... Chama a sua irmã e venha se sentar à mesa Pedro já está vindo a cavalo junto com seus outros irmãos e os betas.

Sua voz era firme, com seus ouvidos superagusados ela podia ouvir os galopes dos cavalos que atravessavam o campo para chegar logo a casa. Não longe da casa um grupo grande corria com seus cavalos, risadas eram ouvidas de forma entusiasmadas, gritos de incentivos entres os homens que corriam como loucos, os galopes marcavam o chão húmido pela chuva fina que caia, mas não desanimava os meninos.

 

***

 

-Vamos seu bando de estrume, quero comer a comida da mãe, hoje vai ter cordeiro. Gritou Rodrigo entusiasmado como sempre, ele era um rapaz de pele morena, cabelos negros e olhos esverdeados como todos os sete, característica da família o que excluía os três mais novos que tinham olhos azuis, Rodrigo como um Rodrigues era grande e robusto, mas não malhado, era atlético.

-Digo pare de dar pressa, Wil e Ruan estão conosco, quer perder seu rabo se a mãe souber que eles se machucaram nessa sua brincadeira de corrida? –Pedro o terceiro no comando dizia com Wil em suas costas, o menino achou aquilo ofensivo, mas guardou para si, era jovem, entretanto não era feito de cristal, não iria quebrar.

-Calma Pedro, estamos tendo cuidado, mas estamos com fome e meu lobo rosna por um bolo quentinho da Isa. –Esse a dizer era Hector que vinha logo atrás com Ruan nas costas, Hector era alto forte como um armário, tinha cabelos castanhos lisos até a altura dos ombros, Hector não escondia de ninguém o carinho que tinha pelos ômegas foi ele que achou os três em um cesto no celeiro da fazenda.

-Espero que seja só o bolo que você quer comer, então vamos adiantando que a mãe nos espera. –Disse Luan atravessando todos em seu alazão preto, Pedro era diferente de seus irmãos, não era sereno como Tomas, ou ansioso como Rodrigo, ele era sério e vingativo, não era grosso, mas as vezes era meio ranzinza só não era solitário por conta de seu irmão gêmeo Luan, ambos donos de uma beleza exótica, morenos de cabelos negros curtos, queixo quadrado eram de altura mediana.

-Ouviram o Drama Queen né? Maninhos se segurem que vamos andando, a alfa não vai esperar para sempre. –Luan o piadista dizia galopando atrás de seu irmão para a casa.

     Os únicos que não falam nada eram Theo e Pablo, que apenas ria do dialogo dos irmãos mais velhos, acabaram de chegar da faculdade de para o feriado de Ação de graças estavam apenas aproveitando o convívio com a matilha, Pablo de cabelos cacheados negros e pele clara apesar de ser morena, era forte, ele era o mais na dele sempre observando tudo sempre analisando de fora, Theo não era muito diferente a única diferença de ambos era que Theo além de ser quieto, era um amante, ele já ficou com todo o dormitório feminino da faculdade em seu primeiro ano, tinha em sua lista de conquistas algumas professoras, orientadoras até a bibliotecária em uma tarde tediosa na biblioteca da faculdade.

   Já dava para ouvir os gritos de Isabela com os betas que chegaram esfomeados e nem se lavaram para comer, ela puxou a Alba no requisito disciplina, odiava desordem e mal comportamento, era assim que lidava com os betas da sua mãe, apesar de ser uma ômega se comportava como beta e, apesar de sua posição era tratada com todo o respeito, caso destratada Hector ou Tomas resolveria o assunto de uma forma dolorosa e lenta.

-Seu bando de animais, lavem essas mãos imundas antes de comerem, as crianças ainda nem se serviram, e a Mãe nem mesmo deu permissão para comerem! –Gritava a loira de olhos azuis e corpo esguio, ela amava falar dessa forma, se sentia um pouco alfa.

-Minha princesa tem razão, lavem essas mãos e voltem, as crianças podem comer, sirvam seus filhos queridas. A Alfa falava para as mulheres de alguns betas que estavam sentados à mesa enorme na grande, os filhotes caíram matando nos bolos e algumas geleias, as mulheres dos betas apesar do consentimento da Alfa não comeram, ser companheira as vezes criava uma dependência, comer sem seu parceiro era estranho, quase como uma traição para quem tinha um elo tão profundo na alma.

E assim que os sons dos cavalos pararam e, Alba se levantou e foi até a frente da escada da varanda para receber seus meninos. –Olá amores!

-Mãe que cheiro bom! –Dizia Rodrigo animado como sempre abraçando a mulher de mais baixa que ele, os outros filhos foram subindo as escadas e se juntando ao abraço. –Aí me deixem passar estou com fome, assim a carne vai acabar!

  Foi uma loucura de homens juntos indo para a mangueira no jardim para lavar as mãos, por que os banheiros estavam ocupados, mas toda aquela agitação teve fim ao ouvirem uma moto atravessando a entrada da fazenda, era uma Harley 1969 preta que atravessava a estrada da entrada, um homem alto de mais ou menos 1,90 de altura saltou da mesma e começou a andar até Mama Alba que estava sorrindo desde de que ouviu o som da moto, sentia o cheiro do seu primogênito que foi trazido pelo vento de inverno, Zero era diferente dos mais novos, olhos verdes escuros quase apagados, o sorriso branco, pele bronzeada queixo firme corpo malhado trabalhado com sangue e suor, ele abriu seus braços depois de tirar seu capacete, revelando o obvio que todos o que sentiam o cheiro do futuro alfa.

-Madre!* –Disse Zero de modo manso e baixo para ela que tinha um peito apertado de saudade.

-Mi pequeño hijo!!* -A mulher andou até o homem alto e forte e o embalou em seus braços como seu “pequeno filho”, todos sorriam para eles que estavam a muito tempo sem ver seu futuro líder.

-Olá família, estou de volta!!

 

***

 

Dias se passaram na Los lobos, Zero trabalhava arduamente, mas o que ele havia pensado não estava sendo o que esperava, não que voltar para o seio familiar fosse ruim, muito pelo contrário era muito bom, mas o buraco que sua ex mulher lhe causou não sumiu ao voltar para casa, só deixou mais evidente que foi incompetente em amar sua esposa, a cama grande que comprou no início de casamento era demais para ele, passou a dormir no chão em forma de lobo, segredo dele e de seu irmão Tomas que entrou no quarto para entregar lençóis novos, foi uma longa conversa que tiveram naquele final de dia, ele descobriu que seu irmão tinha uma alma sensível e, uma preferência afetiva “peculiar” não que no mundo dos lobos isso fosse incomum, mas Tomas sempre esteve rodeado de mulheres sua vida inteira, na escola, na faculdade e, na fazenda, parece que ele descobriu recentemente essa preferência por corpos fortes e másculos.

  Estava no estabulo no final do dia colocando o trovão negro na baia dele, quando ouviu um gemido vindo de trás de algumas ferramentas e, lá estava o gemido agoniado acompanhado de suspiros ritmados e palavras desconectas, no início achou que era algum casal no cio matando à vontade e até sentiu um pouco de inveja, desde que foi largado por sua esposa entrou em celibato, não sentia atração por mulher alguma, mas todos os pensamentos se foram ao sentir o cheiro de sangue fresco e a sensação de dor, foi como sentir um tiro no peito, pensou em seus irmãos, correu até a fonte do cheiro e lá estava ela, quase sem consciência, com uma mancha de sangue no estomago e alguns arranhões nos braços, seus olhos eram caramelos, seu cheiro era fresco como orvalho e estava morrendo.

-Moça? Quem é você? O que faz aqui? Quem te fez isso? Moça fique comigo, calma você vai ficar bem, é só manter a consciente! –Ele nunca tinha vivenciado nada tão inusitado, quem era ela, será que fazia parte da matilha? Ou era mulher de algum dos betas, por que era a primeira vez que sentia o cheiro dela ali.

-Sou... Agnes... e –Perdeu a consciência, Zero pegou ela no colo e correu para a casa, e ele pensando que ao voltar para casa ia ter paz e sossego, com a moça de cabelos longos e negros, ela era indígena era uma shifter pássaro, algo raro, no mundo sobrenatural animais alados são sinal de bom pressagio, na maioria são oráculos, sábios, se ela foi atacada bom sinal não é. Entrando na casa começou a gritar por sua mãe.

-MADRE!!!

Uma horda de pessoas surge pela casa de todos os lados, é impossível distinguir o sentimento que ocupava aquela casa, lobos pressentem o perigo antes mesmo deles acontecerem, Alba estava com aquele no na garganta a semanas, achou que o aperto que vinha sentindo era por causa da falta de Zero, mas mesmo com o retorno do filho o mal pressentimento não passava.  –Quem é essa Zero?

-Não sei mãe, ela estava em nosso celeiro, ferida olhe o sangue ela mãe, ela é um pássaro, provavelmente indígena. –Zero via o espanto se espalhando pela casa, ter um pássaro em uma toca de lobos nunca aconteceu em Klamaht, o único pássaro mora na cidade em sua loja de livros, o senhor Teobaldo Holter, ele é uma coruja de quase centenária, mas não se engane por apenas saber sua idade, ele aparenta ser um quarentão muito charmoso, nunca se envolveu em relacionamentos duradouros.

-Ela de fato é um pássaro, quando a encontrou tinha mais alguma coisa com ela?  Pelo menos sabe o nome dessa pobre alma? –Alba estava abaixada em frente a menina, com uma flanela limpando a ferida da barriga. –Ande moleque fale logo, e pela lua cheia, me tragam os remédios para limpar isso aqui.

 -Não mãe, não tinha nada, ela apenas dizia coisas desconexas, mas seu nome é Agnes, esse é seu nome. Um grande silencio se espalhou pelo lugar, Zero sentiu seu lobo se agitar com esse comportamento coletivo, quem era essa garota, e por que seu nome causou tanta estranheza nele. –Mãe, o que aconteceu?

-Ela é alguém muito especial, ouvi rumores sobre seu dom, bom se ela é a Agnes que eu estou pensando ela trouce uma guerra para nossas portas.

Aquelas palavras bateram como uma martelada em sua cabeça de Zero, como uma pequena mulher como aquela poderia trazer uma guerra para seu lar, deixar todos tão mudos, cheios de medo e estranhamente... respeito.

***

Zero estava em sua cama dormindo, depois de horas de insônia, sua mãe sempre desviava do assunto, tratou das feridas da garota que já estavam cicatrizando rapidamente, ele achou aquela menina tão miúda, sua pele morena era tão acobreada, olhos dourados, cabelos longos e negros, passou horas se lembrando da voz melodiosa e rouca ao dizer o próprio nome, ele sentia uma estranha sensação que começava da nuca e descia para a boca do estomago, era como se ele sentisse que algo estava por vir. Na escuridão do quarto em sua forma de lobo dormia um sono perturbado por sons que rodeavam a casa, sua orelha seguia os sons que estavam chamando tanto sua atenção tão persistentemente, abrindo seus olhos irritado cheirou o ar e sentiu o odor de sangue, aquele sangue que o atraiu para o celeiro, correndo em debandada pelos corredores até o quarto onde a menina estava ele se deparou com ela caída no chão, o lobo de Zero se interessou mais do que o próprio Zero. Agnes após se abrigar em um celeiro não se lembrava mais de nada, apenas do perigo que a seguia, anos presa, anos sendo um objeto, agora acordará em um quarto estranho, tudo cheirava a lobos, começou a entrar em pânico, lobos era sinônimo de sofrimento para ela, ao se desesperar tentou se levantar, mas caiu no chão, a cama era mais alta do que ela achou que seria.

 

Tentou não gemer e se arrastar, mas algo a fez paralisar de imediato, lá estava o seu maior medo, teria ela se metido em uma toca de lobos? Burra! Foi como se chamou ao perceber os olhos azuis a fitando da porta do quarto escuro. O lobo andou até ela e a rodeou devagar como se estivesse reconhecendo sua presa, mas ao invés de ataca-la, ele se passou o focinho úmido em seu rosto, o lobo estava tentando ajeita-la, quando ele recuou ele grunhiu de modo repreensivo. –Você não vai me matar? Com a voz tremula ela olhou profundamente aqueles olhos, mas a única coisa que conseguiu foi um bufar de narinas, o que parecia ser sinal de desagrado da criatura peluda. –Então, se não vai me matar vai me usar como os outros...

 

O lobo recuou com as patas traseiras e se sentou sobre elas, inclinou a cabeça para o lado, ela não entendia por que aquela criatura ainda estava ali, olhando todo seu desespero, talvez ele estivesse se divertindo com a sua dor?! Tirada de seus devaneios pelo rosnar do lobo, ela tomou um susto ao ver o lobo saltar em sua direção, se encolheu rapidamente e nessa mesma rapidez fechou seus olhos, porém nada veio, nem mordidas, nem garras, voltando a abrir os olhos e endireitar seu corpo girando na direção do rosnado, percebeu que na janela uma silhueta estava por trás da mesma, a mesma sombra caiu ou saltou dela ao perceber que o lobo estava ali, uma voz de mulher veio da porta o que fez seu pescoço girar noventa graus, e lá estava a mulher de suas memorias de menina, nem mesmo um fio de cabelo diferente de quando foi tirada do seio do seu ninho, então como um lampejo o motivo de estar ali caiu sobre a sua cabeça, antes que perdesse suas forças disse o que queria. –A única devida de sua vida, pague ou morra.

Alba estava sem palavras, como uma menina repetiu o seu juramento que tinha feito a algumas décadas atrás? Como ela saberia de algo que seria impossível de se saber? A única dívida que ela nunca foi capas de pagar, seu único arrependimento, sua ferida mais profunda, a dor que nunca a deixou como uma boa amiga. Iluminada pela lua mirando o corpo pequeno no chão, na barriga a marca de escreva estava ali, um X , a marca que aquela garota tinha matado alguém, não alguém comum, um líder, uma realeza.  Então Alba sabia exatamente quem era aquela criança...

-Mãe, do que ela está falando?

Ela deixou sua postura se abalar ao ouvir seu filho que estava ali nu como veio ao mundo, ele estava incrédulo, sua mãe a inabalável alfa chorando como uma garotinha, ele tinha visto isso somente uma vez e, como na última vez que a viu chorando o deixou assustado.

Quem seria essa garota, o que aquela marca significava, por que ela exalava tanta tristeza em sua voz falar?

E por que se sentiu tão sem chão ao ouvir e, sentir sua tristeza? 


Notas Finais


Dependendo do nivel de interesse um novo capitulo será postado na quarta que vem! bjus


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