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História Matrix - Frenemies


Escrita por: dorkyeoI

Notas do Autor


vou nem pedir desculpas porque vocês sabem que eu demoro. skopska
quero agradecer, como sempre, vocês que estão lendo e aturam minhas demoras. sz
hoje tem mais interação entre yesun e chanyeol. AEEEE.
GENTE.
NAO SE ESQUEÇAM DE VER SOBRE O SATANSOO CHALLENGE E PARTICIPEM.
SÓ ISSO MESMO.
beijos e espero que gostem. sz

Capítulo 5 - Frenemies


Fanfic / Fanfiction Matrix - Frenemies

O amor é a única força capaz de transformar um inimigo em um amigo. 

Martin Luther King 

Era muito tarde.  

Só sabia disso, já que ainda não tinha um celular ou qualquer coisa que me mostrasse data e hora. 

Foi nesse “muito tarde” que alguém bateu em minha porta, depois de eu enfim conseguir dormir sem ficar relembrando meus maus bocados fora do Domo. 

— Yesun? — Franzi o cenho quando a voz cortou meus sonhos, rapidamente me despertando e me obrigando a sentar para observar a figura de Chanyeol recortada na porta pela luz do corredor. 

— Chanyeol? — Indaguei, minimamente incrédula por ser logo ele perturbando minha noite. 

— Levanta e se arruma. Precisamos sair e depressa. — Foi seu único comando antes de voltar a fechar o quarto, me deixando confusa e no escuro. 

Segurando todas as palavras feias só em pensamento, chutei as cobertas com certo mal humor impregnado em meu corpo e me vesti a contragosto, tentando em vão entender que tipo de brincadeira idiota era aquela. 

Saí do quarto coçando a cabeça com a cara toda amassada e um gosto ruim na boca. Chanyeol estava escorado na parede ao lado da porta, um pé apoiado nesta e os braços cruzados, a cabeça jogada para trás e a boca aberta. Quando saí, me olhou de cima a baixo, logo fixando os olhões no meu rosto irritado. 

— Está com um fio de baba aqui ó. — Apontou para o próprio queixo, mas me limitei a sorrir sem mostrar os dentes, demonstrando não cair em sua pegadinha de mal gosto.  

— Me tirou da cama para isso? — Levantei uma sobrancelha. Acho que aquilo foi engraçado, pois Chanyeol soprou uma risada juntamente com um sorriso de canto e se desencostou da parede, sinalizando com a cabeça para o seguir. 

— É sério. Você tem uma baba ali. — Disse ao me dar as costas, começando a percorrer o caminho até os elevadores. 

Franzi as sobrancelhas, passando os dedos no queixo para limpar a suposta baba, mas ao fazer isso, as costas de Chanyeol mexeram com sua risada. Revirei os olhos e corri para alcança-lo, ficando ao seu lado. 

Senti seu olhar se esguelha, mas ignorei, fingindo puxar um fio da minha calça militar.  

— Aconteceu mais algum colapso? — Indagou ao virarmos o corredor, conseguindo ver o elevador. 

Neguei com a cabeça, sem conseguir virar em sua direção. Merda! Teria que parar com aquela mania de simplesmente não conseguir firmar o olhar em Chanyeol por mais de dois segundos. 

— Contou a verdade para Yangsoo? — O comentário me fez esquecer o pequeno problema de que provavelmente iria encontrar seus olhos frios sobre mim e enfim olha-lo, tremendo com a visão de seu rosto calmo, preocupado. Engoli em seco com os batimentos do meu coração acelerados.  

— Me desculpe, mas por que eu deveria fazer isso? — Tossi parar tentar tirar o nó da garganta. Não obtive muito sucesso. Acho que até conseguia fazer ele engrossar. 

— Ela é de confiança. Vai manter seu segredo em silêncio. — Chanyeol parecia chateado por eu não ter me aberto com sua amiga. 

— Olha, Chanyeol, isso é algo extremamente pessoal. Não estou pronta para dizer isso em voz alta. Só te falei aquilo porque não pensei direito, se não, esses acontecimentos continuariam no fundo da minha mente, perturbando apenas a mim. — Respirei fundo e apressei os passos, apertando o botão do elevador. 

— Mas foi bom ter falado. Vai me dizer que não se sente menos pesada do que antes. — Ao girar nos calcanhares para observa-lo, notei que tinha parado no meio do corredor, ainda me encarando com um sentimento de... aquilo era preocupação? Não! Não podia ser. Chanyeol não tinha motivos para ter algum sentimento paternal comigo. Sem essa. 

— Me sinto, mas como eu disse antes, não estou pronta para dizer em voz alta o que aconteceu lá. Não foi simplesmente a minha covardia e a morte daqueles que eu amo. Não te contei todos os detalhes, todas as coisas que eu vi e pretendo deixar isso enterrado. — Comprimi os lábios e baixei os olhos. Bateria minha cabeça na parede caso chorasse agora. 

O silêncio ficou até este ser quebrado pela porta do elevador se abrindo. Entrei e segurei a porta, levantando uma sobrancelha em questionamento na direção do mais alto, perguntando silenciosamente o porquê de ele não entrar. 

Seus olhos continuavam buscando algo em meu rosto. Parecendo satisfeito com algo, entrou, pedindo para eu apertar o 1A. 

— Como funcionam os andares? — Observei mais uma vez o painel, constatando que se tratavam de oito. Quatro para o A e quatro para o B. 

— Os andares A são mais perto da superfície e os B são aqueles mais revestidos, tanto para deixar ar puro entrar lá quanto para deixar o Coringa fora das paredes. Entendeu? — Deu um sorrisinho em minha direção. 

— A parte B atravessa os limites do Domo enquanto a parte A continua dentro. São separados assim para saberem a profundidade do Domo. — Fiquei espantada com meu próprio raciocínio rápido.  

— Exatamente. — Chanyeol parecia um professor feliz com a inteligência de seu aluno. — Aqueles que não tem imunidade ficam nos complexos do A, apenas por precaução caso os sistemas do B falhem. O 1A é o andar mais superficial. Está a metros de distância da superfície, mas tem armadilhas caso os soldados da Base façam algum tipo de vistoria. Os sequestramos, apagamos suas mentes e devolvemos, como se só tivessem ido descansar em casa e voltassem.  

— Foi em uma dessas que eu cai. — Constatei, concordando com a cabeça. — Quem estava na sala comigo? 

— Eu, Baekhyun e Tao. — Bateu o indicador algumas vezes na parede e olhou para o teto, estalando a língua no céu da boca. 

— Foi você que me defendeu. — Murmurei, perdida em pensamentos ao lembrar da discussão que tinha ouvido, segundos antes de desmaiar. 

Chanyeol me olhou, mordendo o lábio e assentindo levemente. 

— É, defendi. — Inclinou a cabeça para a direita. Devolvi o olhar, sentindo minhas palmas formigarem com o contato visual sem falas. Segundos passaram até que ele se pronunciasse novamente. — O que você tinha falado? Antes de ficar desacordada. — Passou a língua pelos lábios. Arrepios percorreram meu corpo, fazendo eu pigarrear e dar a desculpa de que tínhamos que ir logo pois o elevador havia se aberto. 

Rapidamente corri para fora, achando estranho o corredor mal iluminado. Estreitei os olhos e joguei a cabeça para trás, vendo um teto de vidro e várias folhas secas por cima dele. A luz da lua penetrava pelas pequenas frestas entre elas, deixando o lugar assustador. 

— Seria bom você parar de fugir das minhas perguntas e ainda melhor se parasse de se esquivar de mim. — Chanyeol parou ao meu lado, enquanto ouvíamos um pequeno sino vindo do elevador, qual se fechou, levando a maior parte da luz consigo.  

Riu soprado e começou a caminhar. Bufei. 

— Não me esquivo de você e essa pergunta eu pretendo responder em uma hora em que não esteja tão mal humorada por um certo alguém ter me tirado da cama sem me dar explicações do porquê. — Disse indignada, novamente tendo de correr para o alcançar. 

— Por que explicar se mostrar é melhor? — Ele riu, socando as mãos nos bolsos da calça e cantando algo como  “love me right”. 

— Que isso? — Enruguei o nariz, ficando irritada com o fato de sempre me arrepiar com o timbre de sua voz grossa. 

— Uma música. 

— Ah, sério? Nem percebi!  

Chanyeol riu e trombou comigo na curva do corredor, tirando as mãos dos bolsos para me tirar de seu caminho e ao mesmo tempo me guiar pelos ombros.  

Paramos em uma porta de um cofre. Chanyeol me soltou e dirigiu até a fechadura, ficando em uma posição que conseguisse força o suficiente para gira-la e destravar a porta, logo a abrindo. 

O ar fresco da noite me atingiu em cheio, fazendo meus cabelos voarem.  

— Vamos? — O mais alto sorriu e fez um sinal para sairmos. 

— Por que? — Sussurrei, meus olhos vagueando em seu rosto, prestando máxima atenção nos detalhes de seu rosto alegre. — Ainda hoje você estava agindo como um cavalo comigo. Por que está assim tão solto? 

Minhas palavras pareceram ser o suficiente para desmontar sua alegria. Sua expressão causou reviravoltas em meu estômago. 

— Porque Yangsoo me pediu. — Um soco teria doído menos. 

Soprei uma risada de puro desgosto e saí para fora, sem acreditar que eu realmente poderia ter recebido algo melhor do que aquilo. Claro que eu estava viajando em outro mundo se pensava em me aproximar de Chanyeol! Idiotice! 

— Yesun! — Yangsoo acenou, sentada em cima de uma pedra com Baekhyun de pé ao seu lado. 

Também estavam ao seu lado mais três garotas, quais conversavam em sussurros. Jimin e Yoongi pareciam entretidos com suas facas, fazendo movimentos com elas e corrigindo um ao outro sobre como as armas deveriam ser usadas. Todos se encontravam no meio de uma pequena clareira, com um teto natural feito pelos galhos das enormes árvores. 

Respirei fundo, tentando acalmar meus nervos decepcionados e me aproximando do grupinho. 

— Sun, quero te apresentar as garotas: Hyunyeon, — Apontou para uma ruiva, qual sorriu e acenou animada. — Soowon, — Sinalizou a de cabelos negros, esta se curvando e sorrindo sem mostrar os dentes. — E por último, mas não menos importante, Seungjung. — Ela era morena e parecia uma das mais alegres pelo modo como se aproximou e me deu um abraço apertado. 

— Bem vinda. — Sorriu de orelha a orelha ao se afastar de mim. 

— Obrigada. — Retribui, sem graça pela aproximação.  

— Aposto que o Chanyeol não explicou bolhufas, então vamos logo com isso. — Yangsoo bateu palmas e sorriu, andando até uma trilha muito bem escondida por galhos e folhas. 

Os outros a seguiram, Chanyeol também, este me ignorando por completo. Me segurei ao máximo para não arrancar um galho qualquer para bater nele. Fingindo que uma parte de mim não tinha se machucado com suas palavras, passei por ele para chegar até Baekhyun, a pessoa qual eu era mais aproximada dentre todas ali. 

— Está melhor? — Falei baixinho, mesmo que os outros a nossa frente estivessem muitos entretidos entre si para prestar atenção em nós. 

— Estou. Conversei direito com Yangsoo e entendo o ponto de vista dela, mas continuo preocupado. — Suspirou e me olhou, sorrindo de canto. — E você? Não pareceu muito feliz quando saiu do Refúgio. 

Engoli em seco com o questionamento deixado no ar. O que eu poderia responder? Me feri sentimentalmente com as palavras indiretas de Chanyeol deixando claro que ele não queria se aproximar de mim? Ferida por alguém que mal conhecia? Que tipo de sadomasoquista eu tinha me tornado? A situação era ridícula e me sentia com vergonha de falar isso em voz alta, ainda mais com o próprio culpado andando silenciosamente atrás de mim. 

— Mal humor de ser acordada no meio da noite. — Dei de ombros, dizendo a primeira mentira que me veio a cabeça. — Vai me contar o por quê da saída repentina ou manter segredo como todo mundo? 

— Vai ser mais legal se você ver com os próprios olhos. — Baekhyun riu, abraçando meus ombros e me sacudindo de leve. 

— Não gosto de surpresas. — Murmurei, deixando um suspiro escapar. 

— Dessa você vai gostar. 

Mordi a língua para não retrucar, apenas os seguindo para onde quer que fosse. Ao olhar para cima, vejo o reflexo do Domo, logo atrás o céu estrelado, sem nuvem alguma. Era realmente muito bonito. Será que era assim antigamente? 

Donghyun dizia que não podia se ver tanto as estrelas graças a poluição. 

Fiquei tão concentrada observando os galhos abrindo-se e mostrando aquela visão tão bela do fundo negro pontilhado com brilhos distintos, que acabei esquecendo que o chão escondia entre suas folhas mortas variados galhos e pedras, tropeçando em algo e por pouco não caindo. 

Chanyeol me segurou antes que pudesse cair.  

Jogo mais a cabeça para trás, vendo ao contrário sua carranca. 

— Preste mais atenção no caminho e não no céu. — Murmurou, me empurrando levemente para ficar de pé. 

Baekhyun estava parado um pouco mais a frente, me observando com os olhos arregalados. O grupo, por outro lado, se encontrava muito mais distante. 

— Desculpe. — Murmurei, dando uma última olhada para cima antes de continuar andando, sorrindo para Baekhyun como um pedido de desculpa. 

— Tudo bem? — Indagou quando parei ao seu lado. 

— A-hã. Só fiquei distraída. Nada com o que se preocupar. — Olhei para Chanyeol, qual levantou uma sobrancelha em minha direção. Limpei a garganta e voltei a caminhada. — Vamos. Quero ver essa tal surpresa.  

— Cuidado. — Ouço Chanyeol falar e um arquejo de Baekhyun, mas quando me virei para encara-los, meu pé topou com mais um obstáculo. 

Acho que não mudei tanto.

Como se fosse em câmera lenta, me vejo caindo, o rosto indo em direção a uma pedra negra. Batidas martelaram em meus ouvidos e em um movimento ainda mais rápido, minha mão se espalmou contra a pedra, qual era demasiada grande, a partindo ao meio. 

O tempo voltou ao normal conforme eu puxava o ar e me via apoiada, como se fosse fazer flexões. 

— Yesun! — Olhei para o lado e encontrei um Baekhyun assustado, me encarando com os olhos arregalados e respiração ofegante. 

Chanyeol estava logo atrás, as mãos nos bolsos, os lábios crispados e o cenho franzido. 

— Yesun! Sua mão! — Voltei minha atenção para Baekhyun e franzo as sobrancelhas, descendo o olhar para meus dedos ensanguentados. 

— Baekhyun, você sabe do que a pedra era feita? — Chanyeol falou com sua voz grossa, me deixando arrepiada. 

Confusa, me ajoelhei e trouxe a mão latejante para perto dos meus olhos, tentando ver quanta merda tinha feito com a pouca luz que a lua me proporcionava. Tentei ligar meus sentidos de Matriz, a visão noturna, mas foi a mesma coisa que aconteceu na enfermaria. Minhas íris eram como lâmpadas que apagavam e se ligavam, mudando de cor, parecido com um pane no sistema. Bufei, frustrada comigo mesma.  

Menti tanto sobre o problema com o chip e este acabou se tornando real. 

— Não! Está muito escuro! — Baekhyun olhou para o destroços da pedra. 

— Lonsdaleíta. — Sussurrei, acariciando os machucados, quais já se fechavam. Engoli em seco ao receber o olhar indignado do loiro. — A pedra era lonsdaleíta. — Me viro para Chanyeol. — O mesmo mineral encontrado nos meteoritos. — Ele continuava me encarando de forma impassível. — Isso é muito mais resistente que o diamante. — Olhei para meus dedos, agora já curados.  

— Merda, Yesun... — Murmurou Baekhyun, pegando um pedaço da pedra negra e a revirando nos dedos. — Acho que você precisa falar sobre isso com o Junmyeon. 

— Melhor não. — Chanyeol se pronunciou, se aproximando e segurando meu cotovelo, surpreendentemente, me levantando de forma cuidadosa. — Suho vai ficar enchendo o saco dela para ela falar se houve alguma experiência diferente quando era pequena e coisas do tipo.  

— E deixar isso escondido? E quando ele descobrir? Você acha que ele vai pegar leve? — Baekhyun também se levantou, nos encarando com uma expressão nada legal. 

Os dois ficaram se encarando por alguns segundos até eu ranger os dentes e bufar, me afastando de ambos. 

— Isso sou eu que deveria decidir, não acham? — Perguntei irritada, fazendo os olhares migrarem em minha direção. 

— Yesun, veja a cena como se não fosse você, ok? — Baekhyun começou, levantando a pedra na minha frente. — Você mesma acabou dizer que isso é muito mais resistente que o diamante e acabou de quebra-la com apenas uma única mão, esta qual não sofreu quase nenhum dano e se recuperou em questões de segundos. Agora, se veja no lugar do Suho: há muitos problemas que tem de resolver, uma Matriz aparece do nada, a Base não se pronuncia a dias, e essa mesma Matriz surpresa tem uma força qual nenhuma Matriz apresentou antes, isso fica escondido até enfim você ver com os próprios olhos. O que você pensaria? — Respirou fundo, levantando uma sobrancelha. 

— Iria entender que a Matriz surpresa está assustada, que também está passando por dificuldades, que já passou por algumas, não está recuperada, está tendo muita pressão nas costas, somando o fato de que nem ela tinha conhecimento da força descomunal e já tem medo que desconfiem dela, então não contou pensando que a desconfiança iria apenas aumentar. — Fiz o mesmo gesto, tentando ao máximo manter minha respiração controlada. 

— Pedi para você ver pelo lado do Suho e não pelo seu. — Vi sua mandíbula se enrijecer e engoli em seco. 

— Devia ter se lembrado que não conheço Junmyeon para conseguir fazer uma análise disso pelo ponto de vista dele. O que me contou foi uma visão geral, montou um cenário e pediu o que eu pensaria. E eu respondi. Veria que não sou a única com problemas.  

— Ei! — As três cabeças se viraram para encarar Yangsoo. Ela riu de leve e inclinou a cabeça para a direita. — Vamos. Já achamos a entrada.  

 

Fingíamos que nada tinha acontecido e seguimos o grupo até chegarmos perto de um prédio abandonado, aonde uma porta dupla de um amarelo gasto estava arrombada, Jimin acenando em nossa direção animadamente. 

Yangsoo riu e correu até lá. 

Fiquei mais atrás, observando Chanyeol e Baekhyun discutirem sobre uma decisão, esta qual deveria ser minha. 

Bufando, acelerei os passos, ultrapassado os dois e logo correndo para a abertura escura do prédio.  

— Toma cuidado, Sun. — Baekhyun gritou atrás de mim, ainda fora do prédio. Pisquei algumas vezes e olhei em volta, conseguindo ver uma luz qual vinha do alto. 

Ao olhar naquele direção, vi, bem lá em cima, uma claraboia, aonde os raios lunares entravam e iluminavam os quatro andares de escadas. 

Hyunyeon e Soowon empurravam uma a outra em uma tentativa de disputar corrida até o topo. Estavam já no terceiro lance. Yoongi puxava Yangsoo enquanto Jimin a empurrava, ela reclamando que deviam pegar o elevador e eram muitos degraus para subir. 

Comecei a minha subida também, indo de dois em dois degraus, cantarolando para afastar pensamentos ruins e juntamente a raiva infiltrada em meu peito. Foi uma boa distração, já que em questão de segundos, me encontrei no telhado, observando a iluminada Seul. 

O grupo estava perto do parapeito, rindo e brincando. Jimin ameaçava derrubar Soowon e ela batia nele, o chamando de alguns nomes feios. 

Baekhyun suspirou atrás de mim, arrastando-se para perto deles e segurando a mão de Yangsoo. Ela riu e abraçou o loiro, encostando a cabeça no peito dele. 

— Ah, merda, estou de vela. — Bufou Hyunyeon, olhando os casais. 

— Vela nada. Estou aqui, querida. — Yoongi se aproximou dela, ameaçando fazer cosquinhas. 

— Prefiro ficar de vela. — Hyunyeon riu e o empurrou com o pé, mas Yoongi o pegou e a puxou, por pouco não a agarrando, já que ela foi mais rápida e meteu um soco no estômago dele. — Vai sonhando, Suga. — Gargalhou a ruiva. 

Dou um pequeno pulo ao sentir dedos segurando a mão qual parti a lonsdaleíta. Girei nos calcanhares, pronta para socar o orelhudo, porém este segurou o punho que eu tinha erguido, fazendo uma expressão de desdém para mim. 

— Não vai querer fazer isso. — Murmurou, abaixando minha mão. 

— Auto defesa. — Cerro a mandíbula e torço o nariz, fungando em seguida.  

— Vem. — Diz e antes de me deixar protestar, me arrastou para outro lado do telhado, aonde o grupo não conseguiria nos ver. 

Pensei que ele ia me jogar pelo telhado, dar a desculpa de que eu era estabanada demais – o que era verdade –, e complementar que quando tentou me segurar, era tarde, mas na verdade, simplesmente se posicionou ao meu lado, observando juntamente comigo as luzes da cidade de Seul. 

Era realmente muito bonita olhar aquilo, se você esquecesse que toda aquela população era feito de capacho, que se matavam por nada e que fora das divisas, havia o fim do mundo. Se não pensasse que Seul era apenas uma bolha de hipocrisia, a vista ficava bela. 

— Vai me jogar? — Digo ao olhar para baixo, vendo quão distante do chão nos encontrávamos. 

— Sabe, Yesun, deve pensar que te odeio. — Comentou ao apoiar-se no parapeito, o olhar perdido nos prédios distantes. 

— Você não deixa uma impressão contrária. — Respondo de forma irônica. 

— E que eu quero acabar com você. — Continua, como se eu não tivesse dito nada. Ri baixinho sarcasticamente. — Mas esqueceu de pensar que caso eu quisesse te matar, já teria feito. — Nossos olhares se encontraram. 

— Devia ter feito isso. — Continuo com o sorriso, mas dessa vez, sem mostrar os dentes, voltando a atenção para as luzes. 

— Não é sua culpa o que aconteceu.  

— É minha culpa por não ter feito nada. — O encaro, incrédula por ele me achar inocente. Justamente Chanyeol. Era engraçado.  

O modo intenso com que retribuía o contato visual me deixava estranha, sem conseguir achar palavras para descrever aquilo. 

— Existem certos momentos em que não podemos fazer nada, Yesun. Se você tivesse feito algo, poderia estar morta agora, mas se está viva, existe um motivo para isso, então, tentando agir como um amigo agora, escuta o que estou te dizendo: não é sua culpa e não há nada que possa reverter aquilo, mas se realmente os ama e quer vinga-los, a melhor coisa a se fazer é viver por eles, mas não deixando de lembrar de viver da forma que você quiser. Seja feliz em tributo ao que passaram. — A cada palavra que ele me dizia, algo em meu coração se remexia. Algo... bom. Algo que pensei que tinha morrido juntamente com minha família no celeiro. 

Pisquei, sentindo os olhos marejados. Engoli o choro e abaixei a cabeça. Não queria entrar naquele assunto agora. Não quando estávamos com outras pessoas por perto. 

— Sou um perigo? — Olho para seus fios, agora prateados, lembrando de sua explicação sobre sua mudança de aparência. 

— Eu disse que admito minha aparência de Matrix quando estou muito ligado na tomada, não quando tem algum perigo. — Chanyeol riu baixinho e revirei os olhos, mordendo a língua para não fazer o mesmo. 

— E por que está assim agora? — Observo um meio sorriso brotar em seu rosto e ele piscar um olho. 

— Um mistério para você descobrir. 

— Estou com uma impressão de que quando voltarmos, vai parar de agir como se fosse meu amigo e voltar a ser o carrancudo. — Cutuco minha cutícula, ainda me sentindo tristonha por lembrar das mortes. 

— Não. De agora em diante, vou dar uma amenizada. A partir de hoje, seremos aminimigos. 


Notas Finais


agora todas as garotas do blackpink estão aqui para divar. sz
dedico esse capitulo pra bre, omma e mozona, que são elas. sz love vocês.
e beezus e mah, calma a raba que logo vocês divam. u.u
é isso mesmo. nada a comentar. rs'
https://www.youtube.com/watch?v=zQGPDI8h9NQ aqui o teaser caso vocês nao tenham visto. saksopa
e logo tera um segundo. u.u
beijinhos.


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