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História Matryoshka - Lar, amargo lar


Escrita por: ananalamm_

Notas do Autor


EAE CARALHOOOOOOOOOO
gente, voltei (a vá Ana, serio?) e com um PIKA CAPITULO NOVO (uau nem percebi)
eu sei que demorei uma verdadeira caralhada de tempo pra postar, rolou muito bang na minha vida, mas enfim, nobody cares
Enfim, boa leitura, bj

Capítulo 4 - Lar, amargo lar


 

 

 

Tóquio, Japão

15h31min a.m

 

Logo após a campa ter anunciado o fim dos últimos 180 árduos minutos de aula, os alunos seguiram um caminho até o pátio principal, como se todos estivessem sidos liberados de um cárcere após dias presos. Gumi esperou que a multidão de estudantes esvaírem-se de toda a sala, e assim, dirigiu-se ao enorme pátio quase que cenográfico, e lá aguardou seu pai.

Ela admirou o espaço onde se encontrava até os limites do seu campo de visão e lá deixou o olhar se perder. Até que, quase instantaneamente, seus olhos pararam justo na figura de Len, que a encarou brevemente e deu um rápido aceno. Gumi sentiu as maçãs do rosto arderem e queixou-se por isso. Ora, logo no primeiro dia estava a “morrer de amores” por algo tão simples. Ela se sentia idiota por isso.

O som da buzina a qual reconhecia bem a tirou de seu transe, e então, andou em direção ao carro que a esperava. Ela se sentiu uma pontinha de inveja dos alunos que iam para casa a pé ou sozinhos, ela ansiava ser independente a tal ponto, mas sabia que voltar pra casa sozinha estava longe de acontecer.

 — Boa tarde. – Seu pai sorriu logo que a mesma adentrou o automóvel.

— Oi pai. – sentou-se no banco de trás e prendeu o cinto.

— Então, como foi o primeiro dia? – indagou, deslocando o veiculo e seguindo o caminho de volta pra casa.

— Bem. – Gumi deu ombros, e contemplou a vista da cidade além da superfície de cristal. Tóquio realmente era um lugar bonito, e ela se sentia um tanto feliz por estar morando em uma cidade tão admirável agora.

— E como que você tá? – Isaac questionou, o que pra Gumi era apenas uma versão mais polida de “não surtou e nem fez alguma besteira como sempre?”.

— Bem. – deu um suspiro longo e pesado.

— Mesmo? – ele a olhou pelo espelho do carro, desconfiando da resposta que lhe foi dada.  

— Pai. – Gumi cortou sua fala, fechou os olhos e logo os abriu novamente. – eu to bem.

A esverdeada não viu, mas podia sentir que Isaac pressionou os lábios e assentiu lentamente e desde então, ele não perguntou mais nada. Apenas dirigia em silêncio, e era assim que a viagem seguira por um tempo.

Alguns minutos depois, haviam chegado à casa de dois andares. Gumi tirou os sapatos e apenas havia dito um “oi” desanimado para Ekaterina, que estava sentada na mesa da cozinha em meio a uma pilha de papéis.

— Boa tarde pra você também. – A mais velha dissera escorrendo sarcasmo na fala.

— Boa tarde... – Disse baixinho, parando repentinamente de subir a escada.

— E aí, como foi o primeiro dia? – questionou meio animada, mas ainda sim, com uma pontinha de ironia na pergunta.

— Normal. – Gumi deu ombros. Ekaterina arqueou as sobrancelhas e ficou com uma expressão mais séria.

E então logo depois Gumi subiu a escada e foi para seu quarto. A mesma aparência de sempre: um bloco quadrado com uma cor sem graça de um quadro empoeirado. Lar, amargo lar. Ela suspirou por chegar e ter que ver o mesmo quarto da mesma forma várias e várias vezes.  Era irritante ficar horas dentro de uma caixinha sem cor.

Enfim, a esverdeada trocou de roupa, pegou os cadernos e tentou fazer as tarefas escolares que havia perdido. Era difícil tentar se centralizar nas atividades, principalmente com Gumi, qualquer coisa a distraía e desconcentrava-a com uma grande facilidade. Ela se esforçava para se manter concentrada no exercício, porém, três batidas na porta do quarto foram o suficiente para desconcentrá-la de seus pensamentos.

— Posso entrar filha? – Isaac indagou ainda por trás da superfície de madeira.

— Pode. – Gumi respondeu apoiando a cabeça sobre a mão enquanto rabiscava no caderno algo relacionado aos exercícios.

O homem adentrara o quarto e sentou-se na cama da garota.

— Bem... Esqueci de te avisar, mas, marquei uma consulta com uma terapeuta pra você. – Isaac disse receoso, depois coçou a nuca.

— E porque não disse antes? – Ela se virou para olhar o homem que agora estava a encarando.

— Teria dito se não estivesse tão ocupado esses dias... – O mais velho respondeu. – Marquei para hoje, ás 5h da tarde, vai dar tempo de terminar sua tarefa. – Ele se levantou e Gumi apenas assentia.

— Tá. – ela disse sem nenhum tipo de alteração na voz.

Logo depois, Isaac havia saído de seu quarto, e ela ficara sozinha de novo. A esverdeada passou as duas mãos entre os cabelos verdes, logo depois soltou um suspiro abatido. Gumi sempre odiou o fato de contar sobre as vozes incoerentes, sombras disformes que via e ouvia para alguém desconhecido que a tratava como uma completa maluca. Mas infelizmente era necessário.

Gumi ficou pensando por alguns minutos, não havia muito que fazer, era simplesmente ir para a terapia, “falar sobre sua vida” e ponto final. Após um tempinho pensando, ela fechou o caderno, guardou os materiais escolares e foi tomar um banho rápido. Logo depois, vestiu uma calça jeans preta e um pulôver laranja folgado que não valorizavam nem um pouco as curvas de seu corpo, mas ela não dava à mínima para isso.  Nem ao menos se deu o trabalho de se olhar no espelho antes de sair do quarto, ela sabia que o reflexo denunciaria uma aparência triste e cansada. E não estava nem um pouco a fim de ver os olhos verdes carregados de estresse.

Sem mais demoras, ela desligou a luz do quarto, saiu dele e desceu as escadas em direção a sala de estar. Nela, seu pai a esperava e sem demora, ambos seguiram um caminho ao carro e adentraram o mesmo.

O caminho seguia como o mesmo que o da manhã seguira: silencioso, onde os únicos baques de som presente eram do ar condicionado no carro e de vários carros transitando as ruas com a mesma pressa que Isaac estava. Ele, vez ou outra olhava para Gumi pelo canto do olho e mentalmente, se perguntava o porquê de ter algo errado com a única filha.

A viagem durou cerca de 20 minutos – embora parecessem 20 anos – e o Civic de seu pai havia estacionado em frente a um edifício branco e de arquitetura geométrica, com uma placa de vidro bem em frente a entrada com as palavras “Clinica psiquiátrica de Tóquio”.

 Algumas pessoas que por ali perto passavam, tinham alguns olhares tortos para Gumi, talvez por ela estar entrando em uma clinica psiquiátrica. Ela tentava ignorar os olhares que recebia, tudo o que mais queria era que ali fosse um recomeço pra ela.

Isaac e ela atravessaram o saguão principal e pararam em frente a um balcão, onde uma mulher baixinha parecia trabalhar apressadamente e desastradamente.

– Boa tarde, em que posso ajudar? – Ela curvou o corpo pra frente ao se levantar da cadeira parecendo sair de um verdadeiro transe hipnótico.

– Boa tarde... Marquei um horário com a terapeuta... – Isaac tocou de leve as têmporas tentando se lembrar de algo. – Naomi Keiko.

A mulher assentiu e fez uma expressão não muito boa.

— Naomi Keiko não se encontra na Clinica agora. Ela precisou sair para resolver um problema pessoal e disse que não voltaria hoje. – A moça falou com uma cara envergonhada, como se quisesse se desculpar. – Mas há outra terapeuta disponível agora.

— Qual o nome dela? – Isaac indagou, parecia um tanto irritado pois era um tanto exigente nesse quesito, o que até fazia parecer que ele realmente se importava com a terapia da filha.

— Nakajima Megumi. – A mulher respondeu.

Isaac pareceu prender a respiração por longos segundos, e ficou parado, encarando o balcão com um olhar um tanto sobressaltado. Gumi o fitou sem entender o porquê da reação de homem a sua esquerda, que logo depois soltou todo o ar dos pulmões.

— Tem certeza que há somente esta disponível agora? – Isaac pareceu voltar a seu estado normal massageando as têmporas com o cotovelo sobre o balcão.

— Sim senhor. – A jovem assentiu. – Devo chamá-la? – Indagou com o telefone em mãos.

— Por favor. – Ele assentiu e olhou para Gumi, com um olhar preocupado, um turbilhão de pensamentos pareciam rondar pela sua cabeça, mas ele logo tratou de tirá-los. Enquanto isso, a moça conversava com uma mulher no telefone, mas não demorou muito para ela encerrar a chamada.

— Sala 3, no final do corredor á direita. – A mulher falou e voltou com toda a sua atenção a tela do computador.

O homem assentiu parecendo preocupado, e depois tirou o celular do bolso, enquanto se abaixou um pouco para falar mais perto de Gumi.

— Vou precisar ir agora, tenho uma reunião daqui a meia hora, mas volto para te buscar no final da sessão. – Ele falou baixinho ainda encarando o aparelho em mãos. Logo depois teve a visão voltada para Gumi. – Boa sorte.

A esverdeada apenas assentiu desanimada. Logo depois seu pai atravessou as duplas portas de vidro rapidamente Ela olhou em volta de onde estava e começou a andar seguindo o caminho que foi lhe dado, realmente precisaria de sorte. 

 

 

 


Notas Finais


eae ta um lisho razoável?
não sei se atingiu as expectativas (isso se alguém cria né) de vocês e eu acho que ficou muito grande também, mas é a vida bicho
TABOM PAREI, até que ficou legalzinho :')
se não for pedir muito, me sigam n twitter pessoas :DDD, falo muita bosta la mas é a vida @sweetzyixing (to me sentindo tão bem com esse user fofinho)
mas é isso né, bjo no olho
xablau


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