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História Mauerbauertraurigkeit - Palavras - Capítulo Único


Escrita por: Locky_Kitty

Notas do Autor


Desafio todos a falarem em voz alta o nome dessa fic.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Mauerbauertraurigkeit - Palavras - Capítulo Único


    - Saeyoung...
    A porta em que estava encostada permanecia fria. O tom alegre típico, vezes forçado, escondeu-se. Minha testa sentindo a dureza da lisa madeira mandava calafrios pela minha espinha.
    Era engraçado pensar que a três dias meu coração palpitava pela ideia de finalmente ter companhia neste solitário apartamento, incentivado pelo sujeito que viria. Luciel era sinônimo caloroso e divertido, conversávamos à noite quando não conseguia dormir - o que deixava a culpa me consumir ao escutar a voz dele às 4 horas da manhã, mas logo era substituído por preocupação pela saúde do garoto -, trocávamos imagens aleatórias engraçadas de memes e gatos, e tudo que emanava oralmente dele era brilhante e revigorante.
    Essas eram minhas impressões. Minhas ingênuas impressões.
    Desde sua chegada nada relevante sobre minha solidão mudou. As paredes continuavam gélidas assim como as atitudes de meu colega de dormitório. O apartamento continuava silencioso.  Contudo, tudo relacionado a ele mudou.
    Deslizei ambas mãos pela porta enquanto afastava a cabeça da superfície. Um suspiro doloroso afegou meus lábios.
    - Luciel, você tem que comer alguma coisa. - Desde que colocou os pés aqui dentro não o vi comendo nada, provavelmente para ignorar minha pessoa, já que minha aproximação para com ele é seguida de expressões frustradas e nojo. Luciel trancou-se em um quarto e lá permaneceu. 
    - Não. Estou trabalhando. - Voz abafada e ríspida. Esta é a única resposta disponível para minhas tentativas em fazê-lo realizar atividades necessárias humanas.
    E mais uma vez a culpa me abatia. Claro que ele estava trabalhando. Ele estava aqui por mim. Para desfazer o plano explosivo de Rika e me salvar. Então por que relevar meus desejos egoístas? Por que não compreender a situação entre ele e seu irmão?
    - Precisa comer algo, não pode ficar dois dias sem comer. - Levantei levemente o tom de angústia em minha voz amparada pelo meu coração. Ah, é por isso. É por isso que eu continuo correndo atrás de tentações egoístas. Pois ele em si é a razão de minha amargura.
    - ... Vá embora, está me atrapalhando. 
    Mordi o lábio e apertei meus dedos contra a palma de minha mão. Não entendia o contraste entre o homem que conheci e o que está á 5 metros de mim, escondido por trás de uma porta. Queria ajudar e queria chorar. Queria me atirar nos braços dele e apertá-lo contra meu peito. Queria acariciar suas mechas rubras e lhe convencer que não precisava trabalhar tanto.
    Mas por hora teria que engolir meus egoísmos.
    Desprendi-me da porta e dei dois passos para trás. Encarei o rodapé trilhando os pensamentos negativos para o lado obscuro de minha mente, onde estavam os demais acumulados nos últimos dias. Afinal que bem traria levar meu negativismo para Luciel?
    Caminhei para longe da porta com um sorriso sofrido. Era hora de cozinhar.
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    Luciel espiou pela  fresta inferior da porta a sombra da garota desaparecer e parecia que suas poucas palavras apertavam seu coração.
    Testa franzida e olhos cansados, ele repetias as mesmas frases mentalmente, 'É o melhor para ela. Para nós dois.' 'Não vale a pena.'. Ele conhecia suas mentiras internas, e elas não se comparavam a seus envolvimentos emocionais.
    O jovem geek amaldiçoava-se por ter tanta afeição por alguém tão constante. E amaldiçoava o foco de sua afeição.
    Passando os dedos em sua franja esbarrando pelo aro de seus óculos, Luciel respirou fundo, repassando suas ações. Ele sabia que elas machucavam e iam contra todos os instintos de agarrar a graciosidade a sua frente. Permanecer no mesmo ambiente era tentação em demasiado.
    Não conseguindo mais continuar a digitar, ele levantou-se e embrulhou alguns muitas embalagens de Huney Budha Chips para jogá-las fora. Ele pensava, 'Deveria dar uma olhada. Ela/e deve estar comendo algo agora.'
    Luciel abriu a porta cuidadosamente e caminhou até a porta da cozinha perguntando-se se tal estaria alimentando-se direito, não seguindo seus maus costumes. Ele viu o conteúdo na panela sendo mexido pela criatura angelical que caiu injustamente na mesma vida que ele. O cheiro era uma armadilha para seu estômago, que temeu gemer, o que fez Luciel correr de volta para o quarto. Era mais seguro observá-la/o através das câmeras, afinal.
    Voltando a seu PC, Luciel afastou seus pensamentos amorosos e angustiados com o intuito de continuar trabalhando.  Foco era algo importante num trabalho que requeria concentração.
    Mas foi difícil ignorar o acalento em seu peito quando através de seu monitor ele a/o viu retirar o conteúdo do panela e o despejar em duas tigelas.
 



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