Eu acho que nunca fiquei tão ansiosa durante minha vida toda. Parecia que o Sol tinha acabado de se levantar quando eu consegui pregar os olhos.
O som estrondoso do despertador do celular não foi capaz de me acordar na hora, mas não adiantou muita coisa, não existe despertador melhor do que a sua própria mãe. Ao menos, não melhor que a minha.
Eu deveria acordar às 09h00 e as 09h02 ela já estava gritando feito uma louca.
- CHLOOEEEE! LEVANTA!
Depois de retomar meus sentidos com a gritaria dela, consegui ouvir o “Hello, Hello” do meu bias no despertador. Sem nem abrir os olhos eu meti a mão, com força, em meu pobre criado mudo, que não tinha culpa nenhuma por eu ter dormido mal. Tateei a planície do móvel, derrubando um quadro no chão. “Merda!” pensei, mas o sono não me permitia querer olhar alguma coisa. Após enroscar no abajur e, finalmente, encontrar meu MotoG2, o trouxe até debaixo de minha coberta, onde minha cabeça ainda se mantinha.
- Bom dia JongHyun... Bom dia, SHINee, mas chega.
Deslizei o dedo pela tela do celular e desliguei o alarme ainda com os olhos fechados, já sabia como aquele celular funcionava. Joguei as cobertas para os meus pés e deixei a preguiça me dominar, pensei em levantar da cama em paz, mas já comecei o dia caindo sobre um amontoado de malas no chão.
- AAAAAAAAAARRRGH! – urrei – EU NÃO AGUENTO ESSA VIDA!
- PARA DE GRITAR IGUAL UMA LOUCA E VEM COMER! – minha mãe gritou logo em seguida.
Suspirei, soprando uma mecha de meu longo cabelo castanho sobre o rosto para frente, aquilo me irritou um pouco mais. Mas ao olhar as malas eu sorri, e ao me levantar e coloca-las no lugar, já estava disposta a tentar de novo. Foi quando vi o quadro que caiu no chão.
Agachei-me para pegá-lo. Meus olhos brilharam ao ver, um porta-retratos, uma foto minha com minha mãe e meu pai, e uma carta grudada com uma fita adesiva. Eu abi para ler. Sorri ao observar um pequeno bilhete, com mais espaço em branco do que escrito, na letra da minha mãe.
“Bom dia, filha. Há essa hora, você já deve estar pronta e só ter reparado agora. Só queríamos lhe dizer (mesmo sem saber como) que sentiremos sua falta. Espero que sua vida daqui pra frente seja linda, que você possa alcançar todos os seus objetivos, minha pequena -Chloe- Arym.”
Deixei-me levar por tudo o que os meus pais já haviam feito por mim, pus o presente na mala e me levantei, agradeci a Deus por mais um dia e pensei “Agora é sua vez de mostrar que pode fazer alguma coisa por eles!”
Meu nome é Arym Wild, tenho 22 anos e muitos problemas que ainda não aprendi a lidar, com as malas prontas para minha mudança para um Campus e com toda certeza, não sou a melhor pessoa que você já viu, mas pelo menos assumo isso.
É... Bem-vinda à vida adulta, Arym.
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