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História Maybe - O campus


Escrita por: bittersweetmary

Notas do Autor


Arym acabou descobrindo que as pessoas são bem mais do que parecem.
E a confusão está feita.

Capítulo 5 - O campus


Fanfic / Fanfiction Maybe - O campus

Acordei no outro dia com um estrondo totalmente diferente do que eu era acostumada. Eram sete horas da manhã quando alguém ligou o rádio para fazer sei lá o que, e eu com meu sono leve acabei despertando também.

 Um som começou calmo, e dedos estralaram. Então uma voz feminina muito doce praticamente falou algo como “Blackpink in your area. Blackpink in your área” eu não entendi nada, e nem deu tempo de entender uma batida absurdamente envolvente tomou conta da música depois de uma garota cantar extremamente rápido, como em um rap “Been a bad girl, I know! I AM And I'm so hot, I need a fan. I don't want a boy, I need a man.” E MEU DEUS. O QUE ESTAVA ACONTECENDO? Parecia que o som estava tomando conta de todo o andar. Eu adorei a música, mas, meu Deus! Eram sete da manhã. Levantei da cama meio irritada, me olhei no espelho e arrumei meu cabelo. Saí de qualquer jeito.

Usei minha audição para descobrir de onde estava vindo aquele estrondo absurdo, mas não precisei me esforçar muito, ao abrir a porta e olhar para frente, lá estava o quarto 23 e eu automaticamente identifiquei. “Sr. Angel, eu vou acabar com sua raça!” pensei, cerrando o punho e batendo na porta com força em pleno refrão da música. Ninguém abriu. Bati de novo. O som abaixou e eu estava tentando controlar a respiração, cheia de ódio.

 A porta abriu e lá estava ele. Olhando-me com seus mesmos olhos cortantes e seus cabelos escuros jogados para o lado esquerdo de uma forma bagunçada. Ele era tão lindo, seu rosto tinha um formato de coração e seus lábios eram um pouco mais grossos que o esperado, mas tudo aquilo combinava com sua cor clara. Ele estava usando uma camisa preta escrita “give me a new chance” em branco, sua mesma calça de sarja tão preta que se misturaria à sua própria sombra se não estivesse usando um Adidas Superstar totalmente branco exceto em suas três listras pretas. Eu perdi completamente os sentidos e fiquei o observando com a boca anteaberta. Ele sorriu.

- Bom dia, Srta. Wild! Posso ajudar? – seu sarcasmo fez meu sangue ferver e eu me lembrar o porquê de eu estar lá.

- BOM DIA O CARALHO, SABE QUE HORAS SÃO? QUE MÚSICA É ESSA?

- Ah! Você gostou? – ele disse, tranquilamente. – Se chama “BOOMBAYAH” de um grupo que eu gosto, chamado BlackPink.

- NÃO ESTOU PERGUNTANDO ISSO! DESLIGUE AGORA ESSA DROGA!

- Primeiramente: Respeite meu gosto musical, por favor. Segundamente: Calma moça! Porque você não respira um pouco? Aproveita e tira esse pijama, já que iremos conhecer o campus em... – ele olhou em seu relógio que parecia uma pulseira digital. – meia hora. Não recebeu o e-mail no celular? – ele mostrou um Sansung J5 pra mim, com a tela aberta em seus e-mails. - Aqui eles são bem tecnológicos. Aliás, você sabia que aqui o som é liberado a partir das sete? E agora são sete horas. Então... Entendeu?

 

Eu tomei um susto. Ainda estava de pijama? Sim. Eu ainda estava de pijama! PUTA QUE PARIU! Meu rosto começou a ficar extremamente vermelho, eu senti isso, e minhas orelhas queimaram. Ele deu um sorriso sarcástico, colocou os óculos de grau com meia armação redonda e a base das hastes quadradas e completou. – Seu cabelo está bonito. Não arranje mais problemas. – e fechou a porta na minha cara. O som voltou a tocar como se eu não houvesse dito nada. Meu sangue ferveu e eu quis urrar, mas apenas respirei fundo e disse para mim mesma, voltando para meu quarto “Está tudo bem, Arym! Você não vai precisar suportar esse cara pra sempre!”. Acordei as meninas e Sarah e AyLeen se arrumaram rapidamente, dançando a música do vizinho que havia conseguido explodir meus nervos. Elas riam e zoavam fazendo movimentos sem sentido só para tentar me fazer rir, mas eu estava ocupada demais mordendo o fundo da minha caneta enquanto anotava as regras do campus que havia recebido no celular. (Eu deveria agradecer a ele mais tarde por ter me avisado como funcionavam as coisas? Eu não iria.)

Estávamos prontas. Eu estava com o meu Chanel de sempre, um batom vermelho forte e uma camisa preta gola v com o desenho de uma caveira explodindo em vermelho, uma calça jeans preta com a barra dobrada um pouco acima do tornozelo e uma sapatilha preta. AyLeen estava com uma regata vermelha escura e uma calça jeans azul, o allstar completou o look, combinando com o rabo de cavalo alto que ela fez no cabelo. Já Sarah não se arrumava, ela se deixava divina, e foi o que ela fez colocando um jeans cintura-alta, rasgado no joelho (na perna direita) e na coxa (na perna esquerda), estava com uma camisa social sem mangas de cor azul marinho (ela adorava azul.), e seus cabelos azuis celeste estavam soltos com cachos soltos e definidos, combinando com o batom roxo matte e seus mesmos óculos escuros redondos.

 Saímos do quarto na exata hora em que o Sr. Angel estava trancando sua porta, segurando algo como uma mochila de lado. Ele ficava divino naqueles óculos de grau... As meninas olharam bem pra mim e Sarah fez questão de estralar os dedos em minha frente depois dele descer as escadas.

- ARYM! Tente se manter nesse mundo, por favor! – ela disse com um sorriso sarcástico.

- Qual o problema? Ele é lindo! – eu disse dando risada enquanto falava.

- Isso é verdade. – AyLeen completou.

Então eu e Sarah olhamos fixamente pra ela. AyLeen raramente considerava alguém “bonito” e isso nos surpreendeu. Ela ficou vermelha ao perceber o que disse e depois entrou em desespero, o que foi bem bonitinho e engraçado.

- O QUE FOI GENTE? AFF. VAMO? ESTAMOS MOSCANDO POR QUÊ?

E saiu batendo os pés. Eu e Sarah olhamos uma para a outra e rimos. Sarah passou a mão pelo meu ombro e foi andando no mesmo passo que eu logo atrás dela, pelas escadas. Talvez não fosse tão ruim assim estar ali. Não enquanto eu estivesse com elas.

♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

Ao chegarmos onde o professor havia reunido todos os alunos, ouvi buchichos sobre mim, pus o fone de ouvido. Eu não queria ouvir nada. Nem os buchichos nem o professor. Só queria dar uma volta. Então eu liguei a minha música favorita no celular. “Im not sorry” do Dean e coloquei meus óculos escuros com passagem de cores do preto ao vermelho, em formato de coração. Fui seguindo o grupo e observando o Campus. Ele era gigante. A batida da música foi me envolvendo calmamente da cabeça aos pés e eu fui vendo o campus como em um clipe. Era delicioso pisar no chão com pedrinhas macias e lapidadas, que faziam da estrada do campus um mosaico maravilhoso de branco e marro. As árvores decoravam o lugar, e o mais incrível eram os barzinhos que havia lá dentro. Algo que me trouxe a ideia de passar em uma prova e comemorar logo em seguida. Também havia bancos e lanchonetes. Depois da zona de “happy hour” fomos para as zonas das matérias, as zonas artísticas foram as primeiras que conhecemos. Passamos pelos studios de vidro que eu havia visto do lado de fora, com as pessoas dançando lindamente. Os studios de música estavam bem próximos dali e era interessante perceber que estavam preparando algo como uma orquestra (Algumas pessoas até choraram em um simples ensaio. Já eu, estava ocupada demais, mascando meu chiclete para chorar por causa de música.) Sarah e AyLeen me sentiram distantes, mas me deixaram da mesma forma, sabíamos respeitar o espaço de cada um. Sabiam que quando eu estivesse melhor para me aproximar eu me aproximaria. Então eu vi algo que me encantou.

 A turma continuou andando, mas eu parei para prestar atenção em uma lanterna tipo gaiola que estava bem alta. Fiquei imaginando aquilo aceso de noite. Deveria ser lindo. Foi quando vi uma luz piscando ao meu lado, como um flash. Virei rápido para ver o que estava acontecendo e para minha surpresa, o Sr. Angel estava com o celular virado para mim.

- O que você está fazendo? – perguntei, irritada.

- Você é bem fotogênica Srta Wild. – ele disse calmamente, guardando o celular no bolso e andando. Eu estava cansada daquele cara. Numa boa. Não queria mais perder tempo com tantas provocações. Foi quando ele parou de costas para mim e virou a cabeça de lado. (Céus, até seu perfil era lindo.) – Você vai mesmo ficar olhando essa lanterna quando tem mais outras 100 para ver pelo campus?

Há essa hora toda a turma já estava muito adiante para me ouvir. E eu não hesitei em responder.

- Eu vou conhecer esse campus inteiro mais cedo ou mais tarde. Sabendo onde fica a sala de psicologia o resto não importa. Não preciso andar com esse tipo de gente. Tirando a Sarah e a AyLeen, o resto dessa turma não passa de pessoas metidas à besta que se acham donas do universo, com todo o seu dinheiro ou com toda sua inteligência absurda, como se não fizessem nada de errado.

Ele tirou os óculos, ainda de lado. Virou para frente e continuou andando, como se eu não tivesse dito nada. Era indiferente. Se ele queria jogar, eu também sabia. Então eu recuei e voltei para trás. Estava cansada, fiz uma bola de chiclete e a estourei logo em seguida, então o cuspi no lixo mais próximo e continuei meu caminho. Foi quando minha música favorita voltou a tocar e eu cantei baixinho o refrão.

- “Im sorry. No! Im not sorry”.

E então eu ouvi uma voz maravilhosa terminando a música.

- “ Im Just gettin started and my lifes a party.“

Eu tomei um susto, virei para o lado e o vi. Ele estava sentado, com as pernas cruzadas em 4. Eu o observei, levantei meus óculos e o pus sobre a cabeça.  

- So Im... – e então cantamos juntos. – Turnin, turnin, turnin, turnin, turnin, turnin up... – ele sorriu.

Eu tirei os fones, estava realmente surpresa por alguém conhecer minha música favorita. Eu guardei o celular e ia perguntar para ele quando ele conheceu o Dean, mas ele me interrompeu.

- Você também acha que eu tenho muito dinheiro ou uma inteligência absurda?

- Sim, eu acho. – respondi.

- Você está certa. – ele rebateu, fitando o céu.

- Eu sei. – olhei para ele, sem sequer me mover.

- Se eu não fosse inteligente eu não teria como sobreviver. O mundo está assim agora, Srta Wild. Ou você é bem sucedido ou você não sobrevive com o seu salário. – o que ele tanto olhava no céu? Se achava tão superior assim para conversar com alguém sem sequer olhar nos olhos da pessoa?

- Eu não acho que o dinheiro seja o essencial. Acho que a felicidade é o essencial.

- Eu não disse que o dinheiro era o essencial. Disse que você precisa ser bem sucedido. E isso é questão de ponto de vista.

- Como assim, Sr. D?

- Danni. Meu nome é Danni. – finalmente ele fez algo que não fosse apenas falar.

Ele se levantou do lugar dele e estendeu a mão pra mim.

- Arym. Arym Wild. – respondi, apertando a mão dele. Céus, ele era forte.

- Você vai fazer psicologia? – ele finalmente olhou nos meus olhos depois de soltar minha mão e eu sentia que podia confiar nele. Não parecia mais tão superior, ainda que continuasse com seu ar sarcástico.

- Vou.

Ele sorriu. Aquele sorriso maravilhoso que mexia com tudo em mim.

- Indique seus piores pacientes pra mim, se não ter paciência para finalizar o trabalho.

- Está dizendo que sou incapaz?

- Não. Estou dizendo que você não tem saco pra essa área.

- Você acha isso?

- Acho.

- Você está certo.

E ele riu. A risada dele era bonitinha. Parecia outra pessoa.

- Eu sempre estou. – ele completou. – Bem... Vou lá. Preciso achar a sala de psiquiatria.

- ALÔ? – eu gritei.

- O que? – ele ficou me encarando.

- Você vai tratar de pessoas loucas?

- Não. Eu vou tratar pessoas que você não conseguir, por já terem distúrbios muito fortes. Essa é a principal diferença da psicologia pra psiquiatria.

 Então ele se foi. A voz dele ficou na minha cabeça. Era diferente da voz dos outros meninos. Mas era grossa para ser voz de uma menina. Eu fiquei confusa por dois minutos. Voltei ao meu estado normal quando Sarah gritou.

- AH! AÍ ESTÁ VOCÊ! – ela disse animada, com um sorriso no rosto.

- Oi amores. – eu sorri, voltando a pôr meus óculos em seu lugar. – Como foi o passeio?

Elas me contaram tudo e eu segui ouvindo, fomos para o quarto e ao subirmos as escadas eu ouvi minha música tocando. Dei um sorriso sarcástico. AyLeen reparou.

- Você gosta dessa música? – ela perguntou.

- Não, eu não me arrependo... – comentei.

- Hã?

- Nada, Leen. Vamos almoçar? Já são 14h.

- Ah... – Sarah suspirou. – É que o professor já pagou um lanche para nós em uma cafeteria.

- Ah... – completei. – que coisa. – então eu sorri. – Ok. Então podem ir para o quarto. Eu vou descer de novo para comer alguma coisa.

- Nos perdoe... – AyLeen disse.

- Está tudo bem, amores. Só não pago outro lanche pra vocês porque minha mãe ficou de me dar o dinheiro semanalmente e eu preciso sobreviver até semana que vem, quando ela me der mais. – respondi.

Elas entenderam, e estavam cansadas de qualquer forma. Elas entraram no quarto e eu fiquei pensando. “Será que...? Não Arym. Você não vai fazer isso! Você não vai chamar...” e lá estava eu. Batendo na porta 23. Danni abriu a porta.

- O som de novo? Porque eu estou no horário. – ele perguntou e automaticamente respondeu.

- Não é isso... É que... As meninas já almoçaram.

- E você não sabe onde fica a lanchonete porque não foi com o bando de pessoas extremamente ricas ou com inteligência absurda?

- Não é isso. . .

- Você fala muito “não é isso.”, Wild. Mas eu entendi. Está me convidando para almoçar?

- Não. Eu... Ah! Esquece. Promete que vai fingir que nunca vim aqui bater na porta?

- Talvez... – ele disse como se fosse um sim, escondido atrás de um não. E pela primeira vez, eu entendi o sentido da palavra “talvez”.

- Ok. Estou indo então.

- Espera. Eu vou almoçar.

- Mas você... Você prometeu que ia fingir que eu não fiz esse convite!

- Eu não disse isso. Eu disse “talvez”

“Talvez”. Estava aí uma palavra curiosa. Tão curiosa quando o Danni.

♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

- A Aryn está diferente. – AyLeen comentou, deitada na cama.

- É aquele garoto do quarto 23. – Sarah respondeu, enquanto terminava de arrumar as roupas em sua parte do armário.

- Sobre isso... Eu queria falar com você. – AyLeen parecia preocupada.

- O que foi?

- É o garoto do 23. Eu... Eu estou preocupada com a Arym e ele.

- Acha que ele pode fazer mal pra ela? – Sarah mostrou-se preocupada também.

- Não é isso. Acho que a Arym está gostando dele. – Após dizer isso, AyLeen focou os olhos em Sarah. E ela mostrou perder a preocupação.

- E isso é um problema? – Sarah não entendeu porque seria.

- Você conhece a Arym. Ela se envolve fácil com as pessoas, e sempre se ferra no final. Não quero que ela se machuque aqui. Porque se ela se machucar assim, logo no começo do ano, ela provavelmente vai desistir de tudo antes do final. – AyLeen fez uma observação real.

- É. Então... Temos um problema. – Sarah observou AyLeen com o mesmo olhar preocupado. O clima ficou tenso no quarto.

♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

Durante o almoço, Danni não disse absolutamente nada, ficou apenas olhando para as pessoas do lado de fora. Eu estava sentada na frente dele e não conseguia entender o que ele tanto olhava. Ele havia escolhido para almoçar uma massa folhada de ricota com ervas finas e um copo de suco de limão sem açúcar. Eu preferi um nhoque com suco de morango com leite.

 

Nós terminamos de almoçar e subimos para o quarto como dois estranhos, até ele olhar pra mim na frente da porta. Eu virei para ele.

- Você está bem?

- Talvez. – ele me respondeu. – Obrigada por hoje.

- De nada... – eu respondi. – Você diz muito “talvez”, Angel.

Ele olhou pra mim.

- É. Talvez... - Ele deu um sorriso e foi para o quarto dele.

Eu estava feliz. Eram 17h. Entrei no quarto e vi as meninas me olhando. Sarah parecia preocupada e Leen estava escrevendo algo em seu caderno. Ela tirou os óculos quadrados quando eu entrei e fechou o caderno.

- Hello! – respondi.

- Com quem você estava? – Sarah parecia minha mãe ao falar isso.

- Com... – eu não sabia como responder.

- Cê tava com o 23, Arym? – Sarah estava realmente muito séria.

- Errrn... – eu realmente não sabia como responder.

- Sim, ela estava. – Leen respondeu por mim.

- Porque a pergunta? ... – eu não entendi.

- Estamos preocupadas. – AyLeen respondeu.

- Por...? – eu ainda não havia entendido.

- Arym. Senta aqui. – Sarah bateu a mão de leve na cama, como quem chama um cachorrinho para subir ao sofá. E eu me sentei o lado dela. O quarto sustentava quatro pessoas com dois guarda-roupas e duas penteadeiras, para serem divididos. Então eu me sentei em minha cama e a olhei. – precisamos conversar.

- Diga. – respondi.

- Por onde começo... – ela suspirou. – MULHER! ESTAMOS NO COMEÇO DO ANO, VOCÊ É LOUCA DE SE FERRAR ASSIM DE CARA? Tem taaaanto boy magia lindo pelo campus, menina. Como você escolhe logo o trilouco mais inteligente da turma toda?

- Nossa, é fácil assim? – AyLeen riu.

- O quê? – Eu ainda não estava entendendo.

- Vamos lá... Você nem conhece ele, Arym. E sabemos que seu coração acelera. Não te queremos machucada logo no começo do ano, porque sabemos que se algo der errado você vai desistir antes de terminar o que tem que terminar.

- Realmente... Mas gente. Eu não estou me envolvendo com ele... Ele é só meu crush. – e então eu ri.

- Linda, se um dia eu sair pra almoçar com meu crush eu vou tirar uma foto e colar na testa, porque isso já não é mais crush, é um relacionamento sem o outro saber! – Sarah respondeu.

- Quê? – AyLeen riu. Na verdade, todas rimos, muito.  

- Enfim... – suspirei. – não se preocupem. Não estamos juntos.

Depois de explicar para as meninas que não estava rolando absolutamente nada com o Danni (aliás, eu também contei o nome dele) elas ficaram mais calmas, e então, eu contei os detalhes do que estava acontecendo dentro de mim. Não era amor (eu tinha certeza disso), talvez fosse só uma paixão absurda porque ele era extremamente lindo. Naquele dia não teríamos aula, então passamos o resto da noite conversando, até a hora da janta. Resolvemos descer para jantar na cafeteria e estávamos todas felizes por estarmos lá, nem acreditávamos. Estava tudo tão perfeito. Entramos na cafeteria e logo de cara eu vi o Dani falando no celular com alguém enquanto mexia com a colher uma xícara grande de café, reparei que o açúcar não estava aberto, e ele deu um sorriso muito lindo depois de dizer “Eu também estou. Mesmo que isso seja raro.” Eu tentei não prestar mais atenção nas conversas, já que ele fitou os olhos em mim e virou para o outro lado, começou a falar mais baixo e a falar menos palavras. “Você pode me enviar aquilo, por favor? É que... Eu não aguento mais ficar sem.” E a expressão dele mudou. Na hora, pensei “Ele tem necessidade de algo?”, mas então eu foquei nas meninas, me perguntando o que eu iria jantar. Decidi que comeria apenas um sanduíche natural com um Milk shake de morango. Depois de jantarmos, continuamos na mesa, conversando e rindo. Ele passou por nós sem sequer dar boa noite, com um café expresso na mão, num copinho de isopor. Ele disse “Estou indo.” E saiu, estava com um sobretudo preto, que combinava com sua calça justa e seu coturno, sem falar na camiseta que ficou linda nele. Será que eu estava realmente apaixonada ou ele era só um cara bonito? Ainda era cedo para eu ficar confusa. Mas era tarde demais pra dizer que eu não estava.  


Notas Finais


Será que é tão fácil assim diferenciar a paixão de um amor? Quais são as principais diferenças? A paixão confunde e o amor é uma certeza? Ou seria o contrário? Será que não é cedo demais para se dizer "apaixonada", Arym? É o que vamos descobrir. Espero que estejam gostando. Obrigada por lerem e se importarem. ♥


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