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História Maybe - Danni


Escrita por: bittersweetmary

Notas do Autor


Eu disse que nos próximos capítulos teríamos surpresas. Aqui está! Boa leitura!

Capítulo 7 - Danni


Fanfic / Fanfiction Maybe - Danni

No outro dia eu acordei cerca de 09h00 no meu quarto, com uma dor de cabeça terrível. Eu não entendi ao certo o que estava acontecendo, muito menos me lembrava porque estava com aquele gosto horrível na boca e com aquela dor estrondante. Eu fiquei meia hora sentada, passando muito mal, sem conseguir enxergar as coisas direito. O que estava acontecendo? Porque eu estava tão mal? Senti uma ânsia de vômito e corri para o banheiro. Depois de vomitar eu fui me olhar no espelho. Quando me olhei, vi um bilhete com uma letra itálica. “Você provavelmente faltou porque está de ressaca. Sem cortes pra você da próxima vez. Os.: Você beija bem.” Eu fiquei olhando aquele bilhete e a primeira coisa que me veio na cabeça foi “Quem colocou isso aqui?” e a segunda foi “O que aconteceu na noite passada?” eu já tinha visto aquela letra e eu só consegui pensar “... PUTA QUE PARIU. ERA A LETRA DO DANNI. O QUE EU HAVIA FEITO? CORTES? – juro que procurei nos pulsos. – NÃO. O QUE EU FIZ? “Você beija bem.”... “Você beija...” “Você”...”Beija” Eu me lembrei como num flashback de quase todas as cenas. O Danni abrindo a porta de roupão, o whisky, o beijo. Eu transei com ele? EU PERDI A VIRGINDADE COM O DANNI? GENTE! EU NÃO LEMBRO... Eu... Ah, não. Eu só desmaiei... Provavelmente ele me trouxe pro meu quarto depois de eu dar PT. Tudo certo... Eu só... PUTA QUE PARIU! EU BEIJEI O DANNI! Eu não estava acreditando no que estava lembrando. Eu deveria estar louca. Eu não beijei o Danni. Ele só estava me zoando. Alguém me diz que ele só está me zoando, pelo amor de Deeeeeeeus! Eu beijei o garoto dos meus sonhos, no começo do ano. E se não der certo? Eu vou me fuder. Eu tô muito fodidaaaaaa.”

O álcool ainda mexia comigo e me deixou extremamente emocionada. Estava chorando quando decidi lavar o rosto e escovar os dentes. Eu não estava acreditando. Fiquei deitada na minha cama tentando me lembrar. Ouvi a porta abrindo e olhei para ver quem era. Meu coração acelerou. Era ele, lá estava ele, às 09h32 no meu quarto. Eu não conseguia pensar em nada, só no quanto eu queria poder me lembrar de cada detalhe. Ele estava com seu cabelo escuro bagunçado e seus óculos de grau. Uma camisa solta azul escura e uma calça jeans rasgada, o seu tênis Adidas Superstar ficava perfeito nele. Ele era tão lindo.

- Wild... Você está bem? – ele perguntou, balançando a mão na minha frente. Mas eu só conseguia olhar fixamente pra ele.

- ... – eu realmente não conseguia responder nada.

- Wild, se não me responder eu vou te beijar de novo! – ele disse como se fosse uma punição, mas eu não conseguia prestar atenção em nada, em absolutamente nada, a não ser a boca dele.

Ele segurou minha nuca e me puxou pela cintura, aquilo mexeu com todos os meus sentidos, e então eu fiquei muito vermelha e gritei com ele.

- QUE PORRA VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – eu gritei com ele, estava com raiva. 

- AGORA VOCÊ ACORDOU? PARABÉNS, SENHORITA WILD! – ele gritou também, como quem estivesse com raiva, enquanto batia palmas.

- Tá... Desculpa. – eu disse, me sentando na minha cama, de frente pra ele. Ele se sentou na ponta da minha cama, olhando pra mim.

- Está tudo bem. – ele respondeu.

- Me responde... O que rolou ontem?- perguntei, muito vermelha e querendo muito esquecer e ao mesmo tempo lembrar de cada segundo.

- Eu tirei sua virgindade. – ele respondeu de uma forma séria. Tão séria que eu virei pra ele num surto.

- EU NÃO TÔ ACREDITANDO QUE EU ESTAVA LOUCA A ESSE PONTO!

- É. Você estava. – Ele realmente falava a verdade! Eu sentia isso no tom de voz dele. Ele não sorria nem ria. Só respondia.

- CARALHO. PORQUE LOGO COM VOCÊ?

- Isso é uma ofensa, Senhorita Wild. Você não reclamou ontem à noite! – ele estava muito nervoso com meu comentário.

- COMO EU VOU CONTAR ISSO PRA MINHA MÃE? – eu estava quase chorando quando ele riu.

- “Alô, mamãe? Só to ligando pra avisar que perdi a virgindade com a pessoa do quarto 23. Beijo!” – ele disse, enquanto fazia um hanglouse com a mão e usava como um telefone. – acho que assim.

- NÃO MANO. NÃO TÔ CRENDO NISSO. COMO ASSIM? EU NEM RECLAMEI DE DOR? – eu queria realmente saber o que tinha acontecido.

- Não. Eu sou uma pessoa bem carinhosa, Wild. E você a-do-rou cada detalhe. – ele praticamente me comeu com os olhos e eu estava para desmaiar. Meu coração quase saiu pela boca quando ele começou a rir, muito. E a bater palmas enquanto ria. – AI CARALHO! Você é genial, Wild.

- MANO. DO QUE VOCÊ TÁ RINDO?

- Do seu desespero por pensar que eu rompi seu hímen.

- Ué... E não rompeu?

- Não. Eu não faria isso com uma pessoa inconsciente. Seria estupro, e isso seria nojento.

- VELHO. EU VOU TE QUEBRAR NA PORRADA! – meu sangue ferveu e eu fui pra cima dele, como quem está louco para socar alguém. Ele me envolveu em uma auto-defesa de alguma arte marcial de uma forma que prendeu meus braços e me fez ficar de costas pra ele. Mordeu o lóbulo da minha orelha e eu fechei os olhos e não pude segurar o gemido. Ele deu um risinho sínico e me soltou. - E-Eu... Porque você não está na aula, filho da puta? – minha voz estava trêmula. Eu realmente desejava aquele cara.

  - As meninas me deram sua chave pra cuidar de você. Eu me ofereci e depois da nossa noite de amor, elas liberaram. – ele disse rodando minha chave no dedo indicador

- ALÔ? –gritei.

- QUEM FALA? – ele gritou de volta.

- PORQUE? – eu não entendi.

- Porque elas te amam, Wild. E só querem o seu bem. . . Enfim, agora que você está melhor, eu posso ir para o meu quarto tomar um corte ou voltar pra aula. O que acha melhor? – ele me encarou de uma forma provocante e minha libido ardeu dentro de mim.

- Filho duma égua...

- Bem. Vou lá, amor. Fica de boas, aí, tá? Daqui a pouco trago um lanche pra ti. – ele se levantou, me deu um selinho e saiu. Eu só percebi o que estava acontecendo quando ele estava trancando a porta do lado de fora.

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO SEU DOENTE? – corri gritando enquanto batia na porta pelo lado de dentro do quarto.

- CUIDANDO DE VOCÊ COMO AS MENINAS PEDIRAM, WILD. ABAIXA O FOGO QUE EU JÁ VOLTO! – ele me respondeu do lado de fora.

Lá estava eu. Trancada no meu próprio quarto. Com alguém que eu deveria tratar psiquiatricamente falando, como meu enfermeiro. Eu queria estar morta.

♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

As 10h00 ele voltou com comida. Trouxe um suco de morango com leite e um sanduíche natural pra mim. Eu comi, quietinha, como uma criança, enquanto ele, da ponta da minha cama, ficou me olhando, rodando minha chave como uma prostituta roda uma bolsinha para chamar clientes. Sem falar nada. Depois de comer, eu entreguei o dinheiro pra ele.

- Tome.

- Não quero.

- Mas é pra pagar o lanche...

- Já está pago.

Ele saiu do quarto sem pegar o dinheiro e me trancou outra vez lá dentro. Para minha surpresa, eu vomitei tudo de novo. Eu lavei a boca, a cara e fiquei lá, morrendo de fome. “Eu acho que nunca mais vou beber na minha vida” pensei. Deitei na minha cama e quando abri os olhos de novo já eram 13h30. Estava sozinha no quarto, mas o lado bom é que dali a meia hora as meninas chegariam. Voltei a dormir.

♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

14h15 eu acordei ouvindo a Leen rindo com a Sarah de alguma coisa. Quando olhei em volta o Danni estava contando alguma história que eu não consegui ouvir por estar praticamente inconsciente com tanta dor de cabeça. Ele olhou fixamente pra mim e parou de falar, as meninas olharam pra mim também.

- Arym? – Leen falou enquanto passava a mão no meu cabelo. – Você está melhor?

- Eu estou com uma fome do capeta. – falei como uma criança pede colo.

- Eu sabia disso, Rym. – Sarah me trouxe um lanche, e isso me fez sorrir. Eu amava muito àquelas meninas.

- Bem, já que ela está melhor. Vou para o meu quarto. Obrigada pela oportunidade de ser babá.

As meninas riram, não por ser ele, mas porque realmente acharam engraçado o fato de como quando eu estava bêbada eu parecesse uma criança. AyLeen olhou para Sarah e disse algo, mas eu não ouvi. Caí outra vez no sono.

♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

Quando acordei de novo eram 15h32 e eu não estava acreditando que havia dormido e vomitado o dia todo. Quando levantei, Sarah estava do meu lado, na cama dela, lendo um livro de receitas.

- Bom dia Sarah... – sorri, dizendo pra ela calmamente.

- Boa tarde, Rynzinha. – ela sorriu, olhando pra mim. – Você fica uma gracinha dormindo.

- Cadê a Leen? – eu perguntei. Já que ela não estava no quarto.

- Ah... Sim... A Leen. Ela saiu. Disse que foi ao banheiro. – Sarah não estava mentindo.

- Entendi. – eu disse, abraçando meu ursinho.

- Eu não. – Sarah completou. – Porque a Leen vai no banheiro lá embaixo se tem um banheiro no quarto?

Se eu fosse um desenho, uma ficha iria cair na minha cabeça naquele exato momento.

- Verdade... –comentei. – Por quê?

- Acha que a Leen sabe de algo? – Sarah fechou o livro. – Porque ela não nos contou?

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Leen estava com um shake de baunilha com chantily por cima quando resolveu ir ao banheiro do campus. Foi quando ela viu o Danni entrando no banheiro feminino. Ela fez questão de ir ver se o banheiro masculino estava interditado. Não estava. Leen ficou esperando Danni sair do banheiro para indagá-la.

- Você é uma menina...?

Danni ficou olhando-a por um tempo, então pôs seus óculos escuros e respondeu.

- Talvez.

Danni saiu andando sem dizer mais nada, deixando Leen tomar suas próprias conclusões.

♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

 AyLeen chegou ao quarto e olhou fixamente pra Sarah.

- Eu estava certa. – Leen comentou.

- É? – Sarah completou.

- Sim. – Leen respondeu.

- O que foi gente? – eu não estava entendendo nada.

Após ela explicar absolutamente tudo, eu fiquei chocada.

- COMO ASSIM MEU CRUSH É UMA MENINA?

- Eu suspeitei, mas é uma mina bem gata. – Sarah terminou.

AyLeen explicou os pontos de vista dela. E eu não sabia o que fazer, mas sabia que precisava falar com o... Com a Danni.  

♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

20h30. Bati na porta do quarto 23. Danni abriu a porta e me olhou fixamente nos olhos.

- Entra.

E eu entrei.

- Sua amiga asiática te contou?

- Sim... Porque você não me contou antes?

- Não fale como se eu tivesse uma doença terminal.

- Mas é que... Porque você não me disse?

- Você nunca perguntou. E eu nunca disse que era um cara!

- Mas o professor te chamou de “Sr.” E você não o corrigiu!

- As pessoas acreditam no que elas querem pela aparência, Wild. Eu parecer um menino não quer dizer que eu seja um, mas o professor não entenderia isso...

O silêncio tomou conta do quarto.

- Wild. – ela me disse.

- Sim...? – eu respondi.

- Como ficamos a partir de agora?


Notas Finais


Surprise!
Obrigada por ler e se importar.


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