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História Maybe - Coração.


Escrita por: bittersweetmary

Notas do Autor


Eu sei que esse capítulo demorou bastante pra sair, é que acabei entrando em semana de provas e tudo o mais. E não tive tempo para escrever. Peço perdão, e peço também que não desistam da fic por isso. Prometo tentar postar mais rápido os capítulos e ainda tenho muitas surpresas ao longo da história. Contudo, obrigada por lerem.
Enjoy. ♥

Capítulo 9 - Coração.


Fanfic / Fanfiction Maybe - Coração.

Achei interessante como existia toda uma burocracia para entrar no campus, mas não havia nenhuma para sair, por já serem todos adultos. Saímos nós quatro. Duas risonhas, uma tranquila e uma perturbada. Conseguiu ligar cada situação à pessoa? Acontece que a Danni não se deixava abalar por nada (ou ao menos, não demonstrava, com seus óculos escuros escondendo tudo.), a Sarah e a Leen estavam felizes. Mas eu... Eu estava preocupada. Talvez realmente fosse muito cedo para me envolver com alguém. E eu não estava pensando nisso apenas por Danni ser uma garota (pois quanto a isso, eu não estava pouco me fudendo.), mas porque eu tinha medo... Eu não sabia o quão bem ou mal ela poderia me fazer. Mesmo me segurando com o braço apoiado ao meu ombro, em volta do meu pescoço, olhando apenas para frente, linda como sempre, eu realmente não sabia nada sobre ela. Ela era um mistério ferrado que ferrava com minha cabeça. Danni tirou o braço de cima do meu ombro e foi andando um pouco mais rápido, não sabia ao certo porque, já que estávamos quase dentro do barzinho, mas enquanto ela ia, eu fiquei observando suas costas. Ela ainda parecia inalcançável.

- RYM! – Sarah gritou, me tirando de meus pensamentos.

- Oi...- respondi, sem entender ao certo o que estava acontecendo.

- A Danni foi falar com a Loíse. – ela completou, com um sorriso.

- Loíse...? – perguntei. Aparentemente, meus pensamentos me deixaram meio grog.

- Ela disse que era a professora de vocês. – Leen comentou.

Entramos no barzinho comigo ainda digerindo as informações. Então me veio várias sensações ao mesmo tempo, com várias perguntas também. “Porque a Loíse está aqui?” foi a primeira coisa que veio na cabeça, mas então eu me lembrei que éramos todos adultos ali, e nada podia nos impedir de sair para beber juntos. “PORQUE ELA ME LARGOU PRA FALAR COM ELA?” foi um grito de ciúmes em minha cabeça. Era um absurdo. E eu realmente não acreditava (não no fato de ela ter me soltado para falar com a professora, mas no meu ciúme.) no que estava acontecendo. Procurei pela professora com os olhos, e lá estava ela, sentada próxima à bancada onde os garçons serviam às pessoas, distante de uma mesa de seis lugares, sentada num banquinho alto, ficando um pouco mais alta que a Danni, que estava em pé ao lado dela, rindo como se Loíse houvesse contado uma piada boa, e algo me incomodou... Danni estava segurando seus óculos escuros em sua mão direita. “Ela não tira os óculos para nada...” pensei, mas pensei errado. Quando o olhar da Danni se encontrou com o meu, ela fez um sinal para que fossemos até lá. Sarah e Leen foram confiantes. Já eu, bem... Eu não sabia ao certo o que sentir, perto de uma mulher como aquela, somente dez anos mais velha que todas nós, com um corpo escultural desenhado em seu vestido preto tubinho, com um decote fundo em V. Foi a primeira vez que reparei que tinha uma tatuagem do símbolo do signo de escorpião, um pouco acima do seio direito. Reparei um tempo na tatuagem. E nos seios. É que eles eram bonitos. Eram proporcionais ao corpo, diferente dos meus, que me faziam parecer uma atriz pornô, aqueles seios combinavam com a mulher belíssima que os tinha, com suas coxas grossas e seu scarpin de sempre, ela apreciava um drink verde com uma rodela de limão cortada, enfeitando a taça. As unhas com ponta em V, a mão delicada com um anel de brilhantes no dedo anelar. Tudo. Tudo naquela mulher era lindo. E eu me senti pequena perto dela. Tão pequena, que me perdi em meus pensamentos e me deixei ensurdecer por eles, me dizendo que eu nunca seria como ela era. Então eu não ouvia mais o que Sarah, ou Leen, ou a própria Danni conversava com Loíse. Eu só conseguia ver. Ver como Leen parecia interessada no assunto, e como Sarah brincava enquanto gesticulava com as mãos, junto com a professora. Danni não conseguia parar de rir, e mesmo com a luz baixa do local, eu a vi batendo palmas como fez quando disse que eu era incrível por fazê-la rir tanto. Estava com ciúmes. Muitos ciúmes. Quem era aquela Loíse? Ela não estava com a Sarah e a Leen desde a oitava série, muito menos seria a suposta namorada da Danni. Mas eu senti que não importava ali, e sem falar nada, fui ao banheiro.

♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

- Porque a Arym está tão distante? – Loíse parecia preocupada.

- Deve estar chateada com algo. – Sarah comentou, preocupada.

- Deveríamos ir ver... – AyLeen completou.

- Não. Eu vou. – Danni disse. – Se ela está chateada com alguma coisa, tenho certeza que partiu de mim. Vocês não a machucam. – ela tinha certeza do que falava. E então, saiu, atrás da Arym.

- Acha que o fato da Danni ser uma garota vai mudar alguma coisa no que pensamos sobre a Arym se relacionar? – Leen perguntou para Sarah, olhando em seus olhos.

- Com certeza, não. – Sarah completou.

♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

- Arym? – Danni me chamou, entrando no banheiro.

 Eu não respondi. Estava ocupada demais me olhando no espelho, apoiada à pia, com a maquiagem destruída. Ela não entendeu.

- Você está chorando?

- Sim. Estava.

- Por quê?

- A Loíse é perfeita... – minha voz havia ficado trêmula, e então meus olhos marejaram outra vez, me impedindo de ver a expressão da Danni, ao me observar naquela situação tão ridícula.

- Espera! Calma! – Danni olhou de um lado para o outro. – É que... Eu não sei reagir nesse tipo de situação!

Ela pareceu nervosa, mais que eu (como se algo não estivesse certo em sua vida inteira, apenas por me ver chorando feito um bebê), então pegou um papel, que caiu da mão dela no chão. Ela se estressou por seu “plano A” não ter dado certo e foi para o “plano B”. Usou a manga da blusa comprida que estava por debaixo do colete para secar minhas lágrimas.

- Não chore Wild. – ela disse, enquanto limpava meu rosto com os dedos. – Você é bonita, também.

- Mas ela não é só bonita. Ela te fez rir... E as meninas também. – era realmente ridículo o que estava acontecendo comigo.

- Pelo amor de Deus, Wild! Eu não sei reagir com esse tipo de coisa... Não me faça parecer um monstro... – ela comentou. Então respirou fundo, e após soltar o ar, completou. – Só estávamos rindo porque ela disse o nome real desse tipo de bar, que se parece muito com “rocambole”, Sarah se interessou porque é a área dela e a Leen nunca comeu na vida dela. Foi apenas isso.

Eu senti meu coração bater forte, por vergonha, eu era uma tonta. Definitivamente uma tonta. Então eu fiquei vermelha.

- Você fica uma gracinha dessa cor... – Danni comentou. E eu fiquei mais vermelha ainda. – Se acha que ao é digna de uma noite com a Loíse, podemos ir para o campus. – ela completou, olhando fixamente nos meus olhos.

- Não...  Eu quero comemorar com vocês. – falei, desviando o olhar.

- Comemorar... O que? – Danni não entendeu ao certo.

- Sei lá... A vida? – eu a observei.

- Talvez. – ela sorriu, e me abraçou. O abraço dela me trazia paz.

♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

Saímos do banheiro de mãos dadas e eu observei o olhar apreensivo de Sarah, AyLeen e até mesmo da própria Loíse. Aparentemente, eu havia preocupado todo mundo, e até pensaria que estava louca, mas Danni me confirmou.

- Elas estão preocupadas. – ela disse, enquanto nos aproximávamos.

- Você não viu nada. – comentei fria.

- Ok. Eu não vi nada. – ela sorriu de lado. Ela era bem bonita, mesmo.

Meu coração acelerou olhando aquela garota. Seus olhos me cortavam como uma espada afiada e seu sorriso sarcástico carregava uma dose extra de ironia e sensualidade. Sinceramente, eu já não sabia mais o que queria, mas queria estar com ela. Eu queria, de verdade, estar com ela.

Conforme nos aproximamos das meninas, Sarah me olhou por um tempo. Li a dúvida nos olhos dela. Eles, castanhos e escuros, me diziam “Você está bem?”, confirmei consentindo com a cabeça e ela deu um sorriso. Mesmo que fosse mentira, poderíamos conversar mais tarde, e ali, naquele momento, nós deveríamos comemorar. Ninguém sabia ao certo o quê iríamos comemorar, mas iríamos. A música do bar era calma e então nós resolvemos sentar na mesinha redonda (de quina do lugar) para seis pessoas. Estávamos tranquilas, enquanto observávamos as garçonetes bem vestidas de Pin Ups nos servirem, com seus saltos altos e seus shorts curtos. Parecia gostoso trabalhar ali. Mas eu não trabalharia. A Danni decidiu no par ou ímpar com a Leen se compraríamos french fries ou batatas recheadas, acontece que a Sarah queria french fries, e eu também. Danni perdeu de tabela. “MAS É BATATA RECHEADA!” ela gritou, parecia indignada e confusa. “COMO PREFEREM FRENCH FRIES À BATATAS RECHEADAS, MEU DEUS?” nós rimos, mas é que gostávamos mais da batata sem nada, para colocássemos o que quiséssemos. Loíse ficou conversando com o garçom e após pagar algo (provavelmente a conta que já havia iniciado) pediu para se sentar conosco, com uma dose de tequila na mão. Danni indicou à cadeira para ela se sentar, e eu me senti incomodada. Eu era realmente tão ciumenta assim? Achei aquela situação ridícula. Nós comemos nossas batatas e finalmente estávamos afim de rir e dançar, mas as músicas eram calmas e a iluminação vermelha escura não ajudava muito.

- Que tal algo mais... Agitado? – Danni comentou, com um sorriso malicioso no rosto, enquanto mastigava um palito de dente, e inclinava a cadeira para trás.

- Como, por exemplo...? – Sarah indagou.

- Eletrônica e POP. – Danni se jogou para frente, parecia animada com a opção. Ainda que continuasse falando friamente.

- Parece bom... - comentei. Porque parecia mesmo.

- Realmente. – Sarah completou, pegando os óculos escuros.

 - Vamos, então. – AyLeen levantou da cadeira, empurrando-o para seu lugar. Todas nós ficamos surpresas. (AyLeen não era do tipo que gostava de festas.) – Com vocês, provavelmente vai ser legal.

- Posso ir? – Loíse perguntou. Já havia terminado sua dose fazia um tempo.

- Não sei se é seu tipo de festa, teacher. – comentei, porque ela parecia madura demais para esse tipo de coisa.

- Ah, querida. Não pense que isso é um problema. – ela sorriu ao responder. – Só vou precisar de uns dois minutos para trocar de roupa.

Ninguém entendeu ao certo, mas então a professora foi até o banheiro com a sua bolsa e saiu de lá completamente diferente. Com uma roupa tão estilosa e “juvenil” quanto a da Danni, que por sinal, ficou olhando ela por um tempo. A professora apareceu com um coque alto que combinava com sua franjinha minissaia, uma camisa justa ao corpo, uma calça com estampa floral dobrada um pouco abaixo do joelho, uma jaqueta de jeans claro, que combinava com a calça, e o seu mesmo scarpin. O batom vermelho mate ainda estava lá, brilhando em seus lábios contornados. Sarah e AyLeen a olharam por um tempo.

- Nossa! Quem vê nem acredita que é, dez anos, mais velha que a gente. – Sarah comentou, sorrindo.

 Eu queria poder dizer que ela só estava sendo educada, mas não. Ela estava falando a verdade. Loíse era linda.  Mordi meu lábio inferior enquanto fitava o vácuo ao lado, era um misto de raiva, ciúmes, inveja. Não sabia ao certo. AyLeen percebeu.

- Você é linda, também, Arym. – ela sussurrou no meu ouvido, me fazendo voltar a olhar pra ela. Eu sorri.

- Obrigada, meu amor. Eu te amo. – eu falei a verdade, ainda que fria e diretamente.

Sarah deu o braço para a Leen e me observou um tempo. Eu estava distraída, então, sem que eu notasse, ela cobriu meu seio direito com a palma da mão e o apertou. Fiquei completamente vermelha e ela começou a rir, na verdade, eu também comecei. Danni estava distraída falando sobra a balada com a professora, mas parou para olhar porque eu estava rindo. Ela se aproximou devagar.

- Vamos, minhas meninas? – ela me observou ao falar a palavra ‘minha’. Aquilo me estressou. Não sei por quê.

- Suas o caramba. Elas são minhas. – disse, fazendo um biquinho de pura birra.

O que eu não esperava era Danni selando os lábios aos meus e rapidamente se afastando e agindo como se nada houvesse acontecido.

- QUE PORRA FOI ESSA? – eu gritei meio confusa.

- Olha, não nasci pra ser vela! – Sarah comentou, indignada.

- Olhe os modos... – ela disse, colocando os óculos enquanto pagava a conta da nossa mesa. – Me desculpa Saah! ♥ – depois de pedir desculpas pra Sarah, a Danni fez um coraçãozinho com as mãos e deu um riso bobo. Como se gostasse de estar conosco.

Eu gostava delas, até da Loíse (Só não a considerava algo bom na minha vida, porque tinha ciúmes.), e então nós fomos para outro lugar.

 ♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

Ao chegarmos ao novo destino eu só consegui prestar atenção na beleza do lugar, que parecia ser preto fosco por fora. Eu adorava preto, e adorava fosco. Danni conversou com um dos seguranças do local e, aparentemente, descolou entradas pra gente (Como ela fez isso? Ninguém sabe.), então ela abriu a porta e comentou algo como “Primeiro as damas.” e eu ri do comentário. Loíse foi indiferente e entrou assim que ela abriu a porta, Sarah e Arym foram logo atrás. Eu... Eu estava fitando a escuridão.

- OW! VAMO! – ela gritou. E eu fui correndo pra entrar.

Foi maravilhoso. A música estava alta, mas não alta o suficiente para estourar nossos tímpanos, apenas para vermos umas 500 pessoas conversando e não conseguir ouvir nada mais do que a música maravilhosa que tocava. Uma voz agraciada feminina cantava que podíamos fazer o que quiséssemos porque nós tínhamos o fogo e o deixaríamos queimar. Em meio ao refrão, seguido de “Burn, burn, burn” Danni me puxou, enquanto Sarah e AyLeen foram comer alguma coisa. Então parecia que nada mais importava. Eu sabia que a Sarah e a Leen estavam seguras, e ao olhar a Danni dançando em minha frente, como se conhecesse cada parte do meu corpo e tivesse controle sobre todo ele, me fazendo acompanhá-la, parecia que tudo havia sumido. A música alta ofuscou as pessoas ao redor e me fez ver apenas a Danni de olhos fechados, sentindo cada vibração que a arrepiava na voz da Elie. Eu não sei por que, senti vontade de dançar com ela, não mais uma dança elétrica como aquela, mas uma valsa. Então pus minha mão esquerda sobre o ombro dela e a entreguei minha mão direita. Ela sorriu, e ao pôr a mão direita sobre minha cintura e tomar minha mão com a própria esquerda, ela passou a seguir os passos comigo, e como se fosse mágica, a música mudou para uma com um ritmo um pouco mais devagar, ainda que com a letra estrangeira, com uma melodia linda. Eu ouvi a voz do Baekhyun começar a cantar. “Lonely nights.”, seguido pelo Lay e logo após pelo Chanyeol. E meu coração acelerou.

 Danni deu uma risada sarcástica e sussurrou “minha música.” e então ela me fez acompanhá-la em todos os passos daquela música maravilhosa que eu jurava já ter ouvido, ainda que não soubesse o nome. Na parte do refrão a Danni fez questão de tirar os óculos e olhar nos meus olhos enquanto cantava.

“Oh, I hear you.

I feel you...

bol suga eopseodo neol

deureul su isseo nuneul gamgoseo”

Acontece que quem estava cantando eram os coreanos mais lindos que eu já vi, vulgo, EXO, em White Noise. Mas eu deixei a voz deles em volume baixo para reparar na voz dela, que parecia saber exatamente o que fazer e eu posso dizer que chorei, após o rap, pois ela olhou em meus olhos e sussurrou “Mesmo se você não estiver ao meu lado, vai estar dentro de mim.” Enquanto meu mundo parecia finalmente fazer sentido. Era a primeira vez que me envolvia com alguém de tal forma. Em pouco tempo, aparentemente, eu havia me apaixonado. De verdade. Inteiramente. E depois do espetáculo da Danni (com direito à free style na parte do RAP) eu finalmente encontrei, com os olhos, Sarah dançando com AyLeen uma outra música POP coreana, mas eu não me importei tanto com a música, apenas com as pessoas que eu tinha ao meu lado. Eu estava feliz. Estava flutuando, alta (e sem álcool dessa vez.), e poderia ser capaz de tudo. Eu acreditava nisso. Então eu puxei Danni pelo braço e dei um jeito de grudar tanto ela quanto Sarah e AyLeen dentro de um abraço que eu tentei dar em todas elas ao mesmo tempo. Eram as mulheres da minha vida. E o meu coração era delas. Especialmente de uma delas.

♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

Voltamos para o campus, nós quatro (já que a Loíse simplesmente sumiu dentro da balada, e mesmo depois de procurá-la, não achamos.), rindo de como poderíamos ser bobas por discutir de forma filosofal coisas como “biscoito ou bolacha”, foi quando, em uma avenida para atravessarmos a rua vazia eu olhei para a Danni.

- A rua está vazia... – comentei.

- É... Eu sei. – ela sequer olhou pra mim.

- Posso te dar um beijo? – meu coração acelerou, esperava um “não”

- Pode. Pode sim. – então ela se abaixou um pouco e nossos lábios se selaram, e se afastaram, e eu os busquei, e eles se afastaram de novo, e eu não podia ouvir absolutamente nada, aparentemente o mundo tinha parado. Quando voltei aos meus sentidos vi AyLeen gritando como uma louca, entre risadas escandalosas que me impediam de entender qualquer coisa.

- VOCÊS VIRAM AQUILO? – Leen estava realmente rindo muito, com a mão sobre a barriga.

- ME DIGAM QUE VIRAM, PELO AMOR DE DEUS! – Sarah parecia ter visto algo extremamente incrível.

Tanto eu quanto a Danni não estávamos entendendo nada entre tantas risadas. Foi quando Sarah nos confundiu ainda mais.

- ERA O PAPAI NOEL!

Então nossas expressões de “hã?” se tornaram expressões de “COMO ASSIM?” e nós ficamos observando as duas, rindo como se fossem morrer por aquilo.

- EU JURO QUE ERA O PAPAI NOEL! – AyLeen completou.

- Aham... – Danni pareceu pensativa ao se aproximar da Leen e puxá-la para um abraço carinhoso. - Ok. – Danni falou enquanto acariciava a cabeça da Leen, como um pai fala com um filho quando não quer destruir seus sonhos. – Com toda certeza era, Leen.

- NÃO! É SÉRIO! EU TAMBÉM VI! EU JURO! TINHAM RENAS! – Sarah gritava enquanto apontava para a direção em que o suposto “papai Noel” poderia ter ido.

- Sarah, amor... O que você bebeu? – eu não conseguia acreditar em papai Noel. Nunca acreditei. Então destruí os sonhos da Sarah.

- É SÉRIO GENTE. ACREDITEM EM NÓS! – AyLeen estava começando a realmente acreditar ser louca.

- VOU EXPLICAR A HISTÓRIA! – Sarah puxou a solução.

- NÃO. EU EXPLICO. – Leen interrompeu. – FOI ASSIM – Leen respirou. – Vocês duas estavam mais pra frente e eu ouvi uma música natalina, então eu olhei pra Sarah e disse “Essa música não está meio fora de época?” então nós olhamos para trás e vimos UM FUCKING PAPAI NOEL NUM CARRO COM RENAS ENFEITADAS, DANDO TCHAUZINHO E TUDO! FOI UM ABSURDO! EU AINDA GRITEI.

- FOI ALGO INESQUECÍVEL. NÓS OLHAMOS PARA TRÁS E VIMOSO PAPAI NOEL, OLHAMOS PRA FRENTE E VIMOS NOSSO NAVIO VIRANDO CANHÃO! – Sarah completou, voltando a rir.

- O que? – Danni não pareceu entender nada. – De qualquer forma... Isso tudo não pode ter acontecido em 30 segundos.

- POIS É! ACONTECEU! – e então Leen e Sarah continuaram rindo.

Eu continuei achando que elas estavam apenas bêbadas, mas quando virei para frente, lá estava ele, um papai Noel dando tchau para nós. Danni fez uma cara de pânico e apertou minha mão.

- QUE PORRA É ESSA? – eu gritei. Sempre gritava.

Então ele foi embora dando seus tchauzinhos e gritando “ho ho ho” por aí.

- NÓS ESTAMOS EM SETEMBRO, MEU SENHOR! – Danni gritou.

E para ajudar, Sarah e Leen pareciam que iam desmaiar de tanto rir.

♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦♢♦

Chegamos eo campus, após nos acalmarmos de tantas cenas incríveis numa noite só. Sarah e Leen foram para seus quartos e eu fui para o quarto da Danni. Ela fechou a porta e eu me sentei no sofá. Ela se sentou ao meu lado. Lá estávamos nós. Pela primeira vez, sozinhas, depois do incidente alcoólico que eu havia causado. Ela me observou por um tempo. Então eu aproximei meu rosto do dela, ela aproximou os lábios dos meus e eu senti meu coração acelerar, e me deixei levar pelo momento. Selei meus lábios aos dela, que aprofundou o beijo. Eu acompanhei. Meu corpo todo arrepiou e eu pude sentir meu desejo aumentar. Mas era diferente da primeira vez, dessa vez, parecia que eu realmente a tinha. Não por estar bêbada, mas por ser quem eu realmente era.  

Senti que nosso beijo avançou e então a Danni fez algo que eu nunca imaginei que ela fosse fazer. Ela segurou meus pulsos e num movimento extremamente rápido, me fez deitar sobre o sofá, ficando com o corpo sobre o meu, então ela afastou os lábios e olhou em meus olhos.

- Wild... – ela sussurrou.

- Eu quero. – respondi. Ela sabia do que eu estava falando. 


Notas Finais


OMG! O////O
Danni e Arym são realmente um couple agora? Ou é só uma aventura inconsciente? O que ainda nos aguarda depois de uma noite que começou tão quente? As coisas poderiam estar melhores pra Arym? Talvez piores.


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