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História Maybe I just needed you - Capítulo Único


Escrita por: ianyu

Notas do Autor


Olá!
Essa é a minha segunda fic aqui.
A primeira foi de Red Velvet e ainda tá rolando lá <3
PORÉM, ontem vi a quantidade de fics de SF9.
Como assim? PRECISAMOS DE MAIS FICS DE SF9.
Então escrevi essa one-shot para vocês.
Aproveitem <3

Capítulo 1 - Capítulo Único



    Todo dia depois da faculdade eu ficava sentado na escadinha branca em frente à minha casa olhando as coisas. De vez em quando tocando um violão, lendo um livro. Mas eu gostava mais era de observar meu vizinho.
    Inseong voltava da faculdade um tempinho depois de mim. Sempre parecia totalmente feliz ou totalmente intrigado. Com amigos ou com um fichário na mão, anotações até mesmo em seu braço. Sentia quase ao extremo. Não podia esconder minha curiosidade por aquele garoto.
    Não conseguiria puxar assunto com ele nunca. Mas não é que certo dia consegui?
    - O-oi... Sou Lee Jaeyoon. Somos vizinhos há dois meses.
    - Ah, prazer. Sou Kim Inseong.
    Daquela conversa "borocoxô" surgiu uma amizade linda. Como se fosse uma semente um tanto sem graça, e que dela estivesse brotando uma flor linda.
    Viramos melhores amigos.
    Ele vinha para a minha casa, comíamos pizza, víamos Netflix, conversávamos sobre garotas de nossas faculdades distintas, brincávamos de jogos bem infantis as vezes. Essas coisas normais. Era bom. Tinha aquela sensação gostosa de ter alguém ali ao seu lado sempre. Literalmente ao seu lado. Só precisava dar alguns passos e já estava na casa de Inseong.


    - Jaeyoon-ah - Ainda podia lembrar fortemente das palavras e de sua entonação naquele dia - O que aconteceria se eu gostasse de você?


    Naquela hora fiquei confuso. Muito até. Inseong nunca gostaria de mim. Não. Inseong não. Aquele garoto maravilhoso de cabelos marrons e olhos atrevidos que mora logo ao meu lado. O garoto de emoções extremas, Kim Inseong. Meu melhor amigo. Não consegui responder naquela hora.


    Fiquei sem saber o que falar até que ele me jogou numa cadeira e selou nossos lábios suavemente.
    Lembro claramente disso até hoje.


    Aquilo foi o meu tudo.
    Precisava daquilo.
    Precisava dele.


    Mantivemos em segredo nossa relação. Nos beijávamos escondido na minha casa ou na dele, nossos pais nunca desconfiaram. Ele sempre queria mais. Sempre se jogava, sempre era atrevido. Ele realmente sentia ao extremo.
    - Jaeyoon-ah - Ele disse pra mim enquanto me olhava apaixonadamente - Eu te amo muito.
    - Inseong, eu preciso de você.
    Minha vida era difícil como se tivesse que aguentar bigornas sobre minha cabeça todos os dias, mas os momentos com ele faziam as bigornas parecerem flores.


    Flores e mais flores.


    Porém eu nunca seria como Inseong. Podia até brincar de me achar o bonitão, mas nunca tive tanta confiança. Para mim tudo que fazia parecia errado. E ele? Pouco lhe importava. Era como se todos os dias ele quisesse mais. A verdadeira definição de "viver seu dia como se fosse o último".


    Ficamos bêbados uma vez.
    Ele tinha ido mal num teste, eu obviamente tive que cuidar dele.
    Bebemos soju, cerveja e mais uns drinks desconhecidos que o garçom colocou na nossa mesa. Ele não tinha boa tolerância ao álcool. Começou a me beijar fortemente e sem parar. Mas depois ele começou a chorar. Mais e mais. Aí ele levantou e jogou uma garrafa de soju no chão.
    Minha preocupação com ele estourou naquela hora. Mas o que eu poderia fazer ? Ele estava bêbado. O máximo que eu podia fazer era levá-lo pra casa.
    - Sabe Jaeyoon - Ele me olhava enquanto eu fazia um curativo pra suas mãos levemente torturadas por cacos de uma maldita garrafa soju - Eu cansei. Tipo, dessa vida, desse mundo.
    - Não diga uma besteira dessas.
    - Eu falo sério. Pode me levar a sério ao menos dessa vez?
    - Você está bêbado e deprimido, quer mesmo que eu te leve a sério?
    - Sim, eu quero. Eu preciso de ajuda, Jaeyoon.
    Queria eu ter o ajudado imediatamente. Queria ter reduzido a cinzas todo tipo de aflições e tristeza que aquele menino tinha.


    Eu continuava a esperar Inseong, todos os dias naquelas escadinhas. Ele começou a se atrasar, chegava mais cansado.
    "Ah, ele deve estar estudando mais."
    Teria pensado isso se não tivesse o visto cheio de machucados e desmaiar na minha frente.


    - Inseong. Qual o significado disso? - Eu dizia apontando para as suas feridas, tirando levemente o cobertor hospitalar de cima dele.
    - Me ajude. Socorro.
    Só Deus sabe o quanto me preocupei com ele naquele dia. Mesmo perguntando ele não queria me dizer o que tinha acontecido. Ele só pedia ajuda. Pedia socorro.
    Eu percebi que de alguma forma ele estava sendo sufocado. E eu também com as minhas dúvidas.
    Como eu poderia ajudá-lo se eu não sabia o que estava acontecendo? Como o salvaria?


    Continuava a esperar nas escadinhas brancas, saía mais cedo pra ver se não perdia ele de vista. E ele não passava mais por ali.
    Bati na porta da casa dele.
    - Oi Jaeyoon - A mãe dele me disse - Infelizmente o meu pequeno Inseong não está em casa agora. Quer entrar pra tomar um café?
    - Não obrigada.
    Sai dali correndo, talvez ele estivesse na faculdade. Ou não.
    Fui procurá-lo na esperança de minha preocupação ter sido um pouco exagerada.
    Mas não era.


    Quando estava chegando perto da faculdade dele, o avistei. Não voltando pra casa com seu fichário ou anotações, e sim com um cigarro na boca. Fiquei imóvel.
    Ele não me viu, e uns garotos chegaram até ele e começaram a bater nele. Eu continuei imóvel. Ele agora estava todo ferido e jogado no chão sujo. Cansei de ficar imóvel.
    Corri até ele e abaixei, na tentativa de ajudar. Coloquei a mão em seu rosto.
    - O que é isso? Está tudo bem?
    - Obviamente não Jaeyoon. - Ele dizia enquanto eu tentava ajudá-lo a se sentar. - Não queria que me visse assim.
    - Inseong, por favor não me diz uma coisa dessas.
    - Me ajuda.
    E de novo aquela mesma frase. "Me ajuda". "Por favor". "Socorro". O levantei e coloquei seu braço em volta de meus ombros.
    Enquanto andava até o hospital, via que algumas lágrimas rolavam pelo seu rosto.
    - Você estava fumando.
    - É.
    - Você me disse que não faria isso.
    Ele ficou calado o caminho todo.
    Eu não sei, depois daquilo não tinha mais coragem de olhar na cara dele mesmo sabendo que ele precisava de mim. E eu precisava dele. Precisava ajudá-lo. E precisava de tempo.

 

    Chegava da faculdade e ia direto pra casa. Não esperava mais ele. Precisava mesmo do meu tempo, para pensar em como poderia ajudá-lo ou pra encaixar o quebra-cabeça na minha mente.


    Assim ficamos por dias. Uma semana e quatro dias pra ser exato. Até que numa noite de sexta-feira ele aparece na porta do meu quarto.
    - O que te traz aqui?
    Perguntei. E não obtive resposta. O silêncio ficava constrangedor.
    - Quer entrar?
    Ele só jogou a bolsa dele em cima da minha cama e começou a tirar a roupa. Não só a dele, mas a minha também. Eu não sabia o que fazer. Por incrível que pareça, não consegui dizer nada. Nem ele. Só fiquei lá. Sendo tocado. O tocando também. Sentia a pele dele contra a minha. E aquele seu olhar penetrante.
    Às vezes ele parava durante o momento e procurava o meu olhar no dele, e me beijava.

 

    Nunca tinha me sentido assim antes.
    Porém, a cada minuto que passava me sentia mais viciado. Passava a depender dele. Como uma verdadeira droga. Meu corpo precisava do dele e eu precisava de Kim Inseong, de uma maneira que eu nunca precisei antes.
 

   Era como se fôssemos parte um do outro.

 

   Os movimentos e sentimentos apertavam. Ficavam mais fortes.
    Doía. Ele não falar nada também me doía.
    Meus gemidos e os leves gemidos dele acabaram por um momento.
    - Kim Inseong. Eu te amo muito. Preciso de você.  Muito mesmo.
    Ele começou a me olhar sem saber o que fazer, e era a primeira palavra que eu soltava naquele momento.
    Ele saiu de onde estávamos me olhando assustado.
    Eu não entendi em nenhum momento o que aquilo significava.
    Ele apenas foi embora.

 

    A felicidade só chegou no dia seguinte. Mas o sentimento de angústia permanecia. A curiosidade também.
    Voltei a esperá-lo nas escadinhas brancas, agora com um sorriso bobo no rosto. Eu era apenas um garoto estúpido quando se tratava de Kim Inseong.
    Tocava músicas estúpidas de amor em meu violão.
    Apesar daquele olhar cujo eu não entendi nada, a noite tinha sido perfeita. Não esqueceria nunca mais. Mas o toque dele me marcou de uma forma que eu só conseguia pensar o quanto eu necessitava dele.
    Talvez eu estivesse enlouquecendo.
    Ele não passava mais ali. Achei que ele não queria me ver e assim como eu precisava de um tempo.

 

    Uma semana sem nos ver.

 

    Achei que não ia aguentar mais.
    Ouvi o som da campainha na minha porta.
    Abri, era a mãe dele.
    - Posso falar com seus pais um segundo?
    E lá foi ela. Subi as escadas pro meu quarto. Fiquei curioso, queria saber do que eles estavam falando. Depois de minutos e minutos olhando pro teto, eu não aguentei mais e levantei da minha cama em direção às escadas.
    Quando dei o primeiro passo pelas escadas os dois, meus pais, me olhavam. Quantos olhares sem significado teria que aguentar? Mas aqueles não eram sem significado, todos tinham o seu.
    Minha mãe estava com os olhos inchados. Meu pai olhava com pena. A mãe de Inseong  estava ainda sentada na sala olhando para a parede com uma expressão vazia.
    - O que foi? Pra quê essa cara?
    - Querido.
    O que estava acontecendo ali?
    - Me diz logo.
    Fui cortado logo em seguida pelo meu pai.

 

    - Inseong faleceu.

 

    Não.
    Ele não tinha falecido. Aquilo ali não estava acontecendo. Ainda me lembro dos toques dele naquela noite de sexta-feira.

 

    - Ele foi atropelado por um caminhão. Estamos tentando tomar uma ação legal contra o motorista.

 

    Começou uma apneia. Perdi o controle do meu corpo. Minhas cordas vocais doíam sem mesmo eu perceber que estava gritando. Minha visão estava embaçada com minhas lágrimas e meus joelhos doíam por causa do impacto forte contra a madeira.

 

    No fundo eu sabia. Sabia que não tinha sido atropelamento.
   

Inseong cometera suicídio.
    Suicídio.
    Ele estava precisando de mim.
    E eu não consegui salvá-lo.

 

 

- DOIS MESES DEPOIS -

 

    Eu ainda pensava em Inseong. Todo dia. Toda noite. Meu sono não era o mesmo. Tudo que eu fazia era pensar nele. E ficar em casa com acompanhamento psicológico.
    Queria afundar numa realidade em que Inseong ainda estava vivo. Estava aqui me tocando. Me beijando. Nos divertindo.
    Aquela realidade fazia sentido pra mim.
    Assim que abri a caixa de e-mail meu mundo caiu novamente.

 

~E-MAIL ON~

 

   De: Kim Inseongie
   Assunto: [Em branco]

   Jaeyoon eu quero mais que tudo que você saiba que eu te amei. Muito mesmo. Verdadeiramente. Isso é tudo.

 

~E-MAIL OFF~

 

    Ali eu tinha todas as minhas respostas. As respostas para aquela noite de sexta-feira. Aquele olhar.


    Também tive certeza de outra coisa.


    Inseong tinha sim, tirado a própria vida.


    Queria que meus novos vizinhos e pais não tivessem escutado meus gritos aquela hora.

    Eu apenas desci as escadas e sentei nos malditos degraus brancos. Sempre os odiei. Agora esperava Inseong. Mesmo sabendo que ele não ia aparecer. Nunca mais.


Notas Finais


Desculpa gente, me perdoem por isso.
EU CHOREI MUITO ESCREVENDO sério mesmo. socorro.
Coitado de Lee Jayeoon, coitado de Kim Inseong, sofrendo nas minhas mãos ; - ;
E ENTÃO? o que acharam?
BEIJÃO ATÉ A PRÓXIMA


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